A garota misteriosa de Sweet Amoris escrita por Samy Chan


Capítulo 9
Capítulo 9 - Eu te amo.


Notas iniciais do capítulo

Oie!!! >< Como seis tão? Então primeiramente me desculpem por demorar três dias sem postar capítulo novo... Mas vocês já sabem: Escola não larga do meu pé. Eu tento postar cada dia um novo capítulo mas é quase impossível tomar essa rotina.

Deixando isso de lado, bora ler a FanFic? ^^



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Alice conversava mais sobre os meninos enquanto eu apenas escutava. Alice tinha seu próprio jeito de ser feliz, seus dentes brancos e alinhados iram fazer qualquer um rir ao ver seu lindo sorriso; Seus cabelos vermelhos, lisos e totalmente penteados. Seus olhos verdes brilhantes iram fazer qualquer um se apaixonar imediatamente. Ah... Alice, minha adorável amiga.

Seus olhos brilharam quando avistou Oliver acenando para nós lá no fim do corredor. Seu rosto antes claro ficou completamente vermelho e saiu um sorrisinho bobo em seu rosto.

– Oliver-Chan... – Disse Alice para si mesma enquanto eu ria de sua cara – O que houve Sarah-Chan?

– Alice... Você esta mais vermelha do que um tomate! – Eu disse rindo

– Ah? – Ela me olhou

– Veja você mesma. – Eu disse mostrando a tela do meu celular.

– Droga! – Ela riu sem graça. – Como eu vou...

Alice foi surpreendida pelo beijo de Oliver o que fez ela ficar mais vermelha do que já estava. Assim que ele terminou de beija-la veio me dar um abraço forte, um forte abraço de urso. Alice arrumava seus lindos cabelos ruivos enquanto ela olhava para nos com seu rosto esculpido parecido com uma boneca. Oliver me largou e assim pude respirar um pouco, deu mais um beijo em Alice.

– Hey, Sarah. Sabe quem esta com saudades? – Perguntou Oliver.

– Hm... Não.

– O magrelo do Bob. – Ele sorriu. Sarah então fingiu não se importar sobre Bob, mas logo vou a pensar nele. Ela foi apenas uma vez lá, e mal conhecia o pessoal direito. – Hey, Sarah você sabia que pode ir lá pensando neles né? Ou ainda não se lembrou?

– Bem, Oliver... Eu não estou muito bem para ir lá... Não agora. – Eu disse e ele apenas bateu nas minhas costas de leve.

– Tudo bem, Tudo bem. – Ele sorriu – Mas tente ir, não os deixe na mão. Eles precisam de você.

– Precisam de mim? – Eu disse

– Ah? Mais é claro que sim, Sarah! – Disse Alice. – Eles são a fonte da sua felicidade, como você dizia antes de entrar sofrer um acidente, entrar em coma e perder a sua memoria. Você precisa deles, e eles precisam de você. Como eu e Oliver. – Ela sorriu com os olhos.

– E-Eu não sei Alice... – Eu disse olhando pro lado. – Eu tenho um pressentimento ruim sobre vocês dois. Algo que vai me machucar muito, que vai me deixar bem... Estranha.

– Não se preocupe Sarah-Chan. – Disse Oliver – Se algo de ruim acontecer comigo e com a Alice aqui, você poderá ir ao mundo. Essa é uma das regras: Se uma pessoa entra no nosso mundo, a partir do momento de seus primeiros passos ela morrera com ele também. Ou seja; Se eu morrer agora minha alma vai ficar lá para sempre... – Ele sorriu novamente.

Eu sorri segurando as lagrimas e prendendo esse pensamento.

– Obrigada pessoal. – Disse Sarah limpando suas lagrimas com a manga de sua blusa. – Vocês me ajudaram desde o dia em que cheguei aqui. Não sei como agradece-los. – Eu sorri ignorando meu pensamento ruim.

– Oh, não chore. – Disse Oliver. – Nos estamos bem, Sarah-Chan. Apenas temos medo de que tudo aconteça de novo... – Ele disse lembrando o fato que aconteceu há alguns dias. – Sabemos que você irá ficar bem, e irá se lembrar de tudo! Somos seus amigos, pode confiar em nos.

Eles me abraçaram e ficamos ali por um tempo.

[...]

– Sarah... O aniversario da Alice é daqui a alguns dias. – Ele disse – Nos poderíamos dar um grande presente pra ela.

– Ah, sim. O que, por exemplo? – Eu disse me ajeitando na cama.

– Não sei. – Ele jogou sua bolsa no pequeno sofá que tinha ali. – Estamos fazendo três anos de namoro. E eu adoraria pedi-la em casamento.

– E por que não pede? – Eu disse

– E-Eu não sei... Eu acho que tenho medo dela não aceitar, dela sair correndo e não falar mais comigo. – Ele disse tirando seu sapato. – E-Eu tenho medo de perdê-la.

– Oliver, a Alice gosta muito de você! Ela fica toda nervosa quando vê você de longe, ela fica toda vermelha e não para de falar seu nome. Você faz ela ficar feliz, você não precisa ter medo de nada. Ela pode não aceitar, mas, a vida continua... Né? Ninguém morre por amor.

Ele me olhou, não tive a certeza se olhava para aqueles buracos enormes sem os globos oculares... Ou se apenas olhava para o chão. Aqueles buracos me davam medo, eu podia ver a escuridão eterna... E tenho medo de me perder nela.

– Essa é a Sarah que eu conheço. – Ele sorriu. – Bem, amanhã iremos comprar nossos presentes! Estou tão ansioso e com medo... Que nem sei dou um sorriso ou se eu choro.

[...]

Nos saímos do hospital e entramos em um ônibus, Oliver mexia suas pernas nervosamente. Ele não sabia o que falar para ela... Era daqui a três dias, e ele não estava muito preparado. Em breve ele sairia dali e iria para uma faculdade, e ele iria levar a Alice com ele.

– Sarah... – Ele me cutucou – Você me ajuda a escolher o anel?

Eu concordei com a cabeça e sorri. Ele apenas sorriu de volta.

Nos descemos do ônibus e somos para o shopping. Entramos em uma loja cheio de anéis, colares, brincos, pulseiras etc. Ele ficou me olhando como se estivesse calculando todos os preços daquela loja e o pouco de dinheiro que tinha. Ele apenas suspirou e entrou na loja com o pé direito, ele foi falar alguma coisa com a dona da loja enquanto eu estava procurando um anel para Alice. Eram todos lindos, não sabia qual eu escolhia. Alguns com pedras de diamantes, outros dourados com pequenos brilhos.

Escolhi dois com pequenos brilhos e foi falar com o Oliver, ele adorou e pagou. A mulher sorriu para nos como se achasse que éramos namorados. Apenas ficamos corados tentando explicar que não era isso que ela estava pensando.

Agora, era minha fez de comprar um presente pra ela. Comprei um urso, presilhas que ela tanto tinha em seus cabelos e um colar. Quando terminamos fomos comer alguma coisa. Oliver comprou hambúrgueres do McDonald’s junto com refringente. Nos andamos ate encontrar um banco isolado, sentamos lá e começamos a conversar.

– Você escolheu um belo anel. – Ele disse – Obrigada, Sarah.

– Você não precisa agradecer Oliver. – Eu disse ajeitando meu cachecol azul, e tomando um gole do meu refrigerante que estava um gelo!

– Você esta diferente. – Ele disse mordendo seu hambúrguer. – Você... Sei lá, esta mais alegre.

– “Mais alegre”? – Eu disse

– Sim. Antes de você... Entrar em coma por três anos, você era mais triste do que agora. Você esta sorrindo mais, esta confiando nas pessoas. Como se o coma tivesse te ajudado. – Ele sorriu mordendo mais uma vez seu hambúrguer – Me prometa uma coisa?

– Claro Oliver.

– Me prometa que vai continuar a sorri, a continuar confiando nas pessoas? – Ele disse olhando para o chão.

– Bem Oliver... – Ele me olhou nos meus olhos, eu não podia falar “não tenho certeza”. Os buracos sem os globos oculares... Droga! Ele sabia como me meter medo. Eu... Eu... – Sim Oliver. Eu prometo.

– Ok. – Ele disse sorrindo. – Vai comer isso? – Ele apontou para o hambúrguer que estava em minhas mãos.

– Não, pode comer. – Eu disse dando o hambúrguer. – Estou tendo problemas com meu estomago ultimamente.

[...]

– FELIZ ANIVERSARIO!!! – Disse alguns amigos de Alice.

– Obrigada pessoal! – Disse Alice sorrindo com os olhos.

Estamos sentados no banco do pátio da escola, esperando o momento certo. Ela estava feliz, e aquilo me deixa feliz também. Ela estava recebendo vários presentes de seus amigos, mas mal esperava o que iria acontecer daqui a alguns minutos. Oliver estava nervoso, não sabia como pedi-la em casamento... Eu então peguei em sua mão, fazendo assim ele olhar para mim.

– Vai ficar tudo bem. – Eu sorri com os olhos, mostrando que estava comprido com minha promessa. Eu não queria abri-los eu sabia que ele estava me olhando, eu não queria olhar para aquele lugar escuro mostrando um pouco de seus ossos. E-Eu não queria!

Eu senti sua mão afastando-se um pouco, e sua perna balançando mais que o normal. Seu rosto suando. Quando vimos Alice estava toda saltitante, ela vinha em nossa direção. Oliver engoliu em seco.

– Oliver-Chan!! – Disse Alice correndo e o abraçando. – Sabe que dia é hoje?

Oliver sorriu, e concordou com a cabeça.

– Falando nisso... – Ele disse. – Eu e a Sarah compramos alguns presentes.

– S-Serio?

– Sim! – Eu disse – E eu garanto que você vai gostar! – Eu sorri.

– Sarah não precisava! – Ele me abraçou forte.

[...]

– Feliz Aniversario! – Eu disse entregando meus presentes, ela os abriu com cuidado e assim que pode vê-los me abraçou forte.

– Muito obrigada, Sarah! – Ela disse, e então olhei pro Oliver que engoliu seco.

– Tudo bem, tudo bem. – Ele disse procurando a caixinha vermelha com os dois anéis. Assim que pegou mostrou para Alice... Ele estava todo vermelho.

– Oliver-Chan isso é...

– Alice v-você q-quer casar comigo? – Ele disse abrindo a caixinha vermelha.

Alice colocou sua mão em sua boca, demorando um pouco para responder. Ela ficou ali, olhando para Oliver que estava com cabeça baixa.

– Sim. Sim! – Disse Alice, e Oliver logo sorriu colocando um dos anéis no dedo de Alice. Eles se abraçaram, e uma luz vermelha começou a piscar. Um carro estava vindo e os dois estavam no meio da rua. Eu tentei gritar mais minha voz não saia, eles estavam sorrindo que mal prestaram a atenção.

– SAIAM DA...!! – Eu fui interrompida por um caminhão que passou por cima dos dois. Meus olhos ficaram arregalados de imediato. Eles foram jogados para a calcada do outro lado da rua, eles estavam completamente esmagados. Oliver estava com a barriga aberta, mas estava quase morrendo, e Alice... Ela não me atendia... Ela já estava morta.

– Sarah... Não... Se... Es... queça... Da nossa promessa... – Ele disse olhando pra Alice... – Alice... Eu... Te... Amo... – Ele então sorriu pela última vez, e então percebi que estava sozinha naquela rua... Meus dois melhores amigos tinham morrido! DROGA! DROGA! DROGA! Eu gritei com todas as minhas forças, eu não consegui salva-los. Se não fosse pela minha estupidez, se eu não tivesse concordado em escolher o anel, se eu não tivesse sido amiga deles, se eu não tivesse nascido... Eles estariam vivos ate agora!

[...]

Eu estava de preto, todos estavam... Eu estava no fundo vendo o padre recitando partes da bíblia, algumas pessoas estavam chorando apenas Sarah estava aguentando. Seus dois melhores amigos... DROGA! Dois pequenos buques de girassóis que eu tinha comprado para os dois e não sabia se tinha coragem ou não de entrega-los. Meus cabelos escondiam meu rosto, meu rosto pálido e triste. Eu estava encostada perto de uma árvore olhando pra os túmulos. Lembro-me de Alice sorrir e sempre falar de garotos, sempre falar de Oliver. Lembro-me de quando Oliver me levou ao outro mundo. Lembro-me como eles me fizeram sorrir.

Uma lagrima quente escorreu dos meus olhos, e desceu ate o queixo. Tão pouco tempo... Tive tão pouco tempo com os dois que nem me lembro mais de seus sorrisos. Eles me prometeram que iriam me ajudar, mas... Eles se foram. Me deixaram aqui, sem ao menos me despedir.

Eu fiz uma promessa para Oliver, e eu estava comprido desde então. Mas, agora eu não sei se posso continuar assim. Sorrir e ignorar o que esta acontecendo em minha volta, eu não entendo por que essa semana tem sido difícil.

Meu pulso direito estava doendo, por causa daquele corte de semana passada. À tarde fria com neve combinava com aquilo. A neve caia lentamente sobre os caixões, sobre o cabelo das pessoas. E eu isolada...

Decidi deixar o buque de girassóis lá, em um banco. E eu quis voltar para o quarto que antes eu dividia. Agora eu estava completamente sozinha...

No caminho de volta para a entrada do cemitério alguém pegou em meu braço e me abraçou tão forte, tão forte que me deu vontade de chorar. Mas... Eu não queria mostrar que eu era fraca, eu prometi para Oliver que eu iria sorrir e continuar confiando nas pessoas.

Eu senti mais uma pessoa entrar no abraço, então eu senti minhas lagrimas saírem, não me importei quem estava me abraçando apenas fiquei ali parada. Tudo que eu queria era deitar em minha cama, tomar todos os remédios que eu tinha e morrer... Morrer com eles.

Depois de um tempo eu me soltei, e finalmente vi quem era que estava me abraçando. Eram meus amigos, aqueles que estavam na recepção do hospital.

– O-Obrigada. – Eu disse para os dois e sorri com os olhos cheio de lagrimas. Então eu continuei o caminho, voltei para o meu quarto deitei e comecei a chorar muito.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Comentem! ^^



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