A garota misteriosa de Sweet Amoris escrita por Samy Chan


Capítulo 8
Capítulo 8 - Você precisa não tocar.


Notas iniciais do capítulo

Hiiii ^^ Não demorei tanto desta vez, espero que gostem! ^^



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“Você precisa chorar, viver em dor só ira te machucar ainda mais! Quando quiser chorar, chore. Assim você ira tirar um pouco da dor. Não se corte mais meu amor. Você tem uma vida inteira pela frente. Não precisa procurar a morte tão cedo. Todos nos te amamos, você sabe disso.”

Oliver a chamava desesperadamente, ao seu lado estava Alice que a olhava com os olhos arregalados. Sarah foi encontrada no banheiro de seu quarto, com o braço totalmente em sangue junto a uma toalha.

Ela gritava por socorro como se tivesse presa em seu próprio sonho. Um pesadelo bem ruim...

– Sarah! – Oliver não conseguia mais balança-la, ela não acordava de jeito nenhum. Ela apenas gritava como uma louca. A única coisa que servia era chamar alguém... – Alice, chame alguém! Ela precisa ser atendida, ela deve ter exagerado nos remédios! Não queremos perde-la, então vá!

– Mas... Oli...

– APENAS VÁ ALICE! – Ele disse em lagrimas, mesmo sem olhos. Alice saiu correndo gritando por todos os lugares por ajuda. Sarah ainda pedia por socorro

– Calma Sarah... Vai ficar tudo bem. – Oliver a abraçou forte, enquanto ela gritava mais e mais.

– O-O que? ... – Na porta do banheiro apareceu um garoto de cabelos loiros com os olhos arregalados.

– Nathaniel, por favor, me ajude! – Nathaniel pegou Sarah pelo colo e saiu correndo para a enfermaria. Sarah se debatia ela não estava conseguindo se controlar ninguém nunca tinha visto aquilo...

Sarah gritava mais e mais, aquilo era de tirar os nervos. Ninguém nunca viu um pulmão tão forte sem dar pausas...

Sarah foi colocada em uma cama e sedada com alguns remédios mais fortes que os que ela estava tomando. Eram calmantes.

Finalmente ela parou...

Ela dormia calmamente, seu rosto pálido estava com uma reação aliviada. Sarah estava presa em seu próprio pesadelo, talvez por conta de ter voltado a se cortar.

[...]

No meio da tarde Sarah acordou sem ir para a escola, estava frio então não estava muito a fim de se levantar, mas escutava alguém respirando em seu lado. Era Alice. Ela estava dormindo, com uma cara não muito boa de preocupação.

–... Lice... – Eu sussurrei pra mim mesma sem forças. Ela continuou com os olhos fechados, com a preocupação em sua face. Seus cabelos lisos avermelhados que batiam ate sua cintura, suas maças um pouco avermelhadas por causa do blush que ela passou antes de vir. E seus olhos verdes como uma joia rara. Sarah sorriu para ela, mesmo não vendo e então sussurrou novamente – Obrigada por estar aqui comigo... Alice. – Sarah sorriu com os olhos cheios de lagrimas, virou para a parede e dormiu novamente.

[...]

Era o comecinho da noite quando Sarah estava se debatendo novamente, algo estava em cima dela.

– Sarah! – Disse Alice acordando assustada e a sacudindo. – Vamos, Sarah!

Alice a sacudia para tentar acorda-la, mas não adiantava ela se debatia como hoje de manhã. Alice já estava preocupada com aquilo.

– D-Desculpe Sarah! – Disse Alice dando um forte tapa na cara de Sarah que assim acordou. Sarah começou a chorar vendo que estava à salva. – Calma. Vai ficar tudo bem, tudo bem...

– Alice... – Sarah não conseguia falar, ela não estava bem, ela estava mal. Alice estava chorando também, não gostava de ver sua amiga assim... Ela se lembrava dela! Dela que deixou todos ali, chorando por sua morte. Ela era assim, todas as vezes que dormia tinha medo de se perder na escuridão eterna. Alice não queria que Sarah morresse...

– Droga, Sarah! Você não podia ter se cortado. Você me matou de susto. Nunca mais me assuste assim, sua idiota! – Alice riu tentando alegar o momento.

[...]

Sarah estava saindo do hospital junto com Oliver e Alice que estavam a ajudando. Ela estava fraca por perder um pouco de sangue, e por ter tomado muitos remédios. Ela meio que escorregava no braço de Alice, pois não tinha mais o controle de seu corpo. Ela precisava de um tempo para descansar.

No caminho para a porta vi Victor e o garoto que ainda não sabia o nome estavam sentados com cara de nervosos. Victor me viu e queria se levantar, mas se lembrou do que eu tinha feito, e o outro garoto nem olhou para mim. Como seu eu não existisse... Meus olhos se tornaram tristes naquele instante...

“Vai ficar tudo bem” – Pensou Sarah olhando para o chão. – “É só um momento de raiva, eles irão falar comigo de novo.”.

Assim que voltaram para o quarto Sarah decidiu descansar, ela estava muito fraca. Ela estava tonta, não conseguia falar e ainda mais seu braço direito estava enfaixado.

Ela precisava tomar seu remédio, mas... Não agora. Tomar muitos remédios está mexendo com ela, ela deveria ter escutado a Diretora.

– Sarah... – Disse Oliver – E-Eu e a Alice iremos ficar aqui com você, sabe caso você se debata de novo.

– O-Obrigada... – Sarah fechou os olhos, suspirou e dormiu.

[...]

– Hey... Você esta bem? – Dizia alguém me cutucando – Pare de dormir, a escola não é tão chata assim!

Sarah abriu um pouco os olhos, ela não se lembrava do que estava fazendo. Estava de dia, ainda estava nevando, mas... Ela não se lembrava do que estava fazendo.

– Você é meio doidinha, confesso. – Disse uma mulher de cabelos pretos quase iguais do da Sarah. – Me chamo Selina e você?

– Sarah... Sarah Pearce. – Eu disse olhando para o meu colo, eu estava ouvindo uma música em um notbook. E eu não estava mais com o uniforme da escola.

– Nome bonito. – Ela disse se sentando em meu lado.

– O que esta fazendo aqui? Você não é muito velha para estar numa escola? – Eu disse levantando uma de minhas sobrancelhas.

–Oh... Isso. – Ela olhou para o lado. – Eu vim falar com a diretora.

– Então vá. Antes que aquela velha te de sermões. – Eu prestei atenção em meu computador, então coloquei os fones. – Obrigada por vir falar comigo, Selina.

A mulher me olhou estranho enquanto eu a encarava. Ela apenas sorriu entendendo o recado, e foi em caminho a diretoria.

Olhei meu braço direito que estava enfaixado, senti uma faca entrar em meu coração... Ela estava sozinha naquele instante. Um ótimo lugar para tomar remédios...

Ela sorriu, Sarah sabia que acabaria se matando tomando vários e vários remédios todos os dias. Mas ela escolheu assim... Ela escolheu viver assim, preocupar os outros.

Enquanto a música rolava ela procurava em sua bolsa seus remédios. E lá estavam duas caixinhas: Uma rosa e a outra laranja. Pegou quatro das duas e engoliu sem água. Ela continuo a mexer em seu computador ignorando o que tinha acabado de ter feio. Ela tinha acabado de se matar mais uma vez, ela já estava morta por dentro. Mas tudo bem, ela não estava mais se importando com isso.

O sinal tocou, e aquele corredor que antes estava vazio estava cheio. Ela guardou seu computador em seu armário e foi para sua sala, aula de história.

“Que saco” – Pensou Sarah. Entrando em sua sala e sentando na última carteira perto da janela que dava para a quadra. Um professor estava dando aula de Educação Física naquela hora, pude ver que Victor e Alice estudavam na mesma sala. O que fez Sarah sorrir para eles assim chamando a atenção de um outro aluno.

– Senhorita Sarah? – Disse o professor. – Poderia me dizer o número da pagina que estamos lendo?

– 175 – Disse, e o professor apenas concordou com a cabeça dando um sorrisinho simpático para mim.

– Então continuando... – Eu comecei a olhar o pessoal lá fora o quanto eles estavam se divertindo, o quanto aquilo ali me deixou feliz. Ver duas pessoas com quem eu poderia chamar de amigos estudarem na mesma sala. E estarem se divertindo juntos.

– E melhor você prestar mais atenção na aula – Sussurrou Oliver que tinha sentado em seu lado. – Se você ficar só olhando pra janela vai tirar um zero no teste.

– Desculpa... E que olhar para lá me acalma. – Sussurrei de volta.

– Tudo bem, tudo bem – Ele disse – Mas, por favor, preste atenção na aula.

Eu fiquei alguns segundos antes de olhar para o professor.

[...]

Era aula de música, e Sarah tinha dificuldades com todos os instrumentos que tentava tocar, flauta, piano, violão, guitarra, bateria etc...

Ela não se dava bem em nada! Era um fracasso em tudo. Foi tentar novamente o piano não conseguia ler a paleta que estava a sua frente.

– Droga – Ela disse batendo sua cara nas teclas do piano assim fazendo um forte e agudo som. – Não consigo me dar bem em nada!

– Você precisa de ajuda senhorita? – Disse o professor aproximando-se do piano.

– *Sensei... – Eu disse ajeitando minha postura. – Sim... Eu não consigo me dar bem em nada! Ate mesmo em pequenos instrumentos eu sou um fracasso.

– Você não é um fracasso. – Ele sorriu para mim – Apenas precisa de um pouco mais de treino, o grande truque para tocar um instrumento é relaxar: Veja.

O professor estralou seus dedos e começou a tocar, ele fechava os olhos enquanto seus dedos apartavam as teclas. Era uma linda melodia, uma bem calma. A Sala inteira parou o que estavam fazendo e parou para ouvir a linda melodia que o professor tocava.

Ele passou ali tocando por um tempo e quando finalmente parou, olhou para os meus olhos e sorriu como se fosse um alivio ter tocado para mim. Meus olhos arregalados como se nunca tivesse escutado uma melodia como aquela.

– Viu? O grande segredo é relaxar. – Ele disse enquanto a sala inteira batia palmas para o sensei. – Obrigada pessoal, apenas fiz meu trabalho como professor. – Ele parecia tão calmo com aquilo e agradeceu como pode.

Quando a aula acabou estava querendo correr para o meu quarto, e dormir como nunca fiz antes. Mas o professor me chamou.

– Você tem um minuto, Sarah? – Disse o professor.

– Claro Sensei. – Eu disse me sentando na cadeira de novo.

– Estou te esperando lá fora, Sarah – Disse Alice rindo igual a uma boba, ela saiu toda saltitante. O professor então fechou a porta.

– Vi que você tem uma grande dificuldade em minhas aulas. – Ele disse apagando a lousa – Não tive outra escolha a não ser te colocar no reforço.

– Ah? Reforço de música? – Eu disse.

– S-Sim. – Ele começou a arrumar suas coisas. – Talvez com a ajuda da música você possa se lembrar de alguma coisa. Uma canção de ninar ou algo do tipo.

– Ah, sim! Esta tudo bem então, Sensei.

– Ótimo! – Ele sorriu com os olhos – Então a partir de amanhã depois das aulas você ira começar seu reforço.

– Obrigada, Sensei. – Eu sorri e fui para a porta – Tenha uma boa noite, com licença.

[...]

– Certo Selina. Amanhã você poderá pegar ela. Mas deixe-a tomar seus remédios direitos, e lembre-se quando ela terminar venha pegar mais.

– C-Certo Olivia. – Disse Selina. – Talvez seja para o bem da Sarah. Talvez ela se lembre mais rapidamente lá em casa.

– Sim! – Disse a diretora indo para a porta – Mas se ela não melhorar, pode trazê-la a qualquer momento ou hora.

– Muito obrigada, Olivia.

[...]

– Bem Sarah o que o professor falou? – Disse Alice toda sorridente.

– Bem, ele só me disse que eu estava na recuperação. Nada mais. – Alice levantou uma de suas sobrancelhas.

– Como assim só disse que você estava de recuperação? – Ela cruzou os braços – Como um professor bonito daquele não lhe falou nada de mais?

– Bem Alice... O Sensei é um pouco bonito, mas... Ele não faz meu tipo. E mesmo se fizesse eu não iria correr atrás. Seria bem estranho uma aluna e um professor. – Eu disse.

– Ah Sarah pare de frescura! Eu sei que você gosta do professor. Da pra ver em seus olhos. – Ela disse abrindo um sorrisinho.

– Por favor, Alice. – Eu fiquei vermelha – E-Eu não gosto de ninguém.

– Hm... Não? – Ela levantou novamente uma de suas sobrancelhas. – O que você acha do Victor e do Emerson? Eu vi você olhando para eles na recepção. Você ficou triste Sarah!

– QUE? – Eu disse me engasgando com a água que eu estava tomando. – Eu n-não gosto de ninguém, Alice.

– Tudo bem, Tudo bem. – Disse Alice rindo um pouco e me abraçando. – Mesmo que gostasse de alguém, eu não iria deixar essa pessoa te magoar!


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Notas finais do capítulo

*Sensei: Significa professor.
O que acharam? Gostaram? Comentem! ^^



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