My Dear and Love You escrita por Aninha


Capítulo 12
Tudo possui frente e verso


Notas iniciais do capítulo

"Eu voltei! Agora pra ficar, porque aqui, aqui é meu lugar! Eu voltei!" Antes de tudo, dedico esse cap a lindona da Smiling Girl, um beijo linda! E também a Babi Singer, que fez uma recomendação em formato de comentário é que me deixou chorando aqui em casa! Kkk Olá pessoas lindas do meu coração! Tudo certinho com vocês? Quem achou que eu tinha morrido levanta a mão o/. Ok. :( Brincadeira galerinha! Estou aqui e voltei, agora pra ficar (música no ar Kkkk). Sem brincadeiras agora, vocês não cumpriram minha meta, o que me deixou muito chateada! Mas algumas meninas me deram a ideia do seguinte, quando um cap atingir 15 comentários vai ter o bônus, e vocês vão escolher quem vai narra a história e qual a música, o número mais votado ganha. Vamos conseguir? Porque assim não prejudico ninguém. O que acharam? Então está combinado? Boa leitura galerinha e Até lá em baixo!



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Não consegui parar de rir. As duas figuras que estavam em minha frente me olharam com cara feia.

— O que vocês estão fazendo? — perguntei, ainda não contendo minha risada.

Marlee e Nicolleta fizeram cara feia.

— Estamos com a cara preto! — resmunga Marlee apontado para seu rosto, onde uma tinta preto cobria sua pele.

— Isso eu já percebi. Mas por que estão fazendo isso?

Nicolleta passa mais uma camada de tinta em seu rosto e entrega o pote com tinta para Marlee.

— É para a semana afro descendente que a escola está organizando. Eu e Marlee nos candidatamos.

Gargalho ainda mais.

— E onde arrumaram está tinta?

— Com o novo professor de artes, que por sinal é um Deus grego! — fala Marlee se abanando com sua mão.

Reviro os olhos.

— O que é isso? — uma voz atrás de mim, praticamente, grita.

Olha para trás e vejo Celeste com uma cara de deboche olhando para as meninas. Junto com ela, Kriss e Bariel riam cinicamente.

— O que é foi? Nunca viu uma mulher bonita na sua vida não? — pergunta Nicolleta se aproximando de mim.

Celeste gargalha e a olha com um olhar cinicamente.

— Se isso é bonita, não quero nem saber o que é feia.

— Se olha no espelho que vai descobrir rapidinho. — rebate Marlee, também se aproximando de mim.

Celeste ri.

— Como eu sou má educada! Não me apresentei. Sou Celeste, queridinha. E pelo visto você é mais lesada.

Abro minha boca para contestar, mas sou interrompida.

— O que disse sobre minha irmã?

Olho para trás vendo Maxon com uma sobrancelha erguida.

— O... O que... Que? — Celeste gagueja.

Maxon sorri ironicamente e passa um de seus braços por cima dos braços de sua irmã.

— Estava falando algo sobre minha irmã? — pergunta novamente.

Vejo o rosto de Celeste ficar pálido, Nicolleta ri.

— Ai irmãozinho, essa menina veio encher meu saco sem nem me conhecer. — diz.

Maxon levanta uma das sobrancelhas para Celeste, como se perguntasse "É verdade?". Em seguida Celeste nega com a cabeça em desespero e se afasta de nós, puxando Bariel e Kriss junto.

Quando elas se afastam, começamos a rir.

— Desde quando Maxon é defensor? — pergunto me controlando.

Maxon ri me provocando.

— Sempre fui, você que nunca percebeu.

Quando vou respondê-lo, Nicolleta me corta.

— Sem brigas crianças.

Mostro-lhe a língua, enquanto Marlee ri.

— O que é isso em seus rostos? — pergunta Maxon, passando a mão de leve no rosto da irmã.

— Tinta. — responde simplesmente, mal ligando para o que o irmão fala.

Ele lhe mostra a língua.

— Isso eu sei, mas qual é a necessidade disso? — perguntou novamente.

Nicolleta ri, entendendo finalmente o que o irmão queria.

— Estamos participando da semana afro descendente.

Maxon ri.

— Vamos logo para a aula, antes que o sinal toque. — reclama Marlee.

— Tudo bem qual é sua aula agora? — Nicolleta pergunta apontando para Marlee.

— Matemática.

Ela aponta para mim.

— Biologia.

Aponta para Maxon que estava parado nos encarando como uma besta que é.

— Física.

Ela suspira.

— Tenho história, não estamos juntos.

Marlee ri.

— Nós nos encontramos no intervalo. Agora vamos para a sala.

Cada um vai para sua respectiva sala. A aula em si se passa rápido e logo estávamos no intervalo. Por incrível que pareça Maxon sentou-se conosco, o que fez Aspen ficar olhando desconfiado para nós. Mas no final estava tudo muito engraçado, até Maxon resolver encher o meu saco.

— Então Meri. — irritou-me.

Sorri, se ele queria jogar, eu já estava dentro do jogo.

— Pode falar, doce amor.

Ele trinca o maxilar, mas em seguida sorri, percebendo que eu estava dentro de seu jogo.

— Merizinha — provocou novamente. — Lembra do yim-yang?

Olho para Maxon surpresa. Por que ele estava falando aquilo? Não tínhamos contado ninguém sobre a empresa, por que logo agora ele resolverá contar?

Concordei com a cabeça minimamente.

— Olha para trás. — mandou.

Imediatamente olhei para trás. O problema era que, não sou eu me virei para ver o que estava acontecendo, Aspen, Marlee e Nicolleta também se viraram.

O que vi me assustou, o homem de cabelos pretos com alguns fios brancos, procurava por toda o refeitório uma pessoa em particular. Ele era alto e forte, podia ser muito bem confundido com uma mureta. Ele tinha um rosto assustador, é uma criança tão grande que assustava qualquer pessoa em que seu olhar direciona-se.

Lembrei-me do homem com que o nosso professor conversava, tinha o visto pouco, e apenas por uma fenda na porta, mas fora o suficiente para memorizar aquele rosto.

Virei-me rapidamente arregalando os olhos para Maxon, que apenas abaixou sua cabeça.

— Quem é aquele? — perguntou Nicolleta.

— E o que é Yin-Yang? — perguntou Marlee.

Aspen apenas nos olhava, aguardando uma resposta.

— Respondendo sua pergunta Nicolleta, quepe é ... — Maxon me olhou em desespero.

— É um homem que jogamos barro sem querer nele. — menti.

Maxon suspirou aliviado. As meninas me olharam, não acreditando no que eu havia dito, e Aspen apenas rio.

— E a sua pergunta Marlee, pode deixar que eu respondo. — começou Nico — expõem a dualidade de tudo que existe no universo, Yin é o feminino, a terra, o escuro, a noite, o frio, a lua, o princípio passivo, a absorção; e Yang é o masculino, o céu, a luz, o dia, o quente, o sol, o princípio ativo, a penetração. Dessa forma, juntos eles compõe a totalidade equilibrada do mundo manifestado em duas polaridades. Tudo se completa, tudo tem seu lado bom e ruim.

Marlee sorri e Aspen bate palmas para ela, que ri. Meu desespero era tanto que nem me admiro no quando Nicolleta sabia sobre aquele símbolo. Queria lhe perguntar de onde ela sabia tudo aquilo, mas meu desespero era tanto, que eu mal sabia o que estava pensando.

O sinal do final do intervalo tocou, me fazendo suspirar aliviada. Percebi que Maxon teve a mesma reação que a minha.

— Qual é a aula de vocês agora? — perguntei.

— Física. — Aspen, Marlee e Nicolleta falaram juntos, rindo em seguida.

— A minha é história, e a sua? — perguntou me Maxon.

— Matemática. — suspirei.

— Minha sala é perto da sua, vou com você. — falou Maxon.

Concordei com a cabeça e vamos para nossa sala. O corredor estava deserto, provavelmente, se não corrêssemos, perderíamos a aula, mas eu não me importava com isso.

— América. — chamou Maxon.

Olhei-o. O que aconteceu em seguida foi muito rápido. Ele me empurrou em direção aos armários e me prensou lá. Ele se aproximou ainda mais de mim.

— Acho que gosto de você. — sussurrou.

— Não gosta não. — sussurrei igualmente.

Não sabia porque estava fazendo aquilo, mas o fato de Maxon estar muito perto de mim, me deixou com medo de gritar em seu ouvido.

— Eu tenho certeza.

— Não, você está tentando me conquistar, e isso não vai rola. — empurrei-o.

Ele riu.

— Não é verdade.

— Maxon, nem tente. Podemos ser amigos nada mais.

— Grossa. — ralhou.

— Babaca.

— Ignorante.

— Irritante.

— Insensível.

— Tarado.

— Idiota.

— Acéfalo.*

— Pegou pesado em! — disse Maxon rindo.

— Vai a merda Maxon! — briguei.

— Já fui hoje.

Mostrei a língua para ele, me afastando em seguida.

— Infantil! — gritou rindo.

Deixei-o falando sozinho, e olhei para as horas. Não conseguiríamos entrar mais na sala. Maxon veio correndo até mim.

— O que iremos fazer? — perguntou.

— Eu vou ir a biblioteca, já você, eu não sei.

— Mas falou que poderíamos ser amigos. — falou rindo.

— Desisti da idéia.

Ele gargalhou.

Acabamos indo juntos para a biblioteca, mesmo Maxon me enchendo a paciência. Quando chegamos lá, fui direto a uma estante que tinha livros do Carlos Drummond de Andrade.

Peguei um dos diversos livros entre as estantes.

— Que livro é esse? — perguntou-me Maxon.

— Sentimentos do mundo.

Ele fez careta.

— Chato.

Ri de seu comentário. Acabei não conseguindo ler, já que Maxin não parou um segundo de falar na minha cabeça.

— Qual é o lado bom dessa nossa amizade? — perguntou-me Maxon, enquanto eu procurava outro livro para ler, já que aquele precisava de concentração, e Maxon não me deixaria ter isso naquele momento.

— Não sei. — disse apenas, pegando um livro que contava a história do Yim-Yang.

— E se não tiver um lado bom? — perguntou-me novamente.

Ri.

— Tudo possui frente e verso. — citei uma das sete leis que compõem os princípios do Yin e do Yang.

Ele riu.

— E se nossa amizade chegar no amor? — perguntou-me novamente.

Suspirei rindo.

— Ainda está tentando me conquistar?

Ele riu mais ainda.

— Não vai rolar Maxon.

— Mas e se nossa amizade acabar e dar início a um amor?

Suspirei novamente.

— Eu não sei Maxon, mas por enquanto eu te odeio.

Ele riu.

— Igualmente. — ele suspirou. — Uma última pergunta. — concordei com a cabeça e ele continuou. — Quando esse ódio vai acabar?

— Não sei. — sorri. — Mas tudo que tem início tem fim. — citei a última lei que compunha o Yim-Yang

Maxon gargalhou.

— Está viciada nesse símbolo agora?

— Falou que aquela era a última pergunta! — brinquei. — Está parecendo uma criança quando chega na fase de perguntar tudo.

Ele riu. O sinal tocou naquele exato momento.

— Vamos para sala. — chamou.

Concordei com a cabeça e fomos. O resto das aulas se passaram rapidamente. Maxon e Nico me oferecerá, carona para casa, por estar a pé e a chuva ainda estava caindo ao lado de fora da nossa escola. Obviamente, aceitei.

Logo quando cheguei em casa, vi uma pessoa sentada em frente à porta, pronta para me dar um susto.

— E ai irmãzinha! — gritou Kota, quase me fazendo dar um pulo para trás, quase caindo na chuva novamente.

Fuzilei meu irmão, que apenas riu do meu susto.


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Notas finais do capítulo

Acéfalo* - falta de inteligência.
Então pessoas, antes de tudo, a atitude de Marlee e Nicolleta não é nenhum tipo de racismo, que fique claro, e essa iniciativa não foi inventada por mim, apenas repassada. Ok?
O que acharam do cap? Tivemos um pouquinho mais do Yim Yang. E para quem gostaria de saber todas as leis e tudo mais eu pesquisei nesse site aqui: http://www.dicionariodesimbolos.com.br/yin-yang/. Achei tudo bem explicado e quem estiver curiosidade, vale a pena dar uma olhada. Com esse cap terminamos a 1º estava da fic (lembrando que temos 3º etapas) e no próximo cap já estão acontecendo muita emoção, e muitos personagens novos. Então é isso galerinha! Espero que tenham gostado, comentem, recomendem e tudo mais! O próximo cap sai semana que vem! Um beijo, um queijo e até o próximo!!!



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