Realidade Imaginária escrita por Duda Mockingjay


Capítulo 26
Se isso fosse um filme do Peter Pan, eu seria o Capitão Gancho!


Notas iniciais do capítulo

Hey meu amoresss!!! Finalmente to de fériaaass!!!!! Nem acredito que vive pra dizer isso!
Logo estou mais empenhada nos caps e pretendo ser mais rápida tbm! Nesse cap de hj incluí uma parte Bônus pra ajudar vcs no mistério...
Ah espero que depois de ler o cap vcs entendam o pq desse título que dei! huehuehuhe
Então vamos logo Jujubas, o tempo está correndo... tic,tac,tic,tac



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Sonho ruim...

Claro! Foi isso.

Aquele foi apenas um sonho ruim.

Um sonho muito, muito ruim.

Eu vou acordar e ver que estou na minha cama, enroladinha no edredom, ouvindo os gritos dos campistas lá fora, protegida e feliz dentro do chalé.

Porque tudo isso é só um sonho ruim...”

Bem, era mais ou menos isso que minha pobre e inocente mente tentava com todas as forças acreditar. Apenas um sonho ruim. Esse se tornou meu mantra logo que comecei a voltar a consciência. Primeiro senti a água ao redor, era o mesmo mar, mas de alguma forma eu o senti diferente. Como se pudesse entender cada molécula, cada pedacinho da água. Senti os mínimos filetes de sal, senti a água se arrastando pelo meu corpo. Senti tudo. Tudo estava mais aguçado, mais claro. Como se até aquele momento uma parte minha que estava adormecida tivesse acabado de acordar com energia total.

Eu sentia a água fazendo parte de mim. Não como o normal de qualquer humano. Era como se cada parte de mim se conectasse com cada parte da água.

Como se finalmente eu soubesse quem eu era.

É … bem bizarro,não?

Mas foi exatamente isso que aconteceu. E enquanto minha cabeça dava voltas, tentando entender a situação, eu respirei fundo e abri os olhos lentamente. Ver as plantas flutuando e as bolhas que saíam de minha boca flutuando ao meu redor me deu um pequeno momento de calma e....

ESPERA! Plantas flutuando? Bolhas saindo da minha boca?

Qualquer pensamento de que aquilo poderia ser um sonho saiu da minha mente. Aquilo era muito, muito pior! Senti minha respiração acelerar ao ver que algo continuava prendendo meu tornozelo....

ESPERA MAIS UMA VEZ! Eu estava respirando....EMBAIXO D'ÁGUA!

Fechei os olhos e prendi a respiração. Ok, aquilo deveria ter uma explicação bem normal. Eu iria abrir os olhos e tentaria respirar, água ia entrar pela minha boca e eu ia tossir loucamente. Não, não era algo bom, mas aquilo era o normal! Abri os olhos, disposta a fazer o que minha mente dizia, mas ao respirar eu não senti o que qualquer pessoa sentiria, água invadindo a garganta e o nariz, tomando o lugar do ar e a tosse saindo descontrolada e alguns minutos depois o que resta é um corpo sem vida. Não, se isso tivesse acontecido tudo bem porque é o normal que deveria acontecer.

Mas não!

Quando abri a boca e “respirei” senti o ar entrando por meu nariz e saindo pela boca, uma respiração completamente normal como se estivesse na superfície e não no fundo do mar. Como eu podia fazer aquilo? Bem, senhoras e senhores essa é a pergunta que vale 1 milhão! Era como se a água se transformasse em ar quando entrava em meu nariz e voltava a ser água quando saía pela boca.

Ok, é realmente difícil de explicar, mas não me culpem!

Quem conseguiria explicar como é respirar debaixo d'água? Bem, o Percy talvez, mas...

Um pontada na perna me fez esquecer meu mais novo “poder” e me concentrar no monstro idiota que continuava a me puxar mais e mais para o fundo do oceano. Ele estava de costas para mim, puxando com velocidade incrível, e segurava minha perna com seu rabo que era duro e escamoso e parecia ser bem flexível já que dava mais de quatro voltas no meu tornozelo com facilidade. Olhando melhor vi que o animal era escuro e que escamas pontudas e afiadas saíam de seu corpo formando uma trilha em suas costas. E ele era enorme! Maior do que qualquer animal que eu já vira na vida. Um arrepio de medo subiu por meu corpo enquanto a criatura continuava a nadar de um lado a outro.

Balancei a cabeça, determinada. Eu não podia me deixar abalar, não podia desistir e não ia deixar esse réptil, nojento me levar pro meio do mar e fazer sei lá o que comigo. Sim, eu havia desistido antes e deixado ele me levar, mas qual é! Eu consegui respirar debaixo d'água! Isso tinha que significar alguma coisa, tipo um sinal do céu ou sei lá. Olhei ao redor e vi uma pedra resistente e pontuda pousada na areia. Provavelmente a pedra se partiria em mil pedaços quando se chocasse contra o corpo do bicho, mas eu tinha que tentar alguma coisa, qualquer coisa. Peguei-a, com certa dificuldade já que a velocidade com que era arrastada quase me fez perder minha chance de escapar, e me curvei o máximo que pude para chegar perto do rabo dele. Usando toda a força que tinha, bati a pedra várias vezes contra as voltas que prendiam minha perna, violenta e rapidamente. Acho que aquilo não o machucou nem um pouco, mas ele acabou por soltar minha perna dando um grunhido de raiva e me lançou num movimento bruto para o lado contrário ao que ele nadava.

Bem, se eu queria irritá-lo havia atingido meu objetivo!

Depois de dar mil cambalhotas submersa, consegui parar e nadei o mais rápido possível no sentido da praia. Eu só precisava chegar um pouco mais perto e submergir, Leo me veria e conseguiria me ajudar. Plano perfeito e infalível!

Até eu perceber que era quase um Cebolinha em relação à planos.

Consegui dar algumas braçadas, cheia de esperança, mas não fui rápida o suficiente. O monstro, que nadava umas cinco vezes mais rápido do que eu, me alcançou facilmente e lançou meu corpo contra uma rocha enorme fincada na areia. Senti meu pulso deslocar e um filete de sangue escorrer do meu nariz e manchar a água cristalina. Me virei, gemendo e tentando recuperar o “ar” perdido, até que me vi cara a cara com o animal.

Era um crocodilo.

E eu não digo um crocodilo como “Ah um normal e terrível crocodilo!”, o que já é bem ruim, mas não!

Era um imenso, gigantesco, colossal crocodilo. E como eu sei disso? Bem, acredito eu que não é todo crocodilo que tenha quinze metros de comprimento, cinco de largura e uns três de altura! Isso como média já que eu não tinha uma fita métrica e aquele bicho com certeza não me deixaria medi-lo. Provavelmente este que estava cara a cara comigo era o único ou um dos poucos da espécie de crocodilos gigantes. Ele era verde com olhos brilhando em dourado enquanto de suas costas saíam escamas enormes e que pareciam bem afiadas. Ele parecia um animal pré-histórico saído direto do Jurassic Park e eu gostaria que ele estivesse tão extinto quanto aqueles dinossauros. “É meteoro, acho que você esqueceu de destruir um!”. Pena que querer não é poder e o animal continuava vivinho em minha frente. Ele me encarava com uma fúria implacável que fazia seus olhos cintilarem e seus dentes pontudos parecerem um sorriso de escárnio por saber que eu não tinha como fugir. Pior foi ouvir uma voz grotesca e rouca soar em minha mente:

Não tem para onde correr semideusa e, se o mestre não quisesse você viva, você já seria meu almoço a muito tempo! Mas isso não quer dizer que eu não possa brincar um pouco.”

Olhei o crocodilo em minha frente. A voz vinha dele! De alguma forma eu tinha essa certeza. Mas como? E pior, quem era esse tal mestre? Sem tempo para filosofar sobre minha capacidade de Branca de Neve em falar com os animais, ele enlaçou seu rabo em meu pescoço em um movimento rápido e apertou lentamente. Ele parecia saborear cada momento, cada gemido meu e eu, inutilmente, tentava bater e socar seu rabo, me esperneando para tentar achar uma forma de escapar, mas isso só fazia o resto do ar em meus pulmões escaparem mais rapidamente.

Eu estava completamente presa!

Sem escapatória, apenas vendo meu fim chegar, lenta e dolorosamente, e me sentindo de mãos atadas contra a morte iminente.

Mas porque? Porque eu iria para de tentar lutar agora? Não, eu iria usar até meu último suspiro. Se consegui lutar contra aquele manticore estúpido poderia muito bem tentar lutar contra esse crocodilo idiota. E, além do mais, ele não iria me matar. Ele queria me imobilizar e me levar pro tal mestre. E se o servo é um crocodilo imenso, não quero nem dar de cara com esse mestre! Eu podia fazer algo, eu não estava totalmente de mãos atadas.

No meu último fôlego concentrei toda a minha força nas mãos livres e fiz com elas um movimento determinado, como se empurrasse algo em direção ao monstro, um movimento que surgiu como uma ordem em minha mente. Aquele movimento inocente e que parecia mais uma dança, algo que pra mim não faria mal a um peixinho dourado, foi mais perigoso do que eu esperava, pois a água se modelou aos meus braços e seguiu meus movimentos indo em direção ao monstro com uma velocidade extremamente rápida. Foi incrível! A água seguiu minha ordem que nem eu mesma sabia qual era. Meus pensamentos pareciam um mar em dia de tempestade, furioso e incontrolável, e a água ao meu redor replicava todos esses sentimentos como se lesse minha mente. Eu realmente não sabia a força que tinha, pois a pressão das correntes de água que saíram dos meus braços fez a criatura ser jogada tão longe que se tornou apenas um ponto escuro na imensidão azul, tão distante que nem parecia mais um crocodilo gigante, mas eis o problema: eu também fui jogada a metros de distância, no sentido contrário ao do animal. Dei tantas cambalhotas de costas que estava prestes a vomitar até minha cabeça se chocar contra uma rocha e eu ver algo vermelho vivo manchar meu cabelo e a água.

Sangue.

Meu sangue.

E só de imaginar o buraco que deveria estar em minha cabeça minha vontade de vomitar triplicou. Respirei fundo, agora não era hora de ter uma ataque por causa de sangue. Olhei ao redor e percebi que o lugar estava mais claro, o Sol conseguia chegar mais facilmente ali o que significava que eu deveria estar bem mais perto da praia do que antes. Olhei para trás, esperando ver aquele bicho se aproximando de mim mais uma vez, mas nem sinal dele. Um pra mim, zero pros monstros estúpidos que tentam me matar todo dia! Estava preparada pra fazer uma 'dancinha da vitória' quando uma tontura me atingiu junto com uma pontada forte na cabeça e eu me senti afundar lentamente até sentir a areia branca e macia do fundo do mar. Acho que o furo em minha cabeça foi mais intenso do que eu esperava....

Mas não havia mais sangue ao meu redor..... meu nariz não doía mais... nem meu pulso......

Tudo parecia tão em ordem.....

e aquela areia parecia tão macia....

e confortável.....

Estava perto da inconsciência quando senti fracamente um movimento próximo a mim. Virei a cabeça, sentindo uma fraca pontada, e vi uma pessoa nadando graciosamente para perto de mim. “Oh não. Eu morri e vou ser levada pro céu por um anjo que sabe nadar.”. Não consegui me mover e na hora que ia tombar para trás de puro cansaço senti braços fortes me segurando antes que atingisse a areia fofa. Abri minimamente meus olhos mais uma vez e vi um garoto me encarando com seus olhos verdes-mar preocupados e seu cabelo negro flutuando calmamente ao redor do rosto. Percy. Ele chegou mais perto e sussurrou:

– Você vai ficar bem.... vai ficar tudo bem....

De alguma forma ele me trouxe calma, me trouxe paz com aquelas poucas palavras. Senti seu outro braço envolver meus joelhos e no segundo seguinte eu estava em seu colo sem nenhuma força para me mexer. Percebi que ele criou uma bolha isolada do mar onde mantinha apenas o ar puro, mas aquilo não fez diferença para mim, mesmo ele não sabendo que respirar embaixo d'água não era mais problema pra nenhum de nós. Senti uma onda criada por ele nos envolver e nos levar a superfície. Antes de sentir o calor do sol em meu corpo e ver o céu azul ouvi a voz rouca e gutural mais uma vez em minha mente, tão alta que parecia estar sendo gritada a céu aberto:”Isso ainda não acabou Língua Encantada.”. Me encolhi e percebi Percy aperta meu braço protetoramente. E enquanto nós seguíamos para a praia envolvidos por aquele turbilhão de água eu mergulhei involuntariamente na inconsciência e só lembro de ouvir Percy perguntar a si mesmo em um sussurro:

– Como você sobreviveu tanto tempo no fundo do mar?

Bem querido Percy, acho que você já sabia a resposta, mas aquela história seria bem interessante de se contar!

–*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Enquanto isso, não muito longe dali, escondido entre as folhas verdes e os troncos espessos das árvores, algo se camuflava dos olhos humanos. Não andava ou respirava, flutuava através dos troncos e com as sombras se assemelhava. Sem nome, ele vagava pelo acampamento seguindo as ordens daquele que o criou. E por dias ele tinha a mesma missão: Matar a garota e entregá-la ao mestre. Porém ali, naquela única tarde, ele já falhara duas vezes. Ele tinha certeza de que a fúria contida e explosiva do filho de Hades daria um jeito na semideusa. Eles já brigavam todos os dias, pareciam não se dar bem, se ele fizesse algo contra ela não parecia algo tão estranho assim. E sabendo disso ele tomou o corpo do garoto, como já havia feito tantas vezes com outras pessoas, e sentiu a força e a raiva que vinha dele. Simples e rápido. O humanos não percebiam o quão fácil eram dominados quando deixavam a raiva dominar seus sentimentos. Seres tolos. E quando sentiu o pescoço da garota entre minhas mãos quase riu de satisfação. O mestre ficaria orgulhoso. Estava quase conseguindo, ela não suportaria mais tempo, até que sua voz dela soou por seus ouvidos. Ela chamava o nome dele, do filho de Hades. Uma voz fraca e sem nenhuma importância para a sombra. Iria dar o golpe final até sentir algo o empurrando para fora do corpo. A mente do garoto voltou a dominar seu corpo e a sombra foi expulsa com violência.

Aquilo nunca havia acontecido antes!

Quando a sombra voltou a olhar confusa para o garoto ele gritava pelo nome dela, mas a garota havia sumido por entre as árvores. Droga, era preciso encontrá-la. Flutuou pela floresta em disparada, onde aquela garota se metera? Voltou ao acampamento, revirou todo os chalés se camuflando nas sombras de espadas, pessoas ou de casas, mas nada da semideusa. Voltou a floresta e seguiu para a praia. E lá estava ela! Brincando feliz e inocente com o garoto de Hefesto. A sombra tinha mais uma chance e dessa vez não iria desperdiçar. E enquanto a garota corria para o mar, ele aproveitou e entrou no corpo do filho de Hefesto. Não foi tão fácil quanto no de Hades já que este não tinha raiva ou qualquer sentimento forte que facilitasse a entrada. Mas não tão complicado que seu mestre não houvesse lhe ensinado a contornar. Quando dominou a mente do menino encarou a garota com um sorriso vitorioso quase deixando escapar um “agora você não escapa!”. E em segundos uma bola de fogo saiu de suas mãos e voou em direção a semideusa. Isso! Era o fim dela! Porém com um movimento a água a redor formou uma barreira que a protegeu das queimaduras. Essa garota é imortal! Estava prestes a matá-la com as próprias mãos até ver que o impacto a mandara para o meio do mar. Menos mal, mas ela ainda poderia sobreviver. Tentou entrar no mar para terminar o serviço até sentir uma fraqueza que o fez tombar para trás e quando olhou para frente percebeu que o filho de Hefesto estava na beira do mar, andando preocupado de um lado a outro, enquanto ele repousava exausto na areia da pria. É claro! O poder do do garoto havia acabado com suas forças, para isso ele não estava preparado. Bem que o mestre havia avisado sobre os semideuses mais fortes. Ergueu-se furioso e voltou para as árvores pensando em mais um plano para acabar de vez com a garota, mas uma voz estrondosa que o fez se curva em rendição soou em sua mente:

Onde você está? Venha imediatamente ao meu encontro!”

E em um piscar de olhos estava no meio da floresta, em um lugar isolado e longe de qualquer pessoa que pudesse bisbilhotar, e em sua frente postava-se seu mestre. Ele não parecia tão ameaçador e perigoso com aquele corpo humano, mas sua voz soou da mesma forma amedrontadora:

Espero que tenha boas notícias.

– É... bem... sim... - Um mínimo sorriso surgiu nos lábios do mestre. A sombra criou coragem pra continuar. - E não....

– Como assim? - O mestre controlou a voz o que fez a sombra encolher. - Você matou ou não a garota?

– Bem, Eu joguei- a no meio do mar com uma bola de fogo bem perigosa.

– E como ela não morreu? - O mestre andava de um lado a outro furioso.

– Bem digamos que o mar protegeu ela. A bola deveria tê-la atingido em cheio no peito e era uma vez uma semideusa, mas uma barreira de água surgiu e o impacto jogou-a no meio do mar. - A sombra baixou a cabeça e se curvou em sinal de tristeza e respeito – Mas acho que ela continua viva, mestre. Eu peço perdão por minha incompetência.

– Ora, se levante! - O mestre gritou o que fez as folhas balançarem e o escravo se levantar prontamente. O mestre saiu do corpo o que fez a pessoa tombar pra traz gemendo e se revirando. Na sua forma normal, o mestre era uma grande sombra que se assemelhava a uma serpente com olhos ocos e uma boca cheia de dentes afiados com veneno verde escorrendo pelos cantos. Assustador e perigoso. A sombra, que não passava de um vulto negro comparado ao mestre, se encolheu ao ouvir a voz estrondosa – Estou cansado das suas falhas, mas você ainda é necessário. E a garota, bem, acho que um de meus bichinhos pode cuidar dela no mar. Ela não escapará.

– Mas... mas e se ela...

– NÃO! - O mestre pegou seu escravo pelo pescoço o levantando na altura dos olhos. - Meu animal não é como você para que falhe em seus trabalhos. Ela não irá sobreviver! Ela não pode. Tudo está correndo como o planejado e ela é a única que poderia estragar meus planos, a única! Não vou deixar isso acontecer.

– Sim, mestre, é verdade. - A sombra sussurro enquanto seu mestre jogava-a para o canto.

– Estou prestes a voltar a minha forma original. Serei o mais poderoso de todos.

– O senhor não está se esquecendo dela? - O escravo falou baixo enquanto apontava para o espaço ao redor.

– Ela é apenas um contratempo. Acha que pode ser melhor do que eu, mas ainda não me viu com todo o meu poder. Quando perceber, será uma das que se ajoelhará perante mim.

– É claro, mestre.

O silêncio se perpetuou por segundos enquanto o mestre voltava para a pessoa que antes dominava. Ela estava prestes a fugir, mas como u raio o mestre entrou nela novamente o que a fez parar e se voltar para a sombra caída ao chão. Seus olhos não eram mais humanos e seu sorriso era feroz e perigoso. O mestre voltara a dominá-la. Ajeitou sua roupas e voltou a encarar a sombra com superioridade.

– E você volte para onde a garota foi jogada. Já deve haver alguém por lá tentando salvá-la. - Ele sorriu perversamente. - Tolos. Me conte todos os passos deles e traga-me o corpo dela.

– Sim mestre, como quiser – A sombra fez uma última reverência e voltou em disparada para o seu local de vigia.

Como o mestre disse havia algumas pessoas na praia, todos parecendo preocupados. O filho de Hesfesto ainda andava de um lado para o outro falando palavras para si mesmo. O filho de Hades parecia uma estátua, parado em um canto enquanto olhava do mar para o filho de Hefesto com ira no olhar. A filha de Atena estava com as mãos unidas como se fizesse preces a sua mãe. Até que o garoto de Hades começou uma discussão com o filho de Hefesto. A filha de Atena tentava acalmá-los quando de repente uma onda maior do que as outras surgiu do mar e dela saiu o filho de Poseidon com a garota nos braços. Ela não tinha um arranhão se quer, mas não parecia respirar. O garoto de Poseidon deitou-a na areia e tentou acordá-la, mas não adiantava. A sombra estava prestes a voltar e contar ao mestre que o plano havia funcionado, quando de repente a garota abriu os olhos e se sentou na areia.

Maldição!

Ela não poderia estar viva!

A profecia da velha não poderia se cumprir, o mestre tinha que triunfar!

Mas como se essa garota parece desafiar a morte e vencer todas as vezes?

E quando a sombra estava pronta para invadir algum dos corpos presentes e fazer uma última tentativa de de eliminar aquela garota da face da Terra, a voz forte e estrondosa de seu mestre soou uma última vez em sua mente.

Não! Não faça nada! Tenho planos diferentes para essa semideusa. Se ela não quer morrer, viverá uma vida de sofrimento. Estou mesmo precisando de uma Língua Encantada ao meu lado.”


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Notas finais do capítulo

Hey, entenderam o título hehehe. Se sim digam o que acharam aki nos coments. Se não, coment tbm pq amo ler o que vcs escrevem



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