Um Amor Além Dos Sonhos... escrita por Miih Santos


Capítulo 29
Deixa Eu Te Amar?


Notas iniciais do capítulo

Depois de tanta demora, finalmente estou postando, mas antes quero dizer, que não foi nada fácil, além de eu ter tido alguns problemas pessoais a resolver. Bem o hot não está nesse cap, só no próximo que já está todo planejado, tive que dividir para não ficar muito grande, espero que curtam essa prévia .... :D



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Não podia acreditar que aquilo estivesse acontecendo, novamente Osvaldo nos surpreendia com Carlos Daniel, mas desta vez era diferente, pois antes estávamos no escritório dele e eu ainda trabalhava lá, agora ele viu o fato de que Carlos Daniel estava ali para me buscar e com certeza isso era motivo suficiente para ele pensar coisas depois de tudo que aconteceu.

Porém não poderia ser mais covarde ficando nervosa ou sem ter o que fazer, agora eu não devia mais satisfações à Osvaldo, já não era mais nada meu, mas também não revelaria tudo assim tão precocemente queria primeiro conversar com Carlos Daniel:

– Osvaldo não é nada disso, além do mais você não tem direito algum de questionar à Carlos Daniel ou a mim, porque não estamos mais juntos, mas para que se tranquilize, apenas vou lhe dizer que por acaso ele estava passando por aqui e resolveu me dar uma carona. - Disse o olhando nos olhos tentando passar maior verdade possível.

– Acredite senhor Alonzo eu nem sequer sabia que vocês eram namorados, passei por aqui porque estava indo para casa, a vi e quis lhe dar uma carona. Além disso eu gostaria mesmo de falar com o senhor para lhe pagar pelo serviço e agradecê-lo por tudo. - Não queria que mais uma vez Carlos Daniel tivesse que me encobrir, isso me deixava sem graça, pois sei que isso não deveria ser bom para ele, mas mesmo assim o fez se aproximando de Osvaldo e assinando um dos cheques que estava em um de seus bolsos internos do palitó.

– Uhm... Eu que agradeço senhor Bracho pela confiança... Me desculpe Paulina, mas não posso me conformar que você me deixou.. Nunca irei... - Abaixou a cabeça demonstrando sua decepção e tristeza, mas voltar atrás eu ja n poderia e nem queria.

– Desculpe Osvaldo, mas agora não posso fazer mais nada, só pedir que compreenda e siga em frente. - Virei para Carlos Daniel e perguntei - Podemos ir?

– Claro, Até mais senhor Alonzo, com licença.

Ele gentilmente abriu a porta para mim, e depois entrou, assim partimos para finalmente conversar.

Depois que Osvaldo apareceu, não pude negar que fiquei ainda mais tensa com tudo, pois gostaria de saber o que Carlos Daniel pensa sobre tudo isso que me está passando, sobre mentir e esconder que temos uma história juntos e que Osvaldo foi apenas vítima do destino que o fez reaparecer quando já era tarde.

Ele nos levou a um café no centro da cidade e este parecia ser mais simples e diria até discreto, porém bem aconchegante e acolhedor.

Nos sentamos e logo Carlos Daniel me sugeriu bebermos algo e então lhe disse que só um suco era suficiente. Fizemos o pedido e enquanto não chegava resolvi iniciar logo nossa conversa porque um silêncio já se formava ali:

– Eu... Queria muito essa conversa porque..Ando muito tensa com tudo, ainda mais agora que Osvaldo quase nos flagrou de novo... Não queria que você passasse por isso novamente...

– Não meu amor, não me incomoda se é isso que quer saber, sei que você não quer magoá-lo e humilhá-lo e muito menos o fazer achar que foi feito de idiota esse tempo todo, porque penso que se você contasse a verdade, ele pensaria assim... - Pegou em minhas mãos com todo o seu carinho e ternura que sempre tinha por mim e me explicou da maneira mais terna e compreensiva possível. Era incrível como ele não se abalava, não desconfiava e nem sequer algum tipo de ciúme ele demonstrou por Osvaldo ter me cercado, mesmo quando lhe contei que estávamos juntos, ele o tempo todo foi compreensivo. Me pergunto se ele teria algum ponto fraco em relação à mim...

– Obrigada. - Sorri ainda boba com os meus pensamentos admirativos sobre ele e prossegui. - Também tenho que te contar algumas coisas... Eu saí do apartamento no qual eu morava com Osvaldo, eu não podia mais ficar dependendo dele depois de tudo, além disso a minha consciência pesada não permitia que eu ficasse naquela situação e por isso fui para um hotel perto daqui e lá estou desde ontem à noite...Claro que não é nada sofisticado, pois nem tenho muito dinheiro para um hotel decente, mas vou me virar, ah e também não estou trabalhando mais com ele por conta da faculdade. - Lhe disse dando um sorriso confiante e esperançoso de que pudesse mesmo me virar, porém a cara de Carlos Daniel me pareceu bem inconformado com meus argumentos.

– Que história é essa de se virar Paulina? Porque não me disse antes que havia saído de lá, ainda mais agora que está desempregada, como acha que vai se virar? Você poderia ficar lá em casa, ou melhor...Morar comigo meu amor, seria maravilhoso... - Fomos interrompidos pelo garçom que acabava de nos trazer o suco e depois continuei a escutar Carlos Daniel que de inconformado passou a empolgado. - Assim já poderíamos ficar juntos por mais tempo e fazer bastante coisas, te levaria para conhecer meu irmão e sua esposa, bom... também tem a minha irmã, mas ela e eu estamos brigados, porém depois veríamos o que fazer e...

– Espera Carlos Daniel! Eu... acabei de terminar com Osvaldo e por mais que eu te ame muito, eu queria poder me organizar um pouquinho, ficar tranquila e também que nós dois começássemos devagar... - Disse de início um pouco assustada, mas logo relaxei para me justificar melhor. - Meu mel eu também quero fazer mil coisas junto com você, mas vamos deixar o tempo nos levar, teremos a vida toda mesmo que pra mim ainda seja pouco, mas por enquanto é o suficiente... Fico muito feliz que esteja empolgado...- Lhe sorri admirando como se expressava, tudo nele se tornava perfeito e isso era tão bom:

– Sim, estou empolgado porque quero que passe o fim de semana comigo e depois poderá pensar sobre o que lhe falei... Tudo bem? - Ele bebia seu suco, mas não largava minhas mãos em momento algum, estava sempre as segurando com uma delas, enquanto a outra ele segurava o copo para beber, era incrível como ele tinha uma carência grande sobre mim e com razão, pois esperamos tanto por esse momento de estarmos juntos assim fora de nossos sonhos e mundos paralelos que agora tudo sendo real, ficamos ainda mais necessitantes um do outro.

– Sim, mas para onde vamos?

– É surpresa minha preciosa, mas por agora te peço para irmos até o hotel em que você se hospedou e então pegue suas coisas para iniciarmos nosso trajeto até a minha surpresa para você. - Beijou minhas mãos e então sugeriu já irmos para não chegarmos muito tarde, pois demoraríamos um pouco a chegar e assim nos levantamos para seguirmos rumo ao hotel.

Peguei minhas coisas e fechei minha conta, porém lhe disse que depois do nosso fim de semana, eu voltaria para lá até tomar uma decisão sobre sua proposta (o apartamento) e ele ficou de acordo.

Voltamos para seu carro, que por sinal não era o conversível que ele estava quando nos encontramos cara a cara e isso me deixou ainda mais curiosa... "Que lugar poderia ser este?" "E porque seria um trajeto longo?" Pensei por uns instantes enquanto entrava no carro, como sempre sendo aberto por ele para que eu entrasse.

Botamos as minhas coisas no banco de trás e começamos nossa pequena viagem, enquanto isso o dia começava a escurecer. Ao longo do trajeto, tive a ideia de ligar o rádio, pois o barulho da estrada junto com os outros carros tornava tudo muito entediante e assim procurei por uma que estivesse passando alguma musica interessante, mas de preferência que combinasse com aquele nosso momento juntos, até que encontrei uma super leve e bonita, que acabava de começar, e fui afastando meu braço lentamente para poder me concentrar e escutá- la melhor, em seguida olhei para Carlos Daniel que olhou o rádio rapidamente e deu um leve sorriso, parecendo também gostar da musica que agora uma voz feminina cantava a melodia inicial e logo começou a letra.

Aquela música me tocou muito, ainda mais por ser um dueto, então comecei imaginar nós dois falando essas coisas da música um para o outro, e por diversas vezes nos olhamos ao mesmo tempo e sorrimos daquela que poderia ser uma de nossas trilhas sonoras. Logo a música se findou e outras passaram até chegarmos a uma estrada mais isolada, porém percebi que não era muito grande e havia vários postes finos de luz, iluminando nosso caminho, e só então percebi que se tratava de um bosque, onde ao passarmos por uma porteira, paramos o carro na lateral da pequena estrada, onde havia já outros carros à frente parados e então Carlos Daniel anunciou nossa chegada:

– Bom, chegamos. Já sabe onde estamos?

– Imagino que aqui seja uma floresta... bosque talvez...

– Sim princesa, é um bosque, mas não um qualquer. Este é popular e legalizado pelo governo e há vários lugares que podemos explorar, além disso temos vários instrutores que podem nos orientar e tirar qualquer dúvida, ou seja, não temos risco de nos perdemos... Nesta época do ano é comum muitas famílias virem aqui para acampar e é isso que faremos neste final de semana.

– Sério? - Perguntei surpresa.

– Sim, por que não... gostou? - Devolveu uma outra pergunta já preocupado e tenso.

– Claro que gostei meu amor, sempre quis acampar, ainda mais agora que está tão calor, eu amo a natureza. - Lhe respondi olhando a floresta em minha volta que não dava para se ver muito, pois ainda estávamos na estrada.

– Fico mais aliviado em saber disso... - Ele soltou a respiração que havia prendido por ter ficado tenso e com medo de que eu não tivesse gostado. - Vem, vamos pegar nossas coisas, para começarmos nosso acampamento.

Abrimos juntos as portas do carro e enquanto eu pegava minha pequena bagagem no banco de trás, deixando apenas os materiais da faculdade, Carlos Daniel pegava as suas dentro do porta-malas, onde havia uma mochila longa de cor verde oliva, uma grande bolsa térmica que poderia concluir que era as que continham alimentos e uma outra média que era parecida com sua mochila no modelo.

O ajudei levando a bolsa média enquanto ele levava o restante e caminhamos um pouco até passarmos por um arco de folhas, onde logo depois havia uma área mais ampla com um grande lago e em volta a grama onde haviam várias barracas com pessoas acampando reunidas e várias árvores em volta. Era possível ver a lua iluminando o grande lago e fiquei alguns instantes a observar tudo aquilo, até Carlos Daniel me chamar carinhosamente ao perceber o quanto eu me deslumbrava com tudo.

– Está gostando do que vê com esses lindos olhos de esmeralda que amo tanto?

– Sim, está tão perfeito, a brisa... a lua... as pessoas se divertindo, enquanto algumas namoram... tudo! - Observou ainda enquanto falava e logo me olhou.

– Que bom meu amor, mas não é aqui que pretendo ficar com você... - Senti o seu olhar um pouco mais fundo sobre mim e percebi que planejava mais alguma coisa, porém não consegui desvendar em seu olhar.

– O que meu príncipe anda aprontando?

– Nada demais amorzinho, apenas quero ficar mais à vontade contigo... Ou vai dizer que também não quer?

– Bom... Sim.

– Então vamos...

*Carlos Daniel*

Realmente minha Paulina não estava errada, eu pretendia sim fazer mais alguma coisa, mas me sentia inseguro por achar que ainda fosse um pouco cedo para isso, temia que ela pudesse se assustar e assim estragar tudo, então decidi ser cauteloso e o mais natural possível para nada se distorcer de uma forma negativa.

Levei Paulina para um canto mais fechado onde haviam várias árvores em volta e o céu como nosso teto de abrigo, onde aquela brisa leve ainda batia calmamente e até poderia se confundir com as que batem na praia.

A área que ficamos era um espaço mais circular e aberto, era notável que ali já havia sido visitado, pois havia dois troncos médios deitados e geralmente usam eles para sentar, além disso em uma parte próxima, haviam alguns pedaços de madeiras e galhos queimados que provavelmente eram usados para fazer fogueira, tudo era visível graças as lamparinas que acendemos antes de adentrar a parte isolada do bosque. Paulina parecia temerosa, pois ja não se ouvia tanto o barulho das outras pessoas que acampavam e logo tratei de assegurá-la que ali não havia perigo.

– Fique tranquila preciosa, aqui não há bichos selvagens e perigosos, essa parte da floresta foi totalmente vasculhada para que pudéssemos habitá-la sem risco algum, só existe perigo aonde houver placas de aviso. - Lhe expliquei enquanto já começava a abrir a mochila para montar a barraca com minha lamparina em cima de um dos troncos e Paulina ao meu lado como sempre observando tudo.

– Não vou negar que fiquei com um pouquinho de medo, mas agora que você me explicou estou mais tranquila, pois confio em ti. - Me lançou um olhar apaixonado que realmente mostrava a sua confiança em mim e isso me deixou ainda mais animado para executar os meus planos.

Quando ela percebeu que estava prestes a montar nossa barraca, ofereceu ajuda e assim fizemos nossa tarefa , depois a acomodamos com colchonetes, lençóis finos e travesseiros. Pegamos algumas coisas da bolsa térmica para comer, tinha várias coisas muito apetitosas e saudáveis como sanduíches, frutas e sucos naturais, além de pães e torradas, tudo feito por Adelina junto com as outras cozinheiras. Optamos por pegar sanduíches para comermos com o suco e entramos na barraca, onde enquanto nos alimentávamos contava um pouco mais sobre como minha família toda vinha aqui quando éramos mais novos, inclusive meus pais antes de falecerem.

Terminamos e organizamos um pouco da bagunça que fizemos e ficamos conversando um pouco mais e foi quando resolvi tomar a coragem de vez e começar com o meu plano, pedindo para que se aproximasse mais de mim:

– Sabe Paulina... - Peguei em suas mãos como de costume, pois precisava senti-la para dizer tudo o que gostaria de dizer naquele momento e assim me sentir mais confiante de que ela gostaria. - Sou tão feliz agora, me sinto tão vivo por saber que você é o que sempre esperei a minha vida toda, por saber que agora eu sim poderei amar alguém que me ama, fazer coisas que sempre sonhei em fazer com uma mulher, como agora que estamos aqui, nesse acampamento passando esta noite com você, mas quero que hoje seja especial... Especial porque quero que você junto comigo reviva algumas das coisas que fizemos em nossos sonhos, onde mergulhávamos nos nossos mais profundos desejos e saciávamos a nossa fome de amor. Só que para isso eu preciso que você aceite, que você não tenha medo, e que você confie em mim.. E então Lina, deixa eu te amar?


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Notas finais do capítulo

Será que a Lina dirá sim? Vocês acham que ainda está cedo para isso na relação dos dois, ou está mais do que na hora? hehe >:D
Comentem eu preciso saber se vocês ainda Leem essa história :/

Bjs da Miih e hasta luego :*