Um Amor Além Dos Sonhos... escrita por Miih Santos


Capítulo 28
De Novo?!


Notas iniciais do capítulo

Esse cap era para sair ontem, mas anda meio difícil acessar com tanta gente em casa, acho que vocês me entendem né? Espero que sim :D

Hoje uma das novas personagens estreará, conheçam Lúcia interpretada por Maite Perroni *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/519590/chapter/28

Ele ficou perplexo e parecia perder as palavras, só me olhava fixamente e eu já estava começando a engolir em seco por não saber mais o que dizer, pois esperava que me fizesse um milhão de perguntas ou até que agisse grosseiramente comigo por me achar talvez uma mal-agradecida, como sempre pensei que pudesse agir nesse momento, mas a verdade é que realmente eu não conhecia meu agora ex-namorado:

– Explique-me... Por favor...Por quê? - Sua voz saiu falha como um murmuro, após ter ficado alguns instantes em silêncio e em seus olhos já se notavam lágrimas a ponto de escorrer por seu rosto, estas que eu estou causando, nunca achei que poderia fazer alguém sofrer e chorar por conta disso, ainda mais alguém que gostava tanto de mim, talvez por isso chorava, eu me sentia estranha, mas também segura de que me compreenderia, pois não lhe fiz nenhuma promessa, então Osvaldo teria de estar ciente de que isso poderia acontecer uma hora ou outra, e foi por esse ponto que resolvi começar minha explicação:

– Osvaldo você sabe que... Quando começamos a namorar eu deixei claro que tentaria te amar e que iríamos com calma...

– E o que deu de errado, Lina? Por acaso lhe deixei faltando alguma coisa? Anda, pode dizer, continue sendo curta e grossa, não precisa ter pena de mim! - Osvaldo me interrompeu agora se encontrava praticamente em desespero, seus olhos vermelhos pelo choro que já exalava em sua face.

– Eu não estou com pena! Você acha que está sendo fácil para mim fazer isso? Acha realmente que estou feliz assim? Não Osvaldo, e sabe por quê? Porque você é uma boa pessoa, fez tudo por mim e para mim, foi honesto, não jogou sujo para me conquistar, por isso você mereceu minha chance, mas a gente não manda no nosso coração, somos guiados por ele praticamente o tempo todo, também temos o nosso destino que às vezes não é generoso com a gente, nos dá uma decepção, mas depois lá na frente você olha e percebe que foi melhor assim, porque tudo aquilo que se sofre no fim recebemos a felicidade. E se eu estou terminando com você agora, é justamente para evitar que sofra, e sei que tem algo melhor reservado para você, alguém que te ama por completo, porque infelizmente eu não pude e não posso fazer isso. - Abaixei minha cabeça triste pelo sofrimento dele, talvez eu não saiba o que é amar e não ser correspondido, mas imagino o quanto possa ferir alguém.

– Bom... - Voltei a olhá-lo - Espero que isso não estrague a amizade que sempre tivemos... Não é?

– Paulina... - Se levantou bruscamente começando a andar de um lado para o outro, parecendo frustrado. - Primeiro que nunca vou poder amar alguém que não seja você, e segundo nunca chegamos a ter uma amizade, porque da minha parte, nunca te vi como um amigo, mas sim como o amor da minha vida! Agora quero lhe perguntar uma coisa: Você... ama outro homem? - Parou olhando diretamente para mim e eu nesse instante arregalei meus olhos e minha boca se entreabriu de tamanha surpresa, por mais que de certa forma eu esperasse essa pergunta, não poderia imaginar que Osvaldo talvez tivesse alguma desconfiança de minha fidelidade, e ele estava certo, se por um acaso tinha.

Me levantei para disfarçar minha surpresa e respondi virando de costas para ele:

– Não, claro que não! Como... pode achar isso?

– Bom, é que reparei que você tem agido de forma estranha comigo estes dias... Mas seja sincera, a quanto tempo queria terminar comigo? - Dessa vez parecia mais calmo e me virou de frente para ele segurando levemente meus ombros.

Mais uma vez ele estava me pondo contra a parede, queria poder dizer a verdade, mas isso seria pior que tudo, continuaria sendo sincera, mas não totalmente:

– Osvaldo eu tentei, tentei mesmo, mas não posso enganar a ti e nem meu coração, me perdoa por favor! - Saí correndo para meu quarto, fugindo do assunto, pois se ficasse tentando lhe dar mais explicações, botaria tudo a perder.

Entrei rapidamente e peguei uma bolsa que já havia arrumado antes com algumas roupas e pertences pessoais, mais os meus materiais da faculdade. Quando já saía do quarto para ir embora, me dou de frente com Osvaldo que acabava de me seguir e segurou levemente, mas firme, meu braço para perguntar:

– Paulina, aonde você vai, por que está indo embora? - Pude ver o quanto estava com medo de eu deixá-lo, mas não podia evitar.

– Não posso ficar aqui, sendo tão ingrata por tudo que fizeste a mim, não se preocupe, vou ficar bem e espero que você também fique, por favor mais uma vez me perdoa, eu sinto muito mas... Adeus Osvaldo. - Lhe desviei do meu caminho e ainda com rapidez saí do apartamento sem olhar para trás, instantes depois quando estava no elevador, o vi cair de joelhos chorando como uma criança, antes das portas se fecharem.

Não iria me aliviar daquele sofrimento causado por mim tão cedo, acho que por mais que Osvaldo esperasse por isso, ele não quis pensar nessa possibilidade e com isso aprendi a não criar expectativas em decisões que tomamos.

Chamei um táxi e fui para um pequeno hotel no centro da cidade, que o achei procurando no livro de guia, me registrei e logo estava no pequeno quarto onde passaria sabe-se lá quantos dias, só sei que não poderiam ser muitos, pois não tinha muito dinheiro, apenas parte das economias que sempre faço e somente arranjando um novo emprego poderia me manter.

Minha tensão era tanta que nem fome conseguia ter, só coloquei minha roupa de dormir, deitando na cama de solteiro, e que ironia, uma pessoa que acaba de estar "Solteira" vai passar sua primeira noite em uma cama de solteiro, e assim deitei,permitindo-me pensar no que viria daqui para frente.

*Carlos Daniel*

Rodrigo e eu mudamos de plano, resolvendo conversar com Willy na biblioteca somente à noite, pois vimos que Estephanie e Leda vieram atrás de nós, e com certeza desconfiavam de algo, por isso não poderíamos vacilar para que elas acabassem se inteirando da conversa, então pedimos que ele fechasse a boca e fingisse que nada havia acontecido. Disse à Adelina que ficasse de olho, enquanto Rodrigo e eu nos reuníamos para saber o que fazer com todos.

Após o jantar, ou melhor, quando Estephanie dormisse, já que Leda havia finalmente ido embora após o jantar, combinamos que Willy viesse para finalmente conversarmos:

– Fica tranquilo cunhadinho, aqui ninguém vai matar você, apesar de estarmos com muita vontade... - Disparou Rodrigo ao ver a clara expressão de Willy tenso e com medo, porém não caí nessa.

– Quer beber alguma coisa? - Ofereci por educação e também para neutralizar o clima, pois o "Medo" poderia impedi-lo de falar algo.

– Não... Obrigado. - Respondeu parecendo ainda tenso.

– Relaxa que ninguém aqui vai te envenenar, não nos rebaixamos a certos níveis... - Se aproximou da mesa onde eu estava sentado, olhando-o de cima abaixo, com um copo de whisky na mão.

– Já pode começar Willy, não temos muito tempo e queremos descansar! - Avisei levemente alterado por sua demora.

– Está bem, contarei de forma resumida, e depois podem me perguntar todos os detalhes que quiserem saber... Estephanie precisava de testemunhas para depôr contra você, então procurou primeiro por Leda e para convencê-la sugeriu a tal chantagem para que você voltasse a namorá-la... Ela aceitou e então Estephanie veio pedir á mim também me chantageando, dizendo que se eu não aceitasse, iria tirar-me da fábrica e colocar-me fora de casa, somente por isso aceitei, eu sabia que não daria certo e não queria fazer parte disso, mas ela estava bem confiante, assim indo adiante.

– Ela só pode ter ficado louca! - Bati um de meus punhos na mesa irritado, e logo me acalmei o questionando desconfiado. - É só isso mesmo?

– Bom... O resto vocês viram hoje, como nos obrigou a mentir no depoimento, eu sei como tudo aconteceu naquele dia e me senti mal por não ter falado a verdade. Mas se mesmo assim quiserem me expulsar daqui e me demitir da fábrica...

– Hey, não faça tanto draminha, não estamos em uma novela ok? Olha só, aqui com certeza você não fica... - Rodrigo o interrompeu e eu o completei:

– Mas ainda continuará na fábrica...

– Ouça bem, se fizer qualquer coisa que nos prejudique por lá...

– Aí sim será demitido e ainda quebramos a sua cara...

– Vamos pagando suas despesas em um hotel, até você receber o seu próximo salário...

– Estamos entendidos? - O perguntei por fim.

– Sem dúvidas e muito obrigado por me darem mais uma chance, não vou os decepcionar! - Se levantou e quis nos cumprimentar mas não foi correspondido.

– Já pode ir Willy e amanhã mesmo te levarei ao hotel em que vai se hospedar.

– Ok Rodrigo... Boa noite, com licença. - Se retirou parecendo bem satisfeito, não sei se foi a escolha certa, mas é sempre bom obter os inimigos em nossas mãos.

– Mano, já vou pra casa, está tarde e Patrícia está sozinha, amanhã conversamos.

– Claro, até amanhã e mande um beijo à Patrícia em meu nome, logo poderei apresentar Paulina a ela e assim não ficará tão sozinha.

– Vou adorar conhecer essa tão sonhada cunhada... - Respondeu risonho.

– Podemos marcar um jantar os quatro, só quero esperar ela resolver algumas coisas pessoais. - Sugeri animado

– Adorei a ideia, fica tranquilo mano, teremos todo tempo para esse jantar, é só nos avisar! Tchau.

– Te acompanho até a porta...

Já estava ansioso para que Paulina logo conhecesse parte da minha família, Adelina era a quem mais queria, aposto que se darão tão bem, quanto me dou com ela. A única que não poderá conhecer é vovó, porém espero que onde quer que ela esteja, olhe por nós e nos proteja como sempre fez por mim e meus irmãos.

Tomei um banho rápido para dormir e enquanto o sono não chegava, pensava em como tudo teria corrido com paulina e seu término com Osvaldo, ele que não se atreva a fazer mal para minha preciosa ou se dará muito mal comigo.

Não tive como pensar muito, pois cansado logo adormeci.

.

.

.

Um bipe me fez despertar e ainda de olhos fechados, segui o som e tateei aonde estaria meu celular que logo o achei e vi do que se tratava, finalmente abrindo os olhos.

Quando percebi que era uma mensagem recebida de Paulina, não pensei duas vezes e a abri, sentando-me à cama para visualizar melhor:

"Bom dia Meu Mel... Espero não estar te incomodando com uma simples mensagem tão cedo... Preciso que me espere hoje às seis da tarde em frente a "Faculdade Central Da Cidade Do México" para conversarmos ... Beijos Paulina, Te amo ♥"

Minha vontade era de encontrá-la agora, mas saberia esperar, tudo no seu tempo é sempre melhor, já dizia vovó Piedade.

Decidi então respondê-la para que um pouquinho da minha ansiedade por vê-la novamente aliviasse:

"Nunca irei me incomodar com qualquer coisa que faça amor meu, claro que irei te encontrar mais tarde, não sabe o quanto vou ficar feliz em te ver... Beijos minha preciosa, também te amo♥"

"Também ficarei completamente feliz em te ver...Obrigada por me compreender sempre, estarei te esperando :)"

Após receber a confirmação de que me esperaria, Adelina me chamou para o café e lhe disse que depois desceria, sim iria descer porque não vou mais deixar de sentar-me à mesa de minha própria casa só pelo ódio inexplicável de Estephanie, um dia a questionarei, mas hoje eu só quero que o tempo passe e que eu possa ficar um pouco em paz.

*Paulina*

Demorei um pouco para dormir, por conta de tudo que havia pensado, porém finalmente peguei no sono.

.

.

.

Acordei no mesmo horário de ontem para poder ir à mais um dia na faculdade. Logo fui para o banho, pois por ter demorado a dormir ontem, acordei mais cansada e sem disposição, também porque sempre era de meu costume fazer isso ao acordar. Antes de sair para tomar café fora, decidi enviar uma mensagem de texto à Carlos Daniel, dizendo que precisávamos conversar, tinha que vê-lo não só por saudade, mas sim porque precisava agora de um companheiro para expressar toda a angustia que sentia por tudo ter sido tão tenso com Osvaldo e me aliviar disso, contava que ele aconselhasse no que fazer para me sentir totalmente livre e viver intensamente o meu amor com o príncipe dos Lábios de Mel.

Quando estava para entrar no banho recebo a resposta dele afirmando que de fato iria e que não via a hora de me ver e lhe respondi com outra dizendo que também ficaria e estaria o esperando, por fim entrando no banho.

Tomei o café em uma lanchonete ao lado e dessa vez tive que pegar um ônibus, pois era mais barato, não poderia mais pegar táxi apesar de ser mais rápido.

Por sorte não me atrasei e consegui chegar lá, percebi que muitas pessoas estavam comentando sobre alguma coisa no pátio e eu estava parada tentando escutar, quando uma voz próxima me pergunta algo:

– Vai se inscrever para a vaga de enfermeira do hospital central? - Virei para olhar e vi que quem falava era a mesma moça que havia ficado me olhando ontem no intervalo. - Ah, desculpe não me apresentei, sou Lúcia, Lúcia Mendez. - Estendeu sua mão e eu a cumprimentei

– Olá, meu nome é Paulina Martins, prazer.

– O Prazer é todo meu. Sabe, queria pedir desculpas por ter ficado te olhando toda hora ontem, sou um pouco tímida e não tive coragem de me aproximar, mas hoje, digamos que tive... Um pretexto. - Sorriu tímida como a mesma afirma ser.

– Sem problemas Lúcia, na verdade eu também sou um pouco tímida, então não se preocupe, eu te entendo. Bom, que tal inscrição é essa de que me falou para ser enfermeira?

– Ah, está tendo uma prova especial para vagas de enfermeira de vários hospitais da cidade, no total são quatro, e a nossa classe ficou com o Hospital Central que é o melhor de todos e tem apenas duas vagas, além de ser o mais próximo daqui... Parece que hoje vamos começar a aprender as coisas principais e mais básicas da medicina e na semana que vem acontecerá a prova.

– Interessante... - Comecei a pensar que essa seria uma ótima oportunidade para começar minha carreira, mesmo que por enquanto eu não cuidasse de crianças como eu desejo, mas já era um bom caminho e é claro que me inscreveria nessa prova! - Er... Como ficou sabendo de tudo isso tão rápido?

– Bom, eu cheguei mais cedo e li o cartaz, como pode ver agora ficará meio difícil de lê-lo, mas acho que nem precisa... - Respondeu mostrando o local onde o cartaz estava colado e um grande grupo de pessoas estavam em volta. - Esqueci de dizer que para se inscrever o professor dará uma lista para colocarmos nosso nome completo e telefone e assim estaremos inscritas... E então, vai topar?

– Mas é claro! E você? - Perguntei contente

– Sim, com certeza! - Em seguida o sinal tocou e fomos juntas para nossa sala.

Lúcia passou a sentar ao meu lado, colocamos nossos nomes na lista inscrição e ficamos juntas no intervalo após o primeiro bloco de aulas. Ela era mais ou menos como eu e também tinha um grande potencial, ao contrário de mim, ela já pesquisava sobre medicina antes de entrar na faculdade e por isso conseguia se atualizar com facilidade nos assuntos.

Falou um pouco sobre sua vida e eu da minha, apenas o básico, depois trocamos telefone e voltamos para o segundo bloco de aulas.

Todos ou melhor, todas estavam ansiosas para a prova e dispostos a fazer qualquer coisa para conseguir essas vagas.

Logo a hora de ir embora chegou, e tive de me despedir da minha primeira colega de faculdade, ao sair do portão, agora sozinha, avistei o carro de Carlos Daniel do outro lado da rua e logo sorri quando acenou para mim. Atravessei e ele saiu do carro para me dar um beijo, mas antes que isso acontecesse fomos surpreendidos:

– Ora, mas que gentileza vindo buscar minha namorada, não é SENHOR Bracho? - Perguntou irônico frente a nós de braços cruzados, parecendo nervoso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vocês irão ficar revoltadíssimas, mas Osvaldo também irá dar trabalho... Poréeeeeem a cena hot tá quase chegando, hehe :D

Comentem e obrigada por serem sempre tão prestativas :D

Bjs da Miih e até o próximo :*