Um Amor Além Dos Sonhos... escrita por Miih Santos


Capítulo 25
Uma Tensa Ligação


Notas iniciais do capítulo

Oi Chicas, Demorei Um Pouquinho, Mas o Importante é Que Agora Estou aqui Para Mais Um Cap :D
Desde Já Quero Desejar "Buenas Fiestas" e Que Seja Tudo De Bom :D

Esse Cap Vai Dar Um... Sustinho Em Vocês Deixando Uma Pulguinha Atrás Da Orelha Que Só Vai Ser Retirada No Próximo Cap, Que Está Sem Previsão Para Sair, Pois Irei Viajar... Então Leiam e Aproveitem :D



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– O que faz aqui em minha casa, Leda!? - Praticamente berrei para ela.

– Ora, se esqueceu que aqui também é minha casa? Afinal também sou da família. - Gabou-se falando aquilo mais uma vez, como se só soubesse dizer isso "Também sou da família", pondo as mãos na cintura não dando a mínima importância para meu nervosismo com ela.

– Esta casa deixou de ser sua a partir do momento em que botou os pés fora dela! Agora vá, porque se eu te ver aqui novamente , esquecerei que és mulher! - Ameacei apontando para fora, como expulsão ainda mais nervoso por sua ousadia.

– Não pode me impedir de entrar aqui, você não é o único dono, Estephanie também tem posse desta casa e para ela eu sou bem-vinda! Não seja machista queridinho. - Aumentou seu tom de voz inicialmente, terminando com uma ironia barata, passando uma de suas mãos em meu rosto e aproveitei seu gesto para segurar seu braço, puxando-a para fora fechando a porta em sua face.

Respirei fundo tentando me acalmar, e segundos depois ouvi Leda resmungar alguma coisa, logo em seguida partindo com seu carro cantando pneus. Já estava quase perdendo meu limite com ela por tudo que fez e está fazendo.

Fui à biblioteca para relaxar, pegando um pouco de whisky puro com gelo e sentei-me na poltrona, permitindo ficar a sós pensando em quando minha preciosa Paulina me ligaria, e agora minha ansiedade crescia a cada instante. Começava a me arrepender de também não ter pedido o número dela, "mas será que tinha um telefone pessoal?" Não, acho que seria arriscado, Osvaldo poderia saber e assim causar problemas para ela.

Ouvi toques na porta, fazendo me despertar da minha nuvem de pensamentos e perguntei quem era, logo Adelina se anunciou e eu a mandei entrar.

– Com licença senhor, eu ouvi seus gritos com a senhorita Leda e imaginei que estivesse aqui, já que não o encontrei em seu quarto, porque queria avisar que já está quase na hora do almoço, então gostaria de lhe perguntar se irá sentar-se à mesa ou se...

– Pode trazer aqui, Adelina. - Sorri para que acalmasse a sua aparentemente tensão revelada no tom de sua voz, pois deve ter pensado que eu estava de mal humor por minha discussão com Leda.

– Bom, sendo assim com licença senhor.

– Adelina, espera! - Chamei fazendo virar-se novamente para mim.

– Algum problema senhor?

– Não nenhum, apenas quero pedir que quando trazer meu almoço, fique para termos aquela conversa que eu lhe falei que teríamos quando eu voltasse da consulta. Lembra-se que eu tinha algo que me deixou muito feliz? Pois então, agora tenho mais dois motivos para isso. - Contei alargando ainda mais meu sorriso.

– Que notícia ótima senhor! - Sorriu e juntou as mãos demonstrando felicidade. - Bom, vou ver se Cacilda e Adélia já terminaram e venho correndo para saber o que o senhor tem a me contar! Com licença. - Ela saiu apressadamente, estava bem feliz e contente por mim.

Passou-se pouco mais de cinco minutos e Adelina voltou com meu almoço ainda sorrindo, ela estava bem ansiosa pelo que pude perceber.

– Aqui está seu almoço, senhor. - Colocou uma bandeja sobre a mesa, onde estava meu almoço e ao lado um suco de laranja acompanhando.

– Obrigado.

Depois de terminar meu almoço, que não demorou a acabar, lhe contei primeiramente sobre o maravilhoso sonho que havia tido hoje com minha princesa, sim era mais um deles, porém esse fora especial, íntimo e demonstrava que o nosso amor poderia ser mais intenso, e enfatizei isso a ela. Adelina ficou impressionada e eu lhe disse que havia mais, pois o melhor de tudo havia acontecido, meu encontro real com ela no escritório de Osvaldo. Ela ficou ainda mais surpresa e sua felicidade era cada vez maior, expliquei tudo o que aconteceu e porque, falei sobre nossa conversa partindo para o nosso "Flagra", e quando Adelina escutou o que inventei como desculpa, riu como se não houvesse amanhã, acho que ela não acreditaria numa coisa dessas e se surpreendeu ao saber que Osvaldo acreditou, eu não resisti e acabei acompanhando-a na risada, porém mais discretamente, afinal não queria debochar do meu advogado, até por ele ter sido uma boa pessoa comigo e também se não fosse por ele, talvez não tivesse encontrado Paulina tão cedo. Por último, contei a Adelina sobre a consulta e o terceiro motivo de minha felicidade, mas procurei falar mais baixo para que não houvesse risco de alguém me escutar:

– ... Então ele me disse que o registro de chamadas do meu celular, onde mostrava a ligação de Rodrigo feita naquele dia poderia provar a minha inocência. - Me inclinei um pouco sobre a mesa e cochichei para que somente Adelina pudesse me ouvir.

– Quer dizer que o senhor tem chances de ganhar o processo? - Perguntou falando baixo.

– Sim Adelina! Isso não é maravilhoso? - Expressei minha alegria não cochichando, apenas falando baixo como ela.

– Claro que sim senhor! Ah, obrigada meu Deus por ajudar esse menino que pra mim é como se fosse um filho! - Dessa vez ela não se conteve e falou alto, mas não me importei e fiquei surpreso com sua declaração. - Senhor, será que... que posso lhe dar um abraço? - A vi marejar os olhos com o pedido e percebi o quanto ela realmente gostava de mim e me considerava de fato.

– Mais que isso! Quero que primeiro não me chame mais de senhor! Não há mais porque de tanta formalidade, quando também já lhe considero uma segunda mãe. - Falei já sentindo um grande alívio e paz no coração, por saber que agora mais do que nunca não estava sozinho, e que eu teria alguém para confiar.

– Sim se... ér, Carlos Daniel. - Ela abriu um enorme sorriso de contentamento e orgulho, em seguida levantou-se para me abraçar e eu fiz o mesmo.

Eu não sei explicar ao certo o que senti naquele abraço, mas a sensação era de que a alma de minha verdadeira mãe estava ali me abraçando no lugar de Adelina, isso fez com que eu fechasse meus olhos e junto com eles lágrimas desceram, pois a imagem de minha bela mãe veio-me à cabeça e a emoção se fez presente em mim.

Ela cessou o abraço provavelmente percebendo que eu já estava emocionado e segurou minhas mãos como apoio:

– Vai dar tudo certo, e tenho certeza que seus pais e vovó Piedade vão estar sempre olhando por você para lhe proteger.

Dei um forte suspiro e depois abri meus olhos para poder agradecer:

– Muito obrigado Adelina! - Sorri feliz por seu apoio e lhe dei outro abraço, dessa vez mais rápido e quando nos afastamos, fui me sentar.

Adelina já estava pegando a bandeja com o almoço, quando resolvi lhe contar sobre uma preocupação que tinha:

– Você acha que ela vai me ligar?

– Ela quem se...seu Carlos Daniel? - Perguntou ela já com a bandeja em mãos se preparando para sair.

– Paulina, a minha princesa. Sabe é que antes de eu ir embora do escritório, lhe dei meu número, anotando em sua mão e agora estou preocupado, porque anseio em ouvir sua voz, saber se ela está bem e de como foi seu dia. - Lhe expliquei tenso esfregando minhas mãos uma na outra e vez que outra estralando os dedos.

– Entendo que já esteja sentindo a falta dela, mas não se preocupe que ela ligará sem dúvidas, pois tenho certeza que ela está tão ansiosa e tensa quanto o senhor para te ligar. - Ela deu-me um piscadela de cumplicidade e saiu da biblioteca me deixando pensativo sobre se Paulina estaria assim como estou.

*Paulina*

Desde que ele saiu não consegui desgrudar os olhos de seu número marcado em minha mão esquerda, eu estava em transe, pois não sabia quando poderia ligar para ele e também não queria em envolver mais, enquanto eu não resolvesse meu relacionamento com Osvaldo. Essa traição estava me torturando por dentro, se antes eu já pensava assim por sonhar com Carlos Daniel, imagine agora que tudo se tornou real? E era exatamente isso que pesava na minha consciência. Comecei a sentir uma dor de cabeça terrível, e resolvi ir para casa, mas antes fui falar com Osvaldo em sua sala:

– Pode entrar! - Disse assim que dei três toques na porta amadeirada.

– Osvaldo... Eu vim lhe avisar que estou com muita dor de cabeça e gostaria de ir para casa, você não se importa? - Perguntei sentindo minha voz falhar com a constante dor e assim botava a mão na cabeça para inutilmente controlá-la.

– Claro que não me importo, meu anjo. Se quiser cancelo as consultas de hoje e vamos para casa. - Respondeu já se pondo ao meu lado para me apoiar dando seu carinho e atenção como sempre.

– Não, por favor não cancele nada, só lhe peço o dinheiro do táxi e do remédio, que eu me viro.

– Está bem, não vou insistir, mas cuidado por favor. Tome. - Abriu sua carteira em seu bolso da calça e me deu as notas.

– Obrigada. Er... e seus outros clientes como vai atendê-los sem mim?

– Eu dou conta de tudo, meu anjo, fica tranquila. - Afagou minha mão e me lembrei que justamente ali estava o telefone de Carlos Daniel, tirando ela rapidamente de seus carinhos antes que ele pudesse ver, e ele fez uma expressão confusa que conflitava com a minha de assustada.

– ... Osvaldo, eu já vou, tchau e obrigada mais uma vez. - Lhe dei um rápido beijo no rosto e saí correndo, ficando encostada à porta para me acalmar do vacilo que havia dado e com a cabeça latejando mais que bateria de banda, resolvi anotar de uma vez o número de Carlos Daniel em meu celular.

Após ter feito isso e ficado alguns instantes olhando para tela de meu celular, que agora havia o contato dele renomeado como "Meu Mel" feito uma adolescente boba apaixonada, a minha dor de cabeça se pronunciou me fazendo lembrar que teria de ir embora, então o fiz.

Saí do prédio e fui pegar o táxi que não demorou a chegar, indo até a farmácia mais próxima, comprando um pequeno pacote com quatro comprimidos para dor de cabeça e febre. Voltei ao táxi e agora assim estava indo para casa, pensando em uma coisa que me veio à cabeça de repente e que seria melhor por agora, pelo menos para aliviar um pouco o peso de minha consciência. O táxi parou em meu prédio e decidida saí do veículo pagando a corrida, apressada entrei para subir.

Peguei o elevador apertando o número dez, que era respectivo andar de meu apartamento, e enquanto ele subia, eu me apoiava na parede metálica colocando as mãos na cabeça, pois esta dor já estava me matando. Quando finalmente o elevador abriu, me dirigi à porta para abri-la, pois não via a hora de tomar o maldito remédio, e ao entrar vou o mais rápido possível pegar um copo de água para beber um dos comprimidos. Bebi tudo rapidamente e me sentei no sofá para descansar um pouco depois de toda essa correria, que mais parecia uma maratona.

...Abri meus olhos e percebi que ali mesmo eu havia dormido, então me levantei lentamente, pois havia ficado um pouco dolorida com minha posição desconfortável, me espreguicei e fui olhar as horas que já apontavam quatro da tarde. A fome apertou e lembrei-me de que eu não havia almoçado, fui até a cozinha ver o que teria para me alimentar, optando por um macarrão instantâneo sabor carne. Botei no microondas tudo e aproveitei o tempo em que ele fervia, pegando meu celular procurando o número de Carlos Daniel e fazer o que eu já havia pensado e decidido, por mais doloroso que fosse.

A chamada deu seu primeiro toque e sua voz encantadora disse o seu "Alô", me assustando, pois esperava que demorasse um pouco mais para me atender:

– Sou eu Carlos Daniel, Paulina.

– Minha preciosa... Não sabe o quanto estou aliviado de falar com você. Como es´ta meu amor?

– Bem, mas... - Droga minha voz estava embargando pelo o que iria dizer. - Preciso te dizer uma coisa. - Afastei um pouco o celular de meu ouvido para poder respirar e tentar me manter forte, pois tudo logo passaria.

– Eu já sei princesa, eu também te amo minha vida! - Após sua linda declaração antecipada eu não me contive e chorei de vez, sem querer deixando escapar um soluço.

– Está chorando Paulina? Não esperava que fosse ficar emocionada preciosa, logo nos veremos novamente e então vamos passar todo o tempo juntos...

– Não! Por favor me escuta Carlos Daniel! - Pedi chorosa - Eu preciso te dizer que... que... Não poderemos mais nos ver! - Contei já em prantos e sentando no chão de joelhos lentamente angustiada esperando sua resposta do outro lado da linha.


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Notas finais do capítulo

O que acharam dessa atitude da Lina? Ela fez certo ou está exagerando? Comentem bonitas, aguardarei ansiosamente pela opinião de vocês :D Bjs da Miih :*