Inexplícavel escrita por mei


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

U.U lá vai mais um..



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Acordei um pouco mais cedo dessa vez, era de tarde o sol estava prestes a se por. Eu fui tomar um banho e já estava me acostumando a ter um vestido diferente cada vez que eu saia do banheiro.
Fazia um bom tempo que eu não calçava meu alstar, eu era obrigada a usar saltos, mas o vampiro deve ter percebido que eu não gosto, ele sempre mandava saltos pequenos, eu não nasci pra ficar em cima de sapatos de luxo.
Eu fui a um lago que ficava do outro lado do castelo, era uma paisagem tão diferente e tão típica ao mesmo tempo, as águas que eram incrivelmente cristalinas permitia que eu visse o fundo do lago, não era fundo, talvez a coisa menos perigosa naquele lugar. Eu me sentei sob uma pedra e pude ver o mas belo espetáculo, o sol se pondo por trás da água e sendo encoberto pelas árvores, isso a TV não mostra!... eu queria que aquela cena fosse eterna...
Fiquei ali até escurecer completamente, á água do lago já não mostrava o fundo, porque refletia a imensidão do céu, aquele azul escuro frio, um céu limpo, naquele lugar sem contar com o sol não tinha estrelas, o céu da noite só tinha uma lua gigante, aquilo era fora do normal, era tão obscuro quanto aquele lugar.
Sob aquele céu limpo, eu comecei a cantar uma música , era estranho, mas minha falecida avó sempre cantava pra mim quando eu sentia medo, e sempre fucionava, o bicho papão nunca me alcançava quando eu tinha essa música em mente...
– ...Eu nunca vou esquecer as esperanças e sonhos
Que dividimos no final daquele verão
Eu tenho certeza que nos encontraremos de novo
Em outro agosto daqui a dez anos
Porque aquelas foram minhas melhores memórias
Nós nos conhecemos em um momento inesperado
Quando você me chamou ao atravessar a rua
E disse: Vamos andar juntos para casa.
Como se eu estivesse envergonhada
Eu cobri meu rosto com a minha bolsa
Mas na verdade eu estava muito muito
Feliz
Ah os fogos de artifício explodiam bonitos pelo céu
Um pouco doloroso
E o tempo passou tão suavemente quanto o vento
Era tão feliz, tão divertido
Tivemos muitas aventuras
Dentro de nossa base secreta...- eu me auto interrompi e eu me virei para voltar ao castelo inocentemente, quando eu vejo a cena mais cheia de ternura que eu já tinha visto... o vampiro estava sentado no chão um pouco atrás de mim, me olhando com o brilho de uma criança, me pergunto por que eu nunca consigo sentir a presença dele...
Ele fechou os olhos e abriu um sorriso sútil, a esse ponto eu estava morrendo de vergonha, nem minha mãe me ouve cantar... ele abriu os olhos direcionando eles a mim ainda com o seu sorriso fascinante...
– eu nunca me canso de ouvir essa música.- ele me falou
Como assim é impossível que ele tenha ouvido essa música...
– v-você já ouviu essa música?- eu estava muito intrigada.
– mas é claro, você já cantou pra mim...
Tá eu realmente não sei do que ele esta falando, como eu disse se nem minha mãe ouviu quanto mais ele...
– impossível.
– bom não posso dizer que você cantou pra mim, mas... você cantou essa música enquanto dormia algumas vezes... era de dia e você estava falando enquanto dormia, como eu passava em frente ao seu quarto eu pude ouvir sua voz, pensei que você estava falando comigo... mas você só citava uma tal de Emy, eu me sentei ao seu lado na cama e você começou a cantar, eu fiquei curioso e queria ouvir o final da música então permaneci lá... até que eu adormeci ao seu lado, pra minha sorte eu acordei antes de você, mas eu fiquei curioso pra saber que reação que você teria se me flagrasse dormindo ao seu lado.- ele riu
Eu precisei de um tempo pra processar aquilo tudo, primeiro eu descubro que ele é curioso, depois descubro que eu falo em quanto durmo e ainda descubro que ele dormiu comigo, mas que coisa isso não é certo.
Ele só podia estar brincando...
– você está mentindo...-eu retruquei
– ah, é?- ele falou ironico
– s-sim você não pode estar falando sério e...- quando eu ia terminar de falar ele me interrompe...
– Eu nunca vou esquecer as esperanças e sonhos
Que dividimos no final daquele verão
Eu tenho certeza que nos encontraremos de novo
Em outro agosto daqui a dez anos.
Eu sei que você estava gritando
Obrigado, com todo seu coração, até o fim
Foi doloroso segurar as lágrimas e dizer adeus
Com um sorriso.- ele cantou pra mim
Agora eu estava certa de que o que ele falou era verdade aquele era um trecho da música... eu senti minhas bochechas corarem até ficarem doloridas...
– q-que vergonha.- eu resmunguei
Mas assim eu percebi a voz linda que ele tinha, uma voz firme e sedutora, ele parecia um cantor profissional, e o mais irônico era que ele tinha uma voz doce para um vampiro, eu realmente me impressionei.
– ora! não precisa ter vergonha, eu faria tudo de novo pra ouvir você cantar novamente, não me arrependo!- ele falou sorrindo.
Eu nem sabia mas oque dizer, tudo acontece muito rápido... eu nem tenho tempo de pensar direito, por isso eu simplismente fiquei alí sentada ao lado dele olhando o lago... ficamos um bom tempo alí até que ele falou...
– amanhã eu vou te levar a um vilarejo vizinho...
– p-por que?- eu perguntei
– pra comprar alimentos pra você, eu sei que você vive comendo frutos que encontra por aí, por mais que seja saudável... você pode comer algo venenoso.
– não precisa se preocupar com isso... eu estou bem e...
– não adianta ser teimosa!
–rumph! existe muitos vilarejos por aí?
– alguns eu vou te levar nos mais próximo não se preocupe.
–tudo bem...eu espero retribuir a ajuda.- eu sorrir
– ha! cuidado, eu posso tirar proveito disso.- ele fez um sorriso malicioso.
Bem ele ainda parece menos assustador assim...
– ah! eu percebi que você gosta bastante de ler, eu deixei o meu livro favorito sobre sua cama... quem sabe você gosta.
– sobre oque fala?
– você vai ver...- ele me falou em quanto passava as mãos nos seus longos cabelos castanhos.
– vamos me diga algo do livro...
– sim, como recusar um pedido seu?
Ah ah tinha que ter algo pra me deixar corada. Ele começou a falar...
– Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor...
Eu fiquei impressionada e um tanto ofendida, nem os melhores atores consegue falar tão bem quanto ele, fiquei um pouco ofendida por ele achar que eu não conhecia as obras de Shakespeare, tive que provar que eu sabia do que ele estava falando...
– Dormir... Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:
Pois quando livres do tumulto da existência,
No repouso da morte o sonho que tenhamos
Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita
Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.- eu citei com uma voz um pouco tremula, ler um texto desse não é pra qualquer um.
– não acredito que você conhece essa obra...- ele falou supreso.
– estamos kits.- falei pra ele um pouco orgulhosa.
– estamos o que?- ele me perguntou
Ah é esqueci que estamos na idade da pedra... tá exagero meu
Minha noite seguiu assim eu e ele trocando citações, sinceramente... não podia ser melhor.


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Notas finais do capítulo

a música é a abertura de ano hana :3 e a citação já da pra saber de quem é neh! mas iai gostaram?