Era de tarde quando eu pude ouvir a voz dele tentando fazer algo impossível: querendo me acordar...
– Alice ?!
Era muito cedo para me acordar... na verdade eram 16:00 horas, mas eu continuava com sono. E ele continuava a tentar...
– Alice! estás morta?
Me deu vontade de responder que sim mas mortos não respodem, aliás porque diabos ele está me acordando?
– você quer acordar por bem ou por mal?
Ele está me desafiando? ele nem sabe com que está lhe dando, ele quer brincar com fogo, só pode!
– é por mal então?
Agora eu não acordo de jeito nenhum! ele vai fazer oque? me morder? era o que me faltava, acha que pode por medo em mim...
– se é assim...
Não importa o que ele diga, não tenho medo! deixei meus olhos abrir um pouquinho e pude ver seu sorriso diabólico.
– sua última chance
Não ouvir nada, não quero saber de nada, só quero dormir!
– tsc! você pediu por isso...
Antes que eu pudesse xinga-lo mentalmente sentir suas presas deslizando pelo meu pescoço me provocando arrepios.

Eu queria para-lo, mas estava constrangida, sem falar que eu não conseguia pensar em nada, só me perguntava por que ele estaria fazendo aquilo... cheguei a um ponto que meu corpo amoleceu completamente...

Ahhhh não assim é maldade! nem pensei duas vezes e me afastei o mais rápido que pude... se bem que o meu ''mais rápido'' era mas devagar do que eu pensava! culpa dele!
– oque você pensa que está fazendo?- perguntei tentando não borcejar
– francamente! você não dorme, você iberna!
– por que me acordou? precisa de um lanchinho?- eu perguntei irônica.
– tsc. eu vou te levar a um vilarejo lembra? e um ''lanchinho'' não é uma má idéia, você está precisando mesmo de um corretivo!
Eu juro que não ouvir isso! ele anda muito atiradinho! mas voltando ao que interessa ele realmente me avisou que me levaria para um vilarejo vizinho para comprar suplementos...
– agora que a senhorita acordou poderia fazer o favor de me acompanhar?
Eu me levantei da cama, e deixei ele perceber que eu estava vestindo uma camisola.
– ora ora! você não pode ir assim não é mesmo? tome um banho e eu deixarei suas vestes aqui como de costume.

– sim, senhor!

Ele me olhou incrédulo.
O vocabulário antigo dele é de arrepiar... eu tenho me arrepiado muito ultimamente...
E eu entrei no banheiro e evitei olhar ele nos olhos e quando sai ele não estava mais lá, o quarto só tinha um vestido, roubando minha atenção.
Não tinha como não parar de olhar para aquele vestido, era vermelho... era... bonito
Eu vestir por que não tinha opção, mas na verdade foi a primeira vez que eu pus um vestido e não me sentir ridícula... acho que estou me acostumando a essa loucura...
Sair para fora do castelo a procura dele e tinha uma carruagem um pouco afastada aos túmulos, não era como uma carruagem da Cinderela era como as carruagens típicas da Inglaterra, por um momento eu pensei que fosse sair para tomar chá, mas eu não gosto de chá e nem de café... um é muito doce e outro muito amargo, esse tipo de coisa não é pra mim.
Interrompendo meus pensamento Cristopher aparece a minha frente, uma distância de três metros... eu acho, nunca fui boa em física. Ele fez um gesto para eu me aproximar dele, eu hesitei, mas eu fui.
Agora ele me levava em direção a carruagem e tinha um homem na ponta dela, e ele estava segurando dois chicotes que levava aos cavalos, ele é o cocheiro... eu diria.
– vamos?- ele me me perguntou.
– não podemos ir andando?- eu não queria entrar naquilo.
– por que? é muito longe para ir andando.
– ah...
– está com medo?- ele pergunto abrindo um leve sorriso.
– não é isso... sou contra essas coisas...
– mas que coisas?
– os cavalos... eles não deveriam ser obrigados a isso... eles tem que levar coisas pesadas por horas, e ainda se atrevem chicotea-lo quando ele não vai rápido o suficiente... isso é errado!
Cristopher deu breve risada quando eu terminei de falar, não era engraçado, ele não tinha motivo nenhum para rir! tudo que eu falei foi verdade.
– não se preocupe com os cavalos... eles são bem tratados... eu nunca ouvir algo assim e nem ao menos vi alguém que se recusa a entrar em uma carruagem por pena dos cavalos... você é inacredítavel.
Ele que pense oque quiser, oque eu falei estava certo... mas fico aliviada que os cavalos sejam bem cuidados.
Ele me deu a mão e me ajudou a subir naquele ''treco que roda''. Viajamos cerca de 2 horas até que a carruagem parou e ele desceu, assim que ele me ajudou a descer eu pude ver o vilarejo, estava escuro quando chegamos, mas tinha tantas coisas e pessoas que parecia estar de dia.
Era diferente de tudo que eu já vi... tenho um mal pressentimento sobre esse lugar...

Cristopher me levou a um outro castelo, era menor que o dele mas mesmo assim tinha um certo charme.

Ele abriu a porta sem bater, eu achei isso estranho mas resolvi não interfirir... subimos uma escada uma mulher veio nos receber.
– oh, senhorita Alice como é bom vê-la novamente...
Era a Katherine a enfermeira tarada... isso só pode ser coisa da minha cabeça, mas se ela perguntar se eu preciso de ajuda com o banho novamente eu... eu... por pior das hipotéses eu não faria nada...
– Katherine? você está muito bem...
– muito obrigado... é Sr. Cristopher veio fazer uma visita? - ela perguntou direcionando o olhar ao Cristopher.
– sim eu vou passar um dias aqui... katherine enquanto eu converso com ele podes levar Alice para conhecer o vilarejo?
– com muito prazer, se o senhor me der licença... vamos Alice?- ela me estendeu a mão.
Eu direcionei meus olhos aos do Cristopher e ele apenas abaixou a cabeça gentilmente... bem acho que não tenho escolha segurei a mão de Katherine e deixei que ela me leva-se.

Katherine me levou para fora e me mostrou cada parte do vilarejo, ao contrário do outro ele era cheio de pessoas e crianças tinha lojas e a antiquários, se bem que eu acho que não era um antiquário acho que era uma loja da atualidade viver aqui é como viajar no tempo...

Eu e Katherine continuamos a andar até que alguém a chamou...

– Katherine minha linda flor, oque fazes por aqui?

Era uma voz muito familiar mas eu não conseguia identifica-la, eu olhei para trás e não vi nuiguém...

– hein? é a menina mal educada que está com o Sr. Cristopher.

Eu olhei para baixo e...

– não acredito...