Cap. III – No Expresso de Hogwarts

*Diário de Lily Evans*

Não dormi direito essa noite, fiquei muito ansiosa, pois no outro dia, a uma hora dessas eu estaria em minha confortável cama em Hogwarts, com minhas amigas de companhia de quarto e não a cara - de - cavalo da minha irmã.

Quando finalmente consegui dormir, passaram – se o que pareceu ser 10 minutos e minha mãe já me acordava para ir para King Cross. Como estava sem sono, e só havia conseguido cochilar acordei disposta, tomei um banho troquei de roupa e desci para tomar café. Pelo menos não tive que agüentar a Petúnia reclamando de manhã com sempre ela faz, pois estava na casa do namorado desde ontem.

- Bom dia, minha princesa. Dormiu bem? – perguntou meu pai, Edward Evans, radiante como sempre.

- Dormi sim, pai.

- Meu Lírio, seu malão já está pronto? – perguntou minha mãe, me chamando de ‘Meu Lírio’, como fazia desde que eu era criança, e não sei bem porque, mas ela me chamar assim me lembrou um certo moreno com seus cabelos desarrumados, de olhos castanhos – esverdeados, e um corpo escultural, adquirido graças ao Quadribol... O QUE EU ESTOU FALANDO?! ELE É, E SEMPRE SERÁ O MESMO EGOCÊNTRICO POTTER que não se importa com o que uma garota sente, só quer se divertir ás custas dela, e tem ainda algumas bobocas que acreditam que o Potter, a ‘Chatice Mor’ ou ‘Chatice nº 1’, e o Black, ‘Chatice nº2’, querem algo sério com elas! Um bando de babuínas burras babonas!

Voltando ao meu relato diário...

- Arrumei sim, mamãe. – disse carinhosamente. – Vou descer com ele para que possamos ir, tá bom?!

Minha mãe acenava positivamente com a cabeça enquanto eu me dirigia ao andar superior. Peguei meu malão e minha bela e pequena coruja branca, a qual o nome não me agrada muito, pois quando eu estava para dar nome a ela o Black chamou o Potter de Prongs,um apelidinho estúpido que os marotos deram a ele, e a coruja ouviu o nome e gostou, então não consegui mais mudar o nome dela, eu estava pensando em algo como Blanca, mas como é macho eu não tinha a mínima idéia de que nome dar a ela.

Na Estação King Cross...

Estava mais cheia como de costume, Lily percorreu os olhos pelas pessoas procurando encontrar uma de suas amigas, mas seus olhos se detiveram ao se encontrar um par de olhos castanhos – esverdeados, que sorriram ao vê –la. James Potter vinha na direção de Lily, seguido por Sírius Black, Remus John Lupin e Peter Pettigrew.

*James Potter*

Percorri os olhos várias vezes, procurando um cabelo ruivo conhecido, mas no meio de tantos trouxas estava difícil de se de um tempo encontrei, e imagine minha surpresa ao ver que ela também me procurava.(Tudo bem eu sei que ela deveria estar procurando por uma de suas amigas quando me viu, mas eu posso sonhar um pouco, não posso?!)Andei decidido a dar um ‘Bom – dia’ aos meus ‘futuros sogros’.

- Bom dia, meu Lírio! – eu não podia chamá–la de ‘Cenourinha’ na frente dos pais dela, não é?!

- O que você quer, Potter? – perguntou secamente. A sensibilidade dela as vezes me comove sabia!

- Bom – dia, a senhora deve ser a mãe de Lily, a senhora Evans. – desviei de minha Cenourinha e fui cumprimentar meus ‘sogros’.Peguei na mão de minha ‘sogrinha’ e beijei – a delicadamente – Vejo de quem ela herdou tanta beleza. – não, eu não estava puxando o saco da minha ‘sogrinha’, ela era realmente uma mulher que poderia ser considerada bonita, tinha os cabelos ruivos iguais aos da filha, mas os usava preso em um rabo – de – cavalo, e os olhos eram de um tom mel. Ela sorriu para mim e me respondeu um ‘Bom - dia’

- Bom – dia, o senhor deve ser o pai de Lily. Eu sou James Potter. – consegui conquistar o ‘sogrão’, pois recebi um sorriso de resposta, pelo menos foi o que achei...

- Então você é o famoso James Potter do qual minha filha vive falando que sempre pede para sair com ela. – Edward Evans disse com uma sobrancelha erguida. Eu ‘tremi na base’ (é assim que se diz, não é?!) não sabia o que responder, e ainda estava surpreso por minha Cenourinha falar de mim para os pais dela. – Gostei de você, parece ser persistente. – respondeu finalmente com um sorriso nos lábios, sorri de volta.

- Nossa meu Lírio, não sabia que você falava de mim para seus pais. – disse finalmente me dirigindo a Lily.

- Ah, cala a boca, Potter. Eu conto para meus pais tudo, desde as coisas boas que acontecem comigo até os idiotas persistentes que não me deixam em paz um só minuto. – respondeu rispidamente me olhando como se os pais dela não tivessem ali. Agradeço que a estação estivesse cheia se não ela pularia em meu pescoço e me esganaria ali mesmo! Eu não duvido, e de quebra faria o mesmo com Padfoot, dava pra ver no olhar “assassino” que ela lançava. Mas resolvi entender que ela estava ‘apenas’ nervosa, pois seus pais estavam ali a entregando(e impedindo!)

- Mas você fala de mim pelo menos. – respondi com meu último argumento de esperança.

- E como, a cada 10 palavras que ela diz, 11 são sobre um certo moreno irritante de cabelos, como ela mesma diz, irritantemente bagunçados, que fica passando a mão neles irritantemente a todo tempo, sendo irritante ao cubo. – respondeu Sarah Evans toda risonha.

Eu iria responder o quanto lisonjeado estava por saber o quanto minha Cenourinha falava de mim, mas fui interrompido por Alice, a melhor amiga de minha Cenourinha:

- Lily que bom que você já chegou, precisamos ir para a plataforma 9 ¾ imediatamente, a monitora – chefe não pode se atrasar! – monitor – chefe? Minha Cenourinha era monitora – chefe? Será que ela já sabe quem será o companheiro dela de monitoria este ano?

Depois de falar com o irritante do Potter e ser salva por minha melhor amiga Alice, andei em direção a plataforma 9 ¾, essa seria a última vez que eu colocaria os pés ali como estudante, no futuro talvez como professora, ou até trazendo meu filho.

Aqui no trem não aconteceu nada de interessante ainda, sim eu estou escrevendo no expresso de Hogwarts, mas já estou sentindo os efeitos da noite mal dormida, estou quase dormindo sentada, mas não posso, pois daqui a pouco irei fazer minha ronda como monitora – chefe, pensando nesse assunto quem será que é o monitor – chefe? Lembrei da felicidade que senti quando abri minha carta de Hogwarts e percebi que dentro dela havia algo mais do que minha lista, sim eu fora escolhida para ser monitora – chefe, mas não havia pensado quem seria o outro monitor – chefe. Pensei em Remus, deve ser ele, ele é tão inteligente e é um ótimo aluno, apenas suas companhias que não são boas.

Lily adormeceu sentada na cabine com seu diário nas mãos, estava muito cansada para continuar escrevendo. Alice, Miley e Sophie foram ao banheiro trocar de roupa, coisa que Lily já havia feito.

Quando saíram do vagão não perceberam que cinco garotos vinham em sua direção, os quatro marotos e Frank Longbotton, um garoto um tanto ‘cheinho’, ele já teve mais peso, mas depois do terceiro ano emagrecera consideravelmente, mas mantinha o rosto arredondado. Tinha olhos amendoados e era muito simpático. O moreno de olhos castanhos – esverdeados se virou para os outros e disse:

- Vou contar pra Lily que eu sou o monitor – chefe agora! Não agüento mais esperar!

- Bom, então é melhor nós nos prepararmos. – disse Sirius brincalhão, e se virando para falar com James e apertando sua mão. – Foi muito bom te conhecer. Te vejo no céu amigão!

James entrou no vagão ignorando os comentários do amigo e se deparou com Lily dormindo e quando olhou para trás constatou que os garotos já haviam ido. Com certa pena da garota que dormia um sono bom, e de si mesmo, pois sabia muito bem o que ela faria com ele se o mesmo a acordasse e ainda pensando o que ela faria com ele depois que o mesmo dissesse que era o monitor – chefe, decidiu acordá-la.

- Lily, acorda. Acorda Bela Adormecida ruiva. – disse carinhosamente se sentado ao lado dela. E somente o que Lily fez foi se aconchegar no ombro do rapaz (N/A: Safadinha ela, não?!). – Minha Cenourinha acorda, estamos quase chegando em Hogwarts e temos que ir na reunião de monitores!

Mas a garota não acordava. O trem diminuía a velocidade anunciando que estavam chegando a Hogwarts, mas Lily nem dava sinal de despertar. Houve dez minutos gastos a toa tentando desperta-la, tempo em que metade das pessoas do trem já havia saído. James ainda tentava acordá-la, mas a garota respondia coisas que ele entendia como “me deixa dormir” ou “me beija logo”, mas sempre ele optava pela 1ª opção, pois sabia que Lily nunca o perdoaria se ele optasse pela segunda. James teve uma idéia: iria levá–la no colo. Tudo bem que era longe, mas o quê ele poderia fazer?! Deixá-la ali não era uma opção! Ele abraçou a cintura da garota com uma das mãos enquanto ajeitava a outra para impedir que ela caísse de seus braços e caminhou para fora do trem até uma carruagem vazia. Ele ajeitou Lily no banco e assim que fechou a porta a carruagem começou a andar. A cabeça de Lily movia de acordo com os movimentos da carruagem e caiu apoiada nos ombros dele aconchegada, mas a ruiva não parecia se incomodar, parecia estar absorta em um sonho. A carruagem parou e James a pegou novamente nos braços para levá-la até a sala da reunião. Alguns alunos passavam por ele e o olhavam intrigados com aquela cena, mas ele não se importou. Ter sua Cenourinha nos braços era uma ótima sensação, mesmo que parecesse estranha. Os braços de Lily envolviam seu pescoço como para se sentir segura. Ela era leve como uma pluma para James. Ele chegou a sala de reuniões e entrou.

- Tudo bem Sr. Potter? O que aconteceu com a Srta. Evans? – perguntou uma Minerva inquieta com a cena que estava vendo: Lily Evans nos braços de James Potter e abraçada a ele(N/A: Depois ela fala que não gosta dele).

- Tudo certo, Tia Mini. – responde James com um sorriso maroto nos lábios. – A minha Ceno... A Lily só está dormindo, e eu não tive coragem de acordá–la. Ainda, pois quando a reunião for começar eu o farei.

- James Potter! Você deu uma poção do sono para ela?- Minerva parecia chocada.

- Nossa Tia Mini! – James se fez de ofendido. – Não sabia que a Sra. pensa que sou capaz de uma coisa dessas. – mas logo completou, pois recebeu um olhar reprovador da professora. – Bom capaz eu sou, mas não o fiz, ela só está cansada, e eu não tive coragem de acordá–la.

- Tudo bem, tudo bem. – disse uma nada convencida Minerva. – Os outros monitores já devem estar chegando.

Depois de uns dez minutos todos já haviam chegado e Lily, que agora estava deitada no colo de James(coisa que não fora ele quem fez e sim ela) continuava a dormir calmamente.

JAMES! – Lily acordara sobressaltada, aparentando estar com muito medo. Foi ai que ela olhou para os lados e constatou que estava em uma sala diferente, e que haviam várias cabeças voltadas em sua direção curiosas, mas seus olhos pararam em uma em especial, a mesma cabeça com quem ela acabara de ter um sonho terrível, estava ali ao seu lado, e sem pensar direito em suas atitudes, Lily abraçou James.

- Tudo bem Lily? – sussurrou James um pouco nervoso em seu ouvido. Aquelas palavras a trouxeram de volta a realidade e ela se separou rapidamente do rapaz murmurando um “sim, me desculpe”.

A professora Minerva começou a reunião depois de constatar que estava tudo bem com a garota. Lily não prestou atenção em nenhuma das palavras da professora, mas sua atenção voltou as palavras da professora quando essa começou a falar dos monitores – chefes, ela queria saber quem seria o seu companheiro de trabalho durante o ano inteiro.

- Bom agora eu queria lhes apresentar os dois monitores – chefes: Lily Evans e James Potter. – Lily arregalou os olhos ao ouvir o segundo nome e iria começar a questionar a decisão de Dumbledore afirmando que ele estava louco pro colocar um delinqüente como o Potter na monitoria – chefe, mas foi interrompida pela professora Minerva que continuava a falar. – E lembrando que vocês ainda precisam fazer a ronda hoje, portanto vocês já podem ir.

Lily fez a ronda silenciosa, não querendo ter que explicar a James o porquê gritara o seu nome, e esperava que ele também não a questionasse sobre o assunto. E foi isso que o garoto fez, ficou tão silencioso quanto Lily, perdido em seus pensamentos.

Quando entrou em seu dormitório naquela noite, Lily só dissera quem era o outro monitor – chefe, pois sabia que suas amigas já estavam sabendo do que acontecera naquela tarde. E a única coisa que tomou conta de seus pensamentos foi que James Potter seria monitor – chefe junta com ela. Teriam de trabalhar juntos todas as noites, o que significava que não tardaria o momento em que Lily teria de contar a ele porque gritara seu nome. James pensava na mesma coisa, e como Lily, não disse nada no banquete inteiro, o que era realmente estranho se tratando do Potter, e foi dormir tarde embalado por pensamentos envolvendo Lily e o porque de ela ter o chamado, principalmente daquela maneira tão assustada.