Kingdom Falls escrita por Marina Schinger


Capítulo 5
πέντε, Matteo




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Diante de uma grande mesa no grande escritório de meu pai, que andava de um lado para o outro freneticamente e falava sem parar, eu mantinha meus olhos fixos em uma das várias estantes com longas fileiras de livros velhos e empoeirados. Aquele lugar estava mais para uma biblioteca abandonada do que para um escritório em uso. Para um rei, aquilo era bem decadente; será que ele não percebia? Ele vivia ali, sempre ou quase sempre enfurnado em papéis e em seus próprios planos, nunca ou quase nunca compartilhando nada comigo, seu herdeiro. O próximo rei. Eu devia saber tanto quanto ou até menos do que o nosso povo sabia.

Nosso povo.

Eu mal havia me casado para me tornar oficialmente um rei e ali estava eu, referindo-me ao povo da Grécia como meu. Nada ali era meu, eu seria um tolo se pensasse o contrário.

Eu apenas receberia o trono do rei, meu pai é quem continuaria dando as ordens por trás. Eu apenas as recitaria.

Bufei discretamente com tal pensamento, querendo imensa e terrivelmente sair daquele lugar; era quase como se eu me sentisse sufocado ali dentro.

Quem sabe se eu tivesse fugido para algum lugar distante, como para a Oceania, eu então estaria livre de toda aquela bagagem? Talvez eu não precisaria ter me casado, de qualquer forma, já que eu estaria tão longe que nem mesmo meu pai, com suas manhas, teria me encontrado. Eu sabia pilotar um avião e sabia persuadir um piloto para que me desse os códigos de um, para então fazê-lo funcionar. Eu poderia fugir desta forma.

Revirei os olhos ao perceber o quão covarde eu estava sendo ao pensar de tal forma. Que tipo de homem eu seria se fugisse de meu dever? Além do mais, o casamento, de certa forma, não tinha sido tão ruim assim.

Escondi com uma das mãos um sorriso ao me lembrar de Flora e toda sua naturalidade e delicadeza.

– ...e se caso não conseguirmos a aliança com a Alemanha, precisaremos de mais economias tiradas do povo grego. Já fizemos isso o suficiente, eles perceberão uma hora ou outra. - Meu pai finalmente concluiu um de seus pensamentos, olhando-me logo em seguida.

Arqueei as sobrancelhas, controlando a vontade de lhe fazer uma careta.

– Não entendo para que tanto exército. - Resmunguei enquanto me esparramava na grande poltrona em que me sentava. - Você está desviando o imposto do povo grego para a compra de exércitos. Por acaso o senhor pretende declarar guerra contra alguma Província e eu ao menos estou ciente disso?

– Matteo, meu filho, nunca é cedo demais para uma boa prevenção. - Ele respondeu firmemente, encarando-me como se eu fosse um idiota.
Bem, talvez eu fosse mesmo.

– Prevenção? Pai, se estamos sendo ameaçados, esta é a hora que o senhor compartilha isso comigo.

– Não estamos sendo ameaçados, Matteo. Só precisamos de reforços. Você sabe o que aconteceu da última vez. - Meu pai se sentou em uma poltrona em frente a mim, claramente desconfortável quanto ao assunto que viera à tona.

Engoli em seco, concordando com a cabeça, também nada confortável. Relembrar toda a situação para Flora já fora difícil o suficiente, eu não precisava de mais uma rodada.

– Precisamos nos juntar com quantas Províncias forem possíveis. Quanto mais aliança tivermos, poderemos cobrar menos nos impostos. Sei que é isso que deseja.

– Fico feliz em saber que o senhor me escuta de vez em quando.

Ele deu uma risada fraca e sem humor, recostando-se na poltrona.

– Tenha paciência. Você precisa pensar como um rei, você sabe. Agora principalmente. Você já está meio caminho andado.

Revirei os olhos dramaticamente, já cansado daquela reunião.

– Pai, casar-me com Flora não me torna rei. Na verdade, a sua velhice e incapacidade por estar velho ou sua morte é o que me torna rei. Meu casamento com Flora é só um detalhe. Eu me tornaria rei de qualquer forma.

Meu pai me olhou com uma expressão enfezada, claramente irritado com minhas palavras.

– E, honestamente, o senhor não está muito velho e nem morrendo. Não entendo a necessidade desse casamento.

– Menino idiota. Nem tudo gira em torno da sua coroa. Precisávamos de uma aliança assim como a Itália também precisava, Flora foi o acordo final.

Uma irritação repentina me atravessou ao ouví-lo se referir à Flora daquela maneira tão banal.

– Não fale assim dela. - Murmurei, olhando-o sob meus cílios.

Sua risada ecoou em minha cabeça e fez com que eu quisesse explodir seu cérebro com as mãos, a fim de fazê-lo parar com toda aquela palhaçada.

– Estou falando sério. Não fale assim dela. Flora não é só um acordo.

Ele balançou a cabeça positivamente, cruzando os braços em seguida.

– Sei que não. Você gosta da menina. Uma graça de se ver. Mas não vá se envolver tanto, Matteo. Segure suas calças. Vocês sabem das regras.

Pisquei rapida e debilmente, parcialmente confuso.

– As regras, Matteo. Você já se esqueceu? Nada de entrar nas saias da garota até que sejam oficialmente Rei e Rainha. É por esse mesmo motivo que não podem dormir no mesmo quarto. Será que você não prestou atenção em nenhuma dessas aulas? Por Deus, Matteo. Você não engravidou a menina, engravidou?

Eu arregalei os olhos, surpreso com as palavras de meu pai. Bom, sim, eu sabia que não podia engravidá-la e nem dormir no mesmo quarto mas, convenhamos, nós estávamos casados.

– O senhor está dizendo que não posso ter relações sexuais com minha mulher? - Perguntei incrédulo, mesmo sabendo que isso não aconteceria de fato, caso não existisse nenhuma regra idiota.

– Isso mesmo. - Meu pai concordou veemente, um sorriso divertido nos lábios, apesar de sua expressão ser firme e séria. Não que isso fizesse sentido, na verdade.

– Isso é ridículo! - Reclamei prontamente, levantando-me por um impulso.

– Não fique tão irritado, Matteo. Sei que mesmo se não existisse essa regra, vocês não teriam relação nenhuma da mesma forma.

Parei por um instante, encarando-o com uma expressão séria e irritada. Sem se aguentar, ele acabou rindo, mas eu me mantive da mesma forma. Realmente irritado.

–Matteo, leve isso na esportiva. Estou apenas brincando. Sei do que você é capaz, apesar de não apreciar tanto esse seu dom.

– Dom?

– Ah, Matteo, você precisa aprender a trancar a porta de seu quarto. Assim como precisa aprender a manter essas suas calças no devido lugar. - Ele me repreendeu, ainda sorrindo.

Dei uma última encarada nele após revirar os olhos, e então me virei para sair daquele maldito lugar.

Como uma criança insatisfeita, fechei a porta atrás de mim com toda a minha força, com a intenção de mostrar ao meu pai que eu, nada criança, estava insatisfeito.

Eu não gostava, de modo algum, que alguém ficasse me apontando as verdades, meus erros e minhas falhas, gostava menos ainda quando esse alguém era meu pai. Talvez, por ele me conhecer bem demais, era o porque de isso me deixar ainda mais irritado do que alguém que não fosse ele me deixaria.
Revirei os olhos ao passar em frente a um de seus retratos do castelo, tão grande quanto ele mesmo.

– Com pressa, Alteza? - A voz doce e delicada que vinha me acalmando durante os últimos dias soou em meus ouvidos, trazendo imediatamente um alívio e um sorriso discreto em meu rosto.

Bem, eu estava com saudades. Há quase dois dias não nos falávamos direito, mesmo que precisássemos. Minha mãe a deixara ocupada o suficiente para mantê-la afastada de mim, o que eu não gostei, de fato. Se tinha alguma coisa que eu estava tentando rigorosamente, era me aproximar de Flora. Aproximar-me o suficiente para que ela começasse a compartilhar seus segredos comigo; suas vontades, seus anseios. Exagero parecesse, mas era como se aquele casamento realmente tivesse de ter acontecido. Era como se Flora tivesse nascido para ser minha.

– Na verdade, sim - Eu respondi, virando-me para olhá-la.

Assim que o fiz, uma vontade insana de tomá-la em meus braços se apossou de mim. Flora usava um vestido delicado e nem um pouco grotesco, que ia até a altura de seus joelhos, deixando à mostra, então, suas canelas finas e delicadas, deixando-me tentado à tocá-las; o vestido era azul-claro, tão claro que poderia ser confudido com branco, e alguns detalhes rendados finalizavam cada mínimo detalhe da peça. Seus cabelos longos estavam soltos, e era a primeira vez que eu a via assim; seu rosto ficava ainda mais fino e, por mais que sorrisse, era como se tivesse um ar mais sério. Ela estava linda. Linda como eu nunca havia visto. Na verdade, era quase como se eu a visse pela primeira vez por completo.

– Nós temos um passeio. - Concluí, aproximando-me dela.

Flora arqueou as sobrancelhas, desconfiada, fazendo-me sorrir ainda mais.

– Passeio? - Repetiu ela e cruzou os braços sobre o peito. - Da última vez que você me levou para passear, um pássaro veio até nós apenas com um assobio.

– Sou capaz de muitas coisas, você sabe...

– Bom, tive menos de uma semana para saber de que você é capaz de muitas coisas. Em quanto tempo então posso descobrir de tudo o que você realmente é capaz? - Ela disse com o tom brincalhão, mas logo se arrependeu ao perceber o duplo sentido da pergunta.

Ah, Flora, eu pensei, sou mesmo capaz de muita coisa e eu realmente queria que descobrisse.

Dei um sorriso ladino e me aproximei ainda mais, encurralando-a na parede atrás de si, apoiando minhas mãos ao lado de sua cabeça.

– Não muito tempo, se assim desejar. - Eu sussurrei, controlando-me para não selar nossos lábios de uma vez.

Flora piscou rapidamente e engoliu em seco, encostando-se ainda mais contra a parede, como se pudesse ultrapassá-la a qualquer momento. Eu sorri satisfeito com sua reação, feliz em saber que eu a afetava da mesma forma que ela, inocentemente, fazia comigo.

– Vem, eu quero te mostrar uma coisa - Falei de repente, segurando sua mão e puxando-a comigo, a fim de fazê-la andar.

Pude ouvi-la bufar e, mesmo sem ver, eu sabia que ela tinha revirado, o que me fez rir.

– Você é cheio de querer mostrar coisas - Disse ela resmungona, mas logo se arrependeu novamente, percebendo, mais uma vez, o duplo sentido de suas palavras.

Eu a olhei e, ao ver sua expressão de espanto, caí na gargalhada.

– Você precisa pensar antes de falar, você sabe disso, não é? - Perguntei retoricamente entre risos.

Flora apertou minha mão, suas bochechas corando intensamente, fazendo-me rir ainda mais.

– Não precisa ficar tão constrangida assim, Flora.

Ela revirou os olhos mais uma vez e afastou sua mão da minha rapidamente, cruzando os braços sobre o peito em seguida.

– O que é que você quer me mostrar? - Ela mudou de assunto tão rapidamente quanto soltou minha mão, olhando-me com indiferença.

Fiquei em silêncio, decidindo não responder. Ela que ficasse surpresa quando visse o que eu queria mostrar. Guiei-nos para as escadas que nos levariam para o porão do castelo e, assim que adentramos o local e fechei a porta do mesmo atrás de mim, a escuridão tomou conta de nós e Flora agarrou meu braço com força. Uma risada divertida escapou por entre meus lábios, fazendo com que ela o apertasse com mais força.

De dentro do bolso traseiro de minha calça, tirei uma pequena lanterna para que iluminasse o resto do caminho. O porão era grande o suficiente para caber todas as tranqueiras do castelo, assim como grande o suficiente para caber também mais uma escadaria que nos levaria para o terraço do castelo. Por ser um espaço apenas para os autorizados, sua entrada era muito bem escondida. Eu não era autorizado a ir até lá, mas isso de fato não me impedia e, apesar de muito bem escondida, não estava escondida suficientemente bem para mim, já que a encontrei.

Destranquei a porta que dava para a outra escadaria e puxei Flora comigo, trancando a porta novamente em seguida.

– Você está me sequestrando? - Ela perguntou em um sussurro.

Apesar de escuro, eu conseguia ver seus olhos arregalados por causa da pouca luz que a lanterna oferecia.

Eu ri alto, o som ecoando por entre as escadas.

– Posso pensar sobre isso durante o caminho. - Eu respondi no mesmo tom. - É bom que não esteja de salto, temos muitos degraus pela frente.

Flora resmungou alguma coisa indecifrável e então voltamos a andar. Eram pelo menos sete lances de escada até o terraço. Eu não entendia o porque tínhamos de descer até o porão para que então subíssemos novamente. Talvez fosse questão de segurança, mesmo. Mas era bem cansativo.

Assim que finalmente subimos todos os lances, ofegantes, paramos em frente a uma grande porta de ferro devidamente trancada. Vários cadeados e travas a envolviam.

– Você tem as chaves para tudo isso? - Flora perguntou ofegante, olhando-me desconfiada.

Tirei um molho de chaves de dentro do meu paletó e mostrei-o a ela, um sorriso convencido brotando em meus lábios. Rapidamente, destranquei cada cadeado e cada trava da porta, abrindo-a e, assim que o fiz, um vento forte nos tomou, fazendo com que Flora fechasse os olhos involuntariamente e seus cabelos esvoaçassem em seu rosto.

Com um sorriso discreto, segurei sua mão novamente e a puxei para o local, trancando a porta novamente.

– Que lugar é esse? - Ela perguntou com um tom de voz maravilhado.

Flora estava parada com os braços postos ao lado do corpo, olhando diretamente para a vista que tínhamos dali.

O terraço era alto o suficiente para que tivéssemos uma bela vista dos campos e de todo o resto do lugar em que vivíamos; podíamos ver as vilas, as plantações, o comércio, podíamos ver até além disso. Além da vista, o terraço em si também era fascinante; seu parapeito era, assim como todo o castelo, feito de pedras que davam a impressão de serem tão antigas que poderiam desabar a qualquer momento; haviam algumas cadeiras de madeiras espalhadas pelo lugar, assim como também haviam duas mesas do mesmo material, com alguns objetos decorando-as. O lugar era também rodeado por vários tipos de flores e plantas, dando-o um ar ainda mais natural que o vento já produzia.

Segurei a mão de Flora mais uma vez, guiando-a para perto do parapeito, apoiando meus braços ali em seguida. Ela fez o mesmo, respirando fundo.

– Esse é o primeiro. - Eu respondi sua pergunta de alguns dias atrás, sobre qual era o meu primeiro lugar favorito do castelo, já que o segundo era o estábulo.

Flora pareceu não entender, já que me olhou com os olhos questionadores.

– Esse é o meu primeiro lugar favorito do castelo. O segundo é o estábulo.
Ela arqueou as sobrancelhas ao se lembrar do que eu falava e sorriu, balançando a cabeça positivamente em seguida.

– Faz sentido. - Murmurou, fechando os olhos assim que o vento forte bateu em nossos rostos novamente, esvoaçando seus cabelos longos mais uma vez.

– É um lugar muito bom para pensar. Esfriar a cabeça. - Eu falei, sem nunca deixar de olhá-la.

Seus olhos desviaram-se em minha direção, questionadores.

– Me trouxe aqui porque acha que estou de cabeça quente?

Eu dei uma risada breve e balancei a cabeça negativamente.

– De forma alguma. Eu a trouxe aqui porque jurei diante de Deus e todos os outros Deuses, sem contar o Bispo e as outras centenas de pessoas, que atenderia suas necessidades quanto ao seu posto.

Flora fez uma careta, não entendendo o que eu dizia, fazendo-me rir um pouco mais.

– Uma princesa e futura rainha tem o direito e uma grande necessidade de presenciar isso daqui. - Apontei para nossa frente, onde o sol se punha no horizonte. - É quase como um ponto de paz. É o que nós precisamos.

– Quantas namoradas você já trouxe aqui para dar esse tipo de cantada? - Perguntou ela em um tom provocativo, olhando-me com uma sobrancelha erguida.
Pisquei debilmente em sua direção, com a expressão impassível.

– Nenhuma. Você é a primeira. - Respondi calmamente em um tom baixo, fixando meus olhos nos seus. - Você está sendo a primeira em muitas coisas, para ser sincero.

Pude notar que ela havia prendido sua respiração, digerindo minhas palavras.

– Eu sou sua namorada? - Ela sussurrou com a voz falha, seus olhos presos aos meus.

Um sorriso ladino surgiu no canto de meus lábios e eu me aproximei dela, nossos cotovelos esbarrando-se um no outro.

– Francamente, Flora, namorada? Você é minha esposa.

Tudo aconteceu muito rápido, então. Em um momento nós nos olhávamos intensamente, e no outro suas mãos agarraram meu colarinho e me puxaram para perto de seu rosto, a fim de que seus lábios colassem nos meus ferozmente em um beijo cálido e único. Eu me assustei e arregalei os olhos a tempo de vê-la fechando os seus fortemente, com as sobrancelhas erguidas em confusão e desespero. Fechei os meus também, por fim, segurando seu rosto, então, entre minhas mãos e colando nossos lábios ainda mais, se possível. Antes que eu pudesse abrir a boca para que o beijo fosse intensificado, Flora se afastou. Cedo demais, por final.

Eu fiquei com sede de mais; desesperado por mais. Eu fiquei suspenso por entre as nuvens, flutuando sozinho pelo céu a procura daquilo que agora me faltava.

Flora sem dizer nada e com apenas um último olhar assustado, correu em direção à porta e a destrancou, apesar de que com um pouco de dificuldade, rapidamente, já que eu havia deixado as chaves na mesinha ao lado da mesma. Logo, então, Flora já não estava mais lá.

Eu deixei que ela fosse, não quis preciptar nada e correr atrás para pedir explicação ou alguma coisa do tipo. Eu apenas a deixei ir, e esperava que ela encontrasse o caminho de volta.

Sentei-me em uma das cadeiras e apoiei a cabeça nas mãos, os cotovelos apoiados nas coxas. Bom, era aquilo que eu queria, não era? Seus lábios nos meus, desesperadamente famintos por um beijo que certamente me deixaria acordado a noite toda. Droga, ela havia apenas encostado sua boca na minha em um beijo simples, mas com tanta intensidade e tensão. Tanta vontade. Como se nada no mundo pudesse aliviar aquele desejo. Ah, eu estava da mesma forma. Eu havia me segurado tanto nos últimos dias para que eu não acabasse de uma vez com toda aquela tortura de olhar para seus lábios rosados e querê-los delineando os meus...estava sendo tão difícil. E agora todo esforço havia ido por água abaixo.

Como eu seria capaz de olhá-la novamente sem atacar sua boca com a minha?

Suspirei profundamente e, após alguns minutos, levantei-me e fui atrás do que agora já não tinha mais volta. Fui atrás do meu encanto, do que já me enfeitiçara desde o primeiro momento.

Fui atrás de mais.


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