Kingdom Falls escrita por Marina Schinger


Capítulo 3
τρία




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O fim do dia estava fresco, ao contrário do período da manhã, e o pôr-do-sol estava alaranjado como eu nunca havia visto antes e, pelo local em que eu estava, dava para ver perfeitamente enquanto o sol ia embora.

Matteo e eu estávamos em um campo grande que ficava ao lado do castelo; eu, sentada em um banco, olhando-o fascinada, e ele, de pé em uma posição de auto-confiança - a mesma que ele usara no dia de nosso casamento -, mirando sua flecha no alvo e acertando-o em cheio assim que solta. Eu deveria aplaudir a cada vez que ele se sucedia, mas eu estava hipnotizada demais para me mover.

Ele parecia tão confortável em seu próprio corpo, era tão natural. Eu quase o invejava.

Sua risada me acordou e então pisquei os olhos rapidamente, e quando o olhei realmente, ele estava me encarando com um sorriso divertido nos lábios. Droga, pega no flagra. Senti minhas bochechas corarem e, por um breve momento, procurei algum buraco para me esconder.

– Tudo bem aí, Flora? - Ele perguntou em um tom de voz alto, já que estava um pouco longe de mim.

Dei um sorriso irônico e me levantei, indo até ele em seguida.

– Você é muito bom nisso. - Eu disse assim que me aproximei, cruzando as mãos atrás do meu corpo.

– Sou extremamente bom no que eu realmente gosto de fazer. - Ele sorriu galanteador, arqueando as sobrancelhas em minha direção.

Antes mesmo que eu pudesse controlar meu cérebro traidor, pensamentos inadequados me vieram à cabeça. Se ele era bom no que ele gostava de fazer, ele provavelmente era muito bom em beijar e, em um piscar de olhos, quis que seus lábios tocassem os meus de forma delicada, mas logo depois de forma mais selvagem. Um arrepio percorreu meu corpo e então eu respirei fundo, prendendo a respiração em seguida.

Matteo era o meu marido, não havia problema algum em pensar esse tipo de coisa, não é? Mas, de certa forma, parecia errado. Eu não tinha intimidade alguma com ele para pensar em algo assim. Nós ao menos dividíamos a cama. Bem, não ainda. Em algum momento eu teria que dormir ao seu lado.

– Flora? - Ele me chamou, sua voz parecendo distante.

– Ah. Oi? - Eu o olhei, piscando rapidamente.

Ele deu uma risada baixa, olhando-me insistivamente.

– Perguntei se você quer tentar. - Ergueu o arco e a flecha em minha direção, oferecendo-os.

– Ah. O quê? Não. Não. De jeito algum. - Recusei imediatamente, abanando as mãos em minha frente.

– Por que não? - Ele riu mais uma vez, um pouco mais alto.

– Não, não mesmo. Eu não quero me arriscar a errar a mira e acabar te matando.

Uma gargalhada parecida com a de uma criança escapou por entre seus lábios, enquanto ele inclinava a cabeça para trás, os olhos fechados. Um sorriso involuntário e timidamente divertido surgiu nos meus, para logo em seguida se tornar em um ataque de risos, e então logo nós dois estávamos rindo feito duas crianças. E nem era nada tão engraçado assim.

– Eu insisto - Disse ele entre risos, olhando-me divertido.

– Bom, se você morrer, não venha me assombrar depois. - Falei após uma pausa para que eu pudesse parar de rir e respirar.

Matteo fez uma breve reverência e me entregou o arco e a flecha, desejando-me sorte em seguida. Resmunguei um palavrão e me posicionei com os objetos, torcendo o máximo possível para que eu não fizesse feio e fizesse bom uso das lições de meu professor do esporte. Eu nunca fora boa em miras e eu raramente conseguia acertar o alvo, raramente mesmo. Certa vez eu acabara acertando o pé do professor, que teve que ficar no hospital durante dois dias inteiros para se recuperar.

Respirei fundo, contei até dez e então soltei a flecha, que fincou-se um pouco acima do alvo. Suspirei aliviada por não ter matado nenhum animal que estava por perto.

– Muito bom - Matteo aplaudiu sorridente, vindo até mim novamente.

– Que bom que você está vivo - Passei as costas de uma das minhas mãos na testa dramaticamente.

– Francamente, se você acertasse isso em mim sendo que o alvo está ali - Ele apontou para o grande alvo a nossa frente -, eu teria que chamar um médico imediatamente.

Fiz uma careta enfezada e lhe devolvi os objetos.

– Você provavelmente ficaria incapacitado de chamar alguém caso eu te acertasse.

Com um sorriso, ele se aproximou minimamente e se inclinou em minha direção, fixando os olhos nos meus.

– É normal que eu queira te beijar neste exato momento?

Arregalei os olhos, surpresa com sua sinceridade e com o fato de que eu queria a mesma coisa há alguns minutos. Ele riu fracamente, desviando os olhos para meus lábios brevemente e logo voltando para o mesmo lugar de antes.

– Normal mas inconveniente? - Sugeriu, aproximando-se um pouco mais e deixando o arco e a flecha no chão; suas botas de couro alinhadas com os meus sapatos delicados.

Eu não sabia o que responder, na verdade. Eu queria dizer que era normal e para que beijasse de uma vez, mas ao mesmo tempo queria dizer que sim, era inconveniente e que ele não me beijaria nunca. Engoli em seco, mordendo o lábio inferior em seguida a fim de controlar a vontade de me jogar em seus braços.

Não era assim que eu imaginava que as coisas aconteceriam. E só faziam três dias que estávamos juntos. Quero dizer, se é que estávamos realmente juntos. Na verdade, estávamos juntos apenas no papel, e não no sentido literal da palavra. Vivíamos apenas no mesmo espaço há poquíssimos dias, então éramos apenas dois desconhecidos. Talvez a vontade de beijá-lo fosse apenas uma atração momentânea. Talvez, não, eu pensei, certamente. Matteo era extremamente bonito e nem mesmo uma tola como eu seria capaz de resistir aos seus encantos.

– Como seu marido, eu deveria te beijar o tempo todo e, como minha esposa, você deveria retribuir. - Ele sussurrou entre um sorriso divertido e malicioso, desviando os olhos para meus lábios mais uma vez. - Mas nós provavelmente estamos longe de ser realmente um casal, não é? - Seus olhos fixaram-se nos meus novamente, intensos. - Espero que possamos mudar isso, com o tempo.

Matteo surpreendeu-me mais uma vez com suas palavras e, antes que eu pudesse respondê-lo (isso se eu, de fato, conseguisse falar alguma coisa), ele pegou o arco e a flecha no chão e virou-se em direção ao castelo, deixando-me sozinha no campo.


***

Sentada diante da mesa de jantar, com a Rainha ao meu lado e o Rei na ponta oposta a que Matteo estava sentado, eu me sentia insegura. Era como se eu tivesse esquecido todos os modos de como me comportar diante a realeza. Quase como se eu não soubesse mais como eu deveria segurar o garfo.

A mesa estava farta com vários tipos de comidas diferentes, e eu mal sabia o que comer. Sorte a minha que uma das criadas colocou comida no meu prato antes mesmo que eu pensasse em me servir.

Matteo e o Rei Dimitri discutiam alguma coisa sobre cavalgar durante a manhã durante o dia seguinte e, por um momento, quis que Matteo me convidasse para juntar-me a eles e talvez ele o fizesse caso soubesse que cavalgar era meu hobby favorito. Pena que mal conhecíamos um ao outro para que ele realmente soubesse.

Eu me remexi desconfortável na cadeira, lembrando-me de suas palavras de algumas horas antes.

– Tudo bem, querida? - A Rainha perguntou-me baixinho, olhando-me carinhosamente.

Eu a olhei surpresa por falar comigo, já que aquela era a segunda vez desde o casamento. Concordei com a cabeça, mexendo-a rapidamente, parecendo mais uma maluca.

– Sim, obrigada por perguntar, Alteza - Respondi no mesmo tom, sorrindo em seguida.

Ela sorriu e tocou minha mão gentilmente, arqueando as sobrancelhas exatamente como Matteo fazia, e então pude notar a grande semelhança entre os dois. Eram naturalmente lindos.

– Querida, você é da família agora. Ficarei muito feliz se me chamar apenas de Sofia.

Concordei com a cabeça mais uma vez, tentando sorrir sem parecer ainda mais uma maluca. Desviei os olhos brevemente até Matteo, que me olhava suavemente, quase como se algum tipo de carinho estivesse presente ali, enquanto seu pai ainda falava com ele; voltei meus olhos para a Rainha, que sorria ternamente.

– Claro. Sim, claro. Sofia. - Falei rapidamente, balançando a cabeça.

A Rainha Sofia, ou apenas Sofia, sorriu e voltou sua atenção para seu prato, comendo calma e lentamente. Decidi que era melhor eu fazer o mesmo, ou então pareceria que eu estava fazendo desfeita, já que o meu prato estava intocado.

– Creio que muito em breve o Rei Icaro e sua Rainha Delfina virão nos visitar. - O Rei Dimitri disse de repente, fazendo com que eu, Matteo e Sofia o olhássemos ao mesmo tempo.

– Oi? E desde quando você aceita visitas sem antes me consultar? - Perguntou Sofia, com um tom completamente informal para uma Rainha. Uma vontade de rir me dominou, e então eu mordi o lábio inferior, a fim de me controlar.

– Sofia, eu não aceitei nada, eles simplesmente disseram que virão e pronto. Na verdade, nem pediram permissão. - Ele explicou pacientemente, tomando um gole de vinho em sua taça de cristal em seguida. - E são muito bem vindos, a propósito. Afinal, eles nos trouxeram uma ótima garota, temos que agradecê-los.

O Rei me olhou brevemente, um sorriso ladino preenchendo seus lábios finos.

Senti minhas bochechas esquentarem imediatamente e, antes que pudesse me conter, encolhi-me na cadeira, com um sorriso tímido. Flagrei os olhos de Matteo em mim novamente, estudando-me como se eu fosse sua matéria favorita. Ele me lançou um sorriso gentil, como se quisesse me confortar.

Eu me surpreendi ao perceber que tal sorriso realmente me confortava.

– Seus pais não virão, infelizmente. - O Rei continuou, bebericando seu vinho. - Seu pai, muito competente em sua área, tem muitas coisas para fazer, então decidiu que seria melhor se viessem mais para frente. Conversamos sobre isso ontem, antes de partirem.

Concordei rapidamente com a cabeça, apesar de desapontada. Eu já sentia falta de meus pais.

– Temos que saber exatamente quando eles virão, então. - Sofia disse, olhando o marido com uma expressão séria. - Nada de incertezas, querido. Temos que preparar uma festa, mesmo que simples, de boas-vindas. Afinal, são agora nossos aliados.

– Flora e eu podemos cuidar dos preparativos - Matteo sugeriu, sem nunca desviar os olhos de mim. -, não é mesmo, princesa?

O modo como ele pronunciou a última palavra fez com que eu o olhasse imediatamente, um sentimento completamente estranho preenchendo meu peito, fazendo com que eu quisesse que ele me chamasse daquela forma pelo resto da vida. Senti minha garganta secar e uma emoção diferente me preencher; pisquei os olhos rapidamente e balancei a cabeça, concordando.

Matteo sorriu satisfeito, seu olhar se suavizando a cada segundo.

– Ótimo, seu pai e eu cuidamos do resto, então. - Sua mãe concordou, sem perceber a situação entre ele e eu.

– Sério? Eles ficaram com a parte mais divertida. - O Rei resmungou e revirou os olhos.

Antes que eu pudesse evitar, uma risada fraca escapou por meus lábios e então eu arregalei os olhos, encarando Matteo na esperança de que ele pudesse me salvar. Eu não sabia o que faziam com pessoas que riam do Rei.

Matteo, sem se conter, acabou rindo também, imaginei que mais por minha expressão do que pelo o que seu pai dissera e, sem me segurar, acompanhei-o; seus pais nos olhavam com expressões confusas, apesar de ambos terem um sorriso no rosto.

– Crianças - Sofia falou entre uma risadinha fraca, balançando a cabeça negativamente.

Assim que direcionei meus olhos a Matteo novamente, ele piscou para mim, um sorriso divertido em seus lábios.

Já em meu quarto, após o jantar, Betta me ajudava a tirar o vestido para que eu pudesse me arrumar para dormir e, em poucos minutos eu já estava deitada na grande cama que ocupava um espaço próximo à janela. Suspirei ao encostar a cabeça no travesseiro macio, sorrindo para Betta.

– Boa noite, querida. Talvez amanhã eu venha te acordar mais cedo. - Disse ela após depositar um beijo em minha testa.

– Ah, não. Por quê? - Reclamei, fazendo uma careta.

Betta deu uma risada fraca e foi até a porta, abrindo-a.

– Eu soube que você e Matteo têm muitas coisas para fazerem em relação às boas-vindas para o Rei e a Rainha da Itália.

Revirei os olhos entediada e concordei com a cabeça logo após.

– Bons sonhos - Ela sussurrou e então saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.

Dei um suspiro profundo e fechei os olhos, na esperança de dormir rapidamente mas, antes que eu pudesse relaxar completamente, um barulho vindo do guarda-roupa me alarmou e então eu me sentei na cama rapidamente, fixando meus olhos no móvel. Minha respiração já estava acelerada, assim como meu coração. Pensei em me levantar rapidamente e correr até o quarto de Matteo, que ficava logo ao lado do meu, para que ele pudesse me socorrer. Deixei essa ideia de lado, entretanto, já que se a botasse em prática eu provavelmente pareceria uma donzela indefesa e fraca e, de fato, era o que eu menos queria. Apesar de ser uma medrosa nata, eu tentava ao máximo enfrentar meus medos.

Antes que eu pudesse me levantar para pegar algum objeto que pudesse me defender, uma figura masculina surgiu dentre as portas do guarda-roupa e então eu tive de segurar o grito ao ver de quem realmente se tratava.

Dante estava ali, parado em minha frente, apenas a luz da lua que atravessava a janela o iluminava.

– O que... - Murmurei, minha voz falhando; olhei-o da cabeça aos pés, notando suas roupas sujas de farinha. - Você está todo sujo de farinha. - Eu sussurrei, controlando uma risada.

Um sentimento de alívio preencheu o vazio que se apossara de meu peito no dia em que soube que teria de me casar com alguém que não era Dante. Tudo o que eu mais queria, naquele momento, era pular em seus braços e rir descontroladamente da vida.

– Espero que não se importe caso eu suje todo o seu chão. - Ele sussurrou de volta, aproximando-se com um sorriso nos lábios.

Balancei a cabeça negativamente e fixei meus olhos nos seus, piscando rapidamente.

– O que você está fazendo aqui? - Sentei-me sobre meus calcanhares, sem me importar se Dante veria muito de meu corpo através da camisola que eu vestia.

– É perigoso. Alguém pode entrar aqui a qualquer momento e te ver.

Dante se aproximou o suficiente para correr os dedos por meus braços nus, em um carinho suave e delicado, os olhos percorrendo todo o caminho.

– Ninguém me viu, e ninguém vai me ver. - Ele murmurou e engoliu em seco em seguida. - Eu precisava ver você de novo. Sozinho.

Meus olhos arderam e minha visão se embaçou com as lágrimas que ali se acumularam, ao mesmo tempo em que minha garganta travou.

– Dante - Eu solucei, abraçando-o fortemente -, eu não tive escolha. Eu não pude fazer nada.

– Shhh - Ele acariciou meus cabelos e depositou um beijo suave em minha testa. - Eu sei.

– Eu vi como você me olhou no dia do casamento. Você estava com raiva. Com raiva de mim. - Eu sussurrei rapidamente entre soluços, olhando-o nos olhos. - Eu não tive escolha.

– Flora, eu nunca seria capaz de ficar com raiva de você. - Murmurou ele delicadamente, encaixando meu rosto nas mãos. - Além do mais, tenho que me conformar. Eu e você nunca chegaríamos a lugar algum.

Pisquei rapidamente e mais lágrimas rolaram pelo meu rosto, salgando meus lábios.

– O que você quer dizer com isso?

– Quero dizer que talvez não estamos destinados a ficarmos juntos. Ninguém nunca nos aprovaria. - Sua voz soou triste, mas firme. - Juro por todos os Deuses que você me fez feliz a cada segundo que passou comigo e que vou te amar por todos os outros milésimos que não estiver. Mas algum dia isso tinha que acabar, eu sempre soube. - Mesmo no escuro, pude notar um brilho diferente em seus olhos, como se ele estivesse prestes a chorar. - Você será a melhor rainha que nosso povo um dia vai ter, vou me reverenciar a cada vez que ouvir seu nome.

Ele roçou os lábios nos meus, os olhos apertados.

– Isso, de forma alguma, significa que algum dia vou desistir de você. Posso me conformar com nosso destino, mas acredito que podemos mudá-lo. - Dante me abraçou novamente, sua voz em um sussurro tão baixo que eu tinha de me esforçar para ouvi-lo. - Eu acredito que deixar as coisas acontecerem do jeito que devem é o melhor que possamos fazer. Quem sabe algum dia elas devem acontecer da forma que nós queremos? - Ele sorriu fracamente, afastando-se de mim em seguida.

– Dante... - Eu murmurei, meu queixo tremendo.

– Não precisa dizer nada. - Ele me interrompeu, postando o dedo indicador sobre meus lábios. - Eu só queria deixar isso claro e me despedir, também. Talvez nos vemos na festa de boas-vindas do Rei Icaro e da Rainha Delfina.

Balancei a cabeça positivamente, engolindo em seco e tentando controlar as lágrimas que ainda insistiam em cair.

– Durma com os anjos - Ele murmurou ao depositar um beijo em minha testa novamente, para logo em seguida ir em direção à janela e desaparecer quase como um vulto, sem dar-me tempo para impedi-lo e pedir que ficasse um pouco mais.

Sentei-me com as pernas cruzadas feito índio e encarei o guarda-roupa como se fosse a única coisa em todo o mundo que eu fosse capaz de olhar; minha respiração falha e o coração agora desacelerado, como se quase não houvesse motivos para continuar batendo.

Engoli em seco, realizando, então, que eu estava completamente sozinha e no escuro.


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