O Retorno de Drago escrita por Srta Egmont


Capítulo 16
Uma Inutilidade Chamada "Guerra"


Notas iniciais do capítulo

E a guerra começa,pessoal.Agora começa a quebradeira :v Huheueheuheueheuheueheuheueh.Isso é Brasil,caramba!
Boa leitura.



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Duas horas antes de entrarmos em combate.Luke havia passado exatamente o horário que Drago iria atacar.Ele estava sendo prestativo.Ele nos disse as estratégias que Drago poderia usar.Foi uma boa escolha aceitá-lo como aliado.Meu irmão ainda parecia incomodado com a ideia de ter o antigo amigo como aliado.

Eu estava no meu quarto me arrumando para a guerra.Eu coloquei uma armadura grega de couro que meu irmão me dera.Pus as partes de ouro por cima do couro.No ouro estavam desenhadas cenas de grandes batalhas da cidade de Atenas.Era uma grande responsabilidade carregar aquilo comigo.Eu coloquei a minha prótese,também dourada.Eu sentia a pressão.Estava cada vez mais perto(Hayley:Trecho da minha música u_u Ele me ama.)(Soluço:Eu não te amo!Eu te odeio!)(N//Hayley:Negação é o primeiro sinal,meu querido amigo viking.).Eu pus também as ombreiras,que eram cabeças douradas de coruja.Pus o elmo:a cabeça de uma águia.Posso dizer que esses "presentinhos" foram enviados do Olimpo,porque apareceram na minha porta de repente(N//A:Pra mim você não menda nada,né?)(N//Atena:Nossa,você está em uma guerra e está super necessitada!)(N//Ares:TRETA,TRETA,TRETA!)(N//A e Atena:CALADO!)(N//Hayley:Tragam a pipoca,porque isso aqui vai esquentar!).

Meu quarto foi invadido pelo meu irmão enquanto eu vestia os braceletes.Ele vestia uma armadura grega completa e um elmo grego de crina branca.Os olhos verdes destacados pelo dourado do elmo expunham preocupação.Nós nos encaramos por um tempo em silêncio.

–Sente-se,cara.-eu disse,quebrando o silêncio constrangedor.Meu irmão sentou-se ao meu lado.

–Você acha que está preparado para isso?-perguntou.-Isso vai ser intenso,violento.

–Luke,eu sou um viking.Posso suportar uma guerra.

–O que eu quero dizer é...-meu irmão respirou fundo.-O que eu quero dizer é que agora que eu recuperei a minha família...Agora que eu tenho você,a mão e o pai...Eu não posso perdê-los.Não posso deixar que Drago tire vocês de mim como tirou Luke.

–Ele não vai.E se ele tentar atentar contra a vida dos nossos pais,eu vou terminar o que eu comecei naquela noite.

–Eu queria bagunçar o seu cabelo,mas você está com capacete.-eu ri do comentá do meu irmão.-Aqui,eu já vou.Tenho que acalmar aquele bando de gregos irritadinhos.

Meu irmão levantou-se e caminhou até a porta.Ele saiu do quarto,deixando-me sozinho com Banguela.O dragão olhou-me com uma expressão triste.

–Desculpe-me,amigo.Hoje ainda não é o seu dia,mas logo iremos lutar juntos.Você sabe que não é uma escolha minha.Mas pode acreditar:logo você vai explodir cabeças.

O dragão rosnou,magoado.Ele deitou-se na "cama" dele.Eu respirei fundo.Eu sabia o quanto ele queria ficar comigo nessa luta,mas Drago havia preparado armadilhas para os dragões.Então resolvemos pegá-lo de surpresa e fazer uma ataque terrestre,pois ele esperava um ataque aéreo.

Eu estava imerso nos meus pensamentos quando Astrid entrou no meu quarto.Estava vestida com uma armadura grega e sem elmo.A armadura estava revestida por uma intensa camada de prata.A jovem mulher aproximou-se e sentou ao meu lado.Astrid sorriu e tirou meu capacete.Ela socou o meu braço.Para uma brincadeira,aquilo doía.

–É.Parece que o meu querido líder está bem preparado.

–Estou.E parece que a minha querida Astrid Hofferson,a Destemida,não está tão bem preparada assim.-Astrid fez uma expressão confusa.-Está sem o elmo.

–Idiota!-Astrid socou o meu braço novamente.E lá se foi a Astrid carinhosa dos últimos dias.

–Ei!-protestei.-Assim eu vou ficar com hematomas antes mesmo do combate!

–Você é um bobo.-Astrid mostrou a língua.

–E então,Sabidinha?O que veio fazer aqui?

–Só vim ver se não estava atrasado,Cabeça de Gronckle.Ou se não havia se atrapalhado com a armadura.Mas vejo que você se saiu muito bem.

–Eu sou lerdo,mas não sou burro.Eu tive complicações,sim.Mas eu consegui pôr essa joça.

Astrid riu e me abraçou.Eu a abracei de volta.Nós ficamos abraçados em silêncio por um tempo,até que nos separamos.Eu olhei para a imensidão azul que eram os olhos de Astrid.Eu peguei as mãos de Astrid e ela sorriu.

–Você sabia que a minha cor favorita costumava ser o verde?

–Sério?-Astrid levantou uma sobrancelha.

–Sim.-afirmei.-Mas depois que eu passei a olhar em seus olhos constantemente,minha cor favorita passou a ser azul.

Astrid riu e olhou para o chão,corada.Eu pus meu indicador em seu queixo e fiz ela olhar para mim.Eu beijei os lábios de Astrid.Um beijo que podia ser o último.Eu aproveitei aquele beijo tanto quanto eu pude.Aproveitei mais do que jamais aproveitara antes.Nós nos separamos.Aquele beijo não seria o último.Ainda não.

–Se esse beijo que eu vou lhe dar agora é para ser o último,eu queria que fosse o melhor.Mas se não era,será bom do mesmo jeito,porque,deuses,eu te amo tanto que eu seria capaz de me jogar no meio de uma guerra pior que essa que está por vir se fosse necessário para ver esses olhos azuis que eu amo tanto.

Astrid sorriu e nós nos beijamos novamente.Astrid levou uma mão até a minha nuca e deixou a outra em meu peito.Eu,com as duas mãos na cintura dela,a aproximei mais de mim.O beijo passou de calmo e ritmado para intenso e apaixonado.Astrid puxava levemente os cabelos da minha nuca e eu apertava sua cintura.Ficamos assim durante cinco minutos,até que o ar foi necessário.Astrid me abraçou novamente,pondo o rosto na curva do meu pescoço.

–Eu te amo,Soluço.-disse Astrid.A respiração quente dela contra o meu pescoço me causava arrepios.Eu deixei um sorriso bobo escapar.Eu gostava de ter Astrid ali comigo.Eu sabia que em meus braços ela estava segura.Mas logo ela não estaria tão segura.Logo a guerra começaria e todos correríamos risco de vida.

Nós nos separamos e nos encaramos.Depois disso ficamos mais ou menos uma hora conversando sobre coisas banais até Melequento invadir meu quarto,quase arrombando a porta e assustando-nos.

–Soluço!Está quase na hora!

Meu primo vestia uma armadura romana.“Melequento,sempre sendo do contra”,pensei.Ele usava um elmo também romano com a crina vermelha.Estampava um sorriso um tanto pretencioso.

Eu pus uma capa de pele preta.Era o símbolo do Líder.Geralmente era marrom,mas eu sou pior que o Melequento.Eu teimei que a minha capa seria preta.Dei um trabalhão para o Bocão.Mas isso é outra história.

Eu vesti o meu elmo de águia.Eu olhei para Astrid e depois para Melequento.

–Estou imponente?-perguntei.

–Sim.-responderam em uníssono.

Eu respirei fundo.Melequento e Astrid saíram na minha frente.Eu vi eles parados no pé da escada.

–Ãnh...Astrid.-Melequento chamou.Astrid encarou-o.Meu primo olhou para o chão.-Eu trouxe o seu elmo.

Melequento entregou o elmo para Astrid.Uma coruja prateada.Pelo que eu disse a Astrid sobre Atena,ela deve ter interpretado isso bem.Talvez como uma trégua.Era impressionante o ciúme que ela tinha de uma deusa.E uma deusa que jurara ser virgem por toda a eternidade.Posso dizer que aquele ciúme era um tanto insensato.Eu costumava rir do jeito que ela reclamava quando eu falava sobre o que aprendi sobre Atena(N//A:Fato desconhecido sobre Atena-ela dá presentes a vikings e está quase sempre entrando em contato com eles,mas nem liga para os filhos dela

–Obrigada,Melequento.-agradeceu Astrid.

–Foi a Laura que fez para você.Disse que a sua sabedoria em batalha era incrível e merecia um símbolo memorável,como a coruja.

Astrid sorriu e pôs o elmo.Tudo bem,tudo bem.Eu havia me enganado.Parece que Atena não sede presentinho legal para todo mundo.

Eu desci as escadas e fui ao encontro dos dois.

–Vamos.-disse.

Nós caminhamos até fora da minha casa.Chovia muito.Tudo que via-se eram as nuvens,a água que aia intensamente e os raios.Os trovões retumbavam.Eu tinha a sensação de que o mundo estava prestes a desabar.E que algo muito ruim ia acontecer.Mas eu tinha um truque na manga.Algo que pegaria Drago de surpresa.Além do plano de não atacar com os dragões,claro.Drago nunca imaginaria o que estava por vir.Ele se dizia esperto.Hoje vamos testar se ele é mesmo tão esperto assim.

Eu olhei para o céu enquanto a chuva caía.Fiz uma pequena prece a Odin.Além de rei de Asgard,ele era também deus da guerra.Nós precisaríamos de sua ajuda.

Eu cheguei até onde os exércitos estavam reunidos.Cada um com a armadura que haviam escolhido.Os gêmeos brigavam por um escudo romano.Era uma cena muito nostálgica.Mas não era momento para nostalgia.De maneira alguma.

Luke e Laura encontravam-se à frente de seus exércitos,conversando.E para(more)(N//Soluço:Vaza daqui,menina de cabelo azul!)(N//Hayley:O meu nome é Hayley,não “menina de cabelo azul)(N//Soluço:Whatever!)(N//Thomas(aquele cara da coisa que eu tô escrevendo):Eu tô com vinte anos!Como assim?Eu lembro que até ontem eu tinha treze e...Espera um pouco!Agora eu posso flertar com a Hayley*sorriso sedutor*)(N//Chad:Vaza,seu mandado!)(N//Hayley:Vish .-.)(N//Soluço:Saiam!Todos!Eu estou tentando fazer uma narração que preste aqui!)(N//Hayley:Tudo bem.Já chega.Vamos te deixar em paz.Mas estaremos de volta no próximo capítulo para te atormentar.Ah,quase esqueci!Eu amo todos os fãs que estão lendo isso.Se quiserem agendar um sequestro,deixem um comentário a respeito.)Retomando o assunto..para a minha surpresa,Luke e Laura não estavam brigando.Talvez um espírito pacífico tivesse baixado neles.Não sei.

Meu pai e minha mãe conversavam.Estavam vestidos com armaduras gregas.Todos estávamos vestindo armaduras gregas ou romanas,porque proporcionavam uma proteção bem maior.E eram estilosas.E imponentes.E legais.Tudo bem.Já chega.

Eu fiz um discurso.Muito longo e cheio de incentivos.Acho que não conseguiria escrevê-lo inteiro.E acho que vocês ficariam muito entediados.Luke,Ector e Laura também fizeram seus discursos.Eles conseguiram ser piores que eu.

Faltavam mais ou menos cinco minutos para Drago chegar.A pressão estava cada vez mais forte.Eu sentia cada vez mais que havia a possibilidade de alguma coisa ruim acontecer.Era terrível.Mas eu tinha certeza de que hoje Astrid não faria nenhuma loucura.Mas parecia que algo terrível aconteceria com outra pessoa.Eu analisei cada um dos que estavam presentes.Eu sabia que não podia deixar ninguém que estava ali se machucar.

Eu estava tão distraído que nem percebi Astrid chegando.

–Está tudo bem?-perguntou-me.

–O que?-respondi,assustado.-Ah,sim.Está tudo muito bem.

–Ahn...Eu só vim para desejar boa sorte.

–Boa sorte.-eu sorri.

–Boa sorte.-respondeu.

–Nós estamos juntos nessa,Astrid.Certo?

–Sim.-ela sorriu.Uma bela visão antes do caos.

Eu vi Bocão fazendo um sinal.Os barcos de Drago estavam se aproximando.Nós descemos até a praia.Arqueiros estavam a postos nas pedras.Catapultas estavam montadas.Várias pedras foram arremessadas em um primeiro ataque nosso.Alguns navios foram quebrados,mas ainda haviam vários outros.

–Não atirem mais!-gritei.-Esperem que cheguem mais perto!

Minha ordem foi obedecida,a não ser pelo Gustavo,que atirou sem querer.Eu levei minha mão à testa,em um sinal de vergonha.

–Desculpa!-ele gritou.

Eu assenti positivamente.Nós observamos a aproximação dos navios.Eu olhei para os arqueiros e gritei:

–Agora!

Eles atiraram e vários homens de Drago caíram no mar.Eu tinha certeza de que não eram os aliados porque eles estavam em barcos diferentes.

Drago retribuiu com mais flechas.Elas atingiram alguns de nossos homens nos braços e pernas.Que coisa linda.A batalha mal começou e já temos soldados lesionados.Mas eles não pareciam se importar.Simplesmente tiraram as flechas dos lugares onde haviam sido acertados e jogaram fora.

Os navios estavam cada vez mais perto e quando pararam na praia vários soldados meus e de Drago atacaram.Eu desembainhei a minha espada e ataquei um homem pelas costas.Logo após isso eu travei uma batalha rápida com um dos homens de Dagur.Eu fiz um corte no braço dele e dei um golpe em sua cabeça com o cabo da espada,desacordando-o.Atrás de mim um soldado preparava-se para me atacar com um machado,mas um dos arqueiros romanos atirou em sua cabeça.Eu prosseguia lutando,sempre indo em frente.Onde estavam os meus companheiros?Eu não fazia ideia.Eu só sabia que estavam na guerra.Assim como eu.

Eu vi Luke Sem Sobrenome lutando de leve com o meu irmão.Eu acenei positivamente com a cabeça para ele.Luke pegou uma corneta que estava presa em sua cintura.Ele tocou em alto e bom som.A guerra parou por um instante.Só então percebi quantos homens mortos estavam ali.O silêncio era tão caótico quanto o som metálico do atrito das espadas.

Um minuto depois de Luke ter tocado a corneta,os Exilados passaram a lutar ao nosso favor.Eu vi Drago atordoado pela reviravolta.Eu sorri ironicamente para ele.

Passei a lutar com vários Exilados ao meu lado.Nossos aliados saiam-se bem.

De repente eu esbarrei em uma pessoa.Dagur.

–Olá,Berkiano.-cumprimentou da maneira mais falsa possível.

–Olá.-respondi com falsidade,mas educadamente.Não me rebaixo ao nível de Dagur.

–Vim aqui para ter a minha vingança.

Dagur começou a lutar comigo.O som do atrito de nossas espadas era estonteante.Ele usava algumas técnicas que eu não conhecia,mas eu conseguia me sobressair com o estilo grego.Eu tirei a espada da mão dele com um golpe e comecei uma luta braçal.Não sou um cara desonesto.Por mais que eu deteste a pessoa,eu não consigo ser desonesto em uma luta contra ela.Eu dei vários socos e chutes.Dagur também conseguira dar alguns.Eu dei um golpe dele que fez com que ele caísse quase desacordado.Peguei minha espada e saí dali.

Eu lutei com vários outros homens depois daquilo.Sempre lutas curtas.Eu não acreditava no número de pessoas que eu havia matado naquele dia.Mas não podia ser considerado um assassino.A necessidade de sobrevivência leva o ser humano a tomar medidas extremas.

Eu lutei contra um dos homens de Drago.Eu estava exausto.Não sabia quanto tempo fazia que eu estava na guerra,mas já era noite.Uma fina linha de sangue escorria do canto de minha boca e minha mão doía por causa do tempo que eu estava empunhando a espada.Depois de eu finalizar o homem,ouvi um gemido de dor atrás de mim.Eu olhei para trás e vi Luke Sem Sobrenome cair de joelhos no chão.Olhei em direção aos braços.Drago estava com uma besta na mão.Só então percebi o que havia acontecido.Drago tentara me matar,mas Luke usou o próprio corpo para me defender.

Eu me ajoelhei ao lado dele e retirei a flecha que atingira o lado direito de seu peito em cheio.Luke gritou de dor e deitou-se no chão.Eu tirei o elmo da cabeça dele.Luke suava muito.O ferimento estava ficando verde e ele começou a tossir sangue.

–Veneno de sangue de Ziper-Arrapiante.Mata poucos minutos depois de entrar em contato com...-Luke começou a tossir sangue novamente.

–Nós vamos arranjar uma maneira,mas você não vai morrer,Luke.Você é um dos meus agora.Não vou desistir de você tão facilmente.

–Olha,eu tenho que te contar uma coisa.Antes de eu morrer preciso te contar.-tossiu.-Eu...eu sou filho de...-tossiu mais uma vez.-Meu pai verdadeiro é Drago.Meu nome é Luke Sangue-Bravo.

Meus olhos arregalaram-se.Eu nunca poderia ter imaginado aquilo.Era como se tudo estivesse mais claro.

–Olha,eu confio em você para manter isso em segurança.-ele entregou-me dois pergaminhos.Em um estava o nome de meu irmão e no outro o de Ector.-Entregue a eles,mas não leia.Por favor.

–Tudo bem.-eu respondi,ainda atordoado.

–Foi...um prazer...ajudar você...Soluço.-a voz de Luke fraquejou.-Adeus.

Luke Sangue-Bravo tossiu por uma última vez.Uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto,partindo do olho esquerdo.Eu guardei os pergaminhos em minha armadura.

Meu irmão aproximou-se de mim e do corpo sem vida ao meu lado.

–Não...Não,não,não!-meu irmão começou a chorar desesperadamente.-Não!-gritou paro o céu.-Malditos!Malditos sejam os deuses!Por quê?O que vocês ganham me dando tanto sofrimento?

Um raio cortou o céu e um trovão retumbou.Meu irmão olhou para baixo e voltou a chorar,fazendo várias maldições em grego e falando alguns palavrões que não estou autorizado a repetir.Eu pus uma mão em seu ombro.Meu irmão pareceu desesperar-se mais ainda.Então eu o abracei.Talvez o amor fraterno seja uma boa maneira boa de cicatrizar as feridas.

A guerra parou totalmente.Eu me separei de meu irmão e me levantei.

–E então?Não vão mais atacar?Não estão mais com sede de sangue?-gritei para todos.

Os homens de Drago apertaram as espadas e ameaçaram me atacar.

–Voltem!-gritou Drago.-Estamos em desvantagem!

Eu encarei o homem que havia matado o próprio e que estava a pouco mais de três metros minha frente com um olhar fulminante.

–Olhe só para o que você fez.

–Não importa.Isso é uma guerra.E em uma guerra as pessoas morrem.

Drago virou de costas e foi embora junto com seu maldito exército.Eles partiram em seus navios.Eu queria que eles nunca mais voltassem,mas eu sabia que no outro dia estariam ali.

Ector aproximou-se dos dois Lukes.Meu irmão continuava desesperado.Eu tirei o meu elmo,assim como os outros soldados.

–+-

Nós pusemos todos os corpos sem vida em seus devidos barcos.À frente de todos estava o de Luke.

–Hoje um grande homem se fora.Um de vários outros.Ele dera a vida por todos nós.Somos e seremos para sempre gratos a esse corajoso vice general grego.Um soldado,um lutador,um filho,um irmão.Que Caronte o guie pelo seu caminho até os Campos Elíseos e que lá possa estar para sempre em paz,Luke Sangue-Bravo.-eu me pronunciei.

Dei ao meu irmão a honra de atirar a primeira flecha.Uma honra triste,mas era uma honra.Logo após a flecha dele,várias outras foram atiradas e todos os barcos foram vistos queimando.Um clima pesado estabeleceu-se no local.

Nós estávamos em uma madrugada chuvosa após uma batalha.E Luke Sangue-Bravo havia sido mais uma das vítimas daquela injustiça e inutilidade que chamávamos de guerra.


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Notas finais do capítulo

Eu demorei muito,mas é porque esse capítulo teve que ficar muito bom MESMO.E essa semana eu não vou poder escrever,porque vou ter prova.Poi é.Mas o capítulo está aqui.E acho que é o que importa.