Falling In The Black escrita por Hime


Capítulo 5
Capítulo Cinco – Testamento.


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito pela demora, mas estive ocupada e não tive tempo para postar novamente até hoje. Fico muito feliz em saber que tem mais gente acompanhando.



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       Um dos guardas na entrada do banco o escoltou até Grampo, ao qual entregou seu convite e Grampo o levou até uma sala, onde viu vários rostos conhecidos e pouquíssimos desconhecidos. Os conhecidos eram: Draco Malfoy, Remo, Tonks, os Weasley. Entre os rostos desconhecidos estava uma mulher esbelta que parecia ter trinta anos com cabelos escuros e olhos cinzentos com algumas curvas perceptíveis pelas roupas trouxas, sendo parecida com a Tonks e muito semelhante a uma outra mulher, que lhe lembrava do Malfoy inclusive tinha o mesmo cabelo loiro platinado, porém, com os mesmos olhos cinzentos da morena.

       Ambas eram muito bonitas, e infelizmente para Harry, um cara veio e abraçou a mulher morena. O cara tinha cabelo longo castanho escuro, olhos negros e pele pálida. Ele não entendia: por que as mais gostosas sempre estão comprometidas? Pensou suspirando mentalmente.

       A senhora Weasley veio logo dar-lhe um de seus famosos abraços esmagadores, mas o rapaz não estava querendo contato com ninguém. Na verdade, quando ela tentou praticamente sufocá-lo com seu “amor”, ele sentiu uma estranha coceira na garganta junto com uma estranha sede. Mas, ignorou e se afastou rapidamente, indo sentar-se em silêncio contemplando uma pintura que nunca havia prestado muita atenção, era o quadro da Revolução Francesa de Eugene Dellacroix.

       Aquele foi um período escuro para o povo da França que queria mudar as velhas estruturas do governo, mas eles conseguiram o que tanto queriam e criaram uma nova Constituição que serviu de exemplos para muitos países como os EUA. Hermione havia mencionado em sua carta quando esteve na França. Harry suspirou em voz alta se lembrando de Hermione, secretamente, ele esperava que ela tivesse sido convidada para a leitura do testamento de Sirius.

       A porta foi aberta lentamente e dela saíram: um homem e uma mulher ligeiramente familiares, seguidos por Hermione. O homem tinha entre trinta e quarenta anos, parecia ter 1,80 m de altura e o cabelo cor de mel liso com uma franja repartida caindo sobre os olhos castanhos e ligeiramente bronzeado com rosto carregando traços aristocráticos enquanto que a mulher tinha cabelo preto encaracolado atingindo a cintura de tão longos, olhos verdes suaves, a sua pele era um tanto branca, porém, não pálida. O rosto da mulher era delicado com traços mais suaves em relação ao homem e ela era um pouco mais alta que Hermione com o corpo bem dotado de curvas.

       Porém, sua atenção voltou-se totalmente em Hermione que parecia triste com algo enquanto observava os presentes na sala até o momento em que seus olhares se encontraram e ela parecia querer dizer algo, porém, mudou de ideia no último instante e sentou-se em silêncio ao lado da dupla que lhe era familiar.

       Pouco tempo depois, um duende orgulhoso e imponente entrou sendo seguido por Silver e Grampo. Ele sentou-se em uma poltrona em frente aos demais e disse:

―Eu, Lorde Ragnarok, tenho a honra de dar início à leitura do testamento do chefe de um dos nossos maiores acionistas, o Senhor Sirius Orion Black. Muito bem, como é de praxe começaremos com uma lista para ver se algum dos beneficiados faltou à leitura perdendo assim o direito de receber sua parte, preciso que assinem essa folha com o nome completo de vocês.

       E assim eles foram um a um assinar a folha com o que Harry reconheceu como uma pena de sangue e sentiu um arrepio correr por sua espinha, mas permaneceu quieto. Harry guardou mentalmente a ordem daqueles que assinaram para que ele pudesse descobrir seus nomes quando fosse assinar, ele esbarrou em Hermione que voltava ao seu lugar quando ele ia assinar. Ambos se olharam tímidos sem saber o que dizer para amenizar o clima estranho, que estava entre eles, mas Harry foi o primeiro a quebrar o torpor e se apressou para ir assinar.

       Ele descobriu que a mulher loira se chamava Narcissa Rosier Black Malfoy. A morena era Andromeda Black Tonks. Estava explicada a estranha semelhança. O cara era Edward Tonks e o casal, que estava perto da Hermione, eram Helena Granger e Marco Antônio Granger.

―Muito bem, todos os beneficiados estão presentes assim como alguns responsáveis dos beneficiados para fornecer uma melhor orientação.

“Eu, Sirius Orion Black como último chefe da Antiga e Nobre Casa dos Black, deixo neste papel sob responsabilidade do atual chefe de contas, Golden Franco, e do Lorde Ragnarok arquivando meus últimos desejos os quais eu gostaria de serem realizados.

Para uma das minhas primas favoritas, Cissa, eu deixo um dos cofres particulares com uma quantia razoável para que você possa cuidar bem do seu filho e o conselho de que procure o novo chefe da família em busca de alguma ajuda desde que você seja sincera no seu pedido.

Para Draco Malfoy, deixo para você 15.000 galeões em um cofre que só você pode acessar e junto a isso te faço um pedido de que cuide bem daqueles que você ama, sei que entenderá a que me refiro.

       Porém, antes que Ragnarok pudesse continuar a leitura, Ron o interrompeu com o rosto extremamente vermelho de raiva enquanto gritava:

―Sirius enlouqueceu?! Como pôde deixar algo para esse filhote de Comensal da Morte?! Ele...―Ron ia dar início ao seu chilique, porém Harry lançou nele um feitiço silenciador e disse friamente com um semblante inexpressivo:

―Eu gostaria de continuar a ouvir os últimos desejos do meu falecido padrinho sem ter que me irritar com alguma interrupção mesquinha e seria um imenso favor que você faria ao mundo se calasse a PORRA de sua boca estúpida e agisse de forma madura pelo menos uma vez na vida. Respeite aquele que já não está mais entre nós, ou então, EU o farei respeitar.

―Senhor Weasley, o senhor volte a interromper novamente e eu farei com que o senhor não possa receber sua parte, se você tiver direito. Eu fui claro?

       O rapaz assentiu nervoso sob o olhar cruel de Harry e do duende, ele voltou a sentar em seu lugar. Todos se assustaram com a acidez das palavras e a frieza no olhar do rapaz, entre todos os presentes, Hermione era a única que o entendia de uma forma estranha, mas entendia.

       Narcissa ainda carregava um sorriso triste e aguado enquanto aguardava o recomeço da leitura, Ron ainda ficaria sob o feitiço silenciador:

Para minha outra prima favorita, Andie, eu te reintegrei à família antes de morrer e deixo 25.000 galeões divirta-se em uma viagem de segunda lua-de-mel com seu marido, bem longe desse lugar.

Para Ninfadora, minha sobrinha, finalmente posso te chamar assim sem ser enfeitiçado, deixo 15.000 galeões e um conselho: Não desista de sua felicidade, lute por ela e mesmo que pareça difícil em algum momento ela vai se concretizar. Não se esqueça nunca disso, Ninphie.

Para Remo, o eterno Aluado, te deixo o chateau dos Black no país de Gales junto com a soma de 30.000 galeões e você não poderá recusar velho amigo, porque isso já está no seu cofre.

Para Ronald, deixo trinta sicles de prata pelo que fez ao Harry no quarto ano, ele pode ter te perdoado, mas eu não e acho que nem mesmo Hermione, eu acredito que ela só aceite por causa do Harry. Um conselho para você é: aprenda a superar suas inseguranças, a pensar antes de agir e tente aprender um pouco sobre sensibilidade.

Para os gêmeos Weasley, deixo um investimento de 5.000 galeões e a escritura de um antigo prédio no centro do Beco Diagonal para o seu negócio de piadas, o qual, eu sei que Harry foi seu principal acionista e financiador. Um aviso: Tempos Negros virão e um pouco de risos e alegria serão necessários.

Para Hermione, a doce e gentil Mione, deixo a permissão para poder entrar em qualquer propriedade dos Black e acesso ilimitado a todas as bibliotecas da família, ninguém poderá te impedir de entrar nem mesmo a Sra.Weasley. Também deixo a escritura de uma mansão na cidade de Drammen, no Condado de Buskerud que fica localizado na Noruega. Obrigado por cuidar tão bem do Harry e permanecer fiel a ele ao longo dos anos e te deixo o mesmo conselho que dei à Ninfadora, não desista de sua felicidade, lute por ela e mesmo que pareça difícil em algum momento ela vai se concretizar.

O mais importante fica pro final, meu afilhado Harry, como seu guardião mágico legal eu abri um processo para sua emancipação e deixo o comando da família Black. Sei que será um chefe brilhante e com a ajuda da Hermione sei que a fortuna estará em boas mãos, eu te aconselho a conversar com seu gerente de contas. E um último detalhe:

“Branco nem sempre é bom, Escuro nem sempre é mal e Cinza nem sempre é neutro.”

       Os olhos de Harry se arregalaram ao ouvir o duende citar o que o desconhecido havia dito a ele. Ron parecia prestes a explodir ao ouvir que todos exceto ele tinham conseguido uma grande quantia de dinheiro a partir de Sirius. Sra. Weasley tentou impedi-lo de ir terminar o processo de emancipação, porém, Harry lançou o mesmo feitiço silenciador e lhe deu uma resposta mordaz. Harry retirou o feitiço que estava agora em ambos Sra. Weasley e Ron enquanto saia da sala com Silver, Grampo e Ragnarok para finalizar sua emancipação já que precisava de sua assinatura final.

       Assim que terminou de resolver toda a burocracia, ele retornou a superfície. Quando estava no saguão, Harry viu uma figura sombria vestida de preto em um canto sinalizar discretamente para ele segui-lo enquanto a figura saia do banco.

       Inconsequentemente, Harry o seguiu e não notou que Hermione também o seguia, porque estava concentrado em se disfarçar em meio à multidão. A figura foi para um beco escuro e sem saída lançando um Abaffliato na área enquanto aguardava Harry chegar e Hermione se escondeu atrás da parede assim que Harry entrou no beco.

―Olá, Sr. Potter, ou devo dizer, Sr. Potter-Black. ―Pelo tom de sua voz, Harry indentificou a figura como um homem.

―Quem é você? E como sabe meu nome? Foi você quem escreveu aquela carta não foi?

―Muitas perguntas que serão respondidas em seu devido tempo. Quem não conhece seu nome, eu deveria acrescentar. Mas eu queria saber uma coisa: Você é maluco?!―Perguntou enquanto se aproximava para estrangular Harry.

       Quando um feitiço estuporante atingiu o homem nas costas, que estava protegido pela magia Cave Inimicum. Esse feitiço fez com que o homem se irritasse e o instinto do homem começou a agir. O homem virou-se para a fonte do feitiço e como um predador foi atrás de Hermione erguendo-a pelo pescoço enquanto a mesma se debatia inutilmente. Então, ele a lançou contra a parede. Harry o atacou com um Bombarda Maxima enquanto o homem estava distraído com Hermione e ele acabou revelando que a figura era um vampiro com olhos em uma mistura de vermelho e cinza. Ambos arregalaram seus olhos com a realização e Hermione, enquanto lutava para permanecer em pé, reuniu a pouca energia que tinha contra-atacando com um Deprimo no vampiro.

       A criatura usando sua super velocidade pegou Hermione e a jogou pra parede mais próxima como uma boneca de pano, deixando-a inconsciente com um ferimento na cabeça, o qual sangrava muito. Naquele momento, uma fúria avassaladora surgiu em Harry ao ver sua amiga naquele estado, um rosnado gutural de ódio parecido com o de uma besta sanguinária saiu de sua garganta.

       Se alguém visse Harry naquele momento teria visto o rapaz com presas enormes, garras assustadoras, olhos com manchas prateadas e um brilho demoníaco ao seu redor. Ele parecia uma criatura saída do quinto dos infernos. Harry correu atrás do vampiro conseguindo ficar lado a lado com a criatura e estava prestes a estrangulá-la, quando mudou de ideia e o jogou ao lado de Hermione gritando:

―Cure-a!

―Você é o único que pode fazer isso. ―Disse temeroso, e ao mesmo tempo, estranhamente orgulhoso da criatura à sua frente.

―Como? Como posso salvá-la?

―Seu sangue, dê seu sangue a ela. E você precisará beber um pouco do sangue dela, a troca de sangue é necessária no processo. Ele pode curá-la, eu juro para você, mas se o pior acontecer, isso pode torná-la uma criatura como você. Ela pode odiá-lo...

―Ela vai sobreviver?

―Sim.

―Então, farei isso. Só me diga como.

―Deposite a cabeça dela com muito cuidado em seu colo, corte seu pulso usando uma de suas garras e faça-a engolir seu sangue. Só pare quando eu disser para parar.

       O rosto de Hermione se tornava cada vez mais pálido pela perda de sangue, ela parecia muito mal. Então Harry fez como o vampiro havia dito a ele rapidamente. Enquanto ela bebia seu sangue, Harry sentia um arrepio descer pela sua espinha e o vampiro disse:

―Pare, já é o bastante. Deixe que seu sangue faça a sua mágica. ―Ele não resistiu a fazer esse trocadilho ruim, isso sempre o fazia se lembrar da infância com seu irmão.

       O corte na cabeça de Hermione começou a cicatrizar-se, os hematomas, por causa das pancadas na parede, no corpo dela também começaram a diminuir a coloração. Isso aliviava Harry, mas ela ainda não tinha despertado.

       O vampiro havia explicado como faria para sugar o sangue de sua amiga e era chegado a hora de beber o sangue. Harry se aproximou do pescoço alvo e com delicadeza o mordeu sugando o filete de sangue que começou a fluir do corte. Nada o preparou para o sentimento de prazer e satisfação ao sentir o gosto de sangue descendo pela sua garganta, com muita força de vontade ele se separou do pescoço dela lambendo os lábios.

―Acho que uma explicação deva ser necessária. E traga sua amiga junto, precisamos fazer um check-up nela.

―Como posso confiar em você? Eu nem sei seu nome.

―Vamos até a minha casa, lá eu faço um juramento sob minha imortalidade e magia então, contarei tudo e tentarei tirar o máximo de dúvidas que você possa ter até agora.

       A contra gosto e tomado pela curiosidade, Harry seguiu o vampiro com Hermione em seu colo. Todos sob encantos de Abaffliato e desilusão, sem ninguém notá-los, seguiram para Londres mundana.

       No centro de Londres, eles foram até o hotel onde o vampiro estava hospedado e chegando ao quarto Harry depositou Hermione na cama e ficou observando-a enquanto o vampiro foi buscar algumas bebidas para os dois. Ele retornou com dois copos com whisky e uma garrafa de Bourbon.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo em que grandes segredos serão revelados, Lorem Lunar



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