Falling In The Black escrita por Hime


Capítulo 4
Capítulo Quatro – Como acalmar a fera.




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O brilho do sol ao subir os céus trazia consigo a promessa de um belo dia e foi com esse pensamento que Harry já estava desperto às oito horas da manhã dentro de um carro com seu tio a caminho de Londres. O trajeto foi silencioso durou quase uma hora e assim que chegou ao centro, Harry tirou duas notas de vinte libras e deixou sobre o banco do carona enquanto saia rapidamente.

Após o carro virar a esquina, Harry caminhou em direção até o Caldeirão Furado e entrou no recinto quase vazio pelo horário. Ele manteve a cara para baixo tentando manter seu rosto escondido e pediu para que Tom, o barman, abrisse a entrada para o Beco Diagonal. Quando entrou, Harry foi direto ao banco para resolver algumas questões pendentes de sua última visita à Gringotes. Ele abriu as portas de mármore e esperou até que um caixa estivesse livre, ele cumprimentou o duende respeitosamente.

―Bom dia, Sr. Pranto. ―Sim, Harry tinha lido o nome do duende na plaqueta que tinha a sua direita.―Eu gostaria de saber se o senhor Silver Trampo possui um tempo livre para uma reunião comigo.

―Irei mandar uma mensagem à ele, porém em nome de quem? ―O duende respondeu em tom profissional.

―Harry James Potter. Não tenha pressa, eu posso esperar.

―Claro, Sr. Potter.

Alguns minutos se passaram enquanto Harry aguardava sentado pacientemente no saguão. Harry permitiu seus pensamentos irem à deriva e eles foram para seus melhores amigos, principalmente Hermione que ia matá-lo assim que o visse, se Harry não conseguisse algo para acalmar a “fera”. Ele lembrava o quanto garotas se derretiam com presentes. Com esse pensamento em mente, ele viu que Grampo apareceu e Pranto apontou para ele que levantou-se para conversar com Grampo. O duende o levou até a sala de seu gerente de contas novamente, eles bateram na porta e esperaram ouvir um ‘Entre’ vindo de dentro, então entraram na sala.

O duende os cumprimentou e Harry sentou-se em uma cadeira enquanto Grampo pegou alguns documentos e saiu da sala. Primeiramente, Harry fez algumas perguntas pessoais como “Há quanto tempo você trabalha para minha família?” “Se ele havia conhecido seus pais?” , para tentar conhecer melhor alguém que trabalha para ele, já que Harry não poderia conhece-lo mais cedo.

―Senhor Trampo, eu gostaria de saber como está o andamento das investigações.

―Sr. Potter, nós evitamos comentar sobre as investigações com o cliente para evitar que o cliente crie conflitos com os suspeitos e assim, prejudique o andamento do processo. Não tome isso como uma ofensa ao senhor.

―Não, eu compreendo perfeitamente. Eu só gostaria de ser informado de qualquer progresso relacionado às investigações, se não causar algum problema.

―É perfeitamente compreensível que o senhor queira saber as novidades no processo.

―Já que possivelmente iremos tratar de muitos assuntos pertinentes a área financeira, acho melhor pararmos de nos tratar formalmente, o senhor pode me chamar só de Harry.

Dizer que Trampo estava chocado era eufemismo, um bruxo lembrar o nome de um duende e até mesmo tratar com respeito e cordialidade era muita raridade, mas aqui estava um bruxo que fazia ambas as coisas. Este bruxo realmente tinha vindo para quebrar barreiras, ele pensou com um sorriso.

―Claro, senhor...Digo, Harry. Contanto que me trate da mesma forma.

―Eu queria algumas dicas sobre presente para uma pessoa em especial, Silver. ―Harry pede corando um pouco ao terminar a frase enquanto Silver tinha um olhava de forma cúmplice para ele. ―Não, ela é só a minha melhor amiga, mas eu queria dar um presente de desculpas à ela, porque eu agi como um babaca.

―Se importaria de explicar e assim, eu poderia lhe ajudar melhor.

―Você sabe sobre o incidente que houve recentemente no Ministério da Magia? ―Ele perguntou e recebeu um aceno de confirmação para então prosseguir. ―Esse incidente envolveu a mim e alguns amigos, entre eles está Hermione Granger, minha melhor amiga. Nós fomos até o Departamento de Mistérios tentando salvar meu padrinho, cujo testamento será lido hoje, Hermione me avisou que aquilo podia ser uma emboscada, mas o imbecil aqui não escutou e ela estava certa. Mesmo sabendo que aquilo era perigoso, ela e os meus amigos foram junto comigo, então nós lutamos contra Comensais da Morte e todos foram feridos, principalmente ela. Depois vieram as férias, onde ela tentou entrar em contato comigo e eu ignorei todas as suas tentativas. Ela deve me odiar agora.

―Se a jovem tentou entrar em contato com você, ela não deve te odiar. A moça deve estar com raiva e ferida pelo seu tratamento com ela, porém se ela sabe o que ocorreu com seu padrinho, peça desculpas e ela vai entender. ―O duende o aconselhou de forma sábia.

―Mas pra isso, eu preciso sobreviver à ira dela e é por isso que eu preciso comprar um presente para ela. ―Harry exclamou aterrorizado com imagens mentais do que Hermione faria com ele.

―Tem uma joalheria chamada Fairy Tale administrada por Clair L’Croix, uma amiga da Nação Goblin. Suas joias são as mais belas e refinadas, totalmente originais, porém podem ser muito caras...―Ele dizia quando foi interrompido por um Harry muito sério enquanto dizia:

―Dinheiro não é problema Silver. É pra Hermione, então vale a pena. Ela me ajudou em muitas enrascadas sem falar do seu apoio moral sempre presente.―Harry disse resoluto, ele não ia dar algo barato pra ela, Hermione era sua melhor amiga e não merecia isso.

―Como eu estava dizendo, sua loja fica localizada em Ludgate Hill, próximo a Catedral de São Paulo, na parte mais a leste da catedral. Irei pedir para Grampo retirar mil galeões do Cofre Principal dos Potter para que você possa ir comprar o presente de sua amiga.―Silver disse terminando a frase de forma maliciosa enquanto Harry corava.

Silver mandou uma mensagem para que Grampo fizesse uma retirada de mil galeões e para que o duende anotasse que Harry havia retirado essa quantia e a data da retirada, assim mantendo um controle sobre

―Obrigado, Silver.―Ele disse sincero enquanto recebia um saco com os mil galeões.―Mas uma pergunta básica: Como você tem certeza que sou eu de verdade e não um impostor?

―Meu escritório tem um feitiço que reconhecem os bruxos por sua assinatura mágica que é impossível falsificar, durante sua última visita, meu escritório gravou sua assinatura de forma que, se fosse um impostor seu disfarce seria revelado. E tenha um dia produtivo, Harry. Nos vemos durante a leitura do testamento.―Silver despedia-se sorrindo de uma forma que muitos considerariam assustadora.

―Igualmente, Silver e Grampo. E obrigado por tudo novamente.

Ele retirou-se da sala acompanhado por Grampo, onde subiram a superfície e o duende voltou a seus afazeres enquanto Harry saia do banco. Harry estava passando pela sorveteria Florean Fortescue e perguntou ao dono:

―Com licença, senhor. Poderia me informar que horas são?

―São onze horas, rapaz. ―Florean Fortescue respondeu sorrindo enquanto o rapaz agradecia e andava mais rápido para sair do Beco Diagonal e do Caldeirão Furado.

Harry decidiu pegar um táxi para Ludgate Hill, porque ele não queria correr o risco de se perder e se atrasar para a leitura, o trajeto demorou cinco minutos. Harry caminhou um pouco aproveitando a bela vista da Catedral de São Paulo, então ele viu a um prédio branco prateado com “Fairy Tale” escrito em preto e contornado dourado e tinha uma vitrine com algumas joias em exposição.

Por dentro, tinha pilastras de gesso lembrando a Antiga Grécia com piso de cor branca porcelana e o teto era um vitral multicolorido,os móveis eram de vidro tirando um balcão branco com mármore negro com um computador e luminárias presas nas paredes dos corredores. As joias estavam expostas dentro dos móveis, era uma infinidade de anéis, colares, pulseiras, tornozeleiras e brincos.

Uma mulher, na faixa dos dezenove anos, estava sentada na cadeira digitando no computador algo enquanto Harry observava as joias procurando uma que fosse a cara da Hermione. A senhorita tinha a pele branca com olhos verdes e longos cílios castanhos, cabelo castanho arruivado ondulado chegando até o meio das costas, lábios finos, nariz arrebitado, suas sobrancelhas são ligeiramente angulares, seu rosto é oval e o corpo curvilíneo. Ela está vestindo uma blusa de botões verde-água, um cinto marrom, short curto branco com sandália plataforma creme com detalhes em verde-água e óculos escuros marrons, argolas douradas, pulseiras douradas com detalhes em verde-água.

A mulher se levantou e caminhou até Harry que analisava um colar de ouro branco com uma enorme esmeralda em forma de uma lágrima solitária com diamantes incrustados ao redor da esmeralda, ela então sorrindo disse desculpando-se:

―Bom dia, desculpe por não ter notado muito o senhor. Eu me chamo Clair L’Croix, sou a dona desse lugar.

―Não tem problema não, eu sei como a senhora devia estar ocupada tendo que cuidar disso tudo sozinha. Mas é bem bonito o lugar.

―Obrigada, o senhor está dando uma olhada em Solitaire, uma bela e triste joia graças a seu formato de lágrima e história da criação. Custa mil e duzentas libras.

―Oh, eu sinto muito em saber disso, se a senhora poderia me dar uma dica de um presente de desculpas para minha amiga. Eu agi como um babaca e não quero sofrer a fúria dela.―Ele pediu timidamente para a mulher.

―Então, decidiu presenteá-la para aplacar sua raiva. Muito esperto, mas temo que talvez não dê muito certo. ―Ela comtemplou enquanto segurava a risada da expressão de pavor dele ao saber que sua estratégia podia dar errado.

―Pelo menos, não terei morrido sem tentar.

―Bom, então vamos procurar algo para ela. Me fale sobre como ela é, assim eu vou saber melhor o que procurar enquanto olhamos através do que temos em nosso mostruário.

―Ela é tímida e gentil por trás da fachada de sabe-tudo mandona, extremamente leal, muito bonita de uma forma sutil que realmente faz jus à ela. Hermione também é muito inteligente com um incrível senso de justiça, persistente e uma amiga para todas as horas. Ela é a minha melhor conselheira, Hermione é uma pessoa muito bela tanto por dentro quanto por fora, mas ela não consegue ver isso. Eu não sei o que faria sem ela, provavelmente teria morrido. Ela nunca usa joias e diz que são futilidades, mas eu sei que no fundo se algum amigo desse à ela, Hermione usaria mesmo que fosse pelo amigo.―Ele descrevia enquanto olhava diversas peças com Clair.

―Essa Hermione deve ser muito especial pra você.―Clair comentava olhando a expressão sorridente dele ao descrever sua melhor amiga.

―Com toda certeza.

―Baseado no que me disse, ela prefere coisas mais delicadas e menos extravagantes. Pois sua beleza é mais sutil e algo delicado iria destacar suas características naturais. ―Ela disse pensativa, então sorriu como se uma lâmpada tivesse acendido em sua cabeça.

Ela caminhou até uma sala particular e voltou segurando uma caixa, quando abriu Harry estava sem palavras diante da beleza que a pulseira ostentava dentro da caixa. Era uma pulseira de ouro branco com diamantes incrustados na corrente, os rubis formavam rosas vermelhas, algumas como botão e outras desabrochadas enquanto as esmeraldas formavam as folhas. Uma joia verdadeiramente magnífica e delicada bem a cara de sua melhor amiga.

―Esta é Prévu, foi uma criação conjunta e nós achamos que essa joia é destinada a uma pessoa para denotar a beleza da alma desse alguém, esses botões de rosa irão se abrir quando a beleza dela finalmente vir à tona para si mesma, já que ela parece se sentir inferior em relção às outras garotas, eu pessoalmente acho que sua amiga vai gostar dessa peça. Essa peça pode servir tanto como colar quanto pulseira. Custa três mil e setecentas libras.

―Eu quero levar o Solitaire para me desculpar com ela, gostaria que gravasse “HP+HG Together 4ever” na parte de trás do colar. Também quero o Prévu, ele é a cara da Hermione e ela merece.

―Vai custar cem libras a mais para gravar sua mensagem. Então, o total de tudo é cinco mil libras, ou mil galeões em dinheiro bruxo. ―Ela disse enquanto Harry depositava o dinheiro sobre o balcão, ele agradecia mentalmente a qualquer divindade superior naquele momento. ―Vou embalá-los de forma bem bonita para presente. Mas diga-me uma coisa, Sr. Potter, se você tivesse a oportunidade de mandar uma carta de desculpas à Hermione o que diria?

―Bem... isso é meio pessoal.―Harry tentou explicar meio sem jeito.

―Então, escreva para mim. Juro que não irei mostrar à ninguém sem seu consentimento. Ficará só entre nós.

―Mas por que você quer saber isso?―Harry perguntou curioso e desconfiado dessa curiosidade de Clair.

―Por nada. Só curiosidade mesmo. ―Respondeu sorriso misterioso.

―Tudo bem, Srta. L’Croix. Eu vou escrever, mas você precisa jurar pra mim que não irá mostrar a ninguém.

―Claro. ―Ela respondeu sorrindo e Harry não viu a mesma lançando um feitiço no papel.

Enquanto ela embalava rapidamente as duas joias, Harry escrevia sua carta timidamente e quando por fim terminou, a folha em que Harry escreveu a carta entrou no Solitaire enquanto ele perguntou à Clair:

―Srta. L’Croix que horas são?

―São meio dia e meia.

―Merda.―Ele praguejou e então, pegou a sacola com os presentes gritando um adeus para Clair que ria da pressa do rapaz e sorria misteriosamente enquanto acenava.

Harry pediu um táxi para levá-lo ao Caldeirão Furado, ele pagou a corrida ao motorista e entrou depressa no Beco Diagonal, já que Tom demorou a abrir a passagem para ele por causa do movimento no bar. Ele foi quase correndo à Gringotes, chegando uma hora certinho.


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Notas finais do capítulo

Surpresas guardam essa leitura do testamento do Sirius, então até a próxima.
Beijos, Lorem Lunar



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