A Paparazzi escrita por Baabe


Capítulo 3
Maldita sorte


Notas iniciais do capítulo

02:40 da manhã e eu aqui sem um pingo de sono, decidi postar mais um cap.
Hoje estréia de WBMW.
Que emoção...

Boa Leitura amores!



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No capitulo anterior...

 

Quero uma entrevista com Bill Kaulitz. – o chefe nos disse com demasiada naturalidade, como se conseguir aquilo fosse a coisa mais fácil do mundo. 

- Mas chefe. O senhor não acabou de nos dizer que ele não está mais cedendo entrevistas? – Fred o questionou.

- Sim, eu disse. – ele respirou fundo olhando para baixo. Seu olhar era tão triste e preocupante que chegava a me cortar o coração. – Saiam todos já daqui! Sumam da minha frente! - Leon nos ordenou delicadamente como ele só. Todos se levantaram de suas cadeiras e se dirigiram até a porta. - Senhorita Turner! - senti as mãos do chefe me segurando pelo braço.

- Sim Senhor Phillips. - eu me virei assustada para encará-lo.

- Você fica!

*******************************************************************

 

Jesus que medo. O que aquele velho queria comigo? Era bronca? Só podia ser né?! Mas, o que eu fiz? Será que ele percebeu a minha ressaca? Será que ele ficou incomodado por eu quase ter soltado um "Filho da Puta" no meio da reunião? Será que ele vai começar a despedir os funcionários agora que a revista está indo para o buraco? Porque a primeira funcionária a ser despedida seria logo eu, uma "praticamente" recém contratada?

 

 

 

- Deseja falar comigo a sós? - perguntei a ele com um sorrisinho amarelo.

 

- Certamente que sim. - virou-se e puxou uma cadeira. - Sente-se aqui!

 

Sentei-me. Eu não ia contrariar o meu chefe, afinal ele era o responsável pelo meu pagamento, pelo meu sustento. Leon puxou uma cadeira para ele e sentou-se a minha frente.

 

- Você faz idéia do quanto esta revista é importante para mim? - questionou-me cruzando os braços.

- Eu posso imaginar senhor. - não consegui pensar em outra resposta.

 

- Não você não pode imaginar. - ele respondeu seco. - Há quanto tempo mesmo a senhorita trabalha para mim?

- Há quase sete meses.

- Não acha que está na hora de me provar que é realmente boa no que faz?

Como assim? O que aquele velho quis dizer com aquilo? Por um acaso eu não era boa no que fazia? Por um acaso eu não dava orgulho nenhum para ele? Ah faça-me o favor... Era eu que conseguia tudo naquela revista. Eu corria atrás dos famosos, entrevistava os famosos, fotografava os famosos... Só faltava limpar a bunda dos famosos também. Sem contar também na minha ativa participação no processo criativo da revista. Fui eu que tive a idéia de acrescentar dicas de moda na TeenZeitung!, fui eu que tive a idéia de criar uma coluna de cinema na TeenZeitung! e fui eu que tive a idéia de anexar pôsteres de bandas famosinhas na TeenZeitung!...Só faltava virar de vez dona da TeenZeitung!. Eu juro que tudo isso se passou pela minha cabeça antes de perguntar a ele:

 

- Eu... Eu não sou boa no que faço? - fiz aquela carinha comovente.

 

- Não me responda com outra pergunta senhorita Turner, quem faz as perguntas aqui sou eu. - Nossa que fora. Mas que merda estava acontecendo afinal? Uma espécie de interrogatório com a minha pessoa?

- Ok então, respondendo a sua pergunta... Eu acho sim que está na hora de provar que eu sou realmente boa no que faço porque eu me considero capaz de realizar com muito profissionalismo tudo que o senhor me pede. – Arrasei! Quem deu um fora nele agora fui eu.

 

- Ótimo. Então você que irá conseguir para mim uma entrevista com Bill Kaulitz

- O QUE? - arregalei tanto meus olhos que estes quase saltaram do meu rosto. Se eu estivesse bebendo alguma coisa certamente cuspiria tudo para fora de tanta surpresa. - Quer que eu entreviste o tal cantor mudinho?

- Ora. Não foi a senhorita que me disse que era "capaz de realizar com muito profissionalismo tudo que eu lhe pedia"?– Leon me provocou. - Então... Está ai uma bela oportunidade de você mostrar que é realmente boa no que faz. - ele aproximou o rosto do meu, eu me esquivei um pouco porque sabia que ele iria começar a falar algo, sabia que ele poderia até gritar comigo e sabia também que algumas salivas saltariam da boca dele. - Você vai entrevistar Bill Kaulitz! - ele disse calmamente e por minha sorte nada saiu da boca dele além daquelas cinco palavras: "Você- vai- entrevistar- Bill- Kaulitz!". Maldita sorte.

 

Oh Meu Deus que responsabilidade aquele velho estava jogando para cima de mim. Alguém me diz como... Como eu conseguiria entrevistar uma pessoa que estava em plena greve de entrevistas? Se já é extremamente complicado arrancar meia palavra de um famosinho metido e falante, arrancar meia palavra de um famosinho metido e "mudo" então era o auge da dificuldade.

 

- Mas... Como conseguirei isto? – esperava receber uma resposta que me auxiliaria.

 

- Se vira! - ele retrucou. Ótimo, aquilo era tudo que eu desejava escutar do meu chefe, um "se vira!" bem no meio da cara.

 

- Se esqueceu que ele está nessa fase muda dele? Que se recusa a dar entrevistas depois de ter sido vergonhosamente humilhado por um espanhol sem noção?

- E você se esqueceu que é uma jornalista e que jornalistas são insistentes? - Ele apoiou as mãos sobre as pernas arqueando as sobrancelhas me olhando sério. - Quero que você se informe sobre onde o Tokio Hotel estará nos próximos meses. Você vai atrás deles até o inferno se for preciso.

 

- Mas...

- E quero também que faça uma ampla pesquisa sobre Bill Kaulitz. Saiba tudo sobre ele, tudo que ele já disse ou deixou de dizer. Leia entrevistas antigas, recentes... Descubra o nome dos pais, do cachorro, do periquito... Traga-me um relatório amanhã sem falta.

- Sim senhor. - respondi completamente submissa. Tudo bem, eu me rendo. Naquele momento eu percebi que nada tiraria aquela idéia da cabeça do Senhor Phillips. De uma hora pra outra ele passou a ver Bill Kaulitz como "a galinha dos ovos de ouro" da TeenZeitung!. - É, chefe... Posso lhe pedir só uma coisinha?

- Peça.

 

- Eddie pode assumir esse caso comigo? É que eu me sentiria mais segura se o tivesse ao meu lado nesta "minha missão". - pedi com carinha de cachorro sem dono. Fiz até biquinho.

 

- Tudo bem. Você vai precisar de uma ajuda extra mesmo. - sorriu de lado.

- Obrigada. - O Eddie vai me matar quando ficar sabendo que eu o joguei nessa também.

 

- Não me agradeça. Apesar de muito jovem, eu confio no seu potencial - ele me disse dando três tapinhas em meu ombro. - Agora vá trabalhar! - claro, não era porque meu patrão confiava em mim que ele deixaria de me dar ordens.

 

Retirei-me da sala dele o mais depressa que pude. Saí de lá rindo. Rindo muito. Quando eu fico nervosa não paro de rir.

- Posso saber qual é o motivo de tanto riso paixão? - Eddie veio até mim intrigado.

- O meu azar é motivo de tanto riso. - respondi a ele.

- O que te aconteceu minha fofa? O que aquele velho desdentado te fez?

- Ele jogou a merda da responsabilidade de salvar a revista toda nas minhas costas. Você acredita que ele quer que eu entreviste Bill Kaulitz? O nosso querido "rock star mudo". - eu ria mais ainda.

- Não creio que ele te pediu isso. Tô pasmo. - Eddie tapou a boca com as duas mãos. – Que responsabilidade garota. Me diz como você vai conseguir isto?

- Eu não faço a mínima idéia. – gargalhei - O que eu sei é que agora eu vou ter que fazer uma pesquisa avançada sobre Bill Kaulitz. Vou ter que engolir a vida inteira do garoto. Vou ter que descobrir em um dia o que as fãs certamente levaram anos para saber.

- Olha, você tem que rir pra não chorar mesmo. Que azar hein paixão.

- Não, mas sabe qual é o mais engraçado de tudo? - eu disse vomitando meus risos incontroláveis.

- O que?

- O mais engraçado é que você também tá nessa. AHAHAHAHA - a essa altura eu já tava com a mão na barriga gargalhando toda contorcida.

- O QUE? - a cara de espanto do Eddie foi única. - Eu não acredito! Para de rir sua idiota que isso não tem graça nenhuma.

- Tem sim. - parei um pouco para respirar - Eu pedi ao Leon carinhosamente para você vir nessa comigo. - joguei um sorrisinho irritante a ele.

- Sua... Sua... Sua Paparazzi sem coração. – ele mostrou a língua.

- Não me chama de Paparazzi! – odiava quando me chamavam de Paparazzi.

- Paparazzi, Paparazzi, Paparazzi... – disse dando as costas a mim.

- Eddie isso vai ter volta hein. – A gente brigava, mas a gente se amava.

 

Sentei-me em minha mesa, liguei meu computador e comecei a editar uma entrevista que havia feito com uma banda independente de Berlim. Banda de meninas, apenas meninas. Elas até que eram talentosas. Lembrei-me vagamente que uma delas usava uma camiseta do Tokio Hotel. Acho que aquilo veio como um aviso para mim. Parece que o destino já queria me mostrar que daqui a pouco tempo eu teria que mergulhar de cabeça na vida deles e os seguir por todos os lugares como uma fã obcecada. Esse é o destino de toda Paparazzi. Mesmo não sendo fã, mesmo não os suportando, apenas siga-os e faça seu trabalho sem reclamar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Ai ai ai...No próximo capitulo a Mandy vai realmente entrar de cabeça no mundo do TH e vai descobrir que ela e o Bill tem mais coisas em comum do que ela imagina.
Ela também vai desabafar com o Eddie sobre algumas coisas...
Aguardem!

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