– EU NÃO VOU!

Jeff fazia o maior escândalo e o grupo de Creepypastas estava começando a se preocuparem se Slender iria ouvir os gritos do assassino. Haviam acabado de dar a notícia do plano, mas Jeff parecia não acreditar.

– Qual é maninho? – Liu o puxava pelas pernas tentando arrancá-lo a força de seu próprio quarto, enquanto o mais novo se segurava com todas as suas forças no batente da porta – É só por alguns dias.

– NÃO! VOU É DAR UM PAPO RETO COM O VÉIO!

– Sem chances – Offenderman conseguiu tira-lo dali sem muito esforço com seus tentáculos.

– Alguns de nós vamos com você até lá – Dick anunciou.

– Ah é? Quem? – O assassino se livrara dos tentáculos e ajeitava o moletom.

– A Kyara, os Skull, a Angel, Dick, Jane, James, eu e... – Começara Liu, sendo interrompido por Alexandre.

– E eu.

– E ele... Péra... Você também? – Alex o encarou com uma cara que dizia: “Algum problema?” – É. Ele. Jasmine, BEN, Eyeless, Risonho, K e a Ellen são o restinho que vão ficar aqui no casarão e os únicos que sabem desse plano.

Jeff bufou.

– Arrume as malas. Partiu mundo humano – Dick sorriu.

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O portal para a outra dimensão fora feito por Herobrine. Não passava de uma passagem feita por blocos de obsidiana no meio da floresta aos fins da dimensão Creepypasta. Offenderman acompanhava o grupo de dez pessoas até a despedida, e graças a ele, The Rake, o “porteiro” das duas dimensões, não contaria nada para Slenderman.

– Tchauzinho pra voceis... – O sem-rosto de chapéu dissera – Mas tomem muuuuuuuito cuidado lá. Não quero ninguém preso, morto, estuprado, espancado, sequestrado, roubado, abusado, arranjando encrenca, etc. etc. etc. Ouviram?

– Siim – Responderam em coro.

Com isso passaram pelo portal, alguns loucos para se livrarem do homem alto. Foram parar em uma espécie de sítio. Era o fim da tarde ainda, assim como em suas dimensão. Todos encararam o céu colorido estendido sobre eles com os olhos brilhando.

– Mas que lindo! – Exclamou Angelique.

– Faz tanto tempo que eu não vejo esse céu – Jane comentara.

Alexandre fora o único que não participara. Já havia passado muito tempo olhando o céu. Francamente... Ele não podia ser o mais maduro daquele grupo de assassinos, podia?

Com as mãos nos bolsos avistou uma casa ao fundo das plantações de milho. De paredes brancas e teto vermelho. Simples, mas grande o suficiente para abrigar a todos.

– Hey – Ele chamou – Tem uma casa ali – Apontou.

Dick foi o único que virara de primeira para ver a construção. Foi ao lado do loirinho e jogou a cabeça para o lado, observando.

– Bela casa – Concluiu.

– Acha que podemos usá-la por ora?

– Claro que sim. Mas acho que deveríamos inspeciona-la por dentro antes. Nem tudo é por dentro o que aparenta ser por fora.

A última frase chamou a atenção de Alexandre, que encarou o mais alto com os olhos surpresos. Dick sorriu, mostrando que usara a frase de propósito. Alex pode ver que seria difícil mata-lo. O filho de Slender (Ou Daemon tanto faz) não era um mal sujeito. Pelo contrário, era tão bom que fazia as Creepys se perguntarem o que diabos um garoto como aquele estaria fazendo dentro do Casarão Creepypasta.

Alex abaixou a cabeça, desviando o olhar. Assim que o fez, deu um curto sorriso, rindo internamente de si mesmo ao lembrar que tinha assinado um contrato estupido com o “seu senhor”. Fora a vez de Dick ficar surpreso. Alex tinha... Sorrido?

Alguns segundos em silêncio se passaram, até que Dick resolvera começar:

– Alex você...

– Drick!! O que fazemos agora? – Kyara interrompera, trazendo consigo o resto do grupo.

– Ã? – Ficou perdido, não sabendo se deveria continuar a falar com Alexandre ou deixar pra lá – Ah! O Alex avistou uma casa bem ali – Apontou para além das folhagens – Podíamos passar alguns dias ali se ela conseguir abrigar todos nós.

Caminharam até a varanda da casa, subindo três degraus para alcançar a porta. Liu tentou abri-la em vão já que está se encontrava trancada.

– E agora? Essa maldição não tem portas dos fundos.

Jack circulou a casa, sendo esperado pelos outros. Voltou com uma expressão facial que já dizia tudo:

– Todas as janelas têm grades e estão trancadas.

– Dane-se! O jeito é resolver na porrada! – Jeff exclamou empurrando James do caminho que o olhou atravessado. Deu um chute na porta, esta sequer sofreu dano. Enraivecido, descarregou vários outros um atrás do outro enquanto rosnava.

Kyara, Liu, Dick, Angel, Jack, Randal e os outros fizeram uma face palm.

O pequeno Slender mexeu em seus bolsos, a procura de algo. Apanhou seus instrumentos de arrombamento.

– Aonde... – Jane começara, olhando para os objetos que lembravam mais alguns pedaços de clips.

– Sou um ladrão em tanto, não se lembra? – Respondeu com um sorriso.

A essa altura, Jeff the Killer já se encontrava caído no chão, derrotado. O grupo deu simples vinte segundos para Dick que destrancou a porta sem mais problemas.

Ao entrarem na casa, viram a quão abandonada ela era. O espaço era mil vezes menor do que eles estavam acostumados. O cheiro de pó impregnava nas narinas e as teias de aranha espalhadas pelo teto revelavam os meses talvez anos de falta de limpeza.

– Mas que horrooooooor! – Kyara comentou.

– Vish. Slender é tão organizado que quase me esqueci como era um lugar assim – Disse James – Isso porque eu entrei faz pouco tempo.

– Certo. Veremos os quarto que temos? – Indagou Randal.

– Creio que sim – Angelique concordou.

No segundo andar havia os quartos. Eram três simples quartos. Começaram a se preocuparem em relação a como seriam divididos.

– Veremos – Liu começara – são nove pessoas...

– Dez – Corrigiu Alex.

– Dez pessoas, para três quartos. O que daria três em cada e um quarto com quatro. Organizo o meu – Sorriu de canto – Serei eu, meu maninho e a Angel.

Jeff o encarou.

– Ahã, safado (¬_¬)– Liu riu (N/A: “Liu riu” kkkkkkkkkkkkkkkk) – Tá bom, mas a Kyra também vem.

– Vou com o meu irmão também e com o James, pode ser? – Jack indagou. Concordaram.

– O que sobrou foram eu, o Dicky e o Alex – Jane deu de ombros.

– Está combinado (o/)!