The Tolomei - A história por trás de Shakespeare. escrita por TM
Com a ajuda de Andrea, nós explicamos á eles aonde estavam as tumbas. Também falamos que era muito perigoso ir lá por causa da idade, e talvez aquilo desmorone. E eles nos ouviram? Não.
Elenna estava muito animada, ela estava se gabando de como usaria os olhos de Romeo e Giulietta como brincos, mas eu e Andrea sabíamos: Giulietta rogou contra a família deles, e agora eles vão ter que pagar por serem trapaceiros.
Fingi que estava tossindo muito e fiquei de joelhos, pra quem sabe eles adiarem a ida ao hospital. Andrea já sabia de tudo. Alexandre foi o primeiro a se colocar do meu lado e me perguntar:
– Você está bem? Temos que levar ela pro hospital! Ela não está nada bem! - E assim ele foi me carregando, Andrea fingiu que estava preocupada comigo. Quase ri naquela hora.
– Essa vadiazinha faz tudo pra nos atrapalhar, ainda bem que temos a outra. Deixamos ela no hospital enquanto a outra nos leva pra procurar as tumbas por que uma mulher como eu não merece ficar tanto tempo esperando por aquelas pedras magnificas! - Ela olhou pra Andrea, e Andrea olhou pra mim, eu sabia o que ela ia falar, era um desafio.
– A outra tem nome, e como a história não tem só Giulietta, como tem Giannozza também Samantha deve vir junto. Ela é mais velha, ela sabe o caminho melhor que eu. - Ela me olhou, e do jeito que ela me olhou nós sabíamos que eles não acreditavam mais na minha "doença", estávamos ferradas.
Alexandre parou de me carregar, e me colocou contra a parede.
– Se você fizer isso comigo de novo, eu lhe mato, entendeu bem? Agora vamos ao que interessa. - Ele passou a língua na minha bochecha, e eu senti a maior repugnância da minha vida. - Vamos pegar aquelas pedras pra minha amada e bela esposa, ok? Eu sei que você me ama, por que eu sou o Nino e blá blá blá, mais não deixe o seu Romeo ficar sabendo! - E ele me soltou, quase cai no chão. Por sorte Andrea estava lá pra me segurar.
Eles colocaram panos em volta dos nossos olhos de novo, e eu senti que alguém estava atrás de mim, quase me encochando. Quando andei pra frente, ele veio junto. Mais que diabos?
– Olá princesa. - A voz que eu estava evitando á dias, o pior demônio de todos, Auguste.
– Saia de perto de mim, só vou lhe dar a localização das tumbas, não era isso que você queria? - Falei com a maior frieza, eu precisava botar ordem naquilo antes que fosse tarde demais.
– Não querida, o que eu queria e quero é você, sempre foi você. - Eu sentia nojo de sentir aquela voz insuportável, ainda bem que eu não estava vendo o rosto dele, se não ele ia levar um belo tapa na cara.
– Deixe a menina em paz, nós temos que ir logo pra pegar as pedras e todos aqueles tesouros. - Alexandre foi me empurrando pro carro, onde eu senti que estava do lado de Andrea; reconheci seu perfume adocicado.
– Tudo vai ficar bem irmã, a Santa Virgem vai nos proteger. - Ouvi Andrea sussurrando pra mim, para que só eu ouvisse.
Passaram uns 20 minutos até chegarmos lá. Eu não estava com noção de tempo, estava com medo e bastante assustada. Que os Krueger queimem no inferno.
Quando saímos, eles tiraram os panos em volta dos nossos olhos, e Alexandre foi o primeiro a falar:
– Sem gracinhas, ou atiro em vocês. Ajam normalmente. - Ele falou, e eu e Andrea entramos no hospital de mãos dadas.
Agora é a hora, faça o que ele quer e você estará viva. Não faça, e será uma mulher morta.
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