The Tolomei - A história por trás de Shakespeare. escrita por TM


Capítulo 21
Essa é a coisa mais linda que eu já tinha visto!




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Sinceramente, não sei como nos deixaram entrar naquele hospital. Nós não sabíamos onde ficava o tal quarto, então Alexandre me fez fingir que era esposa dela e que éramos turistas. O nome que usamos foi ridículo, éramos o senhor e senhora Smith! Os enfermeiros logo cederam o quarto, cedendo a simpatia dos louros.

Ainda estava com meu colar/terço no pescoço, comecei a apertar e fazer orações em voz baixa, quando Alexandre me interrompe, com aquela risada maléfica, quase demoníaca.

– Você rezando? Pior piada que já existiu. Essa Santa não vai proteger você, e nem se pudesse ela impediria, por que você nasceu pra ser minha. E além do mais, eu só vou pegar aquelas pedras e vou dar pra Elenna que nosso divórcio já está feito. - Ele começou a me olhar da cabeça aos pés, e logo pegou meu braço para seguir os outros.

– E é por isso que temos a maldição até hoje, ao invés de rezar para a Santa que teve tamanha misericórdia por trazer você aqui, você roga contra ela. Será que você não percebe que essa história vai se repetir durante os anos? E o final é o mesmo: morte para todos. - Falei com tanta confiança que Andrea virou com os olhos arregalados pra me ver, é talvez eu esteja ficando louca.

– Desde que não seja minha morte, tudo bem. Enquanto ao resto.. Eu quero mais é que se exploda! - Alexandre disse, e começou a me puxar com mais força pra aquele quarto, eu finalmente cedi. Não poderia ficar naquele joguinho o dia todo, não é?

– O bem sempre vence, sempre. - Eu sussurrei ao ouvido dele, enquanto ele estava procurando alguma parede oca, algum piso que fora colocado ali pra ninguém entrar.

Descobriram que a maioria das paredes eram ocas, e logo deram um jeito de pegar as ferramentas necessárias. Foi só aí que eu percebi que Elenna tinha vindo com uma mochila enorme, o que não significava coisa boa. Meu coração doía por ter de destruir aquele lugar.

De lá eles tiraram martelete, martelo e todos os instrumentos necessários pra derrubar aquela parede. Enquanto eles se esforçavam pra derrubar aquela parede: Elenna, Alexandre, Auguste e mais um homem do qual eu não me recordo o nome, eu e Andrea estávamos abraçadas. Estávamos assustadas, pela primeira vez na vida, eu estava com medo do desconhecido.

No meio daquela barulheira, eu e Andrea começamos a rezar, pedindo proteção da Santa. Quando finalmente acabou aquela barulheira, levantou poeira.

– Quem vai entrar primeiro, Giulietta, não é? - Alexandre logo foi me empurrando e eu fui a primeira a entrar. Parecia mais uma caverna de filme de terror, até que alguém veio atrás de mim com uma lanterna.

– Você sabe que eu vou proteger você, não sabe? - Auguste sussurrou no meu ouvido. Fui andando mais rápido pra não esbarrar com ele. Quando mais rápido eu saísse de lá, melhor.

Até que a escada acabou, e embaixo havia um grande buraco que a luz da lanterna não alcançava, então não deu pra ver de que altura eu ia cair.

E que seja o que a Santa quiser, me joguei. Enquanto Andrea gritava de pavor, e Alexandre a abraçava para conter seu medo. Parece que tudo foi em câmera lenta.

Até que eu deitei em um chão, aquele chão era macio. Não senti nenhuma dor no corpo, pelo menos tinha um ponto positivo. E com muito esforço, pude ficar de pé.

– Sam, você está viva? - Alexandre logo perguntou, pela sua voz eu diria que ele estava chorando, essa cena eu pagaria pra ver. HAHAHAHAHA.

– Não, eu morri. - Eu falei com tom irônico. - Venham, o chão é macio, vai amortecer a queda.

Depois que todos desceram, as lanternas conseguiram clarear o que estava na nossa frente: Uma igreja. A igreja mais bonita que eu já tinha visto na minha vida.

Mas por mais que tentassem, por mais que usassem sua força, a porta da igreja não abria... O que eu achei muito estranho.

Eu temia que se eles derrubassem a igreja, íamos morrer subterrados. Que jeito maravilhoso de morrer, não é?

Logo foram derrubando a porta da igreja, e eu senti que tremeu levemente o chão. Eles não poderiam quebrar mais nada, se não estariam nos condenando a morte.

Depois que a poeira abaixou, eu entrei na igreja e por dentro ela era realmente linda. Com aquelas pinturas no teto e com os mínimos detalhes feitos á mão.

Salimbeni queria mesmo se desculpar com a Santa. Mas bem materiais são apenas bem materiais, um dia tudo isso acaba. Quando cheguei ao altar, fiquei de joelhos. Tudo era muito lindo.

Passei por um quarto e finalmente achei as tumbas. Elenna foi a primeira a ficar maravilhada com aquela imagem, e quem não ficaria?

Romeo estava de joelhos, e Giulietta estava deitada em seu colo. A estátua mais perfeita já criada, creio eu. Aqueles olhos pareciam reais, o espírito dos dois estavam vivos.

Quando eles iam começar a derrubar as tumbas para pegar os olhos, aquela sala encheu de policiais. Estávamos salvas!

James entrou, e Alexandre me pegou, apontando uma arma na minha cabeça, dizendo:

– Não dê mais um passo, ou ela morre. - Eu realmente estava em apuros.


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