Legendary Lovers escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 4
Capítulo IV - Promessas


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou do Luto por ter as fics excluídas!
Okay, confesso, já tinha voltado em outras fics que escrevo, mas não tinha voltado aqui porque precisava escrever mais dessa história antes de postar, então... Aqui vai, espero que gostem!



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Kytsia estava em seu quarto no palácio ansiosa demais, ela queria conversar com Caelinus a sós, queria saber se ele cumpriria sua promessa de ajudá-la de alguma forma a escapar das garras do Faraó, e também queria aconselhá-lo sobre como tratar e não tratar as pessoas dali para que Menés o queira por perto, porque longe ele não serviria de nada para Kytsia.

A “Deusa” assistia suas duas criadas arrumando o quarto e observando suas vestes teve uma ideia.

– Vocês sabem em que quarto Kosey está sendo tratado antes do jantar com o Faraó? – Perguntou ela.

Uma das duas respondeu:

– Ele está no décimo segundo quarto da ala oeste, minha senhora. – Disse ela de cabeça baixa.

Kytsia ficou calada por um tempo, pensando.

– Você... – Ela chamou a atenção da criada. - Eu quero suas roupas! Vista as minhas enquanto uso a sua, não faça perguntas, e não saia do quarto até que eu volte. -.

A criada obedeceu. Kytsia se vestiu com as roupas da arrumadeira e utilizou um véu para cobrir seu rosto. Esse véu já fazia parte da vestimenta das criadas do palácio, mas elas usavam opcionalmente, ou seja, algumas delas usavam e outras não.

[...]

Kytsia não encontrou nenhum problema em transitar pelos corredores do palácio, foi um trajeto bem tranquilo, para falar a verdade, ela se sentiu até um pouco livre, sempre que ela sai de seu quarto é acompanhada de seus seis guardas. Ela era muito valiosa para Menés, ele nunca arriscaria não mantê-la o mais segura possível, além de ser bastante conveniente para afastar qualquer homem que quisesse por as mãos no que pertencia de direito a ele: Ela.

A porta do quarto onde Caelinus estava não possuía guardas, ela entrou sem ser barrada, de qualquer jeito não barrariam, afinal, naquele instante, ela “era uma criada doméstica”.

Quando ela adentrou o quarto encontrou uma outra criada cuidando da ferida no ombro de Caelinus causada pela pata do leão.

– Pode cuidar de outros afazeres, eu assumo daqui. – Ela disse para a criada, e esta saiu um tanto contrariada, ela estava adorando por as mãos naquele homem, que tinha olhos mais claros que o Grande Mar, e dono de uma beleza inexistente em todo o Egito.

Caelinus não se assustou com a troca de criada, pois esse rodízio já estava acontecendo várias vezes. Uma criada veio para trocar os lençóis da cama, outra veio aparar sua barba, outra veio aparar seu cabelo, outra veio para dar-lhe banho, outra trouxe-lhe comida, etc.

Quando a criada que cuidava do ferimento saiu do campo de visão de Kytsia, ela pôde ver o quão diferente Caelinus estava. Era uma figura totalmente diferente da que ela encontrara no calabouço na noite passada, ele era muito bonito, mas toda a sujeira e maus cuidados pelo que ele estava passando conseguiu esconder bem isso dos olhos de todos.

Ela também não pôde deixar de notar que ele só vestia uma calça, já que seu ombro tinha que ficar nu para ser tratado. Kytsia nunca tinha visto um homem sem camisa, e muito menos um bonito, ela corou por debaixo do véu, mas continuou atuando.

Ela ficou frente a frente a ele, que estava sentado numa cadeira alta, ao lado de uma mesa com os materiais necessários para cuidar de sua ferida.

Kytsia pegou um pano umedecido com um líquido curativo e continuou limpando a metade da ferida que a criada não tinha terminado, sem fazer contato visual, como toda boa criada.

Eram quatro arranhões não muito profundos, mas largos o suficiente para ir da escápula, cobrir todo o ombro direito, e terminar ao nível da clavícula.

Caelinus olhava para as paredes para disfarçar a dor provocada pelo líquido. Kytsia terminou de limpar e começou a passar, sobre os rasgões, uma espécie de pomada branca. Quando a pomada encostou na ferida a dor provocada foi bem maior, Caelinus acabou se contraindo e gemendo um pouco.

– Não se preocupe, dói agora, mas depois você vai ficar bem melhor. – Disse ela continuando seu trabalho.

– Não está doendo. – Disse Caelinus tentando manter seu orgulho de guerreiro intacto.

– Tudo bem, se o Kosey diz que não está doendo, quem sou eu para achar que está?! – Kytsia disse e acabou olhando para Caelinus. Ele olhou para os olhos dela e acabou reconhecendo de imediato. Caelinus nunca seria capaz de esquecer aqueles olhos, os olhos daquela a quem deve a vida.

Imediatamente ele ousou abaixar o véu do rosto dela, e sorrindo disse:

– É a Senhora! Enganaste-me perfeitamente!...

Kytsia se sentiu intimidada pelo sorriso dele, era lindo como Caelinus em si.

– Sim, sou eu. – Ela disse e sorriu um pouco encabulada. Foi a primeira vez que Kytsia o viu sorrir, mas mal sabia ela que esse foi apenas o primeiro sorriso de muitos que chegaria a ver.

– O que você faz aqui vestida de criada? – Perguntou Caelinus, ela mantinha uma expressão contente em ver Kytsia.

A “Feiticeira” foi despertada do encanto lançado pelo sorriso do belo homem relembrando-se de todas as suas infelicidades.

– Err... Eu não devo sair desacompanhada dos meus aposentos e com certeza eu não deveria estar aqui, é muito perigoso para mim e para você, por isso estou disfarçada. – Respondeu ela.

– Sim, faz sentido, o Faraó e tudo mais... – Disse Caelinus olhando para o vazio por um instante.

Kytsia parou de cuidar da enfermidade dele, começou a observá-la e disse:

– Eu poderia curar isso se você permitisse. – A ferida não era bonita, apesar de não ser fatal.

– Não! – Ele quase berrou. -... Sem mais magia, por favor... – Caelinus disse suave ao se acalmar.

– Tudo bem... – Kytsia voltou a passar a pomada no machucado. - Algumas pessoas nunca ficam muito confortáveis com as coisas que eu sei fazer... -.

– Eu não temo os seus poderes mágicos! – Ele como bravo guerreiro se defendeu.

– E eu não disse isso. – Kytsia disse tranquilamente.

Caelinus resolveu dar uma explicação àquela silhueta serena em sua frente.

– Err... As marcas de uma batalha são como um prêmio de um guerreiro, acho que como uma senhora tão delicada, não compreenderia essas baboseiras dos homens... – Dizia ele.

– Senhorita. – Ela corrigiu. Caelinus depositou um olhar intrigante, Kytsia sentia que ia corar, portanto continuou falando para disfarçar. - Então, se eu entendi direito, as marcas dão orgulho a um honrado cavaleiro, certo?! -.

– Sim. E, além disso, se eu aceitasse a sua ajuda, com certeza achariam fora do normal e desconfiariam da interferência da senhorita no meu processo de cura, sem dúvida. -.

– Você tem razão. – Kytsia refletiu.

– Confesso que não acreditava que você realmente estava usando mágica em mim noite passada. Nunca ouvi histórias de pessoas como você... Os feiticeiros que chegaram aos meus ouvidos não passavam de charlatanismo, cujos poderes eram meros truques, mas você é diferente... Eu SENTI a sua mágica dentro de mim quando eu lutei, você provou a mim que essas coisas podem ser reais, e não simplesmente histórias para assustar crianças... – Caelinus confessava. -...E além do mais, eu sei o que você faz aqui... Sei que não veio simplesmente para cuidar dos meus machucados. -.

– Sabe? – Kytsia parou de passar a pomada novamente.

– Sei, Feiticeira... – Dizia ele quando foi interrompido por ela.

– Kytsia. – Ela consertou.

– Perdão... Kytsia. – Ele se retratou. - E você não deve preocupar-se, eu não descumprirei minha palavra. Você escolheu-me, salvou-me de acabar sendo devorado pelos leões. Devo minha vida a você, portanto ela é sua... – Caelinus se levantou de seu assento e ajoelhou-se diante de Kytsia, deixando-a surpresa e sem reação.

– Eu sou seu para qualquer coisa que precisar. De agora em diante serei seu guerreiro fiel, só lutarei suas batalhas, só o seu nome honrarei. Protegê-la-ei de tudo e todos. Tens a minha lealdade e tudo mais o que quiseres de mim! – Caelinus fazia, ajoelhado, suas promessas, e agora havia pegado uma das mãos dela.

Kytsia disse com um olhar encantado com as palavras dele – ninguém nunca quisera protegê-la apenas por gratidão e sem nenhum interesse por trás – entretanto, os olhos dela carregavam uma melancolia ao dizer:

– Eu só quero ser livre. -.

– E você será! Nem que para isso eu precise dar minha vida para saldar minha dívida contigo. – Disse Caelinus ainda ajoelhado e segurando a mão dela.

– Não precisa chegar a esse extremo, eu não pediria uma coisa dessas. E não precisa ficar ajoelhado. – Ela disse.

– Mas de qualquer jeito, minha lealdade é sua! – Disse ele se levantando, e ela sorriu feliz. – Já tinha tentado pensar em como fazer de você livre, e só consegui pensar em uma alternativa. -.

– Qual seria? – Ela indagou esperançosa dele ter articulado um plano melhor do que o que ela articulara.

– Err... Não me entenda mal, certo? – Era ele quem parecia um pouco encabulado agora.

– Certo. – Disse ela. – Pode falar... -.

– O Faraó prometeu-me conceder um posto na guarda real, um novo nome, que ele já me deu por sinal, e uma esposa egípcia. Eu só preciso reclamar um desses presentes!... Eu reclamo ao Faraó você como esposa. Mas eu não falo isso numa forma interessada, é claro! E quando casarmos iríamos para bem longe daqui, e cada um seguiria seu caminho, mas se você decidisse ficar ao meu lado, também seria uma honra. – Ele explicou seu plano.

– Não! – Ela berrou assustada. – Não, pode ser assim!... Por favor, Caelinus, não fale algum disparate desse tipo para o Faraó, por favor!

– Por que não? Por que seria um disparate? – Ele questionou um pouco ofendido.

– Caelinus, meu virtuoso guerreiro, você parece não ter compreendido muito bem minha situação. Eu sou o presente favorito do Faraó, ele quer a mim de todas as maneiras que você possa imaginar, incluindo formas impuras... Seu sentimento de posse e ciúme são tão grandes, que além de manter vigiada por seis guardas dia e noite, ele condena à morte por mumificação ainda in vivo qualquer homem que sequer olhe para mim com cobiça... Ele pode ter se impressionado com suas táticas de combate, mas não o pouparia dessa punição ou de coisa pior se sonhasse que você iria ousar fazer essa proposta a ele. – Kytsia explicava.

Caelinus teve a sensação de receber um balde de água fria, mas esses fatos não o surpreenderam, ele até compreendia vagamente o Faraó. Se em um mundo diferente ela fosse dele, também não mediria esforços para mantê-la só para si. É só olhar para ela, Kytsia é uma joia.

– Então, o que devo fazer? – Ele perguntou voltando a olhá-la nos olhos.

– Eu também pensei em algo. – Disse Kytsia.

– Em que? – Caelinus se interessou.

– Você deve ficar por perto, é a única forma de poder ajudar. Você vai ganhar um posto baixo na guarda do Faraó, mas você deve subir e ganhar a confiança dele, ficar próximo... A única forma disso acontecer é se você se casar com a pessoa certa. – Disse ela.

– E quem seria? – Caelinus questionou.

– Taahra. – Kytsia respondeu convicta de que seu plano era infalível.


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Notas finais do capítulo

Yey! Mais nomes difíceis para vocês terem que se acostumarem! Quem tá feliz por isso? o/
Agora, é sério! Não precisam ter pena dos meus futuros filhos! Darei nomes bonitinhos e/ou normais para eles, não precisam sentir pena de um possível bullying sobre os bichinhos! uhashusahsu
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Espero que tenham gostado e que me deixem saber o que acharam desse capítulo, e da história até aqui. Me incentivem a postar mais rápido com comentários, favoritadas, recomendações, ou o que for! Aceito de tudo com os braços abertos e os dedos no teclado pra postar o próximo capitulo que dãah será o "Capítulo V - Taahra".
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Beijinhos nos seus corações! Que a Deusa-Mãe esteja convosco!



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