Guerra Mutante: A Relíquia Roubada escrita por Luis Gustavo


Capítulo 18
18 - Assisto a uma batalha de anjos caídos




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Prosseguimos pelo nosso longo caminho durante dois dias. Nesses dois dias não tivemos encontros com soldados, embora havíamos visto algumas patrulhas voando rápido pelo ar, e de vez em quando precisávamos nos esconder, mas nenhum dos soldados nos viram.

Snow havia seguido o rastro sem parar por nenhum momento, e quando eu pensei que ele havia perdido o cheiro de Mith, descobri que na verdade nós já havíamos chegado onde queríamos. Ele foi até o alto de uma colina e parou, virando-se para mim e uivando. Falei para os outros esperarem, e eu subi furtivamente a colina, parando ao lado do lobo. A floresta em que estávamos parecia continuar até certo ponto, onde uma grande montanha crescia, e ela havia um enorme buraco em uma região, que mais parecia uma entrada para uma caverna. Dentro daquele buraco, haviam algumas casas criadas com pedaços de ferro, papelão, alumínio e outras coisas. Foquei minha visão, e pude enxergar algumas motos paradas. As motos dos motoqueiros.

Torrance não estava lá, e eu estranhei ele não ter aparecido junto com o grupo em que Mith estava quando encontrou meu grupo. E, falando em Mith, pude vê-lo chegar à base improvisada junto com outros motoqueiros. Já anoitecia, por isso eles estavam com os faróis acesos. A base era iluminada por algumas tochas, e o buraco na montanha era grande o bastante para vê-la. Haviam vários motoqueiros lá, cerca de cem. Eu havia matado quase 30 motoqueiros em minutos, 100 motoqueiros não era uma grande diferença, era?

Com certeza era.

Desci da colina, indo junto ao meu grupo. Snow veio logo atrás. Eles me olhavam, esperando para eu dizer algo.

– Chegamos ao nosso destino. – Murmurei, não querendo fazer muito barulho. – É uma base dentro de uma montanha. As motos estão lá, e pelo jeito Mith acabou de chegar nela. Não vi Torrance entre os motoqueiros que consegui enxergar. Se formos invadir, temos que fazer isso quando já for quase meia-noite.

– É claro. – Falou Jake, confiante. Ele retirou o anel que seu irmão havia lhe dado, e o observou. – É quando eu me torno mais forte. E eu vou precisar de toda minha força para atacar ela.

– E iremos todos em um ataque massivo e direto? – Perguntou Thomas.

– Acho que seria melhor dividirmos nosso grupo. – Falou Izuqui, e todos nós o olhamos. – Metade fica em um grupo de distração, e a outra metade fica em um grupo de busca. No de distração ficarão os que mais conseguem desviar e resistir a ataques, além de conseguir causar certo dano nos motoqueiros e na base para alertá-los. No de busca ficarão aqueles encarregados de achar Mith. O que acha, Franklyn?

– É arriscado demais... – Falei, um pouco tenso. – Deixarei que vocês decidam.

Todos se entreolharam. Entendia o que eles pensavam. Tinham medo de mais alguém morrer. Mas, no final, todos acabaram concordando. Eu os olhei, e perguntei se estavam realmente dispostos a passar por aquilo.

– Somos uma alcatéia, lembra-se? – Falou Demetria, sorrindo. – Nós cuidamos uns dos outros. Agora é com você, Franklyn. Quem vai em qual grupo?

– Está bem... – Eu parei para pensar um pouco. Pensava nos poderes de todos, mas não conseguia bolar estratégias. – Droga, eu não sei.

– Eu tenho uma idéia. – Falou Jake, e todos olharam para ele surpreso. – No grupo de distração ficam aqueles que, como Izuqui falou, aqueles que resistem bem à ataques e são ótimos à alertar e atacar. Nele podem ficar Trissy, Slient, Hector, Dave, Anne, Dorian, Chloe, Mally e James. No de busca, ficam eu, Franklyn, Demetria, Thomas, Mikael, Izuqui, Ethan, Rick e Esmond. O que acham?

– Boa montagem de grupo. – Falei, feliz por ele ter mudado, ter se tornado mais humilde e parecer mais com um membro. – Todos estão de acordo com o que Jake falou? – Todos confirmaram. Slient ficou preocupado por se afastar do irmão, mas Esmond falou que ficaria tudo bem. Mally olhou para Thomas com certa incerteza, mas ele não a viu. – Certo. O grupo de distração irá primeiro, e o grupo de busca irá logo atrás. James, Dave e Anne, vocês são os encarregados a cuidar do grupo de distração. Eu, Jake e Demetria cuidaremos do grupo de busca. Vamos mostrar à esses desgraçados que não somos somente moleques.

Anoiteceu, e esperamos algumas horas. Olhei em minha manopla, observando a hora. 23:48, era o que estava marcando. A deixei transformada, e mimetizei minhas mãos e meus pés. Fiz meu arco aparecer, segurando-o. Fiz sinal para o grupo de distração ir. Depois de cinco minutos, o meu grupo também foi em direção da base. Snow veio junto conosco, o mais próximo que podia ficar de nós. Eram 9 para distrair, 9 para buscar. Se Yordle e Royal estivessem ali, teríamos mais chances.

Foram-se 10 minutos de caminhada quando começamos a ouvir os sons de batalha. Rick soltou um riso de ansiedade.

– E lá vamos nós para mais uma batalha. – Falou, e eu senti um frio em minha barriga. Estávamos atacando uma base repleta de inimigos, mas eu não esta preocupado. Estava ansioso para voltar a entrar em batalha, para matar mais pessoas. Minhas mãos ardiam, sedentas para acertar um soco potente no rosto de alguém.

Começamos a correr, e eu puxei a corda. Meus dedos começaram a implorar para soltar a corda e ver a flecha acertando alguma pessoa.

– Para a batalha! – Exclamei, e quando saímos da floresta vimos o grupo de distração lutando bravamente contra os motoqueiros, que atacavam todos de uma vez, sem ter uma estratégia já bolada, diferente do nosso grupo, que havia bolado vários planos para caso algo acontecesse.

Soltei a corda, e a flecha de luz cinza voou sobre a cabeça de vários e acertou o peito de algum motoqueiro aleatório, já o matando. Jake invocou sua foice e começou a matar os outros. Demetria fez sua aura aparecer, e começou a fazer os motoqueiros que lutavam hesitarem em atacar, dando oportunidade para ela agarrar suas armas e os matarem à sangue frio.

Percebi que em batalha todos éramos assassinos. Mas tínhamos que ser. Ethan lançou uma rajada próxima à minha cabeça, e eu pensei que ele havia tentado me acertar, mas na verdade atacou um motoqueiro que aproximava-se ao meu lado. Eu o agradeci, e matei um outro motoqueiro.

Era incrível o quão fácil era matá-los. Com certeza muitos dali eram mais fortes que nós, mas não conseguiam se defender tão facilmente contra nós. O grupo de busca começou a entrar na base, enquanto o grupo de distração permanecia lá fora.

Dentro da base era muito quente, e meu corpo começou a adaptar-se aos poucos. Thomas desenhou uma duas facas, e acertava os motoqueiros sem hesitar, manchando-os com marcas de tinta e o sangue que saiam de seus ferimentos. Mikael lançava suas armas psíquicas sem hesitar também, desnorteando alguns dos inimigos e finalizando-os com seu bastão de baseball de ferro. Izuqui e Rick faziam um ataque combinado de eletrocinese e aerocinese. Enquanto Izuqui lançava raios de suas mãos, Rick acertava os inimigos com rajadas de ar que não os deixavam prosseguir ou esquivar. Ethan voava, abatendo vários dos motoqueiros. Snow pulava em um lugar, matava algum motoqueiro, depois fazia o mesmo com outro. Esmond acertou um golpe com o cabo de sua espada de ferro, e sorriu ao ver algo.

– Franklyn, se liga! – Exclamou Esmond, e ele criou fogos de artifício que explodiam em sua mão. Ele correu em direção de motos estacionadas, e abriu o tanque de combustível de uma delas. Então acertou um golpe com suas duas mãos juntas, e os fogos de artifício se prenderam lá, e ele correu rápido o bastante para escapar da explosão das várias motos.

Eu ri, e vi um motoqueiro aproximar-se de mim. Coloquei o arco para trás de meu corpo, e eu agarrei o homem com minha mão direita. Senti uma energia percorrer minha manopla, e o motoqueiro começou a ser eletrocutado. Eu o larguei quando já estava morto. A fumaça da explosão erguia-se pela base, saindo pela entrada. O grupo continuou a prosseguir, sem hesitar, abatendo vários inimigos. Alguns de nós estávamos feridos. Voltei a puxar e soltar a corda de meu arco.

– Jake, já matei 23! – Exclamei, e ele riu quando abateu um outro motoqueiro.

– Estou nos 20 ainda! – Ele gritou, rodando a foice e acertando dois motoqueiros de uma vez com um único giro de seu próprio corpo. – Agora são 22! E você, Demetria?

– Dez. - Ela exclamou, e riu depois daquilo. Pensei que era errado brincar com aquilo, mas os motoqueiros eram maus, então talvez merecessem.

Lá fora a batalha também prosseguia. Olhei de relance quando não havia nenhum inimigo me atacando, e vi que o grupo de distração atacava os motoqueiros bravamente. Dave havia um corte feio e enorme em sua testa.

Então senti uma dor em meu estomago, e antes que pudesse perceber eu estava no chão. Voltei a olhar para a batalha que ocorria ali dentro, e um motoqueiro havia acertado-me um soco. Tinha que me preocupar com o que acontecia ali, e não lá fora. Ele ia acertar-me outro golpe, mas consegui puxar a corda e soltá-la a tempo, acertando uma flecha em seu peito. Ele cambaleou e caiu em cima de mim, e eu logo o joguei para o lado. Levantei-me, ofegante. A batalha estava me cansando.

Corri para perto do grupo, voltando à minha posição. Agora haviam poucos motoqueiros ali dentro. Eu pude ver, então, um vulto logo acima de nós, em um andar superior. Mith corria em direção de uma sala.

– Me sigam! – Exclamei, concentrando-me para meu corpo ficar coberto pela minha energia mental. Agarrei Demetria e Mikael, e comecei a voar para o outro andar. Jake e Ethan vieram logo atrás, trazendo os outros. Quando aterrissamos, comecei a correr pelo corredor. Motoqueiros apareceram para nos atacar de surpresa. Eram dois, e nós éramos sete, mas eles eram enormes, com mais de 2 metros de altura. No entanto, uma flecha acertou cada um, vindo logo atrás deles, e ambos caíram.

– Demoramos, Franklyn? – Falou Emma, aproximando-se de nós. Hariel vinha logo atrás dela, recuperando as duas flechas.

– O que fazem aqui? – Perguntei para as duas.

– Viemos te ajudar, não ta vendo? – Respondeu Hariel, limpando suas flechas na roupa de um dos grandões.

– Franklyn, quem são elas? – Perguntou Jake, e eu expliquei o mais resumidamente possível para meu grupo quem elas eram enquanto corríamos. Eles compreenderam que não eram inimigas.

Nós paramos na porta em que Mith havia entrado. Tentamos abri-la, mas não conseguimos. Snow apareceu ali em cima vindo pelas escadas o mais rápido que pôde, com a língua para fora, ofegando.

Jake, Izuqui e eu tentamos arrombar a porta, mas de nada adiantou. Ela era mais imóvel que uma montanha. Emma, no entanto, aproximou-se de nós e retirou uma flecha de sua aljava, e fincou-a dentro de uma fenda que havia na pedra de rocha, e moveu-a de um lado para o outro. A porta rangeu e se abriu.

– A arte do picklock. – Falou ela, sorrindo, e nós entramos.

A sala em que estávamos agora, diferente da base, era escura e fria. Era pouca iluminada pela luz da lua que entrava por algumas aberturas na rocha, mas ainda conseguíamos ver coisas. Mith nos olhava no topo de uma escada. Vi que o chão era de mármore, e não de rocha.

– Mith. – Falou Jake com ódio. Ele começou a tremer. – Seu desgraçado...

– Está ressentido pelo que fiz com seu irmão? – Riu o motoqueiro, olhando para mim, lançando-me um olhar de animação. – E trouxe-me um prêmio? Que adorável de sua parte.

– Vai se ferrar! – Exclamou o garoto e começou a subir as escadas, tentando acertar um golpe com a foice em Mith, que segurou o cabo com facilidade e partiu a arma ao meio com facilidade, fazendo-a se dissipar em uma pequena nuvem de sombra. Então certou um chute no peito de Jake que o fez descer as escadas rolando. Ethan o ajudou.

Snow começou a rosnar, e eu entendi o motivo. O braço que antes ele havia mordido agora estava restaurado. Aliás, Mith não tinha nenhum ferimento. Eu queria subir as escadas e atacá-lo, mas sabia que falharia, assim como Jake.

Mith começou a rir histericamente. Todos nós olhamos para ele. Hariel e Emma se entreolharam, e cada uma sacou uma flecha, preparando-as.

– Qual a graça? – Perguntei, dando um passo à frente.

– A graça? – Ele falou, ainda rindo. – A graça é que vocês pensam que podem me vencer.

A sala inteira começou a tremer. Parecia ser um terremoto, mas eu sabia que não era. Mith estava causando aquilo.

– Mas acontece que não podem. – Falou o homem, e várias rachaduras se fizeram no chão, na parede e no teto. Uma aura vermelha saía de dentro das rachaduras, e se juntava em Mith. – Thompson, você tem me irritado demais. Me venceu uma vez, mas não me vencerá uma segunda vez. O mesmo digo para você, garoto depressivo.

Jake cerrou os dentes e se levantou, tentando avançar, mas eu corri para pará-lo.

– Corram! – Gritei, puxando Jake em direção da porta, mas ela se fechou no mesmo instante. Eu grunhi. Virei-me para trás, e Mith continuava a rir. A aura entrava em seu corpo por todos as partes: nos braços, no peito, na cabeça, nas pernas, em tudo.

– Não há como fugirem. – Falou o motoqueiro, com uma voz muito grossa e assustadora. – Seus destinos são a morte.

Então o tremor parou. A aura avermelhada que saía das rachaduras sumiu. O homem parou de rir, e ficou imóvel. E, depois de alguns segundos, ele gritou. Uma grande armadura vermelha surgiu em volta de seu corpo. Ele estava agora com um tamanho muito maior que antes. Tinha quatro braços, cada um segurando uma longa espada. Senti um medo crescer dentro de mim. Asas apareceram nas costas de Mith, e ele parou de gritar.

– Chorem. – Falou, por fim. – Gritem. Se desesperem. Tentem fugir, tentem clamar por ajuda. Tentem se salvar, tentem me matar. Mas tudo o que conseguirão é a própria morte.

– Está enganado. – Falou Jake, e uma luz branca e negra começou a tomar conta de seu corpo. Ele estava agora completamente armardurado, segurando uma espada de duas lâminas em uma de suas mãos, que tinha uma lâmina em cada uma das duas pontas do cabo, e em seu outro braço havia um escudo enorme. Sua armadura era grande e parecia protegê-lo muito bem. Suas asas também apareceram. Era tudo feito de luz negra com partes amarelas e brancas. – O único que vai morrer aqui é você.

Os dois voaram ao encontro entre si. O som de suas espadas se chocando foi horrível. Mith e Jake começaram a lutar no ar. No entanto, o motoqueiro havia quatro grandes espadas, enquanto Jake tinha somente uma espada de duas lâminas e um escudo. Mas, por mais impossível que fosse, Jake estava conseguindo lutar de igual para igual. Olhei para Hariel e Emma, e elas compreenderam. Começamos a disparar flechas contra a armadura de Mith, que não causava efeito nenhum, somente o impactava um pouco para trás.

O meu grupo começou a fazer o mesmo. Mikael começou a lançar agulhas mentais, Thomas desenhou várias facas em segundos e as tirou do papel, lançando-as sem parar enquanto as pegava de dentro do caderno. Ethan lançava suas rajadas de energia mental, e Izuqui e Rick lançavam raios. Esmond e Demetria lançavam rochas do chão.

Mith sentia-se pressionado, e de vez em quando dava brechas para Jake acertar golpes em sua armadura, que começava a ter alguns arranhões. Mas ele não hesitava em atacar, e fez um ataque massivo contra Jake usando suas quatro espadas. Jake protegeu-se com o escudo, mas o impacto foi muito, e ele caiu no chão com muita força, erguendo uma nuvem de poeira.

– O primeiro já foi. – Riu Mith, agora nos olhando. – Agora é a vez de vocês, que atrapalharam minha luta.

E, em um feixe de luz, Jake apareceu à sua frente, acertando um golpe rápido em um de seu braço esquerdo e outro em seu braço direito, fazendo-os se desconectarem do corpo. Mith gritou de dor, e aproveitando disso Jake acertou-lhe um golpe giratório com suas lâminas, abrindo seu peitoral, por fim lhe deu um chute forte o bastante para fazer com que o motoqueiro caísse no topo da escada. A sala tremeu novamente com o impacto.

Quando a nuvem de poeira que se ergueu quando o motoqueiro atingiu o chão sumiu, vi que sua armadura havia sumido. Seus braços estavam lá, e soube que os que Jake havia arrancado era os que Mith havia criado. Nós subimos os degraus, e ele começou a arrastar-se para trás. Ele tentou me atacar, mas estava lento e cansado, e pude aparar seu golpe com facilidade. Meu arco voltou a ser uma luva, e eu o agarrei pelo pescoço com minha mão, usando minha outra mão com a manopla para preparar um soco.

– Onde está Torrance? – Perguntei, com raiva. – Me diga!

– Não te direi nada. – Falou, rindo para mim. Jake apareceu ao meu lado, segurando sua espada de duas lâminas. No entanto, sua armadura e seu escudo haviam sumido.

– Ah, sim, me dirá. – Falei, e minha manopla voltou a ser um bracelete. Concentrei minha energia mental, e toquei a testa de Mith.

Uma explosão de memórias aconteceu. Pude ver várias coisas, que eram muito confusas. Diferente da vez que havia visto as memórias de Phill, as memórias de Mith eram confusas, não tinha uma ordem exata. Mostrava somente trechos de partes de sua vida. Mas uma cena então se focou.

– Onde você vai? – Falou Mith a um homem com um capacete em sua memória. O homem retirou o capacete e revelou ser Torrance. Ele acendeu um charuto e o levou à boca. Estavam na entrada da base, de frente para a floresta.

– Para a Montanha da Escada. – Falou Torrance, olhando para Mith com certa indiferença. – Por que quer saber?

– Caso eu precisar falar com você, eu saberei onde ir. – Falou Mith, e fez uma breve pausa. – O que fará lá, Torrance? Posso saber?

– Não, não pode. – Torrance colocou o capacete em sua moto e subiu nela. – Agora, cuide daqui com sua vida.

– Cuidarei. – Falou Mith, e Torrance saiu da base com sua moto em alta velocidade.

Eu voltei à realidade, ofegante. Mith me olhava com certo medo.

– Você invadiu minha mente. – Sussurrou, com ódio. – Você invadiu minha mente! Seu desgraçado!

Eu lhe acertei um soco, e o soltei. Cambaleei para trás, e Thomas me ajudou a não cair. Estava muito cansado. Se a Montanha da Escada fosse a montanha em que eu havia subido, então teria que voltar todo aquele caminho. Naquele momento, Torrance já deveria estar lá. Precisava alcançá-lo.

– É todo seu, Jake... – Murmurei, e ele assentiu. Agarrou Mith e o ergueu. Fincou a espada em sua barriga uma vez.

– Isso... – Falou, retirando a espada e ficando-a novamente na barriga. – É por... – Ele fez a mesma coisa. – Yordle! – Fincou mais uma vez, e retirou, e fincou novamente, e então o largou no chão, já morto. A espada sumiu de suas mãos.

Ele caiu no chão, rindo. Eu o ajudei a se levantar, e nós olhamos para o cadáver de Mith. Então olhei para meu grupo. Ethan estava um pouco tenso.

– Você invadiu as memórias dele mesmo, Franklyn? – Falou Ethan, surpreso. – Quem diria que evoluiria tão rápido em tão pouco tempo.

– Isso não vem ao caso. – Falou Demetria, aproximando-se de mim. – Você descobriu onde Torrance está?

– Descobri... – Murmurei, receoso.

– E onde é? – Falou Thomas, e eu os olhei com medo do que fossem dizer.

– Onde Yordle morreu, na Montanha da Escada.


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