"Em toda a adversidade do destino, a condição que gera mais infelicidade é o fato de se ter sido feliz."

Niko abriu a janela do seu quarto, uma brisa gelada fez com que se arrepiasse. Roma ainda estava sobre as luzes artificiais, mas logo os primeiros raios de sol iluminaria tudo. Com um suspiro fechou a janela. Era a segunda noite que não conseguia dormir direito. Todos os seus pensamentos focados em uma única pessoa, Félix. Estava completamente envolvido com ele, mas ainda não podia afirmar que ele sentia o mesmo.

Quando estava com ele, nos seus braços, não era necessário certezas. Quando ele o beijava todo o resto perdia a importância. Mas quando ele partia, era quando a realidade vinha ao seu encontro. Amanhã iria embora de Roma, e o que aconteceria? Diria adeus a Félix, como se o que tivessem vivido não passasse de um romance de verão. Apenas a ideia de não vê-lo mais já doía. Se conheciam a dois dias, e passariam mais um dia juntos. E depois... o que faria? O que faria para não ser um adeus?

Uma batida na porta tirou Niko dos seus pensamentos.

– Pode entra! - A porta se abriu e Bruno entrou no quarto. Ele já estava pronto, para onde quer que Félix os levasse - Eles já chegaram? - Niko perguntou apurando os ouvidos, não tinha ouvido nenhum barulho de carro.

– Eles ainda não chegaram... - Bruno respondeu passando as mãos pelo cabelo. Seus olhos passearam por todo o quarto antes de encontrarem os olhos do Niko - Estamos fazendo a maior besteira do mundo? - Ele perguntou aflito - Eles são muito diferentes de nós... e só que eu...

– Não sabe se pode viver sem ela! - Niko terminou pelo amigo.

Bruno respirou fundo.

– Eu nunca sentir o que estou sentindo pela Paloma por ninguém... e se ela quiser... eu enfrentaria tudo e todos para fica com ela.

Niko sorriu. Sabia o que Bruno queria dizer, pois também sentia o mesmo em relação a Félix.

– Bem amanhã iremos embora de Roma... então acho que hoje será o nosso dia D.

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– De todos os carros você tinha que escolhe esse? - Paloma resmungou se encolhendo no banco de trás.

Félix ajeitou o espelho retrovisor e estacionou o carro em frente a pensão onde Niko e Bruno estavam hospedados.

– Você ainda vai me agradece... Já mandou mensagem para o seu namoradinho, avisando que estamos aqui?

– Você já mandou para o seu? - Félix estreitou os olhos, Paloma sorriu docemente.

– Eles estão vindo - Paloma disse olhando em direção a pensão.

Félix viu dois vultos, então eles chegaram ao portão se materializando em Niko e Bruno, não pode evitar sorrir ao vê-lo. Niko tinha esse efeito sobre ele, bastava apenas vê-lo para se sentir feliz.

– Uau... esse é um carro incrível Félix - Bruno disse dando uma boa olhada no carro.

– Meu irmão é um exagerado! - Paloma falou colocando uma parte do seu corpo para fora do carro, Bruno se aproximou e a beijou.

– Se eu tenho que dirigir por horas, que seja um carro a minha altura - Ele disse dando as costas ao beijo que Paloma e Bruno trocavam, se aproximando de Niko.

– Gostou do carro? - Perguntou, antes que Niko pudesse responder, colou seus lábios nos dele, em um selinho rápido, mas que deixou a ambos com um gostinho de quero mais.

– Vamos Félix! - Paloma gritou de dentro do carro, Bruno já tinha entrado.

Félix abriu a porta do carro e com um floreio de mão indicou que Niko entrasse. Niko sorriu, ao passar por ele antes de entra no carro o beijou, abrindo sua boca sobre a dele, sentindo o gosto de pasta de dente e o gosto dele, que tinha aprendido a conhecer, uma mistura de pimenta, limão e algo que não conseguia identificar mais que era incrivelmente doce, esses sabores nunca lhe pareceram tão saboroso juntos. Com um suspiro Niko se afastou entrando no carro. Félix precisou de um minuto para que seu cérebro voltasse a funcionar normalmente. Quando entrou no carro, todos pareciam preparados para a viagem.

– Então aonde vamos?

– Toscana!

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Félix bateu os dedos no volante. Aconteceu o que tinha previsto, assim que saíram das estradas mais movimentadas de Roma, seus companheiros de viagem pegaram no sono. Paloma estava com a cabeça encostada no ombro do Bruno que tinha um braço em volta do ombro dela. Félix não podia nega que eles formavam um bonito casal. E por mais que tenha implicado com Bruno, notava o jeito que ele a olhava. Com amor. Amor. Niko ressonava tranquilamente ao seu lado a cabeça inclinada sobre ombro. Em um gesto rápido tocou o rosto dele, que abriu um leve sorriso com seu toque.

Félix voltou sua atenção para a estrada. Apertando com força o volante. Esse seria seu ultimo dia com Niko. A ideia o dilacerava por dentro, mas não precisava ser assim. Precisava? Podia dizer a ele que queria namorar com ele, que queria ficar com ele... para sempre. É... para sempre parecia suficiente para Félix.

Mas tinha o resto. E o resto era tanto. Nunca tinha tido um relacionamento com outro homem, ou com qualquer outra pessoa. Não sabia se podia chamar o que tinha com Edith de relacionamento. E se estragasse tudo. Também havia sua família, iria perdê-los. Seu pai o odiaria, sua mãe... bem ela não o odiaria, mas ficaria do lado do Dr. Cesar.

Respirou fundo e ligou o rádio. Cantarolar uma musica poderia ajudar a afastar os pensamentos ruins. Quase gargalhou alto quando a musica chegou aos seus ouvidos, quando o refrão recomeçou, cantou baixinho enquanto a estrada se abria a sua frente.

A drop in the ocean a change in the weather

Uma gota no oceano uma mudança no tempo

I was praying that you and me might end up together

Eu estava rezando para que você e eu pudéssemos ficar juntos

It's like wishing for rain as I stand in the desert

É como desejar a chuva enquanto estou no meio do deserto

But I'm holding you closer than most

Mas estou te segurando, mas perto do que nunca.

'Cause you are my heaven

Por que você é meu paraíso

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– Uau

– É lindo

– Vocês dois são tão simplórios - Félix implicou com Niko e Paloma. Eles o tinham obrigado a para, para verem o campo de girassóis.

– Vem Bruno, vamos explorar! - Paloma disse puxando Bruno pela mão.

– Vem Félix vamos também!

– Não sei não... Podem ter cobras ai - disse olhando com desconfiança para o mar de girassóis.

– Vamos, eu protejo você - Niko disse segurando a mão dele com um sorriso maroto. Félix não pode evitar corresponder o sorriso, se ele pedisse para que pulasse em um vulcão em erupção provavelmente pularia sem hesitar.

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Niko apertou o buque de girassóis que Félix tinha colhido para ele contra o peito, sentindo o cheiro da flor misturado com a terra que ainda estava grudado na raiz.

Félix parou o carro em frente a uma linda casa com ar rustico, com sacadas cheias de flores. O portão parecia tão antigo quanto firme. Niko pensou que poderia viver sua vida inteira em uma casa como essa.

– Chegamos! - Félix disse saindo do carro e se esticando. Uma senhora gorda e achatada apareceu correndo e abriu o portão. Ela movia suas mãos tão rápido quanto falava. Atrás dela apareceu um homem de cabelos brancos com a pele tostada pelo sol, sorridente com uma voz estridente.

– Félix ragazzo, cada dia mais simile a suo padre... Non posso credere Paloma?... Bella. Bella– Ele falava enquanto abraçava Félix e Paloma - Quem sono? - Perguntou olhando Niko e Bruno.

– São nossos amigos Francesco. Niko e Bruno - Félix apresentou - Espero, que não se importe.

– Non. Amici dos bambinis são miei amici– Ele disse e abraçou Niko e Bruno - Sua nonna, ainda é bella como Paloma? - Perguntou segurando os irmãos em cada braço arrastando os dois para dentro. Félix por sua vez segurou Niko pela mão, o puxando junto com ele.

– Vovotrix... bem se você acha uvas...

– Félix! - Paloma o interrompeu - Francesco nonna ancora bella come quando aveva la mia età.

– Bella como uma das suas uvas Francesco - Félix disse e riu.

Foram guiados até a parte de trás da casa onde era possível ouvir varias vozes e risadas. Um grupo de umas quinze pessoas se preparavam para algo.

– Chi sono Francesco?– Um rapaz com não mais que quinze anos perguntou

– Sei molto curioso Giovanni... Sono i nipoti di una vecchia amica. Devono essere trattati come in famiglia.

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– Signorina... - Paloma sorriu para a garota que entrou no quarto que Francesco tinha cedido para que pudesse se troca - Sei bellissima! Muito bonita!

– Você fala português?

– Um pouco... Francesco me ensinou. Vamos?

– Sim Graziela.

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Paloma imaginou que o irmão não estaria com uma cara muito satisfeita, como ele tivesse sentado em um formigueiro.

– Vamos maninho muda essa cara - ela disse apertando as bochechas do irmão. Félix segurou os pulsos da irmã a afastando.

– Você e suas ideias!

– Ah Félix não seja chato, vai ser legal e não é como se fôssemos colher uvas.

– Se você tivesse dito que iríamos ajudar a colher uvas, eu mataria você.

Paloma revirou os olhos. Estava pronta para responder ao irmão quando braços rodearam sua cintura.

– Olha que italianinha mais linda - Paloma se virou sorrindo para Bruno, passando os braços pelo pescoço dele.

– Você também está lindo - Ela disse e o beijou. Félix fez um barulho com a garganta.

– Onde esta o Niko?

– Na cozinha!

– Na cozinha o que ele esta fazendo lá

Bruno deu de ombros.

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Félix encostou-se na moldura da porta da cozinha. Niko estava do lado da senhora que tinha aberto o portão para eles. Ela mostrava algo para Niko, que acompanhava o que ela dizia e mostrava com muita atenção. Ela entregou a ele um pote com o que pareciam a Félix umas frutinhas vermelhas, Niko levou uma delas ate o nariz e sorriu.

– Signore... - Niko e todos na cozinha se viraram ao ouvirem a jovem que falara com Félix.

– Niko precisamos ir - disse indicando a porta com a mão.

Niko beijou as mãos da senhora com quem conversava e agradeceu. A senhora sorriu, como se sorrir para alguém querido.

– O meu Deus eu estou perdido!

– O que você disse Félix? - Niko perguntou ao seu lado, uma pequena ruga entre suas sobrancelhas.

– Paloma e Bruno estão nos esperando.

– O que estava fazendo? - Félix perguntou enquanto caminhavam lado a lado.

– A senhora Antonella estava me ensinado alguns truques - ele disse quando saíram para a luz do dia, o sol batendo em seus rostos. Podiam ouvir uma musica ao longe.

– Bruno disse que você é um ótimo chefe.

– Bruno é suspeito. Somos amigos... você terá que prova um dos meus pratos, assim poderá dizer com certeza se sou ou não um bom chefe - Niko disse sorrindo, então seu sorriso se desfez ao perceber o que tinha dito, tinha dado a entender que teriam outros encontros. Estaria indo embora de Roma no dia seguinte, e talvez nunca mais se encontrassem novamente.

– Eu adoraria - Félix disse serio, então sorriu - Tenho certeza que você é um ótimo chefe. Eu nunca me engano.

Niko riu.

– Félix, Niko! - Paloma chamou balançando seu braço no ar.

– Paloma você esta linda - Niko disse ao se aproximarem dela. Paloma deu uma volta fazendo charme.

– Vem! - ela disse puxando Niko pelo braço.

Estavam na entrada do vinhedo de Francesco, a casa estava a certa distancia, mas ainda visível ao longe. Uma grande arvore estendia seus galhos sobre uma grande mesa de madeira, a protegendo do sol. O cheiro de uva se espalhava por todos os lados.

Um grupo tocavam alguns instrumentos, batendo o pé ao ritmo da musica. Francesco conversava com um senhor quase da idade dele, de um jeito tipicamente italiano movendo as mãos para todos os lados. Duas grandes tinas de madeira cheias de uvas estavam esperando para serem pisadas.

Os músicos mudaram o ritmo para uma musica mais agitada. Um casal começou a dança o que parecia ser uma típica musica folclórica italiana. Logo outros se juntaram a dançar. Félix observou quando Paloma puxou Niko para dançar. Os dois eram bons, e pegaram os passos com rapidez. Até Bruno entrou na dança quando uma garota o puxou.

– Félix - Paloma se aproximou esbaforida - Vem!

– Não - Félix balançou a cabeça em negação - Com esse sol que esta fazendo, vou ficar todo suado! Nem pensar!

– Você vai sim! - Paloma disse arrastando o irmão.

Félix logo ficou suado, mas não se importou. Enquanto se movia ao ritmo da musica, seus olhos se encontravam com os do Niko. E podia imaginar que era com ele que dançava.

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Niko colocou a taça de vinho que segurava sobre a mesa, sorriu ao ver Bruno e Paloma se beijando encostados em uma arvore. Com um suspiro olhou o céu que não podia esta mais azul. Levou a taça aos lábios, sentindo o gosto do vinho, como tinha se divertido enquanto pisavam as uvas. No almoço com todos rindo e falando ao mesmo tempo, com uma das mesas mais fartas que já tinha visto em sua vida e tinha aprendido algumas novas receitas. E Félix lhe tinha proporcionado esse dia maravilhoso.

– Esta pensando em mim?

– Como você sabe que eu estava pensando em você?

– Você sorria tão lindamente que só poderia esta pensando em mim.

– Estava pensando onde você estava.

Félix fez uma cara de mistério, pegou a taça da mão de Niko e segurou sua mão o levando em direção a casa.

– Paloma e Bruno! - Niko disse olhando para onde os dois estavam.

– Paloma e Bruno estão muito ocupados um com o outro! - Félix disse sarcasticamente.

Niko achou que estavam indo para a casa, mas Félix o guiou para o portão de entrada, onde o carro estava estacionado. Félix soltou sua mão e abriu a porta para que pudesse entrar.

– A onde vamos? - Niko perguntou enquanto entrava. Félix sorriu, mas não respondeu.

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Por um momento Niko fechou os olhos sentindo o vento bate em seu rosto, colocou a mão para fora do carro tocando o vento. Abriu um sorriso ao vê-lo. Eram tão diferentes, mas era uma diferença que se complementava, se encaixava. Niko desejava com todas as suas forças que não terminasse. Queria envelhece com ele, que um dia contassem para seus netos como se conheceram como se apaixonaram. Niko nesses poucos dias juntos aprendeu a conhecê-lo. Não o que ele fazia questão de mostrar a todos, mas quem ele realmente era, uma pessoa solitária, mas incrivelmente amorosa.

– Se você continuar a me olhar desse jeito vou causa um acidente.

– Duvido! Você é um ótimo motorista.

– Isso eu sou mesmo!

Félix soltou uma das mãos da direção e segurou a de Niko, apenas alguns segundos, mas o suficiente para confirma o que Niko já sabia. Que o amava.

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Félix estacionou o carro e observou a reação de Niko. Ele arregalou os olhos e entreabriu a boca.

– Félix... é lindo! - ele disse empolgado sem para de sorrir. O lugar era deslumbrante, do ponto onde estavam podiam vê campos de flores, como se uma toalha de retalhos colorida tivesse sido estendida no chão, verde, amarelo, vermelho, lilás... Algumas montanhas se erguiam ao longe, como guardas protetores daquela beleza. E o céu começava a mudar de cor, uma aquarela era desenhada sobre suas cabeças, vermelho, amarelo, laranja.

Félix encontrou os olhos de Niko. Ele já não sorria, seus olhos estavam tão verdes como os campos que se erguiam atrás dele, por um momento esqueceu como respirar atingido pela intensidade do olhar dele. Niko o olhava como se enxergasse sua alma, visse todos os seus segredos, todos os seus medos e necessidades, seus defeitos e suas cicatrizes.

Os poucos centímetros que os separavam pareceram quilômetros, enquanto Félix diminuía a distancia entre eles, ate que sentia a respiração dele batendo em seu rosto. O segurou pela nuca o puxando até que seus lábios estivessem tocando-se.

– Eu te amo - Félix sussurrou contra a boca dele e o beijou.

Ele abriu a boca com um suspiro permitindo a passagem da sua língua, tinha aprendido a conhecer a boca dele, onde morde, onde toca-lo com a língua para fazê-lo gemer. O puxou para mais perto quando ele gemeu. Seus pulmões imploravam por ar, mas ainda não tinha matado sua fome dele, quanto mais tinha dele mais queria. Afastou-se ofegando, encontrando os olhos dele. Aproximou-se encostando sua boca no ouvido dele.

– Eu quero você

Niko enroscou seus dedos no cabelo dele o puxando para encontra sua boca, o devorando. Suas mãos foram para sua camisa tentando abrir os botões, perdendo a paciência segundos depois ele a puxou fazendo alguns botões voarem.

– Desculpe - ele gemeu contra sua boca, Félix sorriu, sabia que ele não tinha se arrependido.

Sua camisa escorregou por seus ombros, as mãos dele deslizou por sua pele, o que fez que um desejo primitivo se espalhasse por todo seu corpo. Precisava dele tão desesperadamente que doía. Inclinou-se sobre ele ate que pode sentir seus corpos tocando a grama. Puxou a camisa dele, interrompendo o beijo, para que pudessem se livrar da peça incomodar. Félix o puxou de volta para seus braços, pele contra pele, sua boca indo encontrar aquele ponto em seu pescoço, onde terminava seu pescoço e começava seu ombro. Ele gemeu seu nome. Seus músculos tremiam sobre o toque das suas mãos possessivas. Queria provar cada pedaço dele. Voltou a beija-lo profundamente. Abriu a calça jeans que ele usava, e a puxou pelos quadris dele, Niko ergueu seu corpo para ajuda-lo, e em um movimento rápido ele abriu suas calças a afastando para longe. As mãos dele foram para suas costas o puxando, carne contra carne. Félix deslizou suas mãos por seu joelho, sua coxa, até enrolar seus dedos nele, Niko fechou os olhos arqueado seu corpo com o toque.

– Olha para mim - ele abriu os olhos tão intensos que podia se afogar neles - Olhe para mim enquanto eu te possuo... olhe para mim enquanto possuímos um ao outro.

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Paloma encostou-se no peito do Bruno, ouvindo a respiração dele. A noite mal tinha se iniciado, mas o céu já estava cheio de estrelas. Com um suspiro se aconchegou mais perto de Bruno. Ele a apertou mais junto, lhe beijando no pescoço.

– Queria fica aqui para sempre!

– Esse lugar é lindo mesmo.

Paloma se virou nos braços dele e o olhou.

– Não aqui, nesse lugar - ela colocou a mão no peito dele - Aqui nos seus braços.

Os olhos dele brilharam intensamente.

– Paloma eu te...

O barulho de um carro se aproximando o interrompeu. Bruno se levantou puxando-a junto com ele. De mãos dadas eles se aproximaram enquanto Félix estacionava o carro. Paloma tentou segura o riso, quando os dois desceram do carro. Parecia que eles tinham saído de dentro de um tornado, suas roupas estavam amassadas e sujas do que parecia ser grama, estava faltando alguns botões na camisa do Félix?

– Não vou perguntar onde vocês estavam - Félix revirou os olhos para a irmã, e Niko ficou vermelho - Mas precisamos sair agora se quisermos chegar a Roma ainda hoje.

– Desculpa Paloma, nós...

– Não ligue para ela, Niko. Paloma só esta sendo espertinha... Nós de um minuto e já partimos - Félix disse e arrastou Niko para dentro da casa.

Paloma riu e suspirou, mais um dia perfeito, Bruno entrelaçou seus dedos nos dela. Paloma olhou para suas mãos unidas. Será que depois de contar a ele, elas ainda estariam unidas?

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Félix estacionou o carro em frente ao hotel onde ele e Paloma estavam hospedados, Niko mordeu o lábio inferior, sabia que Félix e Paloma tinham dinheiro, mas o hotel era incrível, a diária deveria custa uma fortuna. Eles saltaram do carro, Félix entregou as chaves a um jovem sorridente.

Félix procurou sua mão e a segurou a apertando levemente. Foi o suficiente para Niko afastar seus medos. Félix tinha dito que o amava. E Niko também o amava, nada poderia separa-los, e Niko sentia que era para sempre.

– Vocês podem ir... eu preciso falar uma coisa com a Paloma.

Félix pensou em dizer algo, mas pensou melhor e deu de ombros.

– Demorem o quanto quiserem!

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– O que você quer falar comigo? - Paloma perguntou curiosa. Bruno a olhou nos olhos.

– Antes... eu ia te dizer algo, mas fomos interrompidos... - Paloma prendeu a respiração, quando Félix e Niko chegaram, interrompendo Bruno, acreditou que ele ia dizer que a amava - Eu te amo Paloma - ele disse tão sinceramente que seus olhos se encheram de lágrimas. Ele se aproximou para beija-la, mas ela o impediu, colocando suas mãos sobre seu peito, o afastando.

– Bruno... - ele a olhou, confusão em seu olhar - Eu.. eu... estou gravida.

Ele se afastou, podia ver a informação dando voltas na cabeça dele. Quando tentou se aproximar para dizer que também o amava, mas que antes de dizer a ele precisava que ele soubesse a verdade. Alguém esbarrou nela, fazendo-a perde o equilíbrio, mas antes que caísse alguém a segurou.

– Niko! - Ela o olhou surpresa, ele chorava e as mãos que a seguravam tremiam. Ele a soltou e sem dizer nada saiu correndo.

Paloma olhou Bruno, que olhava para onde Niko tinha seguido, e sem olhar para trás correu na mesma direção

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A recepção do hotel emanava uma aura de luxo e elegância, que Niko nunca tinha visto em um hotel. Segurou seu buquê de girassóis mais perto, enquanto Félix o guiava pela recepção. Seu polegar fazia um carinho nas costas da sua mão, em um movimento inconsciente. Sorriu e ele correspondeu seu sorriso. Olhou seus girassóis, assim que chegassem ao quarto pediria um vaso com água a Félix, queria que suas flores durassem o máximo possível. Niko parou olhando Félix que tinha parado bruscamente.

Ele já não sorria, Niko seguiu seu olhar. Uma mulher loira conversava com um homem alto, e que fazia Niko se lembra de alguém. Voltou seu olhar para Félix, para pergunta se ele os conhecia, mas antes que pudesse pronunciar as palavras, ele puxou sua mão da dele. Niko apertou os girassóis com força, quando uma sombra de medo caiu sobre ele. Quando os olhos dele encontraram os seus, soube. Pode ver seu coração caindo das mãos dele, se estraçalhando em milhares de pedaços contra o chão, por isso quando braços se jogaram em volta do pescoço dele, quando lábios foram de encontro a boca dele. Correu. Correu para não ouvi-lo mentir. Correu para não vê-lo com ela.