My new crazy life! - Vancouver Baby! escrita por Mitsue, Uchiha Elric


Capítulo 11
"Esse cara está claramente me avacalhando!"


Notas iniciais do capítulo

Celeste: '-'
Mitsue: O que foi?
Celeste: Que raio de título foi esse?!
Mitsue: Eu não achei nenhuma frase que descrevesse o capítulo, então tirei uma frase u.u
Celeste: Criativa você, não?
Mitsue: Super o/



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P.O.V Lisa

– Você sabe o quanto custa uma ligação daqui até Nova Iorque? – Cat me perguntou abismada. – Tipo, é MUITO caro Lisa.

– Não importa, eu preciso dele. – Falei colocando o celular em meu ouvido.

– Eu não posso te ajudar n... – Coloquei um dedo em seus lábios para que calasse a boca.

– Shiu, está discando.

Estamos sentadas esperando o início das aulas. Saímos de casa mais cedo, pois certa irmã mais velha maligna trocou a hora de meu relógio e parecia que estávamos meia hora atrasadas, quando na verdade ainda faltava uma hora para nosso horário certo. / Ainda não entendo como caiu nessa / Filha, eu entrei em desespero quando vi isso! Não tinha tempo para usar o cérebro! / Você nunca tem tempo para usá-lo.

– Alô? – Disse do outro lado da linha.

– Jake do meu coração. – Disse animada. –Que saudade que estou de você.

– Lis? Meu Deus, você está me ligando?! Nós não tínhamos combinado de nos falarmos apenas por webcam?

– Foda-se, eu preciso da sua ajuda. – Fiz um biquinho enquanto falava.

– Pra você ter me ligado deve ter sido complicado. – Parecia preocupado pela sua voz.

Fiz suspense e nesse meio tempo Cat revirou os olhos.

– Meu teste de Filosofia é hoje. – Revelei. Esperei durante um tempo, mas não ouve resposta. – Jake? Você morreu aí?

–VOCÊ ME LIGOU PORQUÊ TINHA UM TESTE?! – Tive até que afastar o telefone do ouvido.

– Ai, não se esqueça que tenho tímpanos!

– Eu devia esperar isso de você, o que aconteceria se fosse uma prova de matemática? Pegaria um avião para me contar pessoalmente?

– Sem ironias, por favor. – A loira fez um se fudeu com os lábios e eu mostrei meu dedo mediano para ela. – E é um caso sério, amor! O professor é aquele que eu te falei.

– O que te odeia? – Sua voz estava entediada.

– EXATAMENTE! Imagine o que ele pode fazer para mim?!

– No máximo ele diminuirá sua nota, não se preocupe.

– Não me preocupar...

– Era só isso que queria falar comigo?

– Ah, o que está fazendo? – Perguntei sorrindo.

– Estou estudando, mas posso fazer uma pausa para conversarmos.

O sinal da escola bateu e minha amiga se levantou e riu de meu estado.

– Um minuto Jake. – Pedi e tampei o telefone com minha mão. – Pode ir indo, mais tarde nos vemos.

– Você vai cabular aula para falar com ele? – Arqueou a sobrancelha.

– Apenas chegarei atrasada, não se preocupe.

– Boa sorte então. –Mandou um beijo e foi para seu bloco.

Sentei-me novamente e coloquei o celular no ouvido.

– Algum problema? – Me perguntou.

– Nenhum! – Mexi minha mão, mesmo sabendo que ele não veria. – Mas me conte! Como vai sua faculdade? Já é um grande administrador de negócios internacionais?

Ouvi sua risada e sorri sem perceber.

– É meio complicado, e o ensino em meu colégio é puxado, mas vale à pena. – Revelou. – Assim que conseguir um bom emprego e juntar dinheiro, a visitarei. Prometo.

– Contarei os dias para te ver, por falar nisso, também quero arrumar algum emprego. – Falei. – Cat e eu estávamos pensando em trabalhar juntas em alguma loja.

– Iria ser engraçado ver vocês duas trabalhando para servir alguém. Aposto que se um cliente fosse grosseiro, vocês se vingariam dele de alguma forma.

– Opa! Eu posso muito bem aguentar isso.

– Te apoio no que escolher, do mesmo jeito que apoiei quando trocou de faculdade. – Disse. – Por falar nisso, e a sua faculdade, como vai?

“Ignorando que nesse momento estou cabulando aula vai tudo perfeito! Nos trinques!” – Pensei.

– Estou adorando, Jake, ainda irá ver uma peça escrita por mim. Eu serei a nova ‘Steven Spielberg’!

– Repito o que já te disse: Você será uma grande dramaturga.

– Já falei que você é o pão da minha Nutella? – Perguntei sorrindo igual uma boba.

– Só um milhão de vezes. – Novamente aquela risada apareceu para alegrar meu dia. – É desse jeito que você virará uma incrível escritora: Pegando frases clichês, repetitivas e transformá-las em algo inovador. – Uma voz o chamou. –Tenho que ir Lisa, eu te amo.

– Também te amo, e muito. – Suspirei.

A linha foi cortada e eu apenas ouvi o “tututu” do celular. O desliguei e meus olhos pararam no anel que meu namorado me deu. Com a outra mão toquei na pequena Safira brilhante, nunca a tiro de meu dedo.

Olhei depois para o relógio que ficava em meu pulso, infelizmente já perdi metade do primeiro horário. Resolvi cabular o resto e estudar um pouco mais para o teste de Filosofia, eu sei que irei detonar nessa budega!

...

Eu consigo! Claro que eu consigo, eu sou FODA! / Não, você não é nem fodinha / CALADA! EU SOU FODA E CONSEGUIREI FAZER QUALQUER COISA QUE MANDAREM PARA MIM! / Todo esse escândalo, só por que terá um teste oral de Filosofia? / Aquele homem fará qualquer coisa para que eu tome recuperação em sua matéria e me ferre, preciso estar 500% preparada! / Você sabe que o máximo é cem por cento né? / Não importa, eu preciso estar mais do que o máximo para esse maldito teste oral! Aposto que se eu errar uma questão, ele vai diminuir vinte pontos só por que sou eu! / Não acha que está exagerando um pouco não, Lisa? / Eu? Exagerar? Puff, eu com toda certeza não estou exagerando Celeste! Minha vida irá acabar se eu tirar nota baixa nesse teste. / É, você pirou / Estou te dizendo, o mundo vai explodir / Piradinha da vida...

Depois que apareci na sala todo mundo me perguntou o que tinha acontecido, dei a desculpa que minha irmã bugou o meu relógio. Viram? Encobri uma coisa errada sem mentir! É por esse motivo que tirarei vinte mil no teste do Liam cara! É POR ESSE MOTIVO QUE IREI DIVAR NESSA PORRA!

– Lisa, tudo bem com você? – Anabela me perguntou, parecia preocupada.

– Eu estou ótima, nunca me senti tão bem quanto estou hoje. – Falei com um brilho no olhar.

– Ok então... – Foi se afastando calmamente.

Acho que estou assustando as pessoas com esse meu entusiasmo, mas o que podia fazer? Sentia um fogo percorrendo todo o meu corpo. Eu poderia pular de um avião sem pára-quedas agora! / Isso, pule mesmo, eu quero ver sangue / Vou te ignorar.

Quando Liam entrou na sala dando um bom dia para a turma eu o mirei com fúria, dessa vez teria minha vingança pelas vezes que tirou pontos meus por nada.

– Espero que estejam preparados turma, pois fiz o teste bem complicado. – Passou os olhos pela turma e parou em mim. –Por que está me olhando assim, Senhorita Anice?

– Hohoho, você verá. – Sorri maleficamente.

– Muito bem, quem será o primeiro? – Disse.

Fez várias perguntas para meus colegas, claro que eu sabia responder a todas. “Para Viola Spolin, três são as essências para o jogo teatral. São elas...” Eu falaria que eram o foco, a instrução e a avaliação. BUM! Total. Sim, sou fodástica. Mas infelizmente ele me pulava toda hora, demorou muito tempo para que chegasse a mim.

– Elizabeth Anice... – Olhou para o papel que tinha em mãos enquanto eu sorria. – Quando é o meu aniversário?

Abri a boca pronta para responder, quando travei. Ele me perguntou o que?

– Hã? – Perguntei atônica.

– Eu disse: Quando é o meu aniversário. – Tinha a expressão neutra.

– E eu vou lá saber?! – Fiquei irritada.

– Tsctsc... – Anotou algo em sua prancheta. – Próxima pergunta:Em qual ator estou pensando agora?

O encarei sem entender, Liam não mudava sua expressão, como se fosse uma pergunta totalmente plausível.

– Novamente: Hã?!

– Pensei que saberia mais Senhorita Elizabeth. – Anotou novamente algo em sua prancheta enquanto fazia movimentos negativos com a cabeça.

A turma toda estava confusa, mas eu não estava mais. ESSE CARA ESTÁ CLARAMENTE ME AVACALHANDO!

– Você poderia fazer uma pergunta sobre a matéria, por favor? – Cerrei meus dentes.

– Claro, sobre Vsevolod Meyerhold... – Isso! Essa eu saberei. – Que horas foi seu nascimento?

– ISSO SÓ PODE SER BRINCADEIRA! – Gritei me levantando e batendo em minha carteira.

– Não grite comigo Senhorita Elizabeth. – Agora um sorriso mínimo estava em sua face, me deixando mais irada. – O que tem de errado com minhas perguntas?

–O QUE TEM DE ERRADO COM SUAS PERGUNTAS?! – Continuei gritando. – QUER OUVIR O QUE EU ACHO DESSAS SUAS PERGUNTAS?! QUER MESMO QUE EU DIGA?! EU AS ACHO UM...

...

E agora eu estou na sala de espera da diretora, esperando que ela me atenda.

Aquele filho da puta me pegou direitinho na armadilha dele, provavelmente sabia que eu perderia a cabeça com suas perguntas e começaria a falar palavrão e gritar. Ele queria que eu me enfezasse, apenas para ter motivo para me mandar direto para a merda da diretoria! EU AINDA CASTRO AQUELE CARA!

– Liam filho de uma mãe. – Murmurava emburrada. – Dessa vez terá volta, terá uma grande volta. Eu juro que...

– Com licença, – Uma garota que estava sentada do outro lado da sala me chamou. – está tudo bem? Você parece meio... Ér, puta.

Olhei para ela. A menina aparentava ser mais velha que eu, seus lisos e longos cabelos eram de um castanho bem claro e seus olhos azuis contrastavam com a pele super pálida. Me encarava de forma curiosa, deixando seus olhos grandes, pareciam até de um personagem de anime.

– A culpa é do maldito de meu professor de Filosofia. – Falei tentando relaxar. – Estávamos tendo um teste, só que em vez de fazer perguntas da matéria começou a fazer perguntas sem nexo! Acredita que o traste me perguntou quando era o aniversário dele?!

– Nossa, ele deve ser um filho da puta. – Concordou. Se levantou e sentou ao meu lado, estendendo a mão. – Prazer, sou Abigail Alexie, mas me chame de Abbie.

– Prazer, Abbie. – Apertei sua mão e sorri. – Sou Elizabeth, mas me chame de Lisa.

– Legal seu apelido! E você é uma das poucas que não zoou de meu nome.

– É a vida, também tenho um nome estranho. – Dei de ombros. – E você, por que esta aqui?

– Ah, uma puta do meu curso falou mal de mim e eu joguei meu fichário nela. Coisas da vida.

Aumentei meu sorriso para ela.

– Gostei de você, também não atura essas pessoas nojentas. – Comecei a me soltar com ela. – Na minha última escola eu dei uma surra em uma puti da minha sala, ela trancou uma amiga minha dentro do armário do zelador.

– Puti? O que raios é isso? – Riu.

– Uma fusão de puta e patricinha.

– Maneiro! Vou chamar a Silena assim, duvido que ela entenda. Ela só entrou nessa faculdade porquê o papai dela deu um dinheiro a mais, pois se fosse de inteligência...

– Argh, que ódio que tenho dessas pessoas que usam o dinheiro dos pais para se dar bem. – Bufei. – Mas mudando de assunto, me conte mais sobre você.

– Bem, tenho vinte anos, estou cursando o terceiro ano de Pedagogia. – Disse. – Gosto de aventuras, filmes, crianças e por enquanto sonho em achar o amor de minha vida.

– Uma romântica, que legal!

Nossa conversa foi cortada quando a diretora abriu a porta e me chamou. Revirei os olhos e me levantei.

– Nos falamos depois Abbie. – Peguei uma caneta que estava no chão e anotei meu número em seu braço. – Ah, esse é o meu telefone, nos falamos depois.

– Até mais Lisa! – Acenou enquanto eu entrava na sala da diretora.

E é desse jeito que Elizabeth A.M cria novas amizades peoples!


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Notas finais do capítulo

Mitsue: Só avisando, eu tirei a ideia dessa discussão entre a Lisa e o Liam de um seriado de televisão (Friend) que não me pertence.
Celeste: Claro que não te pertence, se te pertencesse duvido que estaria escrevendo fanfics ¬¬
Mitsue: Eu ainda te mato, sua merdinha!



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