As Crônicas da Nova Era escrita por T R Moreschi


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

"Entenda melhor este mundo pós-apocalíptico"

A terra sempre foi um lar, criado divinamente. Humanos e animais sempre desfrutaram dela, o verde sempre se fez presente, mas isso não durou muito. Os humanos a cada dia tratavam de maltratar cada vez mais a sua terra, o seu refúgio, o seu próprio lar. Lixos jogados nas ruas, árvores aos montes sendo cortadas e destruidas, ar poluído por produtos químicos, animais ficando extintos, tudo isso só adiava cada vez mais a destruição da terra, mas essa destruição não tardou, e os políticos, presidentes e autoridades sabiam disso, por isso juntaram-se e assim vários países juntos construíram abrigos subterrâneos, e encheram eles com provisões.Quando a destruição chegou eles em um último gesto nobre tentaram ajudar a todos colocando o máximo de pessoas dentro dos abrigos, abrigos esses que foram construídos em vários países do mundo, eles os enchiam de animais, plantas, sementes e tudo que podiam. Eles levaram a mais avançada tecnologia da terra, como uma forma de tentar salvar as especies de animais e plantas, mas principalmente como uma forma de conseguir respirar todo aquele tempo em baixo da terra. Eles, então criaram um gás que poderia substituir o oxigênio. Pessoas de todas as raças conseguiram ser salvas, mas muitos e muitos humanos morreram na destruição. Toda a radiação, poluição, sujeira e destruição da terra, se juntou com os raios solares formando uma grande chama vermelha, houve enormes explosões, o fogo se alastrou por todo o mundo, exceto nos longos oceanos, porém, os mais estudiosos afirmam que a água da terra diminuiu após a destruição. Essa terra, ficou conhecida como a antiga terra dos humanos, a Terra Pré-Ígnea, a terra antes do fogo, antes da destruição.Depois de muitos meses confinados embaixo da terra, os humanos que se encontravam em abrigo na parte europeia do mundo saíram, pois ouviram sons de pássaros de cima. Quando subiram a terra, tiveram uma surpresa, em meio a destruição, encontraram uma única árvore em pé, alguns dizem que antes ela era uma macieira, ela teria sobrevivido a radiação, mas a radiação teria mudado ela, pois o seu fruto era diferente, não parecia com uma maçã, tinha um formato pontudo, uma enorme casca, e uma cor vermelho vinho. As frutas foram divididas para quase todos, que gostaram muito, pois elas tinham um sabor adoçicado, a árvore foi batizada de pulchreira, e o fruto de pulchra (do latim: belo), pois os humanos a acharam muito bonita. E daquele dia em diante a tal fruta passou a ser vista como símbolo de sorte.O fato é que o tal fruto e a árvore, não foram os únicos a sofrer modificações genéticas, varias espécies novas de plantas surgiram, modificadas dentro dos abrigos, ou fora com toda a radiação, várias espécies de animais também surgiram, alguns criados nos abrigos, como uma tentativa de fazer as espécies sobreviverem, alguns modificados pela radiação de toda a destruição, ou até mesmo devido ao cruzamento de espécies diferentes. Assim que os humanos que se encontravam nos abrigos europeus se libertaram, mandaram um alerta para os outros abrigos, para que os outros pudessem fazer a mesma coisa. Eles pesquisaram a melhor terra para se refazer a vida, onde não tenha restado muita radiação, onde o solo ainda funcionasse bem. E chegaram a conclusão que o melhor local seria onde antes era a Europa Ocidental. Então todos os humanos sobreviventes se reuniram na tal região, e construíram suas cidades, com o tempo, todos passaram a falar a mesma língua. E assim nasceu uma nova sociedade. E assim nasceu a terra depois do fogo, depois da destruição, a Terra Pos-Ígnea.Surgiram com o tempo, várias cidades, 16, no total, cada uma elegeu alguém para governá-la, o governador, e surgiu também uma capital chamada de Magnum Avem, onde se encontrava o presidente das Terras Pos-Ígneas. O homem que governava tudo. A pessoa mais importante da terra.Depois da destruição, a época passou a ser contada diferente, anos, meses e dias passou a ser eras, anos, meses e dias. Os primeiros cinco anos seria a era da lua, pois era mais frio, os outros cinco anos, era do sol, pois era mais quente, e assim sucessivamente. Seriam então, 5 anos por era, e 560 dias por anos. Em todos os anos o seu primeiro dia era proclamado feriado, o dia em que os humanos sobreviveram, e encontraram a pulchreira. O dia da sorte.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/517526/chapter/1

Depois de um súbito silêncio, Martin começou a seguir seu caminho:
– Bom é isso então, Adeus ! Até outro dia, quem sabe - disse Lily que quase não conseguiu se despedir, pois não pôde conter a emoção.
Martin respondeu:
– Adeus ! Seja feliz!
Pela primeira vez Martin deixava Áquilam em busca de um novo rumo em sua vida. Martin montou em sua bicicleta - um transporte tão antiquado, que todos chamavam de "Jurassicleta", somente os anciãos teriam a conhecido. E com ela seguiu a longa estrada cinzenta de Áquilam. Depois de um tempinho a estrada seguia silenciosa, Martin tentava pensar positivo, enquanta pedalava.
A época em que Martin estava era a décima terceira era do sol, ano 67. O local a mesma terra em que vivemos, porém depois de uma enorme chama, coberta de poluição e radiação que a assolou e a destruiu, a chamada Terra Pós-Ígnea, a terra depois do fogo. Construída após o "apocalipse".
Já era quase meio-dia e Martin sentiu fome, o que o fez sentar entre a grama em meio a estrada e as grandes árvores, e abrir a valize de provisões na garupa da bicicleta tirando: um sanduíche de ervas florais, uma fruta de cor vermelho-vinho, arredondada e com um final pontiagudo chamada pulchra e um frasco com um punhado de água. Lá então, fez sua refeição e assim que acabou decidiu descansar daquela longa viagem, tirando uma soneca a beira da estrada.
O seu enorme sono o prendeu por horas e ás três da tarde, acordou desesperado e não parava de pensar "que ótimo estou atrasado", "não vou conseguir chegar antes do anoitecer". Martin montou em sua bicicleta e pôs-se a pedalar o mais rápido que pode. Horas depois tudo estava bem, até uma inesperada queda de temperatura, o que obrigou Martin a vestir os dois casacos de pele que trazia em sua valize de provisões, e se a mudança de tempertura não bastasse a estrada também começou a ser coberta por neblina.
Já estava quase chegando a noite - o que preocupava Martin ainda mais, pois aquela região era conhecida por ser perigosa á noite - mas, Martin tentava se acalmar pensando: "Já estou quase chegando, falta só um pouquinho, só um pouquinho", e assim seguiu durante 30 minutos. Tudo já começava a ficar escuro agora e Martin por várias vezes pensou ter ouvido gritos de socorro, mas procurou não dar atenção, para não ficar com mais medo.
Alguns quilometros depois toda a claridade havia sumido dando lugar a uma terrivel escuridão, a noite já havia chegado para o desespero de Martin, que só tinha as luzes frontais de sua bicicleta para iluminar o caminho. Martin seguiu com um enorme medo que o preenchia. E como se isso não bastasse Martin viu um vulto, tentou o ignorar, mas isso não era possível, pois cada vez chegava mais perto, Martin então, percebeu que o tal vulto o encarava. Era uma criatura estranha: toda peluda, da cintura pra cima parecia um lobo, mas andava entre duas pernas, e possuía um olhar frio e ameaçador.
De repente o desespero tomou conta de Martin que sem pensar muito, abandonou sua bicicleta e suas provisões e cruzou a estrada, adentrando na floresta negra ao lado, na direção contrária á criatura, aos berros e quase chorando Martin não se aguentava de tanto medo, a criatura o seguiu adentrando também na floresta. E em seguida houve muitos gritos no frio e escuridão daquela floresta, porém não se sabe o que aconteceu depois.
A bicicleta e a valize permaneceram exatamente onde foram deixadas, quanto á Martin, nunca mais foi visto e tem um paradeiro desconhecido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Crônicas da Nova Era" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.