Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 31
Casa Nova, Vida Nova... E Um Sirius Black Só De Toalha


Notas iniciais do capítulo

Leitoras já gostaram do titulo, hum?
Espero que aproveitem!!
Beijo!
P.S: Personagem novo!!!



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“A vida é um piano. Teclas brancas representam a felicidade e as pretas à angústia. Com o passar do tempo você percebe que as teclas pretas também fazem música.”

– A Última Música.

POV Narradora:

Os Marotos e suas namoradas (exceto por Lilian e James e Sirius) estavam esperando Marlene e seus pais saírem da sala de Dumbledore, quando um cara moreno, alto, vestindo uma farda da Marinha entra na sala, enquanto uma mulher loira que era sua acompanhante esperou do lado de fora junto com o pessoal.

– Quem é ela? – Dorcas cochichou para Lily que não soube responder.

Passaram-se longos vinte e cinco minutos e os quatro saíram do escritório (A mãe, o pai de Marlene, a própria e o cara) acompanhado por Dumbledore, que tinha o semblante sério.

– Me prometam que irão ser rápidos neste processo. – O cara falou para os pais de Marlene, que concordaram. – Lene? Quer passar um tempo na minha casa?

– Claro... Se não for incomodar... – Ela disse meio acanhada.

– Mas é lógico que você não incomoda querida! – A loira se levantou e todos perceberam com mais clareza o tamanho da barriga da mulher.

– Obrigada, Vivian. – Lene abraçou a loira e todos puderam perceber que ela havia chorado, e muito.

POV Marlene:

– Josh. Antes de eu ir para minha casa pegar minhas coisas. Posso falar com meus amigos por uns minutos? – Eu perguntei olhando para o povão que estava plantado lá me esperando. Não que eu tenha achado ruim.

– Claro. Estou te esperando no carro. – Ele saiu com a Vivian, sua noiva.

Eu me virei para eles e todos estavam com cara de preocupados, sorri para mostrar que estava bem.

– Vamos conversar lá fora? – Eu sugeri e eles assentiram.

(...)

– Quem era aquele Deus Grego... Digo, aquele cara? – Lilian perguntou tentando disfarçar, e James a olhou bravo. Depois fala que não gosta dela...

– Aquele “Deus Grego” era meu irmão. – Eu despejei tudo.

– O QUÊ? – Todos perguntaram ao mesmo tempo.

– Ele é o Josh, ele trabalha na Marinha, comandante. Por isso ele não vem muito aqui. E aquela era a Vivian, esposa dele. E, como puderam perceber ela está...

– Gorda. – James falou e eu e Lily o fuzilamos. Ele se encolheu até demais e nos olhou assustado. – Eu quis dizer grávida! Juro.

– Bem... Ela já vai dar a luz, e eu vou ser tia. – Eu completei minha frase depois do inteligente argumento de James Potter do meu lado.

– Hum... – Frank falou.

– Agora... Eu tenho que ir. Vou passar um tempo na casa do meu irmão enquanto meus pais se... Divorciam. – Eu custei falar essa palavra. Aliás, eu custei engolir tudo isso que eles falaram na minha frente. Mas se eles se sentem melhor assim, quem sou eu para questionar. Só quero o bem dos dois, por mais que a minha mãe tenha aprontado comigo, eu ainda quero o bem dela. Ou eu quero o bem do meu pai, e o bem dela é ficar longe dela... Eu não sei. Tá tudo muito confuso pra mim agora.

– A Lene, eu sinto muito. – Dorcas falou toda chorosa, mas eu tentei me manter firme.

– Tá tudo bem. Agora tenho que ir. Josh está me esperando para me ajudar a levar minhas coisas. – Eu abracei um por um, mas quando chegou na vez do Sirius eu cochichou no seu ouvido.

– Prometo que vou ler sua carta hoje, tá? – E dei um beijo discreto na sua bochecha, e pude sentir que ele riu. É bom voltar a ser amigo dele.

Fala sério! É lógico que Sirius Black faz falta!

(...)

– Chegamos. – Josh me avisou e eu desci do carro. Fui direto ao meu quarto, ou me velho quarto, que era novo, pois o reformaram não faz nem um ano, ou seja, fui ao meu velho quarto novo. Logo atrás Vivian trazia algumas caixas vazias para eu empacotar minhas coisas.

Eu comecei a empacotar minhas roupas quando ela colocava alguns livros dentro de uma caixa menor.

– A culpa é Das Estrelas, huh? – Vivian me apontou o livro e eu sorri.

– Ele é muito bom... Apesar de me fazer ficar triste no final. – Eu falei e ela riu.

– Então não posso lê-lo agora. Grávidas ficam com os hormônios a mil quando está prestes a dar á luz. – Ela disse sorridente.

– Já sabe o nome do bebê? – Eu perguntei lacrando a caixa de roupas.

– Charles Mckinnon. – Ela disse cheia de orgulho.

– Ownt! Meu sobrinho vai se chamar Charles! – Eu falei acariciando a barriga dela. – Charlie, para os mais íntimos.

(...)

– Acho que já está tudo pronto. – Vivian suspirou e depois fez uma careta e eu fui ampara-la.

– Está tudo bem?

– Sim, só foi um chute. Ele é forte. – Ela falou se recompondo.

Deixamos as caixas lá em cima mesmo e descemos as escadas. Encontramos meu pai conversando com Josh na sala de jantar.

– As caixas já estão prontas. Vamos? – Eu falei.

– Claro. Só vou coloca-las no porta malas e já podemos ir para o meu apartamento. – Josh começou a subir as escadas.

– Se quiser ainda tem o meu carro. – Eu disse e ele apenas assentiu.

Vivian foi para o carro do meu irmão e Josh foi pegar as caixas lá em cima. Não, eu não trouxe nenhuma caixa porque eu sou uma irmã muito boazinha.

– Filha? – Meu pai me chamou e eu dei um sorriso que eu queria que ele entendesse que está tudo bem e que não poderia se preocupar, afinal, meu irmão é louco, mas não é o carinha da Serra Elétrica. Apesar de ele ter certa afeição por coisas que fazem barulho, e sobre filmes sangrentos... Mas eu também tenho então esse mal é de família.

– Pai... Vou vim te visitar, ok? Se você conseguir a casa, se não me passa o endereço do pelo celular e fica tudo bem. – Eu o abracei.

– Me desculpe. – Ele começou a chorar.

– Pai... Sabe que não é culpa sua. – Eu acariciei seu rosto.

– Se eu tivesse sido mais duro com a sua mãe... Eu... Me desculpe! – Ele chorou mais ainda, e não é legal ver um dos seus pais chorando. Mesmo que seja por pouca coisa.

Mas esse motivo não é pouca coisa.

Minha mãe me deixou anoréxica.

Minha mãe quase me MATOU.

Minha mãe está sendo processada por isso.

Dumbledore falou que iria, mas o mais estranho é que ela não questionou.

Só não me fale qual tipo de processo, ou como vai fazer isso, porque eu não sei, pergunte para o Remo ou a Dorcas.

Os dois são tão apaixonadinhos um com o outro que eles querem fazer a mesma faculdade: Direito.

– Pai, eu tenho que ir. – Falei quando ele acabou de chorar.

– Se cuida, tá? – Ele me abraçou forte e eu pensei que nunca mais iria me soltar, é sério, tava sufocando.

– Pai. Você. Tem. Que. Me Soltar. – Falei sem ar.

– Tenho mesmo? – Ele perguntou me soltando. Ah... Vai partir pro apelo sentimental de um pai coruja...

– Pai... Não banque o superprotetor igual dos filmes, que isso nunca dá muito certo. Porque sempre que o pai é superprotetor, a filha acaba engravidando, ou fugindo do país, ou encontrando o amor da vida dela. E eu não estou preparada psicologicamente para isso, ok? – Eu falei saindo e entrando no conversível maravilhoso que era o carro do meu irmão.

(...)

– Uau. – Só isso que saiu da minha boca ao ver o apartamento que era o do Josh e da Vivian.

O apartamento era um duplex gigante! Era tudo branco, exceto pelo piano ser preto, e alguns detalhes das mobílias coloridas.

– Gostou? – Vivian perguntou me arrastando para o andar de cima. – Espero só para ver o seu quarto! Se quiser mudar a decoração depois... – Ela abriu a porta e minha boca se formou em um perfeito “O”

Ele era só nas cores vermelho e branco, e fora que eu tinha um banheiro só meu e um closet! AH! Um closet! E uma cama de casal, uma caminha de casal pra mim!!

– Esse quarto... – Eu não consegui terminar.

– Você gostou? – Josh apareceu. Eu apenas sorri e me joguei na cama de colchão de molas.

– Eu. Amei! – Eu falei sem fôlego.

– Depois vamos guardar suas coisas ai. Mas primeiro, precisamos conversar. – Josh disse sério e eu também fiquei séria, pois já sabia do que se tratava. – Vamos lá embaixo para conversar.

Descemos as escadas e nos sentamos no sofá, Vivian com mais dificuldade, pois a barriga dela estava do tamanho daquelas bolonas de praia.

– Pode começar a falar. – Eu suspirei.

– Se lembra do que Dumbledore disse? – Josh me incentivou.

– Que eu tenho que vir passar um tempo na sua casa e fazer um... Tratamento com a nutricionista e com uma psicóloga. – Eu falei cansada. Pois estava cansada mesmo, todo aquele trabalho cansa, sabe. E a minha preguiça que fica sempre do meu lado também não ajuda.

– Vivian e eu já vamos começar a procurar esses especialistas amanha. Ok? – Josh me alertou e eu fiz que sim com a cabeça. – Está com fome? – Ele perguntou e eu fiz que sim com a cabeça de novo, só que dessa vez com aquela cara pidona, o que fez ele rir.

– Tem torta de maçã na geladeira. Pode comer. – Vivian apontou para a cozinha e eu voei para lá.

Depois de encher minha barriga com torta de maçã e suco, e depois de assistir um pouco de TV, que estava passando Pitch Perfect, o que é muito legal, fui tomar banho e resolvi ficar no meu quarto sem fazer nada.

Acabei de pentear meus cabelos e, através do espelho eu vi minha mochila.

A carta.

Eu peguei o envelope vermelho e o abri. O papel do texto era preto e estava escrito com uma caneta prateada. Era a letra dele mesmo. E era muito bonita pra falar a verdade.

“Foi em um dia comum como todos os outros...

Escola normal, conversas passageiras, pessoas indo e vindo...

O relógio trabalhando lentamente, atrasando minha volta para casa,

Que eu te conheci.

Tivemos uma conversa rápida e simples...

E num estalo, sei lá porque, trocamos nossos contatos.

E começamos algo puro...

Um "oi”, olá, "como vai", "beijo", "tchau"...

Mas aos poucos, nossas conversas foram tomando forma.

As afinidades aparecendo,

A amizade plantada germinando,

E ela se alastrou rapidamente

A ponto de você saber quando eu estava feliz ou triste.

E todos os dias uma nova descoberta, um bem querer enorme e recíproco crescendo!

Uma vontade louca de ficar sempre junto,

Trocando confidências, nos descobrindo cada vez mais...

O fascínio cada dia aumentando...

A ponto de termos o olhar, como raios-X de nossas almas...

Para você eu posso ser eu mesmo.

Enfim, aquele dia que nos conhecemos.

Não poderia imaginar que era um dia especial,

E nem que você se tornaria tão importante me minha vida...

Ganhei ali naquele momento uma pessoa especial.

E mesmo daqui a 1000 anos, se vivo eu ainda estivesse

Estariam intactos em minha memória, todos os nossos momentos.

Porque você foi o maior presente que recebi dos últimos anos.

E mesmo que a vida, tenha nos separado,

JAMAIS deixarei de pensar em você,

De querer sempre o melhor para ti!

Sempre pensando em você.”

– Sirius Black.

Quando acabei de ler, meu coração estava a mil por hora. Que lindo. Mas comecei a duvidar de que ele fez isso sozinho. Mas o que importava!?

– Marlene, tudo bem? – Percebi que Vivian estava parada no portal da porta me observando. Eu apenas ri para ela, e para mim mesma. Não conseguia falar nada.

Sabe aquela sensação boa que te dá na barriga? Estava sentindo isso.

– Ih. Tá apaixonada. – Vivian se sentou do meu lado. Apaixonada?

– Claro que não! De onde você tirou isso? – Eu falei meio nervosa, mas ainda sim rindo igual à filha do Bozo.

– Você vai ver... Quando menos esperar as borboletas vai voar dentro da sua barriga e você não vai parar de pensar nesse cara. Agora, se ele não gostar de você, parte pra outra. – Ela saiu rindo e eu revirei os olhos.

Marlene Mckinnon gostando de Sirius Black?

Só pode ser brincadeira né?

POV Sirius Black:

Cheguei em casa e a primeira coisa que eu fiz foi tomar uma ducha bem gelada. Eu gosto de tomar banho gelado, e aí?

Quando acabei me enrolei em uma toalha e sai do banheiro. Quando cheguei ao meu quarto, uma morena estava sentada olhando para a janela, provavelmente estava me esperando.

Ela viu que eu estava lá e enrubesceu ao ver que eu estava só de toalha. Muitos homens iriam ficar com vergonha, afinal, a mulher que estava na minha frente era linda.

Mas eu, como Sirius Black que sou, dei o meu melhor sorriso safado e me sentei do lado dela.

– Não tem roupa nessa casa, não? – Ela perguntou.

– Mas você ficou apreciando a vista, priminha. – Quem achou que era outra mulher? Enganei vocês!

– Ora, Sirius. Eu sei quando estou na frente de homens bonitos. – Andrômeda falou me olhando séria e sedutora ao mesmo tempo, mas ela era uma das poucas mulheres que não me conquistam, pelo simples fato de eu ama-la demais. Poxa, ela era minha maninha. Ferramos a Bellatrix e a Narcisa tantas vezes que acabamos virando irmãos.

– Eu sei que sou lindo.

– Eu vim aqui te convidar para uma festa. Na verdade, minha mãe quer que você vá à festa dela, apesar dela não gostar de você, o que não é novidade para ninguém. – Ela revirou os olhos e me entregou dois cartõezinhos pretos. – Ela é bem tradicionalista e quer que toda a família Black esteja lá. Vai ser daqui a uns quatro dias eu acho.

– Então porque tem dois? – Eu perguntei olhando os cartõezinhos na minha mão. Coincidência de os cartões serem pretos e do nosso sobrenome ser Black? Imagina...

– Cada convidado tem direito de levar um amigo, ou parente distante. – Ela explicou e uma pergunta veio na minha cabeça.

– Você chamou o Ted?

Ted Tonks. Esse era o nome do namorado da minha irmã. Ele ganhou uma bolsa, assim como a Lilian e a Dorcas. Ele não é londrino, ele nasceu em Washington e é um aluno de intercâmbio, mas já está arrumando a vida para morar aqui por causa dos tios doentes. Ele é gente boa. Só para saberem, ele é da Lufa-Lufa.

– E-Eu não sei se devo leva-lo... Você soube da ultima vez que eu o levei lá para casa. – Foi quando eu tinha quinze anos. Depois do jantar, a minha tia de uma surra na Andy (apelido) que ela nunca mais esqueceu.

– Mas, vocês se gostam, não gostam? Ora, mulher! Você já está com dezessete anos! – Andy é mais velha que eu um ano e poucos meses, Bellatrix é a irmã do meio, também é mais velha do que eu alguns meses, e Narcisa é a mais nova, da minha idade. Ou seja, as duas morenas estão no ultimo ano.

– Eu sei, eu sei. Bom, acho que vou leva-lo só um pouquinho, né? – Ela falou meio insegura. – Mas e você? Quem vai levar?

Um nome veio a minha cabeça.

– Andy. Eu nem sei se EU vou quem dirá levar uma acompanhante para ver a família simpática que somos! – Sentiram o poder da ironia?

– Bem, então pensa com carinho tá? – Ela me deu um beijo na bochecha e se levantou.

– Eu te levo até a porta. –Eu me prontifiquei e ela ficou meio vermelha, mas não falou nada.

Descemos as escadas e a acompanhei até a calçada.

– Tchau, Andy. – Eu a abracei.

– Tchau, Sirius. – Ela entrou no carro e deu partida.

Do outro lado da rua, eu vi a nossa vizinha correndo com aquela miniatura que ela chama de cachorro. Ela me olhou e tropeçou no próprio objeto encoleirado.

Foi ai que eu percebi que ainda estava de toalha...


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Notas finais do capítulo

Gente *_* Que irmão da Lene, hein?? Ele é lindo, e eu sou tipo... Doente pelo Orlando Bloom. Ele é muito seduzente... Espero que tenham gostado
Beijo!!!



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