Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 30
The Secret


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas :3
Ah mái gódi, minha fic está voltando a ter o mesmo número de acompanhamentos, que felicidade!!!
Queria agradecer muito muito, muito, muito a Doce Amarga que fez uma recomendação mara pra mim!!
Obrigada :3
Agora aproveitem!!



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POV Marlene:

– Lene, tem certeza de que está bem? – Dorcas me perguntava pela décima vez na aula de Trigonometria.

– Estou. Só foi um mal estar. – Eu sorri confiante para elas.

Acho que não é bom citar que isso não é a primeira vez que me acontece o que aconteceu ontem...

O sinal tocou e logo nós saímos da sala. Eu e Dorcas ficamos procurando as outras meninas, e ela, o namorado. Estaria tudo bem, se certo alguém não aparecesse.

– Precisamos conversar. – Ela parou na frente de nós duas.

– Ela não tem nada para conversar com gente como você, Kristine. Agora vai embora. – Dorcas respondeu primeiro do que eu, tenho sorte de ter uma amiga como ela.

– A conversa ainda não chegou a você. – Susan falou rispidamente para Dorcas e depois se virou para mim. Mas eu não tenho medo dela, e ela sabe disso. – Então vai conversar ou não?

– Como Dorcas já disse: Eu não tenho nada para conversar com você. Se quiser falar o que tem que falar, fale em alto e bom tom. Fale que você me manipulou e... – Eu ia continuar, mas ela tapou minha boca com certa agressividade.

– Solta ela! – Dorcas ralhou e ela simplesmente a ignorou.

Quando pensei que ela iria me soltar, ela aperta ainda mais meu rosto e cochicha no meu ouvido:

– Você vai pagar caro, Mckinnon. – Ela me soltou e foi embora.

– O que ela quis dizer com isso? – Dorcas perguntou.

– Você ouviu? – Eu perguntei preocupada.

– Sim, agora me responde.

– Ela sabe de uma coisa sobre mim. – Eu sai correndo na direção dela. Pois já estava começando a ligar os pontos.

– E sabe o que? – Dorcas perguntou correndo do meu lado.

– Uma coisa que não devia. – Eu corri mais rápido e deixei ela para trás.

Eu desci as escadas, ou melhor, voei por entre as escadas, e acabei derrubando algumas pessoas. Mas justo a que eu queria que se estatelasse no chão, eu não achava.

Achei-a no jardim conversando com os outros protótipos de Barbie, ou seja, estou ferrada. Logo depois que ela acabou de cochichar para as outras, Maggie me encontrou no meio da multidão e me lançou um sorriso que minha espinha se arrepiou.

Agora só havia uma coisa a fazer: Correr!

Eu voltei igual a um foguete de volta para o prédio e entrei na Sala Comunal da Grifinória. Muitas pessoas devem estar falando: Mas você está com medo delas?

Eu te respondo com outra pergunta: Não. Mas o que você faria no meu lugar?

Pois é... Eu não tenho mais nada a fazer a não ser esperar pelo pior.

Estava tão concentrada nos meus pensamentos que nem percebi que alguém se sentou do meu lado.

– Pode falar comigo agora? – Ele perguntou fitando o chão, eu apenas olhei para aquele par de olhos claros, que no momento parecia estar cheio de dúvidas.

Mas não era para menos, quantas vezes eu o ignorei ou lhe dei patadas?

– Sirius... – Eu o chame e ele me olhou. – Eu... Ah, me desculpe. – Eu falei olhando para ele com cara de cachorrinho quando cai do caminhão de mudança. Não é só ele que sabe tocar o coração das pessoas.

Ele fez o que eu não esperava que fizesse. Ele me abraçou. Não um abraço de malícia, ou coisa do tipo. Um abraço, apenas.

– Agora pode me contar o que está acontecendo? – Ele perguntou ainda me abraçando. Já estava tudo ferrado mesmo, então resolvi contar.

– Foi a Susan que te contou sobre... Mim. Não foi? – Ele fez que sim. – Ela descobriu pelos meus pais, ele trabalham com os pais dela e eles acabaram ouvindo e contaram para a Susan, que contou para a Maggie... E que agora vão contar para a escola inteira.

Ele franziu a testa, tentando processar tudo, mas depois entendeu.

– Por que ela vai fazer isso? – Ele perguntou com os punhos fechados.

– Por que eu... Bem... Contei para a Lilian que ela estava me chantageando. – Eu falei de cabeça baixa.

– Te chantageando com o que?

– Se eu falasse com você, ela iria contar para a escola toda que eu estou com problemas. – Olhei para ele de novo e ele estava com a testa franzida. – Me desculpe se eu não pude falar com você ou coisa do tipo... E tem mais uma coisa... – Eu retirei o cartão de Valentine’s Day e entreguei para ele. – Susan me entregou isso. Foi ela que tinha pegado de você antes que pudesse entrega-lo para colocar nos armários.

Ele pegou o cartão e analisou a letra.

– É, é minha mesmo. – Ele sorriu amarelo e me entregou o envelope de volta. – Você o leu?

– Ah, Sirius... Aconteceu tanta coisa que eu acabei me esquecendo, me desculpa de novo. – Eu guardei o envelope dentro da mochila de novo.

– Não tem problema. Se eu estivesse nessa situação, eu também esqueceria um monte de coisa. – Ele sorriu para mim, aquele sorriso perfeito.

– Obrigada. – Eu o abracei.

– Pelo quê? – Ele perguntou acariciando meu rosto.

– Por me querer de volta. – Eu falei não medindo as palavras, mas agora já foi, né?

– Eu sempre vou te querer. – Quem levou essas frases no duplo sentido levanta a mão!

Sério, se não fosse a Lilian e o James estragando o clima, eu acho que ele iria me beijar.

– Lene! – Lilian me chamou e eu virei meu rosto para ela e fingi que nada daquilo aconteceu. – Todo mundo já sabe sobre... Bem... Sobre...

– Minha anorexia? Ah, sim. Estava esperando por isso! – E me afundei no sofá com minha ironia como companheira.

– Quem espalhou a notícia? – James perguntou e eu não pude deixar de evitar de gritar para ele, mesmo ele não tendo culpa de nada coitado. Então pulei do sofá comecei a gritar:

– SÃO AQUELAS VACAS FILHA DA MÃE! NÃO TEM MAIS NADA PRA FAZER A NÃO SER MOSTRAR ESSA BUNDA PRA TODO MUNDO! – Sem ofensa Sirius. – ELAS SÓ SABEM CUIDAR DA VIDA DOS OUTROS, AQUELAS BARBIES PARAGUAIAS! A KRISTINE ENTÃO PASSA AGUA OXIGENADA NO CABELO E ACHA QUE TÁ ABAFANDO, NÉ?! – E eu comecei a gritar mais algumas coisas que eu não poderei citar, porque senão esta linda e maravilhosa história vai ter que ser para maiores de dezoito, e não queremos isso né?

Quando acabei meu “discurso”, os três me olhavam com os olhos arregalados, até que sua atenção se voltou para a porta, onde certa vaca aguada e oxigenada estava entrando, muito sorridente para meu gosto.

A primeira coisa sensata que me veio na cabeça. Eu simplesmente pulei no pescoço da galinha, sabe como as onças fazem. Só que depois não vou devorá-la, pois iria me dar uma indigestão.

– AAAHHH! ME SOLTA!!! – Ela gritava enquanto eu acertava a cara dela com aqueles lindos tapas que só eu sei dar. Só me lembro do Sirius me pegando no colo e minha visão ficando fraca, fraca, fraca... Até que eu desmaiei.

(...)

– Cadê a Marlene! – Uma voz distante falava isso sem parar enquanto eu tentava abrir os olhos.

– Olha! Ela tá acordando! – Uma voz masculina falou.

– Não! Ela tá parindo, não tá vendo que o Sirius vai ser pai!? – Uma voz feminina falou. Como assim eu tô parindo? E como assim o Sirius vai ser pai?

– Cala a boca. – Uma voz que acho que devia ser o Sirius falou. Eu abri os olhos, mas enxergava tudo meio embaçado. Pude ver que todo mundo tava lá.

Inclusive minha... Mãe. Ou seja: Fudeu. (E não, não tinha nenhum ser vivo saindo de mim no momento.)

– M-Mãe? – Eu falei para a mulher parada na minha frente.

– O que você fez? – Ela grunhiu e maior parte do povão que estava em minha volta saiu da enfermaria. Mas Lilian, James, Sirius, Dorcas e Remo ficaram. – Me responda.

Ok, agora já chega.

– O que VOCÊ fez! Não olhe para mim como se eu fosse culpada por você não ser modelo quando era criança! Eu quase morri por sua causa e você nunca, NUNCA me falou nem um obrigado por tudo o que eu deixei pra trás por causa desse seu sonho idiota! – Eu me aprumei na cama.

– O que você disse!? – Ela estava ficando vermelhinha de raiva e com certeza eu não sabia o que estava fazendo.

– Mãe... Esquece. Não vou ser modelo. Não QUERO ser modelo. Será que a senhora não entende? – Eu perguntei cansada.

– O remédio está fazendo efeito. – Madame Pomfrey falou e logo depois eu desabei de novo.

POV Lilian:

Saímos da enfermaria com a mãe de Marlene e fomos leva-la para a diretoria, claro que com ela resmungando sem parar de como a filha era uma imprestável, que ela deu todo amor e carinho para ela e ela não retribuiu, essas coisas...

Chegando lá, Dumbledore se encarregou de conversar com a mãe da Lene e nós fomos para o corredor da Grifinória. No caminho, James falou:

– Cara. A mãe dela é o cão chupando manga.

– Pois é. Só perde para a minha. – Sirius deu uma risada sem humor.

– E agora? O que vai acontecer com a Lene? – Dorcas perguntou apreensiva.

– De uma coisa eu sei. Ela vai precisar de nós. Principalmente agora. – Sirius disse e concordamos.

No caminho encontramos Maggie Falcon e Susan Kristine. A loira estava toda arranhada e com várias marcas da mão da Lene no rosto. Bem feito, otária.

– Doeu muito, Kristine? – Perguntei provocando.

– Vai doer mais em você sua... – Ela iria continuar, mas James a interrompeu.

– Qual é, Kristine? Quer apanhar mais? – Ele perguntou sorridente. – Toda Hogwarts sabe sobre os problemas da Marlene, mas todos também sabem que você levou uma surra. – Ele me puxou e saiu rindo.

No caminho Sirius falou:

– Gente, acho que vou voltar para a enfermaria. Sinto que estou segurando vela aqui. – Ele virou um corredor e saiu rindo.

– Até parece... – Eu falei e pude perceber que James ficou um pouquinho vermelho, mas acho que só foi impressão. Bom, não deu para ver direito, pois ele tinha virado o rosto.

Passaram-se cinco minutos e percebi que Remo e Dorcas também saíram.

– Será que a Marlene volta amanha? – James perguntou.

– Espero que sim. Ter esperança é o que nos resta para ela, não é? Quero dizer... Não podemos fazer mais nada a não ser ajuda-la a melhorar e... Esperar que ela volte. – Eu falei meio derrotada. James parou e me abraçou, coisa que eu não esperava.

E só para saber ele continuava cheirando a “1 Million.”

– Ela vai voltar a estudar aqui e vai ficar tudo bem. – Ele falou me abraçando, e eu o abracei de volta.

– Como sabe?

– Eu só sei. Confia em mim. – Ele me abraçou mais forte e eu me senti... Segura perto dele.

Mas não podia ter nenhum sentimento desses com ele. E não tenho. Pelo menos acho que não.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Até mais!



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