Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 29
Ei, Black!


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!
Nossa, que dor de cabeça... mas eu tô aqui firme e forte pra vcs, então vcs se sintam privilegiados.
:3
Agora leiam minha história!



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POV Lilian:

– Oi, meninas. – Eu falei assim que cumprimentei Dorcas, Alice e Mary. – Vocês viram a Lene?

– Ela está meio estranha, não? – Mary falou e concordamos.

– Vou procura-la, ok? Nos vemos na aula. – Eu pisquei para elas e entrei em Hogwarts.

Passara um tempo desde que comecei a procurar a morena, até que encontrei outra pessoa... Uma pessoa a quem estava devendo uma conversa.

– Snape? Posso falar com você? – Eu cheguei mais perto dele e o assustei um pouco.

– Claro... Aqui? – Ele perguntou.

– Pode ser... Quero ser bem direta no que quero falar.

– Então...? – Ele me incentivou.

– Eu te perdoo. – Eu disse e ele abriu o maior sorriso que já vi na vida. – Mas... Eu disse que te perdoo, mas não disse que seremos amigos de novo. Se você gostava de me ter como amiga, vai ter que reconquistar isso. – Eu me levantei e o deixei lá.

Era o justo, eu acho. Ele me magoou muito, mas eu sinto falta dele, das nossas conversas... É difícil perder alguém que fez parte da sua vida por tanto tempo.

(...)

Já a procurei em todo lugar e nada. Até que vi que Sirius e James estavam conversando no final do corredor da Grifinória.

– Oi, gente. – Cheguei perto deles e eles pararam de conversar e me cumprimentaram. – Vocês viram a Marlene por ai?

– Não... Ela está meio estranha ultimamente, não acha não? Ela é sua amiga e tal, mas... É verdade. – James falou.

– Ela não quer conversar comigo, então acho que vou ser a ultima pessoa, a saber, onde ela está. – Sirius deu um sorriso amarelo e eu tive até um pouquinho de pena dele.

– Vou conversar com ela para saber o que aconteceu, mas primeiro preciso acha-la... Sabe alguma coisa sobre ela, Sirius? – Eu perguntei vendo a cara dele, que estava mais séria que o normal.

– O que? Ahn... Não? Por que ela falaria uma coisa que não falaria para você?! Que é a melhor amiga dela? – Ele pareceu assustado e eu e James o olhamos com uma sobrancelha arqueada.

– Dessa vez passa... – Eu falei ameaçadoramente daquele jeito que só nós, meninas meigas falam.

(...)

Estava procurando a Marlene, quando ouço duas pessoas conversando alto demais no final do corredor. E essas pessoas eram Maggie Falcon e Susan Kristine. Me escondi atrás de um dos armários para ouvir melhor a conversa sem que elas me vejam.

–... Ela está no banheiro? – Maggie perguntou.

– Saiu correndo e chorando assim que acabamos de “conversar” com ela. – Susan riu. De quem estavam falando?

– Perfeito. Você até que está me saindo melhor do que eu imaginava. – Maggie olhou para Susan, que a mesma deu um sorriso amarelo para a amiga. – Agora, você ainda tem aquele telefone daquele carinha dos doces?

– Sim. Por quê?

– Vamos precisar dele mais tarde, bem mais tarde. – Maggie falou misteriosa.

– Agora... Só precisamos dar um jeito nas outras. – Susan falou e saiu com a Maggie, mas antes pude ver a morena falando:

– Isso mesmo. Isso vai dar certo.

Eu sai do armário meio cautelosa e fiquei olhando para o lugar de onde elas saíram.

O que elas querem dizer com isso? Eu acharia uma resposta se eu não tivesse desviado minha atenção para uma pessoa que estava saindo do banheiro feminino.

– Marlene! – Gritei o nome dela e a mesma assustou.

De hoje não passa, eu vou saber o que ela está me escondendo. Eu cheguei perto dela e a puxei de volta para o banheiro.

– Lilian! A aula já vai começar! – Ela ralhou comigo, mas quem disse que eu dei importância?

– O que você está me escondendo, Mckinnon? – Eu perguntei me escorando na parede.

– N-Nada, Lily! Mas que coisa... – Marlene gaguejando? Tá, agora estou mais convicta de que tem alguma coisa ai.

– Marlene, você gaguejou, agora desembucha. – Eu falei delicadamente (ironia modo on).

– Lily... Já disse que não tem nada. – Ela foi sair, mas eu puxei sua jaqueta, que a mesma saiu do corpo dela e ficou presa na minha pulseira.

– Marlene... Mas o que é isso? – Eu perguntei incrédula olhando para o corpo muito magro dela. Ela engoliu em seco e me olhou assustada. – Por que não me contou?

– N-Não sei... Lilian, me ajuda! – Ela me abraçou chorando e eu a abracei de volta.

– Calma, Lene... Precisa me contar tudo o que aconteceu e depois vamos falar com o Dumbledore... – Eu ia continuar, mas ela me interrompeu.

– Não! Lilian! Por tudo o que é mais sagrado! Não conta pro diretor! Ele vai contar para minha mãe e... A Lily, por favor, não conte! – Ela voltou a chorar e eu fiquei sem palavras.

– Tenho que te ajudar...

– Você me ajuda não contando a ninguém. – Ela falou decidida, ai eu me lembrei de uma coisa.

– Quem mais sabe sobre isso?

– Só você, Sirius, um primo meu e... Susan Kristine e Maggie Falcon. – Ela abaixou a cabeça e eu fiquei estática.

– C-Como assim elas? – Eu me escorei na parede, se não eu iria cair.

– Os pais de Susan ouviram os meus pais contarem sobre... Sobre... Sobre mim. Então ela ficou sabendo e contou para a Maggie. – Agora sim eu entendi, mas queria não entender.

Maggie sabe sobre um segredo, que... Cá entre nós, é muito... Ah, vocês entenderam.

Uma pessoa (que no caso é a Maggie) que sabe um segredo desse tipo sobre uma pessoa que particularmente ela não gosta (que no caso é a Marlene), tá mais que óbvio que coisa boa não vem ai.

– Certo, mas... Eu também queria saber sobre o que aconteceu com você e com o Sirius. Ele me contou o que você falou para ele... – Ela ficou em um tom absurdamente vermelho. – Mas ele não me disse sobre isso, e pelo jeito também não falou nada para o James. Por que quer distancia dele, sendo que você acaba de descobrir que ele não te fez nada? Ou quase nada porque ainda tem aquele lance da carta do Valentine’s Day e...

Quando falei isso, ela tirou um pequeno envelope vermelho escrito com uma letra muito bem feita: De: Sirius; Para: Marlene.

– A carta estava o tempo todo com a Susan! – Ela começou a chorar de novo, ela tá chorando mais agora do que em toda a vida dela! – Ela tinha pegado antes do Sirius entregar! E eu o culpei por nada! – Ela se agachou e se sentou no chão, e pude ver que ela estava branca.

– Marlene! O que está acontecendo! – Eu me agachei do lado dela e vi que ela estava gelada. – Lene, sua pressão está abaixando, vamos à enfermaria, Madame Pomfrey vai te fazer melhorar. – Eu tentei levanta-la, mas não consegui, acho que nem ela estava conseguindo se levantar... Então o jeito era pedir ajuda, e pedi ajuda para a primeira pessoa que vi na minha frente.

– EI, BLACK! –Eu gritei para Régulo.

Eu sei, eu sei... Ele é da Sonserina, mas a Marlene estava tão mal, que não dava para esperar mais alguém passar naquele corredor. Ele era meio vazio, e pude ver que só havia ele lá.

Ele veio até mim, mas parou na porta do banheiro feminino.

– O que? – Ele perguntou meio seco.

– Me ajuda... Ou melhor... Ajuda a minha amiga? Eu sei que não te pedimos muita coisa, e nosso amigo que é seu irmão te odeia, e se o Potter me pegar conversando com você ele vai me queimar via, mas... Minha amiga tá desmaiada lá, e eu não consigo levanta-la. – Eu supliquei e ele riu.

– Não precisa fazer todo esse drama, ruivinha. Pode deixar, eu ajudo. – Ele entrou no banheiro.

Cara... Isso foi mais fácil do que eu imaginei.

Passou-se cinco minutos, um tempo até longo, e o moreno apareceu com a Lene nos braços.

Ela ainda estava sã de quem carregava ela, só que ela tava tão mal que nem protestou nem nada.

(...)

O caminho até a enfermaria não foi cheio de gente, mas teve alguns olhando com o nariz torto para Marlene e Régulo. Estava tudo bem, até nos depararmos com algumas figuras...

– Lilian! Mas o que está acontecendo... Marlene? – James parou de me perguntar ao olhar à morena quase desmaiando no colo do irmão do Sirius. E por falar em Sirius...

– Régulo... O que está fazendo aqui? – Sirius grunhiu.

– Se você ainda não percebeu, meu caro irmão, eu estou ajudando a sua amiga, agora será que você podia nos dar licença? –Ele falou até cordial demais, deixando o irmão vermelho de raiva.

– Pode deixar que eu levo ela. – Sirius se prontificou, mas dessa vez foi Marlene que falou.

– Não... Deixa que ele me leva... – Ela falou cansada e grudou a unha na camiseta de Régulo, mas pude perceber que ela olhava para Sirius e olhava para um outro lugar, atrás de mim.

Quando Régulo começou a andar e eu olhei para trás e pude perceber que quem estava lá era Maggie e Susan, e olhavam a cena com certo divertimento.

E óbvio que eu fiquei com raiva.

– Lilian... – James me chamou.

– James, depois conversamos, tá? - Eu falei e mandei um olhar raivoso para as duas. Não acredito que elas podem ser tão cruéis assim.

(...)

– Srta. Mckinnon? O que aconteceu? – Madame Pomfrey perguntou assim que a colocou na cama e lhe deu alguma coisa.

– Acho que minha pressão caiu, só isso. Lilian faz tempestade em copo d’agua. – Ela deu uma risada fraca enquanto a Madame Pomfrey preparava alguma coisa para ela beber e eu revirei os olhos.

– Mas agradeça a ela e ao Sr. Black. Se não fosse por eles, você estaria pior, muito pior. – Ela sorriu para Marlene, que deu um sorriso amarelo. – Me diga uma coisa, querida: Você comeu alguma coisa hoje?

– N-Não... Não deu tempo, eu sai de casa e...

– Agora está explicado! – A enfermeira foi até a bancada dela e tirou um saquinho que tinha alguma coisa dentro. – Aqui tem umas bolachas e um suco. Coma tudo.

Acho que Madame Pomfrey nem precisaria falar de novo. Marlene agarrou o saquinho e devorou tudo o que tinha nele.

– Você estava com fome, hein? – Eu falei, mas ela nem deu muita atenção.

Depois que ela acabou de comer, eu comecei minha investigação:

– Marlene... Por que você não quer falar com o Sirius?

– Susan está me chantageando, Lil’s. Ela me falou que se eu chegasse perto do Sirius, ela ia contar pra todo mundo que estou com... – Ela cochichou. – Distúrbio alimentar.

– Mas isso é muito grave... Esse distúrbio? – Eu perguntei mais preocupada.

– Meu primo é médico e me disse que o que eu tenho ainda não é muito grave pois está começando, mas se eu continuar assim, vou ter uma anorexia mais grave. – Ela cochichou mais baixo e eu tive que me inclinar para saber o que estava falando.

– Então você precisa comer.

– Minha mãe, Lilian. Ela que está me fazendo passar fome. De uns dias para cá ela anda tendo muitos surtos. Ela quer que eu fique mais magra, ela quer me transformar numa modelo. Ela queria ser quando era mais nova, mas ela não conseguiu então acha que é minha vez de tentar.

– Mas você quer? – Eu perguntei.

– Não, nunca.

– Então fala pra ela. – Eu insisti.

– Minha mãe não aceita um não como resposta, Lily.

– Ok, mas e se voc... – Eu iria continuar, mas Madame Pomfrey veio e falou que iria fazer alguns exames na Lene e que eu podia ir, já que a aula iria começar.

(...)

Cheguei à aula e as meninas foram me bombardeando de perguntas, mas eu as ignorei. Não, não queria ser a “antissocial”. É que uma pessoa estava lá, e era a única que eu queria ver nesse momento.

Eu cheguei perto da morena e da loira sentadas no fundo da sala, ambas estavam fofocando e lixando as unhas. Parei na frente de Maggie e nós duas ficamos nos olhando.

Sabe aqueles olhares que matam qualquer um que passar na frente? Era esse.

– O que você quer? – Maggie perguntou rispidamente, mas eu tenho meu autocontrole.

– Só vim te avisar que eu vi o que vocês estavam fazendo quando a Marlene estava passando mal, foi muito, mas muito...

– Muito o que? – Susan perguntou rindo.

– Vocês fizeram a mesma coisa que pessoas ignorantes, estúpidas, metidas e invejosas fazem. – Eu falei na maior calma do mundo e vendo o rosto das duas se tingirem de vermelho.

– Você acha que a gente é tudo isso queridinha? – Maggie perguntou com sua ironia.

– Se a carapuça serve “queridinha”. – Eu a provoquei e sai de perto.

– Por que você não se olha no espelho ao vim falar da gente. Você está virando tudo isso que falou de nós. – Susan se levantou e falou.

Ela está sem argumentos ou o quê?

Eu apenas a olhei com a sobrancelha arqueada.

– SE eu tivesse virando uma de vocês, eu provavelmente estaria ai lixando essas unhas vermelhas e descascadas, mastigando chiclete e falando do que não é da minha conta. Mas não. Eu estou tentando ajudar uma amiga. Coisa que vocês nunca fizeram... – E me virei, mas ai me lembrei de uma coisa. – Aliás, acho que nem amigas de verdade vocês são. – E me sentei na carteira, bem longe delas.

– Uau. – Dorcas se limitou a falar quando eu me sentei na sua frente.

– Só falei verdades, ué. –Eu dei de ombros.

– Por isso que te amamos. – Alice falou rindo da cara delas.

POV James:

Sinceramente, eu achei que as duas iam sair no tapa quando vi que a Falcon estava ficando da cor dos cabelos da Lilian.

– Lily? – A chamei depois que a aula acabou.

– Oi. – Ela veio até mim.

– Eu achei que vocês duas iriam arrancar os cabelos uma da outra aqui na sala mesmo. – Eu falei rindo amarelo e ela riu.

Só agora que percebi que o sorriso dela é o mais bonito que eu já vi.

– James? – Ela me chamou, percebendo que eu estava a encarando sem parar.

– Me desculpe. – Eu falei sem graça.

– O que estava pensando? – Ela perguntou.

– E-Estou pensando em... Que temos aula de Física agora. – Eu menti na cara dura.

– James... – Ela me olhou séria. – Temos aula de Português. – Ela começou a rir, e eu acabei rindo também. – Vamos? – Ela me estendeu a mão e eu aceitei.

– Vamos.


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Notas finais do capítulo

Lilian sambando na cara dazinimiga! u.u Sirius com ciumes! O que já tá ficando supernormal. James... Bem... Sem comentários... Marlene... Acorde para a vida. Kisses de nutella!
Beijo!!
PS: Tem um link ai faltando? Eu esqueço de vez em quando então... Paciencia