Amizade Colorida escrita por Juh Nasch


Capítulo 25
2ª temp. - Leo 1.3


Notas iniciais do capítulo

AMORES! Sinto muito a demora pra postar, mas sabe o bloqueio? Então, ele veio acompanhado de muitas tarefas essa semana.
Sobre esse capítulo: Eu não estava inspirada, não sei se é o que vocês querem, mas juro que me esforcei.
Sem mais blábláblá, espero que curtam.
Boa leitura :)



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Jennifer acorda um pouco zonza na manhã seguinte. Eu havia acordado um pouco antes dela, e continuei ali, a olhando e deixando que ela me fizesse de seu travesseiro. Havia me esticado, passado a mão sobre meu rosto e, em seguida, conferido meu celular. Nenhuma ligação ou mensagem, nem daqui e nem de ninguém da faculdade. Esperava que isso fosse um bom sinal.

E foi nesse momento que Jenn abriu os olhos, com um sonoro resmungo e a mão estendida, cobrindo os olhos, como se quisesse se esconder da luz, ela se espreguiçou. Eu soltei uma risadinha baixa ao ver seu cabelo completamente desgrenhado e foi nesse instante que ela realmente notou minha presença. Olhou pra mim notoriamente confusa, em seguida para o meu casaco que ela vestia e depois para o interior do carro à nossa volta.

—Antes que você pergunte, não rolou nada. Você ficou bastante alterada, já disse que você não deve abusar da bebida. Depois tentou me seduzir. Tive que usar toda a minha força de vontade para resistir. Admito que foi bem difícil. Mas eu sou um cara legal, e não iria abusar da sua ingenuidade. —digo com um sorriso.

Ela abre um pequeno sorriso, talvez um pouco sem graça pelo o que eu disse, ou talvez porque se lembrasse vagamente do que tinha acontecido no banheiro. Depois faz uma careta e leva a mão até as têmporas, as massageando. Isso só podia significar uma coisa: ressaca. Então ela tira o casaco e me estende, o devolvendo.

—Onde estão os outros? —ela pergunta ajeitando sua blusa e passando a mão por algumas mechas de seu cabelo. A ajudo, abaixando alguns fios rebeldes na parte detrás e é nesse momento que nossos olhares se cruzam. Pigarreio, abaixando a mão e tentando me concentrar na pergunta dela.

—Hã, sinceramente, eu não tenho ideia. —dou de ombros e encaro minhas mãos. —Não saio daqui desde ontem. —olho rapidamente o relógio de pulso dela e vejo que são dez horas da manhã. —Vamos descobrir. —digo abrindo a porta e saindo do carro.

Ela sai e me acompanha. E o que presenciamos é digno de uma cena de guerra. Corpos espalhados pelo chão, ao lado de dezenas de copos vazios e latinhas de cerveja. Outros sobre os bancos, mesas e cadeiras espalhados pelo local. Um em especial estava ressonando profundamente abraçado a um dos barris que havia mantido a cerveja gelada na noite passada. Olho pra Jenn e vejo que ela também está se segurando para não rir. Seria cômico, se não fosse trágico.

Aos poucos, vamos acordando um a um. Alguns parecem nem se lembrar de onde estão. Outros parecem que ainda estão sobre efeito do álcool. Ou quem sabe, algo a mais também. Annie e Isaac foram uns dos que dormiram sobre as mesas. A cara de Isaac ao acordar é tão hilária que solto uma risada descontrolada. Nanda estava no chão, utilizando Rodrigo como seu colchão particular. E Ethan estava estirado sobre um dos bancos, agarrado a uma garrafa de Ice. Todos reclamavam do barulho que o outro fazia e quase imploravam por um analgésico.

—Eu falei pra vocês não exagerarem. —digo assim que eu, Jenn, Isaac, Annie e Ethan estamos andando em direção ao carro. Tínhamos acabado de nos despedir de Nanda, e ela já queria organizar outra festa, e prometeu que seria tão boa, ou melhor, que aquela. Já até imaginava.

—Leo, pelamor de Deus, cala essa maldita boca! —diz Ethan irritado.

—Você é pior do que minha mãe. —diz Annie soltando um suspiro.

—Mas como você está tão bem, Leo? —pergunta Jenn. —Você bebeu tanto quanto nós ontem à noite.

—A diferença é que eu não sou fraco que nem vocês. —rio. —E sei também que fazer tanta mistura como vocês fizeram, dá uma grande merda depois.

—Quem diria que Leo seria o sensato do grupo? —diz Isaac ironicamente balançando a cabeça.

—Me dê à chave, Isaac. —digo estendendo a mão e ignorando os comentários anteriores.

—Não vou deixar você dirigir meu carro. —Isaac me olha carrancudo.

—Você não está em condições de exigir nada. —digo e ele bufa antes de tirar a chave do bolso e me entrega-la.

Ao entrarmos no carro, Isaac, Annie e Ethan atrás, e Jenn ao meu lado, no banco do carona, minha sugestão de ligarmos o rádio é veemente descartada. Sinceramente, não entendi o motivo.

A viagem é tranquila, até o momento que Jenn pousa a mão sobre minha coxa e aperta. Olho para o lado com um sorrisinho no rosto, mas vejo que ela está pálida.

—Mas o que...? —começo a perguntar.

—Para o carro, Leo! Para o carro agora! —escuto a voz de Isaac.

E assim que faço o que ele pediu, Jenn abre desesperadamente a porta e sai para o acostamento. É o tempo de eu escutar o barulho.

—Cara, isso é bem nojento. —escuto a voz de Ethan.

Annie e Isaac fazem menção de sair e resolvo fazer o mesmo. Encontro Jenn trêmula e sentada no meio-fio.

—Está tudo bem? —o jeito que ela me olha me faz sentir como se eu fosse um completo idiota por perguntar aquilo. Levanto e volto ao carro. —Isaac, você não tem a droga de uma toalha nesse carro? —pergunto em voz alta.

—No porta-luvas. —ele diz.

—Aqui. —digo assim que volto, estendendo a toalha para Jennifer e me sentando ao seu lado.

—Na saúde e na doença, Leo. —diz Ethan se aproximando.

—Você tem que soltar uma piadinha, não é? —digo balançando a cabeça.

Todos soltam uma breve risada. Quando a cor de Jennifer volta ao normal, e temos certeza que ela não vomitará de novo, fato que foi bastante reforçado por Isaac, que não queria seu precioso carro sujo, voltamos ao carro.

Assim que chegamos em frente as nossas casas, minha e de Jenn, começaram as discussões.

—Jenn, mas não tem ninguém em casa e você não pode ficar sozinha. —diz Annie.

—Você pode ficar comigo e Ethan no apartamento. A Annie vai pra lá também e... —começa Isaac.

—Eu cuido dela. —digo o interrompendo.

Todos olham pra mim, inclusive Jennifer. Parecem em choque, mas Jennifer concorda com a cabeça e os outros se entreolham. Mas eu saio do carro e dou a volta, abrindo a porta e estendendo a mão para Jennifer, os impedindo de me contrariar.

Ao entrarmos, percebo que a casa de Jennifer não mudou nada desde a última vez que estive aqui. Fora no Natal do ano passado, em que nossas famílias haviam celebrado juntas. Até mesmo meu pai e Michelle haviam vindo. Ela se senta no sofá, me olhando apreensiva.

—Onde tem analgésico aqui? —pergunto indo em direção à cozinha.

—Na prateleira à esquerda, acima do micro-ondas. —ela responde.

Volto com um copo d’água e o remédio. Ela o bebe e se deita no sofá, fechando os olhos. Vou até a cozinha e tento organizar ao máximo, lavando e secando a louça. Nem percebo o passar do tempo, até ouvir sua voz.

—Não precisa disso, Leo. —ela diz se encostando na soleira da porta e me olhando.

—Eu não pedi permissão. —digo sorrindo, depois a olho. —Está se sentindo melhor?

—Estou quase nova em folha. —ela dá um sorriso fraco enquanto cruza os braços sobre o peito.

—Quer que eu te faça um sanduíche?

Ela parece pensar em recusar a proposta por alguns instantes, mas depois concorda com a cabeça e até se aproxima para me ajudar a achar tudo o que eu precisava.

—Como vai no trabalho? Aquela entrevista deu resultados?

—Deu sim.

Então ela começa a falar sobre o novo emprego. Sobre seu chefe controlador, mas que ajudava em tudo o que ela precisasse. Fala também de alguns colegas de trabalho, e até de algumas fofocas da empresa. Fala tudo sobre a faculdade. Coisas que nosso pouco tempo de Skype não permitia. Falou de cada um de seus professores, desde o chato até o que ela mais admirava. Depois me perguntou das minhas novidades. Tentei explicar de um modo que o que eu fazia era muito mais interessante do que realmente era. Falei da faculdade, dos colegas e até do local onde ficava meu apartamento. Fiquei tentado a convida-la para passar uns dias lá, mas me segurei. Naquele momento, ali na cozinha dela, enquanto lanchávamos, riamos e partilhávamos nossas novas vidas, parecia que nada tinha mudado. Um pensamento ingênuo, pois tudo havia mudado.


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Notas finais do capítulo

HEY HEY HEY, gostaram? Mereço reviews? As minhas leitoras criativas, quero saber das ideias de vocês pros próximos capítulos. Tenho uma em especial, mas ainda quero viver um pouquinho. Se quiserem, podem me falar no twitter (@whysmb). É isso. Um beijo, um queijo e até o próximo capítulo.



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