I Cried Like a Silly Boy escrita por Mardybum


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olááá!!
Desculpem a demora pra atualizar, mas teve problemas no carregador do meu notebook e eu não podia continuar a escrever.
Espero que gostem do capítulo
Beijooos



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Gina e Ferdinando estavam cercados por uma espécie de animal o qual nenhum dos dois tinha visto na vida. Era parecido com uma onça, mas com manchas verdes pelo corpo. Seus olhos eram de um verde muito forte, quase da cor das manchas, mas muito mais intenso Pareciam ter sido feito em laboratório, não era natural, não era real. Cada vez mais chegavam enquanto os dois se afastavam aos poucos, de costas, não desviando o olhar.

–Gina... Ieu acho melhor a gente corre... -Disse Ferdinando, olhando para trás e depois olhando para ela e para frente. -... Agora! - Disse, se virando e correndo para a outra parte da floresta. Gina fez o mesmo, mas achava a sua atitude nada corajosa. Os dois corriam o mais rápido que podiam, sendo acompanhados de perto pelos bichos, que corriam tão rápido quando eles.

A corrida não estava sendo nada fácil: eles tinham que desviar das grandes árvores e de todos os obstáculos que existiam no lugar. Já estavam começando a ficar exaustos, mas ao que pareciam, aqueles animais não se cansavam nunca. Ferdinando já estava diminuindo o ritmo da corrida quando acabou encontrando um pequeno buraco no caminho e tropeçou, caindo na terra e não conseguindo levantar. Ele viu Gina continuar a fugir e continuou caído, sem saber se ela não o vira ou estava o abandonando.

Gina ia cada vez mais adiante, mas de repente percebeu que Ferdinando não estava ao seu lado. Parou imediatamente e se virou, o procurando. Mas se deu conta de que ele havia caído e não conseguia se levantar. Correu, voltando para ajudá-lo e viu que as feras haviam os alcançado. Elas ficavam mais assustadoras quando mostravam seus dentes afiados. Mas Gina não teve medo quando as viu se aproximando de Ferdinando, pegou a espingarda que carregava junto de si e atirou em uma delas que estava perto dele. O mais surpreendente aconteceu depois: ao invés de desabar no chão, morta, ela simplesmente explodiu em pedacinhos, que desapareceram completamente em instantes. Os dois ficaram surpresos, mas ela não teve muito tempo para pensar, outros se aproximavam enquanto ela atirava, tendo o mesmo fim do primeiro. Quando todos sumiram, Gina correu para acudir Ferdinando.

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Os outros habitantes começaram a acordar aos poucos, olhando em volta e percebendo onde estavam. Zelão logo se deu conta de que havia passado pelo sono, em horas que lhe pareceram instantes. Quando se virou para procurar Juliana, não a achou e se desesperou no mesmo momento. Morreria se algo acontecesse a professora, a qual amou desde o momento em que viu pela primeira vez. Percebeu também que todos estavam dando falta de duas pessoas, além da professora, Gina e Ferdinando. Mas o que mais o importava naquele instante era encontrar novamente Juliana e a única coisa que o proibia de deixar todos e procura-la era Mãe Benta, que não gostou nada daquela história e preferia que todos esperassem. Junto de Serelepe e Pituca, que ainda adoravam aventuras, mesmo depois de tudo que acontecera com eles, era o único que deixaria a Grande Árvore, como estavam chamando aquele lugar. Doutor Renato gostava muito da professora e queria encontra-la, mas seu desespero, e até um pouco de medo, tomavam conta dele naquele momento. Zelão continuou conversando com Lepe e planejando uma forma de encontrar os três.

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Juliana percebeu que se perdera de Ferdinando e ainda por cima, não encontrara Gina. Começou a caminhar, mas sem saber se estava na direção certa. Todos os lugares por onde passava eram iguais e ela não tinha nem sinal de qualquer pessoa que conhecia. Conforme seguia, achava o lugar cada vez mais estranho. Nunca escutava som algum que conhecia, nem de pássaros e de animais que geralmente vivam em florestas e até ouvia alguns zumbidos nas árvores, em que preferia nem olhar e continuava em frente, mais rápido. Algumas partes de seu vestido rosa estavam sujas e seus cabelos estavam bagunçados com o cansaço. Conforme andava, pensava na situação que estava vivendo. Talvez se continuasse na capital, lecionando em alguma escola por lá, não estaria passando por isso. Mas tirou logo esse pensamento da cabeça quando se lembrou de seus amigos da Vila de Santa Fé, os quais sentia tanto carinho. E teve certeza de que estava longe deles quando avistou uma espécie de caverna, não muito adiante.

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–Aaara! - Resmungou Ferdinando ao ser socorrido por Gina, que tentava o levantar. Tinha torcido o pé e caminhou, um pouco mancando. Mas estava tão nervoso com o fato de estar perdido e longe de sua família que mal escutou o que Gina perguntava. Pensava que se estivesse com todos, o doutor Renato poderia saber o que fazer para amenizar a dor de seu pé. E principalmente, sua família amenizaria um pouco a dor que estava sentindo de estar longe de casa e deles.

–Eu lhe fiz uma pergunta doutor Ferdinando! - Falou Gina, irritada.– Se você preferir ficar aqui por enquanto e procurar uma sombra pra escapar desse sol... - Era por volta do meio dia e o sol estava muito mais forte do que Ferdinando estava acostumado. O engenheiro nunca sentira a temperatura assim antes e isso era mais uma coisa que o fazia sentir falta da Vila de Santa Fé. Sua pele já começava a queimar de ficar exposto aos raios de sol e não acharia uma má ideia se não se lembrasse de que Juliana estava perdida.

–Não Gina, ieu vim pra cá ca professora Juliana i nois precisa achá ela logo. - Respondeu, ainda irritado.

–Nossa, Ferdinando, i agora...

–Vamu logo procurá ela ara! - Disparou Ferdinando, e seguiu em frente. Seguiria mais rápido se seu pé deixasse. Caminharam por um longo tempo, devagar, mas sem encontrar ninguém. Ferdinando continuava nervoso, pouco falava. Apenas se lembrava de sua família e se desesperava com a possibilidade de não encontrá-los. Gina, percebendo seu descontentamento, foi para a sua frente e o parou.

–O que é que foi procê tá bravo hein, doutor Ferdinando? - Reclamou Gina, brigando com ele.

–Ara i ocê ainda pergunta! Por sua causa a gente tá perdido, num era procê te saído de lá de jeito nenhum.

–Eu num tenho culpa se você veio aqui atrás de mim! - Respondeu Gina.– E você acha que eu queria estar aqui com você? Pra mim seria muito mais fácil estar sozinha!

–Pois intão fique sozinha ara! - Disse Ferdinando, se virando para o lado da floresta onde as árvores estavam secas. Estava triste, mas a irritação tomou conta dele depois da briga com Gina. Não queria mais vê-la e já estava se arrependendo de ter ido busca-la. Percebia que ela não se importava com ninguém, muito menos com ele, e que quando tudo isso acabasse, eles nunca mais se veriam. Já tinha se afastado dela e só conseguia pensar no porquê de ter se ficado tão nervoso com o fato de perdê-la. Continuou a andar, agora se arrependendo de ter pego aquele caminho. Não havia passado por um lugar tão sombrio como aquele e já iria voltar quando começou a ouvir um zumbido muito forte, vindo de cima.

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Gina não gostou nada de Ferdinando ter se afastado dela, mas seu orgulho não a deixava ir atrás dele. Mas conseguiu deixá-lo de lado ao seguir pelo mesmo caminho que Ferdinando passava, correndo para encontrá-lo. Aquele caminho era o mais estranho que já tinha visto, estava cheio de folhas secas e árvores mortas. Nada parecia ter vida e tudo era muito apagado, exceto por uma gosma verde que escorria pelos troncos. Ela olhou para cima e percebeu que saía de estranhas espécies de colmeias. A visão disso fez Gina se dar conta do que realmente era aquele lugar. E logo depois, o desespero tomou conta de si ao se lembrar de que precisava salvar Ferdinando.


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Notas finais do capítulo

Espero não acontecer mais nada que me proíba de postar mais hahaha
Tive algumas ideias diferentes para a fic, continuem acompanhando e espero que curtam.
Comentem!! Beijos!!