I Cried Like a Silly Boy escrita por Mardybum


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Tinha deixado de postar nessa fic pois já estava tendo pouco tempo para postar na outra, estava tendo poucas idéias para essa e queria me dedicar totalmente a novela que já estava no final.
Agora que ela acabou, estou com uma sensação de vazio, está sendo difícil pra mim perceber que acabou, hoje quase fui no site do gshow olhar os VPA's, como fazia todos os dias...
Mas eu gostaria muito mesmo de continuar a escrever fanfic sobre a novela, gostei muito do final, mas achei que ficou muito vago...
Bom, vou continuar essa e a How it Ends sem encurtar somente porque a novela já acabou.
Espero que vocês estejam dispostos a ler.
Beijos.



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Todos começaram a correr o mais rápido que podiam por um corredor escuro que não sabiam para onde daria. As vezes, um pedaço do teto caía no chão e eles tinham que tomar cuidado para não serem atingidos pois não podiam enxergar nada a sua frente, apenas ouviam o barulho. Gina seguia na frente, mas Serelepe corria tanto quanto ela, junto com Pituca, pelo estreito corredor. De repente, uma fraca luz começou a aparecer e perceberam que uma escadaria surgia um pouco a frente deles. Eles começaram a subir, com cuidado até encontrarem uma sala muito grande mas que se dava para ver que quem quer que seja que passou por lá antes, já havia saído a muito tempo. Antes eles estavam no subsolo e agora podiam ver uma fraca luz que saía das janelas, pois já estava escurecendo, mas tudo ainda continuava a desabar. Agora, tentavam achar um jeito de fugir daquele lugar.

Procuravam uma porta ou qualquer lugar por onde poderiam sair e acabaram por encontrar uma, que estava emperrada. Tentaram de toda maneira abrir, mas a poeira estava já estava alta. Foi quando ouviram outra explosão e se viraram para trás. O começo da sala, onde estavam a minutos, foi atingido por uma bomba e tudo o que podiam ver era mais poeira. Tinham que sair da onde estavam, então correram para o lugar que explodiu, com a respiração tapada, pois pelo o que parecia, parte da parede havia desabado. Depois de passar pelos destroços, deram de cara com uma floresta escura e fugiram para ela, correndo o mais rápido possível. Se viraram para trás e tiveram a visão da prisão onde estavam explodir por completa. Respiraram aliviados quando viram que todos conseguiram escapar a tempo.

Mas se deram conta de que aquele lugar onde estavam estava longe de ser aquele que conheciam. Ferdinando cuidava de plantações, mas conhecia de terra o suficiente para saber que aquele tipo de árvore não existia onde viviam. Tudo era muito sombrio. E agora, ninguém conseguia pensar no que fazer, estavam todos exaustos da fuga repentina e só conseguiam pensar em descansar um pouco. Então caminharam um pouco por aquele lugar, sempre tendo que prestar atenção onde pisavam e tirar pequenos obstáculos do caminho. Até encontrarem uma árvore maior que as outras, sobre um terreno mais plano do que haviam visto antes.

Gina se sentou, deixando sua espingarda ao lado e convidou todos a fazerem o mesmo. Epa, Catarina e Pituca ficaram em um canto, a menina querendo conversar com Serelepe, mas já estava quase adormecendo. Ferdinando ficou perto da irmãzinha e da madrasta, mas sempre olhando todos, principalmente aonde Gina estava. Ela estava junto da família Falcão e da professora Juliana, havia se simpatizado muito com eles e mesmo tendo conhecido à pouco tempo, já os considerava parte de sua família. Era verdade que não queria se apegar a ninguém, pois tinha medo de sofrer se os perdesse, mas era inevitável. Estava cansada, mas alguém teria que ficar de guarda, não sabiam o que poderia aparecer lá.

– Vocês podem descansar que eu vou garantir que não aconteça nada! - Disse a ruiva.

–Ô tumbém vô ficá aqui de guarda pra mó di num sucedê nada cum ninguém, principarmente ca dona Juliana. - Disse Zelão.

Então todos se deitaram para descansar e adormeceram, enquanto Gina e Zelão ficaram em silêncio para ouvir qualquer som suspeito que aparecesse. O tempo foi passando e tudo estava quieto demais. Nem sons que geralmente se ouvem numa floresta davam para ser ouvidos. O único som que conseguiam ouvir era de, as vezes, alguma barriga roncando com a fome que estava crescendo. Fazia mais de um dia que ninguém ali se alimentava de nada. Então Gina teve ideia de procurar comida, qualquer fruta que tivesse por ali. Os outros podiam não conhecer aquela vegetação, mas Gina era daquele lugar e conhecia um pouco daquilo. Não iria muito longe, para não se perder. Se levantou, limpou sua roupa, pegou sua mochila vazia e começou a ir. Zelão percebera que ela tinha saído e tentou impedir.

–O menina! Vorta aqui!

–Num vou demorar! - Respondeu e partiu.

Por todos os lugares em que olhava, só tinha o mesmo tipo de árvore, ainda não tinha conseguido achar nenhuma frutífera. Se afastava cada vez mais por aquela floresta escura, na esperança de achar algo comestível. De repente, um som a assustou e ela percebeu que algum tipo de animal vivia por aquele lugar. Então, em alguma parte daquela floresta teria que haver comida. Continuou a buscar.

–-------

Ferdinando acordou e viu que o céu ainda estava escuro. Olhou do seu lado e lá estavam seu pai, sua madrasta e sua irmãzinha, todos adormecidos. Ficou sentado por alguns instantes e se levantou. Já não estava com sono algum e pensou em ficar de guarda no lugar de Zelão ou Gina. Passou por Serelepe, Renato, Juliana, a família Falcão... até ir ao lugar onde o capataz estava, encostado numa árvore próxima a todos, cochilando. Pelo jeito, nada de mais sério havia acontecido. Mas ai se deu conta de que Gina não estava ali. Voltou a procurar perto das pessoas, olhou em algumas árvores ao lado, mas não havia nenhum sinal dela. Um desespero começou a tomar conta dele, "Onde diabos aquela maluca estava?". Tinha que pedir ajuda, então acordou a professora Juliana.

–Juliana, acorda Juliana...– Disse enquanto empurrava de leve o braço da professora.

–O que foi doutor Ferdinando? - Respondeu, sonolenta.

–Ieu acordei agora a pouco, fui olhá como tava o Zelão e a Gina, ieu ia ficá no lugar deles, pra eles discansa....– Começou a dizer. A professora se sentou.

–E então, aconteceu alguma coisa?

–Ieu fui vê e a Gina num tava lá. I ela num tá em lugar nenhum professora! - Contou Ferdinando. Juliana se levantou e olhou dos lados.

–Ai meu Deus, Ferdinando, e agora? Você tem certeza de que procurou bem?

–Craro Juliana, ocê acha que ieu num oiei por tudo conté canto?

–Vamos procurar ela então. Fica calmo que não deve ter acontecido nada, ela deve estar em algum lugar. Você não acha melhor chamar alguém? - Perguntou a professora.

–Não não, é melhor num preocupá mai ninguém, vamo logo! – E então eles foram para uma direção da floresta, esperando ser a certa, chamando, "Gina! Gina!" - "Ara, cadê essa maluca?" - Comentou Ferdinando.

Passou algum tempo, já estava amanhecendo, e eles já estavam cansados de procurar.

–Ferdinando, estou preocupada que algo de mais grave tenha acontecido. Ela não está em lugar nenhum! – Comentou a professora.

–Ieu acho melhor a gente se separá. Ela pode tá em quarqué lugar dessa floresta. - Sugeriu Ferdinando.

–Eu acho melhor não....

–Mai professora, ieu vô por esse lado i ocê vai pelo otro. Noi num vamo se afastá muito pra num se perde.

–Tudo bem Ferdinando, tudo bem. Mas se acontecer alguma coisa...

–Num vai acontece nada ara! - E partiu, chamando Gina.

–-------

Gina havia seguido as movimentações que tinha visto nas árvores. Mas percebeu que já estava bem afastada da onde seus amigos estavam. Quando pensou em voltar, achou algumas bananeiras. "Até que enfim", pensava enquanto pegava algumas e provava. Aparentemente, eram bananas comuns. Achou também alguns pés de acerola e pegou várias para colocar em sua mochila. Pegou alguns cachos de banana e colocou também. Daria para alimentar todos por algum tempo. Até que escutou um som de longe. Uma voz. Ela se aproximava e estava falando alguma coisa, estava chamando. Gina ficou atenta e percebeu que estava cada vez mais próxima. Até que escutou um "Ara" e percebeu de quem era.

–Gina! Ginaaaa! Ara! - Ferdinando chamava, até perceber alguns cabelos ruivos não muito distantes.

–Ferdinando! Para de fala alto! - Disse Gina quando encontrou o engenheiro.

–Ara até que enfim ieu achei ocê! Ocê deu um susto na gente sabia?

–Ferdinando fala mais baixo! Xiiiu... - Disse Gina, percebendo que a floresta estava se agitando.

–Ara! Ocê some i agora tá querendo mandá neu? - Continuou a falar Ferdinando, agora sem chamar muito a atenção de Gina, que agora estava toda na agitação da floresta um pouco atrás dele. Alguém ou algo estava vindo.

–Ferdinando, olha pra trás...com cuidado...– Disse Gina, cautelosa. Ferdinando se deu conta do que estava vindo. Agora mais do que nunca, estavam encrencados.


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Notas finais do capítulo

Bom, como sempre, espero que tenham gostado!
Quando comecei a escrever, eu não tinha nenhuma ideia. Mas incrivelmente, elas foram vindo enquanto eu escrevia.
Comentem o que acharam, beijos :3