O Momento certo para Sonhar escrita por llamonth


Capítulo 16
Capítulo 15




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Capítulo – 15

  

P.V de Kenne – A Trilha – Parte 2

Começamos a subida pela lateral da colina, que não era muito grande. Esta bem seca, e uma pedras enterradas no chão de terra ajudavam na escalada. Lara segurava o meu braço para se apoiar, e eu estava até que gostando, pois dentre todos, o Maevenn era o que ainda não tinha se aproximado de ninguém.

Léo tirou a sua câmera da mochila e começou a fotografar a paisagem que ficava atrás de nós devido a subido, passando logo depois a tirar fotos de todos em momentos inoportunos. Eu e Lara éramos os maiores vitimas dos flash’s, passando logo depois para Maeeve e Samantha, que tinha se aproximado devido a subida, onde provavelmente ele ofereceu ajuda a ela. Estavam muito tímidos, mais foram melhorando quando estávamos quase no topo.

-Estamos chegando gente! – Falou Lara bem alto e ofegante.

-Eu espero mesmo, não gosto de caminhar e não fazer mais nada. – Brincou Maevenn passando por Léo que tirou uma foto dele escorregando em uma pedra.

-Espero que esta foto não apareça no jornal desta semana primo, ou será humilhação na certa. – Eu falei sem olhar para trás, fazendo todos rirem.

-Muito engraçado primo. – Ele correspondeu com o mesmo tom de sarcasmo.

-Mais porque iriam aparecer no jornal da cidade? – Perguntou Gregório.

-Sabe, é que o Léo vai tentar uma vaga lá – eu comecei a rir – eu dou a maior força pra você, desde que coloque este momento do Maevenn na primeira capa.

Todos riram, até meu Primo, e ele não poderia me bater em meio aos outros, seria como se nos revelássemos, pois Maevenn é muito forte.

Chegamos ao topo, era lindo. Tinha árvores perfeitamente dispostas em fileiras até quase o outro lado, que possuía uma abertura bem grande para quem quisesse descer para o outro lado da floresta. Em segundos comecei a escutar os flash’s e os suspiros de Lara e Samantha sobre o lugar, que particularmente parecia cenário de cinema.

Eu ainda estava com o braço dela em torno do meu quando vi Maevenn tirar sua mochila das costas e tirar um equipamento de escalada. Me aproximei.

-O que vai fazer? – Perguntei.

-Vou subir nesta árvore aqui, é uma beleza, agüenta o meu peso e mais alta do que as outras, veja. – Disse ele apontando o dedo para cima.

Levantei os olhos, e realmente  a árvore era bem mais alta do que as outras, com uma copa incrivelmente grande. Meu primo já tinha vestido o equipamento de segurança quando voltei os meus olhos para os outros. Todos estavam tirando fotos, e estavam subindo de pedra em pedra, uma mais alta de a outra para fotografar o lugar, estavam todos dando muita risada.  Fiz uma cara de vontade, mais as pedras já tinham gente demais se espremendo para caber na foto.  Olhei meu primo que já começava a subir.

 -Para vai fazer isto, é perigoso. – Eu disse e Lara me acompanhando com Huhum.

 -Calma Kenny, estou fazendo isso para ver melhor a campina, e outra não é porque aconteceu aquele acidente com eles que isso vá acontecer sempre, ok? – Ele se virou e começou a subir novamente.

Eu me lembrei do que aconteceu, como foi horrível, ter que me separar deles e ir morar com Ciaran. Fiquei olhando o pessoal correr tirar mais fotos, deles e do lugar quando Lara pigarreou.

-Esta bem? –Perguntei a olhando ao meu lado.

-Sim... mais posso te fazer uma pergunta? – Ela olhava o chão.

-Claro.

-Não me leve a mal, mais o que o Maevenn acabou de falar... – ela analisou as palavras – o que aconteceu, e com quem?

A recordação me batei, o vento que vinha gelado me fez sentir outra vez a lembrança que tento esquecer, mais respirei fundo, era hora de aceitar.

-Para ser franco isso faz muito tempo...

-Se não quiser falar ... –Ela me interrompeu.

-Não, tudo bem. – Eu a interrompi também. – A mais ou menos 8 anos quando meus pais estavam escalando uma caverna que desabou.

-Ai Kenny, desculpe...

-Com o desabamento total da caverna nós nunca os encontramos. Eram escaladores profissionais. Tudo isso Foi quando eu tinha 17.

-Eu não queria perguntar isso. – Ela me olhou nos olhos se sentindo culpada enquanto eu olhava para a campina deserta. – Kanny, mais com isso que aconteceu, com quem você e sua irmã ficaram, quero dizer, um familiar ou outro alguém?.

-Olha, promete que não vai contar a ninguém? – Eu a olhei com um sorriso maior.

-Sim, prometer o que? –Ela sorriu também.

-Que não vai contar a ninguém o que eu vou te contar?

-Claro.

-Nós, depois deste acidente fomos morar com nosso tio, o irmão do nosso pai. O meu tio é o nosso professor de Matemática Avançada. – Eu fechei os olhos.

Uns segundo se passaram e até que enfim ela soltou o meu braço pela primeira vez desde que saímos do carro. Incrédula ela continuou.

-Sério, que demais... agora eu entendo porque você estava tão incomodado na aula dele. –Ela riu.

-Pois é, mais não conte a ninguém, só você sabe agora ok?

-Trato fechado... – Ela estendeu a mão na qual eu apertei. – Posso lhe fazer mais uma pergunta.? –Ela e virou porque Gregório tinha caído de uma pedra e estava rindo muito alto.

-Pode...desde que não seja meu tipo sanguíneo.- Eu brinquei.

 -Tudo bem, essa pergunta eu faço outro dia, mais Kenny, porque você e sua família não se misturam com a cidade, sabe, se mantém em segredo?

Essa pergunta não poderia ser respondida, eu não poderia falar mais nada. Logo cedo fiquei receoso de que Léo quisesse entrar em casa, mais por sorte não. Saber o que podemos ser, e como somos estava fora de cogitação, e eu não queria estragar a vida de todos da minha família, estávamos muito bem em Foks e agora que minha tia e meus primos estavam mais próximos eu não queria perde-los.

-Ei gente, vocês não vão acreditar!!! – gritou Maevenn do alto da árvore.

Eu não podia acreditar que ele me salvou por pouco da resposta. Respirei aliviado e olhando para o alto.

-O que foi?! – Gritei de volta.

-Vocês não vão mesmo acreditar, chama a galera!!!

-Ho gente, vem cá...vem!!! – Gritei para os que estavam longe, onde se viraram e vieram correndo entre as pedras e se juntando a mim e a Lara.

-O que foi? – Perguntou Maeeve para mim sobre o irmão.

-Por enquanto ainda queremos saber...e ai Primo, o que você ta vendo!!!

Ele olhava fixamente para a cadeia de montanhas ao longe até se virar para nós que parecíamos umas formigas.

-Eu não sabia que existia, mais logo ali, na parte leste da floresta tem um campo enorme de Flores, nunca vi igual, tem uma cor incrível!!!

Todos se entreolharam incrédulos. Era impossível haver campo de flores em Forks, devido ao clima e a temperatura. Retornamos os olhares para ele lá em cima quando ele berrou.

-O Léo, me empresta sua máquina!!! –Ele estendeu a mão como se pudesse pega-lá.

-Há ta...pera! – ele foi até uma pedra que á tinha apoiado. – Pero, to ligando. – Ele apertou o botão e deu um sacode e uma pancada, quando olhou desapontado. – Saco... ta sem bateria, não vai dar.

-Como já acabou? – Perguntou Gregório.

-Acho que não recarreguei em casa, deve ter sido isso. – Ele bufou e coçou a cabeça desapontado.

-Certo, então se não tem como... vou descer e vamos até lá!!! – Disse ele por fim soltando o equipamento e escorregando em segundos até o chão.

Estávamos perdidos, nós o olhamos como se fosse obvio que ele que teria que mostrar o caminho. Ele colocou a mala nas costas.

-Venham, tem um caminho por aqui, é bem mais leve que este aqui. – Ele brincou.

Lara grudou no meu braço outra vez como se fosse cair, mais não me importei. Andamos mais uns 10 minutos e então chegamos. Era lindo, paramos para observar a beleza. As flores eram azuis claras quase transparentes. Um pouco altas batiam no nosso joelho. Espinhos as rodeava do caule até as pétalas, mais mesmo assim, todos entraram. Estamos quietos, como se fossemos acordar de um sonho, ou que uma enorme abelha, maior que um urso pudesse nos deter da bela visão do campo florido.

-Como são bonitas, pena que você não recarregou sua câmera Léo. – Falou Samantha.

-É, foi mal galera, isso não vai acontecer novamente. – Ele falou sério.

-Tudo bem cara, é só umas fotos que perdemos, pelo menos temos o escorregão de Maevenn né! – Falou o próprio irmão gêmeo fazendo todos rirem.

Lára se soltou um pouco de mim e foi até Samantha, conversar algo que não consegui escutar, mais estavam sérias mais riram instantes depois. Parei para pensar como este vasto campo de flores sobrevive a baixa temperatura e ao clima? Será que alguém já as descobriu antes de nós?

Nesse instante me passou uma lembrança pela mente...deve ser delas o cheiro que estava invadindo a cidade, e que ninguém sabia o que era. Finalmente havia descoberto, agora só precisava contar a Enny sem que Ciaran saiba.

Parei para pensar em como, já que estávamos sem a câmera estiquei a mão e arranquei uma flor e guardei no bolso, sem que ninguém visse.

Voltamos cerca de meia hora depois, porque estava começando a pingar, e não queríamos pegar uma chuva enquanto subíamos a colina, seria impossível.


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