O Momento certo para Sonhar escrita por llamonth


Capítulo 15
Capítulo 14




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Capítulo – 14

  

P.V de Kenne – A Trilha – Parte 1

 

O meu sono foi perturbador. Acordei varias vezes sentindo que havia alguém no quarto, mais todas as vezes topava com o nada no escuro. Levantei ainda sendo 4 e 30 da manha e fui até minha janela para respirar um pouco. Ela rangeu e eu me apoiei com os cotovelos no parapeito respirando lentamente olhando a lua iluminar as colinas de Forks. Ainda estava nauseado com a idéia de meu tio dar aulas para mim, mais pelos motivos que ele aplica eu acho muito bom ele permanecer alerta.

Fiquei ali imaginando o dia que já começara, como seria a caminhada na floresta que eu nunca fui desde que cheguei, contudo a minha sorte é que Maeeven vai junto, e como ele é bem radical e adora uma aventura isso seria fichinha.

As horas foram e eu continuei imóvel no meu lugar, juntamente com o vento gelado noturno. Desci depois de usar o banheiro e me sentei na mesa do café ao lado de Enny.

 

—Não dormi bem...-Disse antes de meu tio me perguntar.

 

—Ta na cara, você esta pálido e com uma olheiras enormes... coma alguma coisa pode ajudar. –Disse Ciaran se sentando na minha frente.

 

—Você vai sair hoje?- Perguntou Enny

 

—Sim, com o pessoal da turma... vamos fazer uma trilha.

 

—Acho que vai ser muito bom, entrar no mato.-Brincou Ciaran.

 

—Pois é, mais pra sua informação a idéia não foi minha. – Eu dei um sorriso.

 

O tempo passou até dar 9 horas quando marquei com Leo para passar em casa. Me levantei e sai de casa para esperá-lo. Chutei uma pedra e olhei o horizonte, mais não tive muito tempo para isso, o carro do meu amigo estava parando em frente de casa. Fui até o carro, e vi o olhar alegre de Léo, no qual não se comparava com o meu.

Ele saiu do carro e eu apertei sua mão.

 

—Bom dia... – Eu disse.

 

—Bom dia, - disse ele com alegria, mais logo mudou de foco e olhou a minha casa – sabe, acho que cheguei cedo.

 

—Não, no horário certo. –Descontrai.

 

Ele vidrou na minha casa, como se procurasse uma câmera escondida no meio das telhas. Achei sempre estranho essa fascinação dele pela minha casa, mais isso não vinha ao caso, tínhamos que pegar as mochilas na garagem antes que meu primo chegasse.

 

—Léo, vamos pegar as mochilas... estão na garagem. –Indiquei o caminho

 

Chegamos lá e abri a porta, entramos. Elas estavam no mesmo lugar que eu havia deixado ontem a noite. Eram ambas vermelhas e muito grandes, estavam abarrotadas de coisas, das mais variadas. Eu peguei uma e Léo a outra, á mais leve. Saímos e chegamos ao jardim, onde nos sentamos. Passamos uns cinco minutos quietos até o silêncio ser quebrado.

 

—Sabe, acho que vou tentar a vaga no Jornal da cidade... o que você acha? –Meu amigo me perguntou olhando para frente.

 

—Acho que sim, sempre gostou de novidades né, além de contá-las. – Eu ri.

 

—Pois é.

 

Eu sabia que era verdade, ele sempre estava á par de tudo e nunca me deixava fora das coisas. Infelizmente eu estava calado, com a noite que tive não estava com a menor vontade de sair. De repente escutei um motor e vi que era Maevenn em sua moto nova com seu irmão gêmeo Maeeve . Nos levantamos e fomos ate eles que tiravam os capacetes.

 

—E ai? – Maevenn me cumprimentou.

 

—Tudo bem. –Respondi sorridente – Esse é meu amigo Léo Pileer. – Apresentei para os dois.

 

Eles se cumprimentaram.

 

—Kannedy, Enny esta em casa? – Perguntou Maevenn.

 

—Sim, porque?

 

—Cailainn mandou uma coisa para ela. –Ele pegou a sua própria mochila e foi para minha casa.

 

Ficamos nos olhando sem ter nada para falar, até que decidi comentar sobre o assunto do jornal com Léo para passar o tempo. Deu 10 e 30 e subimos nas motos para ir para frente do café. Os gêmeos foram juntos e eu fui com o meu amigo na minha moto. Cruzamos a estrada rodeada pela floresta até chegarmos a avenida principal. Estava deserta mesmo não estando chovendo, apenas os cafés funcionavam. Maevenn corria muito, chegou antes que eu mais quando chegamos Lara já estava lá com mais duas pessoas. Estacionei ao lado de todos e os cumprimentei. Lara havia levado uma amiga, Samantha Freine e um amigo de Lá Push, Gregório Méier.

 

—Então vamos nessa?- Pulou Lara ao meu lado e envolveu meu braço entre os dela, como se estivesse com frio.

 

Meus primos me olharam e sorriram.

 

—Vamos, acho que já demoramos demais.- Falou a amiga dela, Samantha

 

Samantha era muito bonita, um pouco alta e tinhas os cabelos negros e compridos até o pescoço. Tinha olhos castanhos e bem grandes além um sorriso contagioso. Por outro lado Gregório era magro e não era tão branco quanto ela, devia ser pelos pequenos momentos de sol na costa.  Cabelos também pretos e uma cara mais séria.

Subimos na vã de Lara; Eu ao lado de Maevenn e Léo no banco de trás, enquanto Samantha ia ao lado de Gregório e Maeeve que estava mais próximo de Lara, que dirigia. Estava tudo indo muito bem, todos alegres e nenhum acidente acontecera. A musica foi ligada e logo me descontrai com as palhaçadas que rolavam entre todos fazendo com que a viajem fosse muita rápida. Quando dei por mim, estávamos parados bem em frente a uma trilha e uma placa dizendo TRILHA DE PASSEIO. Saímos todos olhando em volta.

Era linda a floresta desta parte parecia que nunca tinha sido tocada por nenhuma tempestade e nenhuma chuva avassaladora. Meus pensamentos foram interrompidos pelo chamado de Maevenn para pegar a bagagem.

 

—Kenny, me ajuda aqui. – Ele exclamou em meio ao peso das malas.

 

—Acha que trouxe muita coisa? –Eu provoquei.

 

—Como assim, acho?... você que trouxe a casa inteira para cá! – Ele jogou a minha mala que me atingiu como uma bomba.

 

Lara se aproximou.

 

—Meninos, o que acham de irmos direto para a colina, depois podemos ir a cachoeira se não for muito tarde ou se não chover. – Ela estava acompanhada de Gregório.

 

—Acho ótimo. – Sorri pra ela – Mais como não conheço nada por aqui, me mostre o caminho, mais por favor não se perca. –Eu brinquei.

 

—Não se preocupe priminho... eu salvo você se precisar. – Gritou Maevenn passando por mim e sorrindo especialmente para Samantha.

 

—Ok primo, qualquer coisa eu te chamo para se eu precisar abrir um pacote de salgadinho. – Eu devolvi fazendo todos rirem.

 

Entramos em pares, Lara e eu primeiro, Maevenn com Samantha e Gregório, Maeeve e Léo fechando a fila. Andamos uns 15 minutos quando as árvores começaram a ficar muito altas e taparem parcialmente o céu. Estava um tempo perfeito, sem chuva e sem o frio cortante que eu tanto amo.

 

—Sabe galera, o que acham de tirarmos umas fotos, lá do alto da colina? – Sugeriu Léo.

 

—Sabe, acho uma boa. – Respondeu Samantha olhando e sorrindo para Maeeve propositalmente, fazendo Seu irmão gêmeo o olhar feio.

 

Continuamos andando mais 20 minutos acompanhados de cantos de musicas do momento e piadas mal afortunadas.

 

—Tentem responder...-Começou Gregório pela vigésima vez – Uma vaca caiu na caixa d’água, como ela sai? – Ele já começara a rir juntamente com Léo que já imagina a resposta.

 

—Sei lá... saí voando é que ela não vai né?! – Disse a Lara rindo.

 

—Também não sei...- Respondi para me fazer presente. – Como então?

 

—Molhada!!! – Ele começou a rir loucamente acompanhado de todos.

Jurara que hoje não seria um dia agradável, contudo estava completamente enganado, estava sendo perfeito

 

Em parte era bom que ninguém tivesse caído e nem se machucado, assim não teríamos que correr para Forks e voltar ao monótono final de semana trancado na minha biblioteca. Finalmente tínhamos chegados a colina, que era repleta de pedras e tinha um caminho já demarcado logo em sua lateral que a contornava.

 

 

 

 

 

 

 


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