A Garota Dos Defeitos escrita por Tamires Rodrigues


Capítulo 41
Jantar na casa dos Walker - conhecendos os sogros


Notas iniciais do capítulo

Oiii pessoas então mais um capítulo novo saindo pra vocês. Eu vou estreitar as postagens. O que acham de um capítulo a cada semana, ou a cada duas semanas? To me sentindo um pouco mais criativa, e claro as postagens pode mudar dependendo da minha criatividade, enfim só me digam o que acham tá bem?
Quero comentários, alegrem essa autora aqui ♥



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Sentir graça de algo pela primeira vez em semanas foi como se ao mesmo tempo eu estivesse descongelando, e traindo a confiança de alguém.

Uma sensação confusa. Boa e ruim.

Ver o semblante franzido do meu pai, e o olhar o preocupado – quase apavorado – da minha irmã era algo tão cômico que era difícil manter para mim o riso histérico se formando.

— Não seja dramático Fernando – minha mãe disse com firmeza. – Katherina certamente não é mais uma criança. Não entendo sua resistência em aceitar que sua filha está namorando. Não é o seu primeiro namorado.

Katherina só teve chance de contar ao nosso pai sobre o jantar à uma hora atrás quando ele finalmente voltou da casa de Phil.

Ele não aceitou bem.

Eu concordava com a minha mãe, kat não era mais uma criança, e além do mais não era seu primeiro namorado como ela e Kat tinham apontado.

— Seria mais fácil de aceitar se eu soubesse da existência dele antes.

— Ah pelo amor de Deus, pai, eu avisei do jantar não avisei? Se eu tivesse trazido ele aqui de surpresa eu entenderia sua chateação sobre isso, mas francamente – ela suspirou  deixando as coisas por isso mesmo.

O jantar estava marcado para as 8 horas, já eram oito e cinco, o que significava que a qualquer momento Ben chegaria.

Katherina deixou de fora, o motivo de Ben ter batido na nossa hoje cedo. Disse apenas que Ben e ela tinham decidido que era o momento de Ben ser apresentado oficialmente a família.

— Ben, é um cara legal – me pronunciei pela primeira vez desde que a conversa ‘’ eu tenho um namorado e ele está vindo jantar conosco’’. – Se você conhecê-lo irá gostar dele, pai.

Minha irmã ergueu a cabeça e sorriu para mim agradecida. A cada segundo que se passava ela olhava para a porta esperando a campainha tocar. Ela estava nervosa, e o nosso pai tinha uma grande parcela de culpa nisso já que a todo o momento atirava perguntas.

Namorado? Por que eu só estou sabendo disso agora? Por que ele quer tanto esse jantar? E a mais absurda delas: Ben é mesmo o nome de verdade dele?  Por mais temerosa que ela estivesse era aliviante ter uma distração para lidar em semanas. Tão bom que eu estava ansiosa por Ben chegar.

Tirei fiapos inexistentes da almofada no meu colo e zapeei pelos canais de televisão. Deixei em um filme romântico do século passado, mas fechei os olhos e recostei a cabeça no sofá da minha sala de estar sem realmente vê-lo.

Minha mãe e Kat conversaram sobre o seminário, e minha mãe deu quase a mesma resposta que deu a mim. Ela não sabia se queria ir.

— Como vão Phil e Gabriel, pai? – kat perguntou depois de algum tempo em silencio.

Abri os olhos e levantei a cabeça um pouco rápido demais.

— Phil está bem, mandou um oi para todo mundo. E Gabriel – eu não ouvi o resto, pois a campainha tocou. Contive um gemido. Porque a campainha tinha que tocar justo naquela hora?

Meu pai fitou o relógio em seu pulso, e ergueu uma sobrancelha.

— Atrasado. Isso diz muito sobre o caráter das pessoas.

Katherina rolou os olhos fazendo seu caminho até a porta.

— Sim, porque uma advogada não consegue julgar o caráter de alguém. Se comporte pai.

****

— Obrigada pelas flores Ben – minha mãe sorriu do seu lugar na mesa. – São lindas.

Eu olhei para as minhas próprias flores rosa em um vaso em cima da pia e sorri em agradecimento. Ben tinha trazido flores para minha mãe e eu, e chocolate para kat. Saber que as flores iriam murchar, e por fim morrer tirava um pouco de sua beleza.

— Foi o motivo do meu atraso – se justificou olhando para o único outro homem na mesa. – Eu costumo ser pontual, mas achei que seria gentil trazer algo como agradecimento pelo jantar.

Todas as mulheres da mesa ergueram as sobrancelhas para o meu pai desafiando-o a fazer qualquer comentário. Kat tinha um olhar desafiador, e debochado desafiando-o a falar qualquer comentário ruim.

— Você tem um bom gosto – bajulei. - As flores são lindas.

— É claro que ele tem. Veja como quem ele está.

Tomei um gole de suco, e virei os olhos cortando um pedaço de bolo de carne.

— Eu nunca soube como vocês se conheceram – meu pai murmurou.

Ben sorriu para kat que estreitou os olhos.

A história seria interessante.

— Foi numa confraternização da empresa...

— Domingo de manhã - kat interrompeu quase como se defendendo.

— Ela gritou comigo por ter bebido a ultima xícara de café da maquina - Ben continuou inabalado. Os olhos brilhantes de diversão.

— Eu mal tinha dormido durante aquela semana, e além do mais quem em sã consciência sai distribuindo sorrisos de manhã cedo?

— Já passavam das dez.

— Calado Benjamim!

Todos na mesa riram inclusive meu pai.

Levei uma garfada de comida à boca, e observei o casal. Era obvio para mim que havia um nível grande de companheirismo entre os dois. Bastava ver a forma como Ben roçava no ombro de Kat de propósito, ou como seus olhos sorriam ao olhar para ela e acompanhavam cada movimento.

Era além de interesse físico.

Os ombros de kat relaxaram enquanto um riso brotou em seus lábios.

— Lembro quando Katherina foi para faculdade, - minha mãe disse espetando um tomate da salada de alface com seu garfo – fiquei tão orgulhosa que contei para cada pessoa no trabalho. Um filho advogado seus pais devem estar orgulhosos.

O riso de Ben sumiu, e o mesmo aconteceu o de kat.

— Meus pais morreram há alguns anos atrás senhora, eu fui criado pelos meus tios.

Todo mundo ficou em silencio. Ninguém sabia o que falar.

A partir daí seguiu-se uma sequencia de interações tensas e forçadas. Queríamos que Ben se sentisse confortável, mas não sabíamos como. E o mesmo acontecia com ele.

— Eu não sei de quem Kat herdou seu mau humor matinal – meu pai disse antes de enfiar um pouco de comida na boca.

Ele estava tentando fazer Ben se sentir melhor?

Kat sorriu e encheu os olhos de lágrimas. Ele estava salvando a situação com conversa fiada.

Meu Deus.

— Da mamãe é claro.

Minha mãe riu e rolou os olhos.

— Sim culpe aquela que te carregou por nove meses na barriga e lhe deu a luz!

Um pouco de salada voou da minha boca quando eu gargalhei. Vi Kat fazer uma careta e mostrei a língua.

Sim, muito maduro.

— Toda vez que eu acordo do lado da sua filha eu sei que devo primeiro entregar uma xícara de café antes de desejar bom dia.

Meu pai tomou um gole de suco e franziu a testa.

— Então você anda dormindo muito na casa da minha filha?

Fechei os olhos, e contive um riso diante da careta de Ben.

Seria uma longa e interessante noite.

 


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Notas finais do capítulo

Oi de novo gente ahahahha eai o que acharam? Imaginam um jantar assim com a Sukes e o Gabriel? Familia Wolf e Walker juntas? Ihhhhh quais seriam as indiretas que o Phil daria hein?
Talvez isso aconteça em um jantar, ou capítulo próximo, vocês querem? Comentem a opinião de vocês e me deixem informada.



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