A Garota Dos Defeitos escrita por Tamires Rodrigues


Capítulo 28
Albert Einstein


Notas iniciais do capítulo

Volteeei , eu sinceramente devo desculpas por tanta demora , desculpa de verdade gente , eu meio que enlouqueci sem postar aqui , então voltei , espero que não tenham esquecido da fic , falando nisso.... nesse tempo sem postar eu li A.G.D.D inteira e percebi a quantidade de erros de português que ela tem , e então tentei editar algumas coisas , e sem querer fiz bobagem , (eu tirei ela de ordem , entre outras coisas kkk)se alguns de vocês receberam uma mensagem minha dizendo que eu iria exclui-la esqueçam kkk porque eu mais ou menos consertei , mas mudei algumas coisas , por isso seria bom se pudessem ler desde o inicio .... Bem , é isso , por favor não deixem de comentar , porque vocês me fazem querer escrever mais sempre que eu leio os comentários tão fofos e perfeitos que me mandam.



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Segundo Albert Einstein, a percepção que uma pessoa tem do tempo, é relativa ao desejo de vê-lo passar.

Eu não sei por que eu concentrei meus pensamentos em um famoso físico morto, mas de alguma forma eu decidi que era mais fácil lidar com a teoria da relatividade, do que com a falta de notícia em relação ao estado de saúde da vovó.

Vários minutos se passaram – tempo suficiente para Phil chegar ao hospital, tempo suficiente para um casal de idosos ocupar os lugares vazios ao meu lado no sofá da sala de espera, tempo o suficiente para eu contar as fissuras no piso 15 malditas vezes.

Quando Dr.Matheus venho falar conosco, cerca de 5 minutos trás, eu senti um sentimento de entorpecimento.

Vovó estava sedada e instável. Estava bem, e ao mesmo tempo nunca esteve pior.

Todos estavam preocupados, os médicos, minha família, mas vovó sempre foi tão forte, porque deixaria de ser agora? Ela nunca desistiu de nada, não desistiria fácil.

Por um segundo todos ficaram em silêncios, apenas me olhando, percebi que tinha falado em voz alta. Dr. Matheus foi o primeiro a falar.

— Eu sinto muito, mas... Não podemos fazer nada além de deixá-la confortável, e esperar.

Pisquei fortemente, sentindo que cada palavra como um soco.

Esperar?

Como é possível que eu fique apenas esperando? Eles não ouviram o que eu disse?

Talvez se eu me concentrasse bastante, eu fosse capaz de acordar do meu pesadelo particular. Porque as últimas horas infernais não podiam ser reais.

Fechei os olhos ignorando as pessoas, e qualquer zumbido ao meu redor, logo tudo sumiria.

Eu estava tão cansada que poderia dormir em pé.

Vamos lá, Suzanne, acorde!

É só um sonho ruim, um truque da sua mente querendo te assustar. Não, é real.

ACORDE!

Abri os olhos lentamente, mas ao Invés de ver o meu quarto, me deparei com vários pares de olhos me fitando com preocupação.

Sacudi minha cabeça de um lado para o outro, mordendo meu lábio inferior para disfarçar o fato dele tremer.

—Não é um sonho – sussurrei._Eu estou acordada.

Dr. Matheus já tinha se afastado, mas eu continuava de pé parada no meio de uma sala de espera.

Minha avó estava sedada, e doente, em um dos quartos de UTI.

— Quando foi à última vez que você comeu?-Kat perguntou. Um pequeno vinco se formando entre suas sobrancelhas.

Na casa de Gabriel.

— Não estou com fome.

— Suzanne – minha mãe disse tocando meu ombro- vá comer alguma coisa, e traga algo para mim, ok?

Eu sabia que as duas estavam focando em mim para ter algo em que pensar, e com isso eu não podia argumentar então eu assenti.

***

Fiz uma careta para o meu reflexo nos espelhos dos elevadores.

— Bonita jaqueta – Katherina assoviou.

— Gabriel me emprestou. Eu estava com frio.

Ela mexeu as sobrancelhas de uma forma sugestiva.

— Hum, que cavalheiro.

Suspirei baixinho. As portas dos elevadores se abriram, e nós deslizamos para fora.

— Nem comece.

Ela cutucou meu ombro com o seu, e sorriu.

— Eu não disse nada.

Dei a ela, um olhar ‘’você está mesmo falando sério?’’.

— Isso é porque você provavelmente pensou.

Estávamos adentrando a cantina agora. Enxerguei uma quantidade surpreendente de jalecos brancos.

—É você que está dizendo, não eu.

Olhei a esmo pelo lugar procurando uma mesa vazia, encontrando uma cerca de 2 metros de distância.

— Você guarda nossa mesa – eu sugeri – e eu faço nossos pedidos?

—Só me traga um copo grande de café puro – Kat pediu pegando dinheiro da bolsa e me entregando.

— Se eu tenho que comer comida de hospital você também.

Ela riu.

— Certo, um sanduíche.

Esperei na fila por uns bons 10 minutos, até ser atendida, por uma mulher de meia- idade com um sorriso gentil, e fácil. Depois de pagar, e agradecer pelo meu pedido, eu fui sentar com Kat.

Coloquei o pedido da minha mãe no meio da mesa, e me recostei na cadeira.

— Seu café, e sanduíche – falei colocando os mesmos na frente dela. Isso me lembrou de todas as vezes que eu repeti um monologo parecido para os clientes no Adam’s.

Foi só quando dei a primeira mordida no meu misto quente, que eu notei que estava realmente com fome.

— Você e Gabriel tiveram... Avanços, desde a última vez que nos falamos?

Encolhi meus ombros.  - Algumas coisas aconteceram. – Nem parecia que tinha sido ontem. Com tudo acontecendo eu sentia que estava naquela sala de espera a semanas.

Ela engoliu alguns goles de café, e gesticulou com as mãos para que eu continuasse a falar, quando eu não disse nada.

— E você não está me dizendo isso por que...?

Porque parecia errado pensar em garotos. Kat, no entanto entendeu meu motivo errado, porque pausou seu café a meio caminho da boca, e disse:

— O estúpido fez alguma coisa errada, não é? Vou me certificar de ter uma conversa com ele mais tarde.

Tomei um gole de chá preto, torcendo meu rosto em uma careta.

— Jesus, isso tem gosto de meia suja, e pé.

— Como você sabe que gosto meia suja tem?- Antes que eu pudesse responder, ela me cortou com um aceno de mão. - Prefiro não saber.

Um sorriso brotou nos meus lábios.

— Não mude de assunto!

Avaliei Kat sutilmente, ela estava mais interessada no que eu dizia do que o normal, ela estava me usando para se distrair. Não muito diferente de contar rachaduras no chão, e pensar em físicos mortos.

—Ok, certo nós almoçamos juntos na casa dele ontem – falei.

— Será que vocês, hum... - Ela não precisou completar a frase para eu entender,

— Meu Deus claro que não! Você sabe que eu me arrependo de... – Eu me calei não querendo pensar na minha primeira vez ou em Renan. - Nós comemos pizza e tomamos refrigerante.

— Pizza, e refrigerante?

—  Apenas isso.Quem você acha que eu sou afinal? – Deixei de lado o fato de termos almoçado na cama dele.

— Ei – ela apertou gentilmente minha mão – não é em você em que eu não confio. Você se magoou uma vez e eu não quero que aconteça de novo.

Mordi o interior da minha bochecha, e fitei meu chá quase intocado.

— Você vive me dizendo que eu preciso arriscar.

Katherina xingou baixinho.

— Yeah, eu sei, mas você é minha irmãzinha, que tipo de pessoa eu seria se não cuidasse de você?

Meus olhos umedeceram  e eu funguei.

— Obrigada por tudo que fez por mim, - eu apertei sua mão de volta - agora, por favor, me fale de você antes que eu fique toda emotiva.

Ela esfregou os olhos como se quisesse espantar o sono, e me deu um pequeno sorriso amarelo.

— Tem um cara no lugar no escritório em que trabalho – ela faz um estágio em um escritório de advocacia.

Tomei mais um gole do meu chá, esquecendo do gosto ruim.

— Qual é o nome dele? – perguntei curiosa.

 Ele deveria valer a pena se ela estava me contando sobre ele, ou então ela guardaria pra si mesma.

Kat comeu seu último pedaço de sanduíche antes de responder:

— Ben, nós saímos algumas vezes – ela deu de ombros tentando parecer mais alheia do que se sentia. - Ele parece ser legal, mas como ter certeza com os homens?

O telefone dela tocou em cima da mesa, e nós duas pulamos com o som.  Suas sobrancelhas voaram para cima, quando viu o mostrador.

Ben.

— Vá atender – articulei com os lábios. E sem qualquer outro incentivo ela o fez.

 


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