A Garota Dos Defeitos escrita por Tamires Rodrigues


Capítulo 22
Carona


Notas iniciais do capítulo

Oiiie , desculpem a demora , aqui está um novo capítulo , Viu ? não precisa me bater Lucy kk
Gente o Gabs tá tão ... ownt , quero ele para mim. Espero que gostem . Comentem , quero saber se estão curtindo esse casal !!! Boas vibrações a todos que amam A garota dos defeitos tanto quanto eu .*Tami
perdoem minha pessoa pelos errinhos kkk



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Com os lábios dormentes, eu pus alguns centímetros de distância entre Gabriel e eu.

— Aonde você vai? - ele indagou me segurando pelo braço.

— Já faz uns bons 40 minutos que estamos nesse estacionamento, se eu não for para o ponto de ônibus vou chegar atrasada no Adam’s.

Gabriel revirou os olhos, e me ergueu e me colocando sentada na sua harley cromada.

— Eu ainda não terminei de mostrar o quanto eu gosto de beijar você.

— Eu vou me atrasar – resmunguei fingindo uma irritação que eu obviamente não sentia.

A verdade é que parte de mim, ainda estava com dificuldade em acreditar que ele me disse tanta coisa, que me deixou entrar em um mundo particular... Que nos beijamos e nenhum de nos dois surtou.

— Tem certeza que se importa se chegar alguns minutos atrasada? – ele me perguntou colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.

Os cabelos da minha nuca arrepiarem com seu toque.

Quem se importa em chegar atrasada? Eu com certeza não.

Ele riu suavemente, e acariciou o lado esquerdo do meu rosto com os nós dos dedos.

—Pare de tentar me seduzir – brinquei olhando nos olhos dele.

Verde é realmente minha cor predileta.

Ele foi chegando ainda mais perto e gentilmente plantou um beijo na minha testa.

— Meus lábios são mais para baixo – reclamei fazendo beicinho.

Ele foi chegando ainda mais perto, e eu coloquei meus braços ao redor do pescoço dele.

— Ainda falta uma boa distância entre minha boca e a sua. – Meu coração martelava contra o meu peito.

E um pouco insegura acabei com a distancia entre nossas bocas.

Comecei a rir, e ele me olhou como se uma nova cabeça tivesse surgido.

— O que foi?

 _ Nada é só que... – me calei sem saber como explicar.

Ele vai me achar louca, mas fazer o que?

— Eu tive um namorado, eu meu primeiro beijo foi com ele – fiz uma careta ao lembrar de Renan. _ Ele foi o único a me beijar – entre outras coisas - até você aparecer... Sempre foi estranho, estar com ele, porque nunca senti aquele sentimento de euforia embora eu gostasse dele – dei de ombros desviando o olhar – com você é melhor.

Toda a coisa que eu esperava sentir com alguém, joelhos fracos, coração acelerado, e um zilhão de pequenos fogos de artifícios.
— Queria que tivesse conhecido minha mãe – disse abruptamente.

Por algum motivo que eu não sei explicar meus olhos se encheram de água. Eu nunca escondi o fato de ser sensível de ,qualquer forma.

— Eu gostaria de tê-la conhecido também.

Sacudi a cabeça, limpei a garganta tentando dissipar o clima desconfortável._ Eu de verdade preciso ir para o trabalho – murmurei.

— Eu levo você.

— Er... Acho que não.

Eu nunca andei de moto antes, e particularmente não considero um meio de transporte com duas rodas, seguro.

— Você não tem medo de andar de moto, certo?

Dei de ombros em simulada indignação e indiferença, embora eu não ande nem de bicicleta.

— Claro que não. Mas é seguro andar nisso?

— Nisso Suzanne? Não é um instrumento de tortura, é só uma moto.

Virei os olhos, e ele começou a rir, mas tentou disfarçar com um engasgo.

— Idiota – grunhi cruzando os braços.

— Basta se segurar em mim, Formiguinha.

Senti-me um pouco – só um pouco- medrosa e infantil.

— Tudo bem – concordei._ Só me prometa que se eu morrer vai dizer que a culpa é sua para minha família.

Um toque de guitarra antecipando a voz do vocalista do 30 seconds to mars, quase me fez saltar. Gabriel tirou o telefone do bolso do jeans e fez uma careta.

— Quem é?

— Meu pai – respondeu coçando a nuca.

— E? – instiguei.

— Eu tinha dito que iria chegar mais cedo para receber a entrega da nova geladeira.

Tentei fazer uma carranca severa.

— Que decepção, eu realmente achei que você era um garoto responsável – balancei minha cabeça, e peguei o celular da mão dele.

— Eu não faria isso se fosse você – avisou. - Ele provavelmente deve estar irritado.

— Bobagem – saltei da moto e atendi.

Nem tive tempo de dizer alô.

— Seu filho da puta, você não prometeu que estaria em casa? Imagine a minha surpresa quando encontro a geladeira nova no meio do jardim. Juro que dessa vez te deixo dormindo do lado de fora, junto com o cachorro da vizinha...

— Hum... Oi, Phil aqui é a Suzanne – o interrompi debilmente.

Sim, eu banco a retardada diariamente.

— Suzanne? – de irado, ele parecia quase envergonhado.

— Sim, e eu sinto muito pelo Gabriel não ter cumprido com a palavra dele a culpa foi minha – expliquei.

— O que vocês estavam fazendo? – quis saber ainda não convencido.

Fiz uma careta. Fale-me em ser invasivo?

— Conversando – tenho quase certeza que corei.

— Certo – ele suspirou rindo um pouco – só conversando. Pode passar para ele?

Tirei o telefone no ouvido, e alcancei para Gabriel para você.

***

— Quem é o a garoto com quem você estava flertando do lado de fora do nosso respeitoso estabelecimento de trabalho? – Beca perguntou preparando o pedido de um casal de idosos.

— Eu nem sabia que podia flertar.

— Confiei em mim, você estava no topo da flertação, nem me percebeu quando eu passei por vocês.

Uau!

— Sério?

— Sério! Então quem era o sortudo?

— Gabriel.

Ela estreitou os olhos, de uma forma que eu nem julgava ser possível.

— Não me deixe no suspense, eu quero saber de cada detalhe.

— Ele está esperando um cappuccino para a viajem de volta para casa.

Beca arregalou os olhos e parou de preparar os sucos da mesa 1. Um dos cozinheiros tinha pedido demissão e os garçons estavam ajudando com os pedidos fáceis.

— Já volto, eu preciso ver esse garoto de perto – disse e praticamente pulou para fora das portas de vai-e-vem que separam a cozinha, do salão dos clientes.

— Aquele é o seu Gabriel? – voltou apontando para a mesa 5 onde ele esperava pelo seu cappuccino._ Você havia me dito que ele era bonito ,e não realmente gostoso.

Comecei a rir, e me ocupei do pedido dos clientes dela, enquanto a mesma só me olhava em um engraçado estado de choque.

— Por favor, me diga que ele tem um irmão gêmeo, Suzanne.

— Lamento filho único.

— Talvez um primo da mesma idade? – murmurou extremamente esperançosa.

Dei de ombros rindo.

— Acho que não.

— Certeza? Nenhum parente, meramente parecido?

—Dificilmente.

— Bem, é uma pena Caique estar de folga, ele me deve 20 reais.

Franzi a testa.

— Por quê?

— Bem, - gaguejou – nos meio que fizemos uma aposta.

— Que tipo de aposta? – indaguei, apesar de quase saber a resposta.

— Não fique brava, mas apostamos quanto tempo demoraria para você e Gabriel se entenderem.

Pressionei os lábios em uma linha dura.

— Nos entendermos? Quando foi isso?

— Lembra quando ele te atropelou?

Bufei._ Isso foi no meu primeiro dia.

Beca riu desconfortável._ Você não está brava está?

— Vou ficar brava se não ganhar metade do dinheiro.

—Isso não é justo.

Arqueei uma sobrancelha pensando.

— Tem razão. Eu quero todo.

Beca suspirou dramaticamente.

— Te dou metade do dinheiro, e uma parte da minha folga da semana que vem.

— Você não precisa fazer isso, não quero sua folga.

— Eu sabia que você iria dizer isso.

Encarei-a boquiaberta.

— Sua pequena manipuladora – acusei.

— Culpe a minha mãe. Ela que me ensinou a ser assim.

Sacudi a cabeça dando risada. Eu até já sabia em que gastar o dinheiro: chocolate e no aluguel dos filmes para quando meus viajarem.

As próximas horas se passaram rápidas e atarefadas. Caíque estava de folga e com um cozinheiro a menos trabalhamos em dobro. Quando eu cheguei em casa tudo que eu pensava era na minha cama. Até que lembrei que tinha dever de casa para fazer.

 


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