A Garota Dos Defeitos escrita por Tamires Rodrigues


Capítulo 12
Babaca!


Notas iniciais do capítulo

Oii eu sei que demorei para postar esse capítulo , me desculpem ... Mas a culpa é da escola que não entra em féria nunca e de todo drama que ela traz . Preciso da sinceridade de vocês quando for comentarem okay ? ANSIOSA PARA SABER A OPINIÃO DE VOCÊS .



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Observei o modo como às garotas sorriam apenas na presença dele, e soltei um palavra baixinho, vendo-as tentando para chamar sua atenção. Isso deixou claro para mim, que me beijar ontem significou pouco – senão nada- e isso estava ótimo para mim. Lutando contra a vontade de correr para longe, eu passei por Gabriel e todas as garotas em sua volta, podendo assim finalmente entrar na sala de aula.

Cerrei meus punhos quando ele piscou para mim. 

Babaca! E quanto às garotas onde estava o amor próprio delas? Assim que eu pensei isso imaginei minha irmã me repreendendo. Kat uma feminista assumida sempre me disse que qualquer garota pode ir atrás do que ela quer, sem ter que ser taxada com algum adjetivo por isso. Eu compartilhava com ela essa teoria, mas teria sido bom poder dar alguns apelidos.

Desejando ter ficado em casa dormindo eu caminhei diretamente para o meu lugar, quase no mesmo instante em que o sino tocou anunciando o inicio da aula, eu estava como sempre em cima da hora. Tirei meus livros e cadernos da mochila, e aproveitei o fato do professor ainda não ter entrado para escrever um pouco. Ontem quando eu cheguei à minha casa finalmente consegui dar o pontapé inicial para a história de Natalie e Adrian. Um possível livro que eu estou escrevendo. A última vez que eu tive inspiração e imaginação para escrever um capítulo, foi a quase dois meses atrás mas , ontem no entanto eu fui capaz de escrever 4 capítulos , em um pouco mais de 5 horas , saindo finalmente do bloqueio em que minha mente se encontrava.

— Divagando sobre mim? – eu saltei assustada da cadeira ao ouvir a voz de Gabriel.

Achei que depois da briga ele estaria suspenso. Mas pelo visto não. Minha língua coçava para perguntar, mas de alguma forma eu sabia que isso o alegraria.

— Não era para você estar suspenso ou algo assim?

Ele ergueu uma sobrancelha, e sorriu.

— Parece que alguém anda perguntando de mim pelos os corredores!

Eu sabia.

Meu queixo caiu um pouco ao ouvir isso, mas eu disfarcei com um sorriso.

— Parece que alguém tem o ego ainda maior do que eu imaginei- devolvi igualmente sarcástica.

— O que você está escrevendo? – perguntou apontando para o meu caderno.

Instintivamente cobri o que eu estava escrevendo com o meu braço. Infelizmente as características de Adrian lembram muito alguém que eu realmente gostaria de não lembrar. Eu as decidi ontem, porque pareceu certo criar alguém com olhos tão bonitos.

Lembrei-me das garotas no portão e mordi o lábio de repente de mal humor.

— Nada que seja da sua conta.

Ele deslizou para a cadeira ao meu lado, ainda sorrindo.

— Esse lugar está ocupado – menti. – A única amiga que eu tinha na escola era Giovana (sim, bastante deprimente). E ela nem tinha aula de álgebra comigo.

— Bem, - ele deu de ombros – não vejo ninguém.

O professor adentrou a sala, pedindo desculpa pelo atraso. Percebendo que Gabriel não iria escolher outro lugar, eu decidi ignorá-lo.

— Se organizem em duplas – o professor pediu tirando algumas folhas de uma pasta plástica supus ser um trabalho ou algo do gênero.

Se eu sou péssima nos trabalhos estando preparada, imagine em um teste surpresa?

O som de cadeiras sendo arrastadas, e conversas altas e paralelas me fez perceber que eu não tinha uma dupla. Talvez, eu pudesse persuadir o professor a me deixar fazer o trabalho sozinha. Se eu parecesse deprimente o bastante ele cederia como sempre. No inicio os professores tentavam fazer com que eu me enturmasse, mas então desistiram.

— Eu não tenho dupla – eu disse, quando o mesmo pôs o teste em cima da minha classe. Transformei meu rosto em uma expressão melancólica, e perguntei:_Posso fazer sozinha?

O professor ajeitou os óculos em cima do nariz, e deixou seu olhar vagar pela sala inteira.

— O aluno novo também não tem dupla – ele fez um gesto com a mão para Gabriel se aproximar de mim, e foi entregar os testes restantes.

Gabriel casualmente arrastou sua cadeira, e s sentou ao meu lado me observando do mesmo jeito que fez da primeira vez que nos vimos no shopping. Aumentei a distância entre nós, indo um pouco mais para o canto da parede.  Ofeguei incrédula quando ele prendeu os dedos debaixo da minha cadeira me puxando para mais perto dele. Isso por algum motivo me lembrou do nosso beijo, e fez um rosto esquentar. Pigarreei encostando o ombro na parede.

Eu queria que com isso ele percebesse que eu não estava confortável, ou feliz com nossa proximidade. Eu definitivamente deveria ter sabido que isso só o incentivaria.

Um sorriso torto e maroto brilhou em seus lábios. E isso me irritou.

— Melhor – murmurou com uma piscadela. – Isso me irritou ainda mais.

Eu não iria cair no jogo de ninguém novamente. Não, tão fácil como aconteceu com Renan. Eu não precisava de mais ninguém zombando de mim.

Estreitei meus olhos.

— Melhor para quem? Talvez você não tenha notado, mas eu não sou como as outras garotas com o qual está obviamente acostumado. Não espere que eu vá sorrir apenas por estar do seu lado.

Seus olhos brilharam de um jeito estranho.

— Hum, – disse coçando a mandíbula como se estivesse pensando– você não pareceu não pareceu agir diferente das outras garotas ontem.

Engoli em seco. Ele tinha razão.

Eu devo ser a mais idiota das pessoas. 

Agarrando-me com garotos no corredor?

Céus, eu realmente o beijei na detenção enquanto a professora estava fora?

Toquei meus lábios com a ponta dos meus dedos, e quase pude sentir sua boca, sobre a minha. Yeah, eu fiz.

Estúpida!

—Eu não acho que ficar me olhando vai fazer com que as questões se resolvam sozinhas - retorquiu com uma expressão presunçosa.

Sem esperar por uma resposta minha, ele pegou o teste e começou a resolver as questões do teste. 


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Notas finais do capítulo

Boas Vibrações .