A Garota Dos Defeitos escrita por Tamires Rodrigues


Capítulo 13
Você me deve


Notas iniciais do capítulo

Oiii anjinhos meus >< quem gosta da avó a Sukes vai gostar do capítulo só digo isso .
Obrigado por ler A Garota Dos Defeitos e por deixarem comentarios tão meigos e perfeito vocês são realmente demais .
Obrigada dona Beca Cabral por me cobrar esse capítulo com toda seu poder de persuasão o que inclui todo tipo de chantagem emocional (alias você é muito boa nisso).
Obrigada a minha minha Katherina da vida real , te amo criatura , você é incrivel .
Só mais obrigado um obrigado a minha irmã por me emprestar o notebook sempre que eu preciso transcrever a A.G.D.D amo você também >



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Duas semanas que se passaram Gabriel não somente se tornou popular entre as garotas, como também o dito encrenqueiro. Não sei dizer por que isso me decepcionou tanto. De qualquer jeito nós nos vimos o mínimo possível entre as aulas, nos corredores ele fingia não me ver  e eu tentava fazer o mesmo. Exatamente por isso, eu estava tendo dificuldade para entender o motivo de ele estar parado ao lado de uma das mesas de estudo da biblioteca  a centímetros de mim pedindo ajuda.

— O que você quer? –Ele não demonstrou surpresa, com a minha pergunta.

— Se meu pai perguntar você diz que esteve comigo ontem, ok?

Pisquei meus cílios. Obviamente existia um motivo para ele falar comigo.

— Por que eu faria isso? – indaguei o mais sarcasticamente que eu consegui. Eu não era boa com sarcasmo, no entanto.

Ele lançou um olhar irritado, e eu sustentei seu olhar.

— Por que você me deve.

Ergui minha sobrancelha.

 _ Não devo nada a você- estalei e como estávamos na biblioteca eu mantive minha voz baixa, mas o meu desejo era gritar. Eu só queria ler meu livro e ficar em paz. Era aula de educação física, mas Elena estava no ginásio e eu dei um jeito de fugir de lá não querendo esbarrar com ela.

Uma batida inteira se passou antes que ele falasse novamente:

— Basta dizer que estava comigo, ok?- Seu tom era resignado, e eu suspeitava que ele quisesse me sacudir até eu concordar.

Rapidamente deslizei meus olhos pelo corpo dele, percebendo que ele tinha um hematoma na bochecha, e um pequeno corte na sobrancelha. Ontem na noite de quinta feira, uma das alunas mais populares do terceiro ano aproveitou o fato dos pais estar viajando para dar uma festa na piscina - quente ou algo assim, eu não fui convidada, sem grandes surpresas, mas Giovana sim e segundo o que ele me disse Gabriel brigou com Dante melhor amigo de Renan. Pelos pequenos machucados visíveis a historia se mostrou verídica.

Suspirei.

— Pode pelo menos me dizer o motivo? – Eu realmente duvidava que ele escondesse as confusões em que se metia de Phil, de qualquer forma era quase impossível  pelo fato de se machucar de vez em quando. Mesmo que sutis visíveis.

— É só dizer algumas palavras, Suzanne. Simples assim. - Ele enfiou as mãos no bolso no jeans surrado, me fitando. – Você me pede para mentir e eu devo obedecer? Simples assim?– repeti fula. Eu tinha dormido mal. Ontem a noite,  quando eu acordei para ir ao banheiro eu ouvi  minha mãe chorando enquanto meu pai ficava tentando consola-la. Eles não estavam brigando. Pelo contrario ele ficava dizendo tudo vai ficar bem de novo e de novo. Tudo que eu fiz foi ficar parada no corredor sem me mexer. Sem fazer se batia na porta, ou ia para o quarto. Fiquei do outro lado da porta até que seu choro parasse, mas eu não fiz nada. Quando fui para cama, eu só pensava que isso tinha a ver com as contas que ela tinha mencionado, e que precisava arrumar um emprego.

Balancei a cabeça clareando a minha mente.

Ele parecia diferente ainda havia arrogância, mas também algo mais. Eu já não podia mais evitar embora eu estivesse fula, não podia negar que estava igualmente curiosa sobre o motivo para ele precisar de mim para mentir para o Phil.

— Você andou fazendo alguma coisa errada? – perguntei séria.

Ele me deu um sorriso sem calor.

— Você acha que eu diria a você?

Eu arrancaria um dente ao admitir em voz alta, mas o tom da sua voz me magoou. Ser sensível é uma droga, conclui. Ter sentimentos era uma droga.

Fechei o livro com força atraindo um olhar curioso da bibliotecária.

— Eu odeio mentiras, você realmente espera que eu abra uma exceção para você, se nem ao menos me diz o raio do motivo ? O que eu devo dizer ao Phil, Gabriel?

Ele deu de ombros.

— Tanto faz Suzanne – disse exasperado. -Faça o que quiser.

E bem assim, ele me deu as costas.

A loucura da situação me pareceu quase cômica.

— Babaca arrogante – grunhi, sabendo que ele provavelmente não tinha me ouvido.

***

A campainha tocou, e eu deixei meu notebook de lado em cima do sofá. Eu estava escrevendo desde que cheguei da escola. Natalie minha personagem passou de um estado ‘’ flores e corações’’, para um estado de ódio mortal para com os homens. Assim como eu.

Surpreendi-me dar de cara com Phil sorrindo para mim.

— Olá  – Dei um passo para trás, deixando-o entrar ._ Hum... Você e papai combinaram algo certo? Ele está tomando banho, mas eu posso...

— Não, tudo bem - interrompeu._ Eu aproveito para perguntar uma coisa. Gabriel disse que você tem passado muito tempo juntos.

— Tempo juntos? –resisti ao impulso de revirar os olhos, ao invés disso me sentei no sofá.

— Vocês estavam juntos ontem? – perguntou me analisando atentamente.

Direto ao ponto.

Quase engasguei. Gabriel sabia que Phil iria vir na minha casa hoje.

Fitei meu notebook, e acrescentei quase socando do teclado: Babaca idiota egocêntrico que acha que o mundo gira em torno dele  a lista de xingamentos da Natalie.

— Suzanne? – chamou.

Olhei para cima, e mordi o interior da minha bochecha.

— Não quer sentar? – fiz um gesto para o assento vazio ao meu lado, mas ele apenas balançou a cabeça dizendo não. -Phil...eu...hãn ...

Ele suspirou , quando eu dei voltas nas palavras, sem responder.

 _ Gabriel mentiu não foi? – As emoções em seu rosto se alternaram entre raiva e desapontamento.

Baixei os olhos para o chão, encarando meus pés.

— Sinto muito eu não sabia que era um problema sairmos juntos.

Lentamente ergui meus cílios, para ver a reação dele.

Pura surpresa seria um eufemismo.

— Não há problema nenhum – se apressou em dizer apertando meu ombro gentilmente, e brevemente.

Eu contive um suspiro de alivio. Ele tinha acreditado?

Deus sim ele tinha!

Seu sorriso desvaneceu um pouco com sua próxima pergunta:

— E como ele se machucou.

Droga. Pense, pense...

— Culpa minha – falei fitando meus pés eu respirei fundo e então olhei para ele que estava abrindo a boca para uma nova pergunta. – Não pergunte – eu implorei erguendo a mão para silencia-lo.

Nem precisei me esforçar para parecer embaraçada quando murmurei apressada: - Se quiser eu posso me afastar... Eu realmente – fiz uma pausa dramática e recomecei:_Realmente não tive a intenção de incomodar. Juro.

 Meu Deus eu deveria ser atriz de novela mexicana.

— Suzanne eu... Hum... Não queria que se sentisse mal - gaguejou ele sem jeito.

Sorri do jeito mais verdadeiro que consegui, e ele tomou isso como incentivo, pois me fez ter um ataque de tosse de tão nervosa que fiquei quando ele voltou a falar.

— E se vocês forem mais que amigos seria um grande prazer ter você na família.

Ah, mas eu iria fazer picadinho de Gabriel assim que o encontrasse novamente.

 


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Notas finais do capítulo

Eai gostaram ?