Wrong Love escrita por Mera Mortal


Capítulo 12
Capítulo 12 - Rotina:


Notas iniciais do capítulo

Hey, queria agradecer a Luisa Herondale, sério mesmo. Muito obrigada pela recomendação. Queria agradecer também aos meus leitores divos que comentam, os que não comentam também porque estou muito muito feliz. Estou escrevendo meu primeiro livro. Sim, é um romance. Não, não tenho editora ainda. Preciso concluir a obra e correr atrás. Espero que alguém queira publicar. Enquanto isso não acontece, deixo meu capítulo da fic pra vocês.
PS: Alguém quer séries tipo Maze Runner, A Seleção, Hush Hush, Pretty Little Liars, Tryller? Eu tenho essas e mais algumas em pdf, quem estiver interessado manda M.P pedindo/perguntando quais eu tenho. Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/516858/chapter/12

Capítulo 12 – Rotina:

Clary caminhou nervosa até a porta dos Lightwoods.

Ela teria que voltar rápido para casa antes que sua mãe retornasse do mercado. No fim, Michael disse que não era culpa de Clary. Ela descobriu e ele mentiu dizendo a enteada que logo contaria para Jocelyn. Sua mãe não pareceu acreditar em uma única palavra do canalha. Clary também não acreditaria mas por alguma razão seu padrasto resolvera inocentá-la de tudo. Ela não queria saber se ele tinha feito um pacto com o demônio, mesmo com a culpa lhe pesando a consciência, Clary decidiu confirmar a história.

Nunca mais faria algo para magoar sua mãe.

Quem atendeu foi Isabelle. Ao ver Clary, a mesma ficou pálida e arregalou os olhos castanhos.

A ruiva a empurrou não tão delicadamente e entrou.

─ Quero ver Jace.

─ Clary...

A garota olhou para o lado e viu Simon sentado no sofá, com uma expressão atordoada no rosto.

Ela estreitou os olhos verdes para Isabelle.

─ O que ele faz aqui?

─ Estamos namorando. Não queríamos te chatear...

Clary abanou a mão com um gesto de indiferença.

─ Tanto faz. Meus amigos, se vocês estão felizes tudo está em ordem. Agora, preciso falar com Jace. Com licença.

Clary ignorou Isabelle a chamando enquanto subia os degraus. Ela estava ansiosa. Jace teria que ouvi-la. Já fazia uma semana.

Depois de refletir bem sobre a última discussão deles, ela teve a certeza de que Jace tinha um discurso ensaiado. Uma coisa pronta. Alguém havia ameaçado Clary ou sua família e ele apenas cedera. Depois de dar-lhe um soco, a ruiva com certeza o beijaria.

Ela escancarou a porta do quarto.

─ Jace, eu...

Franziu a testa confusa.

─ Não entendo. – Murmurou a garota fracamente.

Isabelle e Simon apareceram na porta. Clary olhou para ela. A expressão de pena no rosto da menina de cabelos pretos dizia tudo. Algo estava terrivelmente errado.

─ Clary, eu sinto muito.

A ruiva pensou em gritar mas o nó na sua garganta impedia que até o ar entrasse. Ela fechou os olhos. O sorriso sarcástico dele lhe veio a mente. Quando ela abriu os olhos verdes novamente estavam marejados.

Ela balançou a cabeça e passou a mão no cobertor estendido no colchão e sentou-se na beira da cama.

─ Quando? – Conseguiu indagar rouca.

Isabelle se aproximou dela e se ajoelhou, pegando em suas mãos.

─ Na quinta de manhã. Eu acordei e o chamei para tomar café. Quando cheguei só tinha um bilhete na cama e...

Clary levantou os olhos.

─ Eu quero ver.

Isabelle se levantou lentamente e ficou próxima de uma cômoda com a gaveta aberta. Retirou de lá um papel e o entregou à Clary.

A outra passou os dedos nos contornos das palavras. A caligrafia dele era simples e intensa. Como ele.

Izzy,

Se você está lendo isso, provavelmente já estou no avião. Sabe que não sou de voltar atrás nas minhas decisões e se eu avisasse, bem...nós dois sabemos que minha partida não ocorreria.

Sei que está confusa, talvez com medo por mim mas quanto à preocupação, eu sei me virar.

Quanto à confusão, sinto muito. Esse bilhete não explicará nem metade do que anda acontecendo.

Eu poderia tentar mas só desperdiçaria o seu tempo e o meu.

Queria te agradecer por cuidar de mim todos esses anos, por ser minha amiga e minha irmã de coração.

Se qualquer pessoa procurar por mim diga que fui para Londres. Não pretendo retornar.

Também queria ver você se adaptando à cidade mas não será possível.

Seja forte por Alec. Aquele garoto não sabe se virar sem mim.

Um conselho? Não se apaixone. Nunca. É uma mistura de céu e inferno que eu jamais irei entender. Se já se apaixonou, sinto muito. Só posso lhe desejar sorte.

Seja feliz, muito feliz Izzy.

Com carinho, Jace

­

Clary respirou fundo e tentou organizar os pensamentos mas sem sucesso, bufou.

─ É bem a cara do Wayland.

Isabelle sorriu tristemente.

─ É, é sim.

Clary olhou para baixo de novo e ficou quieta.

─ Posso te dar um abraço? – Perguntou a morena hesitante.

A ruiva sorriu e estendeu os braços pálidos.

─ Izzy, você é a melhor amiga que pode existir.

***

Dezembro chegou e com ele veio o Natal.

Clary fazia as coisas no piloto automático. Como respirar, você não pensa. Apenas faz.

Janeiro chegou mas a dor no peito dela ainda não diminuíra. A ausência de Jace parecia ser ainda mais forte que a presença dele. Clary estava vasculhando pastas em seu computador em busca de fotos para um trabalho de escola quando se deparou com uma pasta que não se lembrava. Ela abriu e a medida que olhava as imagens, lágrimas rolavam de seu rosto.

Jace e ela no jardim dos fundos, uma semana depois que haviam se reencontrado na boate. Na foto eles faziam caretas. Clary com cara de espantada e Jace mostrando a língua. Depois, fotos deles após o primeiro beijo. Jace a aninhando em seus braços e sorrindo para Clary. Jace beijando-a no rosto. Jace com cara de bravo quando Clary tirou foto dele contra sua vontade.

Ela na piscina fazendo guerra de água com Isabelle e Jace observando e sorrindo para as duas.

Clary se afastou da mesa e se levantou.

─ Chega! Não posso mais sofrer com tudo isso.

Os meses foram se passando. A dor da ausência de Jace foi diminuindo. Se tornando quase suportável. Até que novembro chegou. Fazia um ano. Um ano que ele havia deixado Clary. Um ano que Jace partiu o coração dela.

Clary se levantou com as batidas insistentes na porta em um sábado de manhã.

Ela desceu as escadas mas as batidas continuaram enquanto Clary tropeçava no chinelo e amaldiçoava quem lhe perturbava o sono de um sábado chuvoso.

Abriu a porta e Isabelle Lightwood irrompeu no local.

─ Graças a Raziel. Pensei que nunca atenderia esta maldita porta.

Clary coçou o olho.

─ Isabelle. É sábado. Está chovendo. Por que diabos você saiu de casa?

─ Porque tenho um comunicado para fazer.

Clary fechou a porta e se virou com indiferença.

─ Hm.

Isabelle arregalou os olhos e sorriu.

─ Não. É sério. Vai te surpreender.

─ Izzy, nada me surpreende há muito tempo.

─ Tudo bem, mas não caia quando eu disser.

─ Isabelle...

─ Eu e Simon vamos nos casar!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ótimo domingo. Ah, curiosidade. Alguém assistiu/assistirá Lucy, O Doador de Memórias, Se eu ficar ou Maze Runner? É que o último estreia semana que vem mas minha amiga quer porque quer assistir Se eu ficar então....