Já era tarde, algo em torno das 18:00h. Nicole pôs seu telefone no criado-mudo, e pensou o que poderia ter acontecido, será que eles estavam armando uma emboscada? Ela pensou, Nicole sentou-se na cama e pensou, o que poderia ser aquilo, qual foi o motivo pra que ele de uma hora pra outra decidisse encontra-lá sem informações nem nada.

Por via das dúvidas, ela pegou a arma roubada e a pôs na cintura, então pegou as chaves do carro e desceu as escadas do hotel, ao chegar no carro, entrou e saiu com velocidade de lá.

Dave, por outro lado, não tinha tanta pressa, ele só pensava no que fazer para não matar Nicole, levando em consideração que ele não podia se comunicar com ela, ele se sentou em uma cadeira e pôs a mão no rosto.

Dave então lembrou que ainda tinha o número de Gumball no seu celular

– Será que... - Ele pensou pegando o celular e ligou para Gumball.

Ele não podia falar de Nicole para ele, senão iriam descobrir.

– Oi? Gumball Watterson falando - Disse ele atendendo.

Dave mudou seu tom e falou com uma voz animada.

– Gumball, como vai? - Disse ele

– Eu vou bem, quem tá falando?

Dave pensou rápido em algo.

– É o... Rog... Re... Gary, é isso. Gary! - Disse Dave sem jeito.

– Gary? Que Gary? - Perguntou Gumball confuso.

– Como você pode esquecer de mim Gumball - Disse Dave.

– Mas eu... - Gumball é interrompido por Dave.

– Eu estava lá quando você... precisava de, er... tinta - Disse Dave .

– Tinta?

– Sim na primeira série - Ele continuou.

Gumball começou a pensar como um louco, quem era Gary.

– Ta bom, o que você quer? - Perguntou Gumball.

– Eu preciso que você avise uma coisa pra sua mãe - Disse ele nervoso.

– O quê exatamente? - Perguntou Gumball.

– Diga que a ela que eu tenho que coloca-la a 7 palmos - Disse ele.

– Você o que?! - Disse Gumball surpreso.

– Ta, essa pegou mal, diga pra ela que ela corre um risco enorme - Disse ele.

– Quem é você aliás? - Disse Gumball novamente.

– Tchau!

Dave desligou e Gumball ficou confuso, mas que raios de ligação foi aquela? Ele então digitou alguns números e ligou para Nicole, ela então atendeu um pouco concentrada.

– Oi filho, o que foi? - Disse Nicole.

– Oi Mãe... o que você ta fazendo? - Disse Nicole.

– Mamãe está meio ocupada agora... - Gumball interrompeu.

– Bem, um tal de Gary ligou pra mim agora há pouco e disse que você corria perigo - Disse Gumball.

– Gary? - Disse Nicole.

– É, eu também não entendi.

Nicole pensou em quem poderia ter sido, então lembrou que Gary já foi um code-nome de Dave em várias missões, mas não qualquer uma, era uma em que ele e ela trabalharam juntos.

– Bem, ligue de volta pra ele e diga que a "Blues" quer que ele se prepare - Disse Nicole dobrando a sobrancelha.

– Ta bom! - Disse Gumball desligando, entes de ligar de volta pro Gary, a celular emitiu um som alertando que a bateria estava fraca.

– Ah droga! - Gumball reclamou.

Gumball subiu as escadas chamando o seu irmão Darwin, ele chegou em frente ao quarto e Darwin saiu com pressa.

– Darwin você pode me emprestar seu... - Darwin não ouviu e continuou correndo para a cozinha.

– Darwin! - Gritou Gumball.

– Gumball, eu estou ocupado, o que você quer?

– Eu preciso que você me empreste seu carregador.

– Ta bom, está lá em cima, por pegar.

– Gumball então foi em direção à escada, mas viu Darwin arrumando os pratos e copos na mesa de jantar, era uma tarde chuvosa e quase anoitecendo.

– O que você está fazendo Darwin? - Perguntou Gumball.

– Lembra quando nós fizemos aquele acordo? - Disse Darwin.

– Que acord... - Gumball lembrou do que ele estava falando.

– Exatamente, eu estive conversando com as meninas e convidei elas pra passarem a noite aqui em casa hoje - Disse Darwin com um olhar de desafio.

– Oh não...

– Vamos lá, guarde seu celular vá lavar as mãos, ela devem chegar logo - Disse Darwin.

Gumball engoliu em seco, ele até tinha um bom relacionamento com Penny, mas ele não imaginava que Darwin fosse levar aquilo à sério.

– Darwin, você não levou aquilo a sério levou?

– Se era brincadeira, não é mais - Disse Darwin.

– O que você... - A campainha da porta cortou Gumball.

– Deve ser elas - Disse Darwin indo em direção à porta.

Darwin abriu a porta e lá estavam a linda amendoim com casca marrom e a sua amiga fantasma Carrie, um pouco tímida.

– Ah, boa noite meninas - Disse Darwin animado.

– Oi Darwin - Disseram Carrie e Penny.

Ambas entraram e se sentaram.

– Onde está Gumball? - Perguntou Penny.

– Ele está lá em cima, pode subir, eu vou mostrar onde você vão dormir - Disse Darwin fechando a porta.

Gumball tentava ao máximo encontrar o carregador do celular.

– Gumball? - Disse Penny entrando no quarto.

– Ohw, Penny, você está aí, desculpa eu tava procurando meu carregador.

– Tudo bem, eu só vim pôr minha mochila aqui - Disse Penny colocando-a no chão encostado na cama.

– Mas o que?

– O Darwin disse que ficaríamos aqui - Disse Penny.

Gumball voltou para a sala onde Darwin e Carrie estavam conversando.

– Darwin, onde nós vamos dormir? - Perguntou Gumball.

– A mamãe saiu de viagem, podemos ficar no quarto dela - Disse Darwin.

– Bom... tudo bem - Gumball voltou para o quarto, ligou o celular e esperou carregar.

– Ah, mas que droga - Resmungou Gumball.

– O que foi Gumball? - Perguntou Penny um pouco preocupada.

– A minha mãe está em um país a 2000 quilômetros daqui, eu fiquei responsável pela casa, Darwin não está facilitando muito e eu ainda por cima tenho que ficar ajudando ela nessas "missões secretas" - Disse Gumball se jogando na cama gelada.

Gumball estava realmente estressado com toda aquela adrenalina, fazia parte, apesar de ter um ambiente agradável, o quarto estava com a luz apagada, a chuva estava forte e a única luz que entrava lá era a luz da lua reluzindo lá fora e a do corredor.

Penny viu a situação de Gumball e resolveu fazer algo.

– Sabe... eu posso te ajudar - Disse Penny em um tom sedutor.

– O que? - Gumball estava um pouco confuso.

Penny fechou a porta do quarto deixando apenas a luz de fora entrar, a temperatura no quarto era fria, então ela chegou próximo de Gumball e começou a beijar seu pescoço.

– Penny, o que você está fazen... - Penny tampou sua boca com um dedo.

– Você está precisando relaxar... - Disse ela sussurrando.

Então ela beijou a boca de Gumball, a respiração de ambos estava ofegante e mais rápida, o clima que antes era frio começou a se aquecer, o calor que um fornecia ao outro era aconchegante, ele ficaram lá por um bom tempo até Darwin os chamarem para o jantar. Penny terminou de beija-lo.

– Acho melhor irmos jantar antes que ele venha - Disse Gumball.

Penny concordou com a cabeça.

...

Enquanto isso, em um bairro afastado com vestígios de combate e uma forte presença industrial, Nicole parava o carro em frente a uma usina de refino de gás, ela parou seu carro e saiu vestindo uma jaqueta preta para tentar disfarçar sua localização e o mais importante sua arma.

Finalmente, surgi Dave saindo de um táxi, e vindo em direção ao campo aberto de terra em frente à usina.

– Dave... - Nicole controlou o impulso de ir ao seu encontro, então ela andou um pouco para o centro do campo de terra para falar com ele.