Nicole entrou na enorme edificação, o construção era coberta interiormente por ladrilhos brancos e parede de mesma cor, havia uma escadaria larga que levava ao nível inferior, onde havia um corredor. A gata azul viu um balcão branco escrito "Identificação" com uma camada de granito o cobrindo, por detrás dele havia uma atendente amendoim lendo um livro, Nicole foi em direção a escada, até que ela foi chamada pela mulher-amendoim que estava atrás do balcão.

– Ei! Espere aí. - Disse ela fechando seu livro. O coração de Nicole disparou pela tensão, e olhou para a mulher.

– Não vai me dar a identificação? - Perguntou a amendoim em tom mais suave, Nicole expirou de alívio e entregou para ela o crachá branco.

– Hum... Nicole Watterson. - A Amendoim disse enquanto olhava para o rosto da gata azul.

– Sim?

– Eu nunca vi você por aqui. - Disse ela.

– É minha primeira vez. - Nicole não estava mentindo.

– Sei. Enfim Nicole, seja bem vinda. - Disse a Amendoim entregando o cartão junto com um piscar de olho.

Nicole guardou o cartão no seu bolso novamente e seguiu para a escada. Haviam poucos agentes andando pela construção, Nicole viu nisso um pouco de sorte, caso descobrissem sua missão, não seria difícil escapar de lá.

– Não conte com isso. - Pensou Nicole.

Nicole se preocupou em explorar mais a colmeia quando chegou no corredor, a medida que ela descia mais, a densidade de agentes diminuía, era um bom sinal. O lugar estava saturado de câmeras de segurança. Enquanto percorria o corredor, ela analisava cada membro do grupo, alguns estavam uniformizados com um casaco azul-marinho e armados com fuzis AK-47, ela olhou preocupadamente para eles.

– Se acalme Nicole, só não chame atenção. - Disse Nicole pra si mesma.

Finalmente Nicole chegou ao fim do corredor, onde havia um elevador e um conjunto de escritórios. Nicole foi ao ao elevador e esperou junto a outro agente que o elevador viesse, momentos depois ambos entraram naquela caixa de metal. O agente ao lado de Nicole apertou no primeiro botão, levando os dois ao nível mais profundo.

Depois de demorados 15 segundos, ambos chegam ao último nível, esse se encontrava escuro, iluminado com uma luz tênue, coberto por sombras, sem ninguém lá, quanto mais fundo iam, menos. Nicole olhou para o Agente que tinha a aparência de um cervo, muito parecido com Dave.

Ele entrou no salão escuro, sem falar com Nicole. A gata azul aproveitou e saiu do elevador sem ser vista pelo agente. Quando viu que estava sozinha, se abaixou e ligou para Chest. Depois de 3 toques, Chest atendeu.

– Nicole, onde você está? - Perguntou Chest.

– Eu já estou dentro, estou no último andar subterrâneo do fort, pode me dizer o que eu devo fazer? - Nicole perguntou.

Nicole ouviu ao fundo um barulho de folhas de papel sendo folheadas por Chest.

– Sim, você deve entrar na sala de energia, lá tem uma passagem para a fonte de energia, tenho certeza que a pedra está lá. - Disse Chest.

– Onde eu encontro essa sala? - Perguntou ela.

– Ela deve estar o mais próximo possível da pedra, e a pedra pode ser bem instável. Por seguranças eles devem ter posto ela no fundo. - Disse ele.

– Ótimo, devo estar no lugar certo, obrigada Chest. - Nicole desligou o celular e caminhou pelo salão, procurando entre as portas a sala de energia.

Quando chegou a uma sala com escritórios, achou uma porta de metal, com um símbolo de alerta de alta tensão, o que mais seria?

Nicole abriu lentamente a porta de metal se deparou com uma sala pequena, com grandes caixas feitas de alumínio, cheias de chaves de luz e cabos de energia. Ela acendeu as luzes e fechou a porta.

– Onde está essa entrada? - Perguntou Nicole. A gata azul olhou todas as caixas de luz uma a uma, até chegar a última, que estava ao lado de uma tubulação de ar, era estreito demais para Nicole entrar. Mas essa entrada estava ao lado de um dos painéis cheios de chaves de luz dentro da caixa de metal, que podiam ser removidos facilmente. Nicole tirou um canivete de dentro de sua bota e começou a desparafusar o painel metálico.

Um a um, os pequenos parafusos caiam no chão frio enquanto a furtiva gata, após remover o último, o tirou com delicadeza. Todo aquele emaranhado de fios pretos presos aos painel foram cortados por Nicole. Com cuidado, ela entrou na caixa de metal e subiu pela tubulação ao lado de vários cabos elétricos, esperando que não desse o azar de tocar em um fio desencapado e acabasse com sua missão lá mesmo.

...

A perna de Gumball fincava em dor a cada passo que ele dava, era quase insuportável andar com aquele ferimento interno. Para sua sorte, nenhum de seus perseguidores sabiam que ele estava ali, pelo menos até agora.

Quando pensava em parar para descansar, ele viu duas figuras andando em direção a ele, uma mais alta que a outra, quando chegou mais perto, Gumball identificou seu irmão Darwin e Dave andando pela estrada.

– Darwin! - Gritou Gumball acelerando os passos mancos e doloridos.

Do outro lado, Darwin via o jovem gato azul vindo em direção a eles. Dave preparou-se para sacar sua arma, Darwin sentiu-se aliviado ao ver que quem vinha era seu irmão.

– Dave, espera, é o o Gumball! - Respondeu Darwin indo em direção ao seu irmão.

– Cara, ainda bem que eu te encontrei. - Disse Gumball se ajoelhando por causa do ferimento, Darwin ajudou o seu irmão a ficar de pé segurando seu braço sobre o próprio ombro.

– Bom trabalho Gumball. - Disse Dave sorrindo. Mas Gumball não respondeu com a mesma animosidade que Dave.

– O que está fazendo aqui? - Perguntou Gumball a Dave.

– Eu vim te ajudar. - Disse ele um pouco confuso.

– Sim. Sim. Que seja, vamos embora. - Disse Gumball com desprezo.

Dave bufou, mas ignorou.

– Você está bem irmão? - Perguntou Darwin.

– Não... - Ele levantou a calça e viu um leve inchaço que se formara em sua perna.

– Isso não é nada bom. - Disse Dave.

– Temos que sair daqui, tem dois sequestradores que estão atrás de mim. - Disse Gumball nervoso.

Deixa eu adivinhar, é uma mulher amendoim e um cervo? - Disse Dave genericamente.

– Sim. - Respondeu Gumball se desviando do olhar de Dave.

– Onde você os viu pela última vez? - Perguntou Dave.

– E o que isso importa? - Perguntou Gumball.

– Fale logo!

Gumball apenas apontou para o celeiro ao longe.

– Não sei se ainda estou lá. - Disse Gumball.

– Precisamos pegar eles. - Dave disse com determinação.

– O que? Está falando sério? Eu passei por apuros pra tentar voltar de lá inteiro. - Disse Gumball.

Dave olhou para Gumball com descrédito.

– Ótimo, parece que você está a salvo, agora pode voltar, deixa que eu continuo daqui. - Disse Dave abandonando Darwin e indo até o Celeiro.

– Não precisamos de você. Vamos Darwin, vamos voltar pra casa. - Disse Gumball ainda aguentando a dor.

Darwin voltou para a estrada e caminhou lentamente com Gumball até a estrada. Com o tempo, algumas gotas de chuva caiam sobre a terra já fria.

– Espero que ele fique bem. - Disse Darwin.

– Não ligue pra ele Darwin, você sabe como são esses "agentes super-secretos". - Gumball falou em tom alto, esperando que Dave ouvisse.

– Vamos logo, antes que fique mais escuro. - Darwin disse enquanto apoiava Gumball.