A Pedra do Deserto escrita por Sanguini


Capítulo 22
Dentro da Colmeia




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A noite estava escura, havia apenas uma fino feixe de luz iluminando a estrada, o frio era possível de se sentir dentro do carro onde estava Dave e Darwin, sendo levados pelo taxista que já demonstrava certa apreensão. Dave olhava a todo momento para o velho cachorro que dirigia o carro.

– Você está bem? - Perguntou Dave.

– Sem problemas, eu estou ótimo.

– Você me parece um pouco nervoso, não precisa nos levar mais longe. - Disse Dave colocando a mão no ombro dele.

– Na verdade senhor... - Ele começou a reduzir a velocidade. - Essa região é um pouco perigosa, e está muito tarde.

Dave olhou para a janela do carro e viu plantações de cereais e legumes, além de alguns celeiros e cercados de vacas.

– Aqui parece ser um lugar bem tranquilo. - Disse Dave.

– Não se engane meu senhor, os moradores dizem que tem pessoas por aqui que controlam essa estrada. - Ele começou a suar, Dave não estava gostando nada daquilo.

– Pode parar o carro!

O taxista parou antes de chegar no próximo núcleo de fazendas. Dave abriu a porta rapidamente e logo depois foi seguido por Darwin.

– Tome. - Dave lhe deu uma nota de 100 dólares. - Agora saia e vá pra cidade o mais rápido que puder, não pare pra ninguém.

O taxista pegou o dinheiro e engatou a ré no carro, e saiu em velocidade para trás e começou a manobrar o carro.

– Ei! Espera aí. - Disse Darwin segurando o braço de Dave que já ia andando.

– O que foi?

– Por que nós paramos aqui?

– O taxista não tem nada a ver com isso, acho que dá pra seguir a partir daqui a pé. - Disse Dave puxando o celular e olhando a tela indicando 21h37min.

– Vamos ficar um bom tempo acordados. - Disse o cervo guardando o celular no bolso novamente.

– Não importa, eu já fiquei mais tempo que isso.

Dave deu uma risadinha.

– Vamos lá, antes que seu irmão se machuque. - Disse Dave caminhando pelo gramado na margem da estrada.

– Arch... Está muito frio. - Disse Darwin enquanto esfregava o braço.

– Você aguenta, nem está tão ruim assim. - Disse Dave respirando com força.

– Como você consegue respirar assim.

– Eu já morei na Líbia por 3 anos, as noites de lá são muito mais frias que aqui. - Dizia Dave olhando com atenção para os lados.

– O que você estava fazendo pra lá? - Perguntou Darwin curioso.

Dave respirou fundo antes de responder.

– Lembra quando nós nos envolvemos naquela confusão com os Fitzgerald?

– Tipo como estamos agora? - Perguntou Darwin.

– Sim... Eles não conheciam a Nicole, mas eu era membro deles, e pra um membro trair a família, é uma coisa simplesmente louca. Eles punem rigidamente quem trai o grupo. Então eu tive que sair daqui e ir pra algum lugar assolado e que não suspeitariam. - Disse Dave nervoso.

– Você... Não tem medo de que eles venham atrás de você.

– Eles fazem isso o tempo todo, quando saio de casa de manhã, sempre tem alguém me seguindo, a tarde, a noite, sempre tem um membro me olhando. - Disse Dave.

– Nunca fez nada?

– Pra que? Se eu fizer algo eles mandam outro idiota atrás de mim. - Disse ele irritado.

Darwin olhou para o rosto de Dave sério e determinado.

– E por que você traiu eles? - Perguntou Darwin.

– Olha, é uma coisa complicada, há muito tempo eu me sinto aprisionado pelos Fitzgerald, sempre me jogando em missões suicidas, mas quando ele começaram a envolver a Nicole.

Darwin fez uma expressão fria e desconfiada.

– O que minha mãe tem a ver com isso. - Perguntou Darwin.

Dave parou de andar e olhou para Darwin.

– A sua mãe é uma amiga minha há um bom tempo. - Ele fez um pausa. - Eu estive com ela durante toda a minha vida jovem, estudamos juntos em uma academia militar e até ficamos... Bem, eu passei esse tempo todo com ela, até finalmente concluirmos os cursos, eu fui chamado pelos Fitzgerald com uma desculpa de que era uma oferta de emprego no exterior, mas eu sabia exatamente que só seria chamado para ser mais um membro daquela guilda. Eu não queria que a sua mãe tivesse qualquer envolvimento nisso, ela é muito importante pra mim, e se eles soubessem disso ela provavelmente seria alvo.

– Mas não é o que está acontecendo agora? - Perguntou Darwin.

Dave voltou a andar.

– Sim, é exatamente isso, não consegui esconder isso por muito mais tempo.

A medida que os dois andavam, uma fina chuva começou a cair, o clima que já era frio, ficou mais gélido, o que aumentava ainda mais o medo.

– Espero que Gumball esteja bem. - Disse Darwin.

...

Nicole Watterson estava ao da bela felina que a levava até o a enorme fortaleza. Ela sentia um nervosismo natural antes de chegar na portaria.

– Você está bem Nicole? - Perguntou docemente a sua companheira.

– Sim, eu só estou um pouco cansada.

– Sei como é. - Disse a Jaguar. - Os trabalhos são muito pesados e quase nunca tenho tempo para descansar.

Nicole olhou para ela, parece que ambas tinham os mesmos problemas.

– Estou ansiosa para voltar pra casa, abrir uma garrafa de vinho e relaxar um pouco, devo estar muito tensa. - Disse ela rindo um pouco, Nicole riu junto com ela.

– Ás vezes eu penso assim, queria apenas umas férias. - Disse ela.

Finalmente o veículo chega nos portões do terreno onde está a fortaleza e é abordado pelo guarda do portão. O chão era enlameado e os guardas cervos vestidos com roupas pretas, coletes com coloração militar e bonés de infantaria que faziam a segurança do lugar estavam igualmente exaustos. Nicole imaginou que seriam mercenários.

– Identifique-se agente. - Disse o guarda na janela do carro.

A jaguar pegou seu cartão de identificação com o símbolo losago e o de Nicole e entregou-os para o guarda armado com uma SMG, ele olhou uma uma e comparou-os com o rosto das duas, Nicole estava obviamente nervosa, mas ele não ligou, a Jaguar deu uma piscadinha para ele.

– Hm... Tudo bem. - Ele deu um sorriso cínico. Depois entregou os dois cartões para elas.

O portão foi aberto pelo guarda que estava na guarita e elas entraram no terreno ao redor da fortaleza, a jaguar estacionou pouco ao lado dos portões maciços que selavam a enorme fortaleza e desceram do carro.

– Você vai pra área de segurança não é verdade? - Perguntou a Jaguar.

Nicole olhou para ela.

– Ah... Sim, eu estou indo para lá.

– Que ótimo, você parece ser uma pessoa legal, quando terminar tudo quem sabe damos um rolê por aí. - Disse ela tirando um papel com nome e telefone dela do bolso e dando para a gata azul.

– O que é isso? - Perguntou Nicole.

– É o meu cartão, me liga quando tiver tempo, até logo. - Disse ela acenando entrando na fortaleza de concreto.

Nicole ignorou o cartão e o colocou no bolso, cobriu parte do seu rosto com a gola da camisa preta abotoada e começou a andar em direção ao corredor de entrada. Finalmente ela conseguiu entrar e se viu em maio a aquelas várias pessoas que circulavam o lugar.


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