A tarde estava fria e um pouco nebulosa na região do condado de Elmore, com vegetação verde e ar extremamente úmido e frio, o aeroporto internacional recebia um avião com pequenos riscos de areia vindo da área mais seca do Saara.

Dave passava pela porta da frente vestindo um longo casaco marrom que batia nos seus joelhos, um chapéu preto e uma gola que escondia seu rosto. O Alce estava com uma de suas malas nas mãos e na outra, uma outra mais pesada e com exterior plastificado.

Ele levantou o braço e sinalizou para algum taxista que passasse por ali, logo depois um carro típico e marcado como táxi parou, Dave entrou com velocidade e se comprimiu dentro do veículo.

– Onde vai senhor? - Perguntou um cachorro que estava com uma camisa grossa e um boné marrom com alguns detalhes vermelhos.

Dave não respondeu com a fala, mas deu ao taxista um papel escrito com marca-texto

"Elmore, Rua Everlin"

– Desculpe senhor, mas nós não podemos desse distrito.

Dave não esboçou reação e continuou parado. O taxista achou estranho, e ficou levemente apreensivo, até perceber que o papel estava dobrado ao meio. O cachorro abriu o papel e viu uma nota de 50 dólares, na mesma hora ele entendeu.

– Sim senhor! - E ligou o carro, acelerando pela rodovia solitária enquanto Dave olhava pela Janela.

...

Darwin e Penny estavam suados com o calor e cansados devido ao tempo que eles estavam caminhando. Finalmente Darwin e seu momento Sherlock haviam chegado ao fim.

– É, parece que essa van não voltou pra cidade, ou seja, ela só pode ter saído dela. - Disse Darwin ofegante mas com um sorriso confiante.

– Ah, não brinca... - A jovem gazela (Gazela porque acho feio chamar de Cervo-Fêmea O_O) respondeu com um ar sarcástico.

– Ah, para com isso. Nós agora sabemos onde ir, isso é um bônus não é? - Justificou Darwin.

– É, eu acho que sim... - Continuou Penny ofegante.

– O mais importante agora é saber se eles foram muito longe.

– O que você tem em mente?

– Nós dois vamos seguir essa rodovia até chegarmos em algum lugar com alguma estrada de terra ou coisa parecida.

– Você não pode estar falando a verdade. - Disse Penny quase caindo de cansaço.

– Vamos lá, falta pouco pra encontrarmos o Gumball.

– A pé? - Perguntou Penny.

Darwin olhou para ela e viu que ela não estava muito disposta a ir caminhando por uma quantidade desconhecida de metros.

– Tem razão, nós precisamos de um veículo.

– Sim, mas o que você pretende fazer? - Perguntou Penny se sentando na calçada ainda ofegante.

Darwin olha para a rua e procura algo que possa usar de transporte. Uma bicicleta, uma moto, qualquer coisa.

– Ih, olha. Ali tem um táxi vindo pra cá.

Penny se vira e vê o carro vindo em alta velocidade.

Antes mesmo de Darwin levantar a mão e sinalizar para o Táxi, ele para pouco antes do peixe-dourado acenar, de lá sai uma figura toda coberta e com duas malas.

– Darwin? Penny? O que vocês dois estão fazendo aqui? - Perguntou Dave um pouco surpreso.

– Bem... Nós estamos procurando o Gumball que... - Darwin foi interrompido por Dave.

– Darwin, quanta vezes a sua mãe disse pra não se envolver com coisas nossas? - Disse Dave em tom de repreensão.

– Darwin ficou um pouco indignado.

– Ora, e o que vocês dois pombinhos apaixonados fariam se não fosse aproveitar as férias? - Disse Darwin um controlando a fúria.

– Férias? Fique você sabendo que você só está vivo porque eu e a sua mãe ralamos muito pra garantir isso. - Disse Dave tentando não discutir com Darwin, usando um tom sério.

– Sei... Que tipo de "ralar" estamos falando? - Disse Darwin provocando com um tom sarcástico na voz.

– Dave parou e respirou fundo, ele tinha um pouco de razão.

– Olha, eu não quero discutir com você, só me diz onde foi a última vez que você viu o Gumball. - Perguntou Dave.

– Não vemos ele desde de ontem. - Disse Penny com uma voz um pouco pesada e triste.

Dave olha pro chão pensativo.

– Já acharam alguma pista?

– Sim, a van que levou ele não voltou da rodovia pra cidade, ele está em alguma fazenda ou campo, algum lugar fora da cidade. - Disse Darwin olhando para a estrada.

– Isso vai ser complicado...

– Até pra um cara como você. - Disse Darwin.

– Olha, já chega. Você vem comigo ou não?

– Que seja. - Disse Darwin entrando no táxi e sentando no fundo.

Quando Dave se levantou foi em direção ao carro Penny chamou a atenção de Dave.

– Espera, e eu? - Disse Darwin segurando seu tio.

Dave olha para trás e vê Penny com olhos molhados e ainda preocupada com Gumball. Mas sua principal dor era a falta que ela sentia tanto de Dave quanto do resto de sua família. Dave abaixou a gola do casaco que cobria o seu rosto e se ajoelhou em frente à Penny.

– Penny, tem bastante tempo que nós não nos vemos não é? - Disse Dave me uma voz singela.

– Sim... - Algumas lágrimas começam a rolar pelos olhos de Penny. - Você prometeu que voltaria para ficar comigo, mas você nunca cumpriu... Essa promessa. - Disse Penny abaixando a cabeça e tentando esconder seu choro.

Dave pôs a mão embaixo do queixo de Penny e o levantou, olhando nos olhos dela com profundidade.

– Você cresceu muito desde a última vez que eu te vi docinho. Passou por um tempo duro por minha causa e eu me sinto muito mal por isso. - Disse Dave enxugando com o polegar as lágrimas de Penny.

– Isso não vai me ajudar agora. - Disse Penny ainda tentando se recompor.

– Quando tudo ficar bem novamente, quando acabarmos com os Fitzgerald do deserto e pegarmos a pedra. Eu vou voltar e vamos passar mais tempo juntos.

– Penny suspirou e deu um leve sorriso ainda molhado com as lágrimas.

– Tudo bem. - Disse ela um pouco mais confiante.

Dave deu um sorriso de satisfação

– Essa é minha garota!

o jovem alce deu um beijo caloroso na testa de sua sobrinha e se levantou entrando no carro.

– Quando eu voltar, vou trazer Gumball comigo. - Disse Dave fechando a porta.

– Eu vou esperar vocês. - Disse Penny.

– Volte pra casa antes que escureça. - Disse Dave fechando o vidro enquanto o táxi deixava o lugar com velocidade, logo após, Penny voltou para a calçada e caminhou para casa.

– Por favor Gumball, esteja bem...