A Pedra do Deserto escrita por Sanguini


Capítulo 14
Fugindo das Armas




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...

– Tem certeza? - Disse Nicole.

– Sim, isso vai nos ajudar bastante. - Disse Dave confiante.

– Então tudo bem. - Disse Nicole pegando um rifle da assalto de dentro de uma caixa de munições, Dave fez o mesmo, ambos foram para o front junto com outros soldados, o sol era escaldante as areias quentes do Saara deixavam o clima muito mais quente.

– Eu só espero que a gente não morra antes. - Disse Nicole apertando os olhos por causa da areia que voava.

Eles continuaram caminhando por cerca de 10 minutos até chegar ao front, de longe era possível ouvir os tiros das bombas caindo, de soldados gritando, veículos acelerando na areia e toda a bagunça de uma guerra. Era possível ouvir o zunido das balas perdidas cortando o ar.

– Argh! - Uma das balas passou de raspão na perna direita de Nicole, não chegou a atingi-la, mas fez um corte semelhante a de uma navalha.

– Você está bem? - Perguntou Dave.

– Não, ta tudo bem, eu não me machuquei. - Nicole se abaixou para se proteger.

– Toma cuidado! - Disse ele colocando sobre o rosto uma capa que ficava em sua camisa.

O vento começou a aumentar sua velocidade, a medida que o tempo passava, ainda abaixados e sem visão do campo de batalha, em uma pequena colina de areia. Pouco tempos depois um dos guarda-costas de oficial aparece e fala com ele em árabe.

– Às suas ordem meu comandante. - O sotaque inglês era reconhecível.

– Pode fazer. - Disse Dave olhando para ele.

O guarda ficou um pouco desconfiado.

– Tem certeza? - Disse o guarda inseguro.

Dave assentiu.

O guarda rapidamente mirou seu rifle em direção ao peito de Dave e puxou o gatilho, a bala correu com velocidade e atingiu o corpo do Coronel, ele foi jogado para trás com força e caiu nas areias quentes do deserto.

– Dave! - Gritou Nicole parada, o guarda andou até o corpo de Dave e pegou o emblema de Coronel do peito de Dave, ele desabotoou o casaco dele, ao perceber que ele não prestava atenção, Nicole lentamente levantou seu rifle, mas o assassino puxou a arma pessoal que estava na cintura de Dave e apontou pra Nicole, ela se assustou mas não reagiu e soltou o rifle.

Logo depois de tirar o casaco de Dave, ele o vestiu e posicionou-a no peito, ainda com o buraco da bala, e saiu mirando seu rifle em Nicole, depois de alguns metros e correu para o meio do pelotão com a arma de Dave.

Nicole abaixou as mãos e correu em direção ao corpo de Dave, que estava apenas com uma camiseta preta, ela olhou pra ele e pôs suas mãos na barriga dele.

– Ele já foi? - Perguntou Dave com um olho levemente aberto.

Nicole olha para o guarda.

– Já, já foi sim. - Disse ela com uma expressão tranquila.

Dave se levantou e começou a engatinhar para o outro lado da duna de areia, se afastando cada vez mais do contingente, tentando esconder sua galhada de alce dos soldados.

– Ta bom, como você conseguiu fazer isso? - Nicole olhou para o peito perfurado dele.

Ele tirou uma placa de metal debaixo da camisa.

– Hum... eu sabia. - Disse Nicole.

– Eu sei, você já usou isso. - Disse Dave rindo.

– Um ótimo plano por sinal, bom trabalho! - Disse Nicole colocando sua mão no ombro dele.

– Eu aprendi com a melhor. - Dave também colocou sua mão no ombro de Nicole.

– Vamos nessa, temos que sair do deserto antes de anoitecer, isso aqui fica mais quente que um forno quando chegar meio dia. - Disse Dave andando, Nicole o seguiu.

...

Gumball e Darwin estavam em casa terminando o café, apesar de meio tarde, mas ainda estava com fome, Darwin fazia omeletes, e Gumball cuidava das panquecas, ele não era bom mas a mãe dele o ensinou a fazer quando ela não estivesse em casa.

– Meninas! O café está na mesa. - Disse Gumball gritando no andar de baixo.

Penny desceu depois de sair do quarto e se sentou na mesa com omeletes e um prato com panquecas, apesar de inexperientes, eles fizeram um bom trabalho, logo depois Carrie veio do quintal, após acordar com o chamado.

– Então, como dormiram? - Perguntou Darwin.

– Eu dormi bem. - Disse Carrie, olhando para o prato com omeletes sabendo que não poderia comer.

Darwin olhou para o rosto dela.

– Algum problema Carrie? - Perguntou Darwin.

Carrie Suspirou e desviou o olhar.

– Não é nada, eu já deveria estar acostumada com isso. - Disse ela.

Darwin se sentia péssimo com aquilo.

– Olha, se for te ajudar, eu posso te emprestar meu corpo. - Disse Darwin.

– Sério? - Carrie respondeu com um sorriso.

Darwin assentiu.

– Ah, Obrigada, muito, muito obrigada. - Disse ela flutuando até o corpo de Darwin.

Gumball e Penny riram da reação do Darwin com a Carrie em seu corpo. Momentos depois ouvem-se batidas na porta.

– Deixa comigo. - Disse Gumball andando até a porta e abrindo-a.

Ao abrir a porta, ele encontra dois homens com casados escritos ASE, ele não sabe exatamente quem são eles, mas parecem muito com policiais.

– Pois não? - Disse Gumball um pouco desconfiado.

– Você é Gumball Watterson? - Perguntou ele.

– Sim... sou eu, mas quem... - Gumball é calado por um deles, Darwin, Carrie e Penny não o ouvem.

– Você vem com a gente. - Disse o primeiro segurando um pano encharcado de clorofórmio, logo Gumball apaga e não consegue nenhum tipo de reação.

Eles só notam que Gumball não voltou depois de alguns segundos. Penny sai da cozinha e vai para a porta, ela acha estranho Gumball não estar lá.

Darwin vem da cozinha, mas sem estar possuído por Carrie.

– O que houve Penny? - Darwin perguntou estranhando o sumiço de Gumball.

– Eu não sei, Gumball devia estar aqui. - Disse Penny.

Darwin começou a ficar preocupado, ele já sabia muito bem o que aconteceu.

– Precisamos ligar pra mamãe! - Disse Darwin com raiva pegando o celular.

– Eu só espero que ela ainda esteja bem.


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