A manhã de Elmore estava chuvosa, ainda da noite anterior, porém mais fraca, as ruas estavam cheias de poças de água e o gramado do quintal e jardim estava encharcados.

Gumball acordou no seu quarto ainda cansado, pois eles tinham ficado acordados por muito tempo, mas ele achou que valeu a pena, ele não viu a Carrie nem o Darwin, mas aquilo não importava, ele tirou o lençol de cima dele e tentou levantar, mas sentiu uma mão ao redor de sua cintura, ela se assustou e olhou para ver o que era, ao ver a amendoim deitada ao lado dele, ele ficou um pouco corado, tirou a mão dela e a pôs de volta na cama.

– Nossa, como ela é linda, mas como ela chegou aqui? - Perguntou Gumball.

– Eu não gosto de dormir em sofás. - Disse ela ainda com os olhos fechados, ele se espantou achando que ela estava dormindo.

– Penny, você está acordada?! - Disse Gumball um pouco envergonhado.

Penny deu uma risadinha e tirou a cabeça do travesseiro.

– Sim seu bobo, eu vim aqui pra devolver um dos lençóis que você me deu. - Disse Penny.

Gumball havia dado dois lençóis a ela.

– Bem, obrigado. - Disse Gumball pegando ele.

– Vai fazer o que?

– Vou fazer o café da manhã, eu estou faminto. - Disse ele colocando uma camisa branca com detalhes em vermelho.

– Tudo bem, eu vou te ajudar. - Disse Penny.

– Não, pode deixar comigo. - Disse Gumball.

– Hum... tem certeza? - Disse ela com um olhar irônico.

– O que? acha que eu não consigo? - Disse Gumball.

– Nah, eu acredito em você. - Disse ela levantando e dando um beijo leve nos lábios de Gumball.

– Ok, quando estiver pronto eu chamo. - Disse Gumball saindo do quarto e descendo as escadas.

Penny saiu do quarto e foi em direção ao banheiro, ela abriu o chuveiro e entrou debaixo do fluxo de água gelada que caía sobre sua cabeça.

Enquanto isso Darwin e Carrie ainda estavam dormindo, a Carrie por ser uma fantasma não tinha problemas com água, Darwin por ser um peixe, não se preocupava em estar molhado, eles tinham dormido no banco da parte de trás da casa, e não tinham se incomodado com isso.

Gumball foi até o quintal e viu os dois deitados no banco, ele achou bonito aquilo e tentou chamar Darwin sem acordar a Carrie.

– Darwin! - Disse Gumball sussurrando pra ele.

Darwin acorda sonolento e olha pra ele.

– O que foi? - Disse Darwin.

– Me ajuda a fazer o café da manhã. - Disse ele.

Darwin olhou pra ele confuso.

– Vamos fazer fazer o café pra elas antes que elas acordem. - Sussurrou Gumball.

Darwin levantou e seguiu seu irmão até a cozinha.

...

Enquanto isso, em algum lugar da cidade sitiada de Sirte, um cervo marrom colocava seu uniforme camuflado de deserto, botas, um protetor de pescoço, um boné militar, um colete de equipamentos a prova de balas, um mini-rádio pessoal em frequência de 108.2Mhz, além de uma pistola de defesa, ele saiu e encontrou Nicole do lado de fora esperando por ele.

– Olha só, você ficou bem assim. - Disse Nicole se aproximando dele e ajeitando a gola.

Dave riu, mas olhou com orgulho o emblema com o nome dele estampado da camisa.

– Espero que terminemos isso o mais rápido possível. - Disse ele.

– Tome muito cuidado. - Disse Nicole.

Dave olhou para os olhos da gata azul preocupada.

– Não se preocupe, eu vou ficar bem. - Dave deu um leve beijo na testa dela.

Dave saiu de lá com um sorriso confiante e foi em direção à porta principal, e viu os soldados que o aguardavam no pátio, era confuso para os recrutas, revoltante para outros oficiais, um homem entrar prisioneiro e sair oficial de um complexo militar.

– Olha só, parece que alguém conseguiu o coração da Comandante Olyo. - Sussurrou um soldado que estava ao lado da porta, mesmo baixo, Nicole conseguiu ouvir, mas não se importou.

Dave como membro de maior patente, tomou em suas mãos um mapa do campo, eles estavam em esmagadora desvantagem, tinham apenas algumas patrulhas contra a infantaria pesada e a força aérea do exército Líbio. Dave não tinha certeza do que fazer e nem de como fazer, a patente mais alta que ele já atingiu na vida foi de sargento, mas ele era bom em improvisar uma solução.

– Pois bem, eu quero que todas as tropas dessa região passem para a fronteira, nós vamos abrir um buraco no cerco inimigo pra que possamos trazer reforços.

– Isso não vai ser fácil. - Disse Nicole.

– É exatamente por isso que eu não queria ser recrutado. - Disse ele um pouco pensativo.

Assim que Dave disse aquilo, um soldado que estava lá começou a dar as ordens dele em árabe, o foco principal era concentrar o máximo de tropas possível para furar o bloqueio, como Sirte era uma cidade costeira, era fácil fazer pelo litoral, Dave entrou em um carro blindado do exército.

– Onde você vai? - Perguntou Nicole.

– Pra fronteira, e eu acho melhor você vir com a gente. - Disse Dave.

– Por que? - Perguntou ela.

– Vamos logo. - Disse ele tentando dizer algo.

Nicole não contrariou e entrou do veículo.

O carro saiu junto com vários outros blindados e alguns tanques de guerra, não era sempre que Nicole estava envolvida em algo daquele tamanho.

– Você já ligou pro Chest? - Disse Dave.

– Não, eu não consegui falar com ele esses últimos dias.

– Eu sei, nós não temos muito tempo.

– Bem, a pedra não vai sair do lugar. - Disse Nicole.

Dave já tinha esquecido da pedra.

– Sim, a pedra, ainda tem ela. - Disse ele.

– Batalhas de cerco podem durar semanas, e você tem apenas 2 dias. - Disse Nicole.

– Eu sei, mas eu tenho uma ideia. - Disse Dave.

Nicole franziu a sobrancelha.

– Como assim?

Dave disfarçou, ele viu que o motorista estava ouvindo a conversa com curiosidade tão grande quanto a de Nicole.

Depois de muitas quadras, finalmente eles chegaram na saída da cidade, onde tinham alguns postos de fiscalização e barreiras, haviam vários soldados e veículos estacionados sendo comandados pelos majores e sargentos que estavam lá. Quando Dave chegou, desceu do carro junto com Nicole e os oficiais de maior patente esperaram sua ordens.

– Preparem a artilharia para a terra, enquanto isso as tropas passam pela margem, mantenham-se o mais próximo da água possível, eu seguirei vocês logo depois. - Disse Dave

O major prestou continência e começou a gritar as ordens para todos os outros soldados.

– Ok, me conta, qual o plano? - Perguntou Nicole.