Sonhadora de estante escrita por contadora de estorias


Capítulo 11
Domingo




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No domingo de manhã minha mãe resolveu que nós deveríamos ir ao parque fazer um picnic, ela e Angel estavam animadas e começaram logo cedo a preparar tudo e meu pai estava lendo tranquilamente o jornal.

—Elizabeth, venha cá. —Minha gritou da lavanderia.

—Sim... —Respondi temendo que ela me pedisse para lavar roupas novamente.

—Antes de irmos ao parque eu quero que você vá ate o supermercado e compre queijo, quando fui lá na sexta tinha acabado o queijo branco. —Ela me estendeu a mão para me dar o dinheiro.

—Ta bom, mas eu não preciso levar a Angel também? Preciso?

—Não, mas qual é o mal de ter que levá-la com você? —Ela cruzou os braços e fez cara feia.

—Nenhum, mas esqueça eu vou e volto rápido... —Saí de lá correndo antes que ela me falasse algo ou começasse um discurso sobre ser sociável.

Fazia pouco mais de uma semana desde que eu havia me mudado, demorei um pouco pra me acostumar com a localização dos lugares. O mercado, por exemplo, ficava na esquina da rua de baixo.

Quando cheguei ao mercado um simpático senhor deu as boas vindas sem sair de trás do balcão, e eu apenas acenei com a cabeça, não sei muito como agir nessas situações.

Fui à seção dos frios e procurei os queijos haviam varias marcas e tipos mas eu procurava um especifico e esse queijo estava perto do fim da prateleira e próximo as geladeiras de bebidas. Quando peguei o dito cujo do lacticínio a Ambre aparece em frente a uma das geladeiras e a abre a garota de cabelos castanhos estava na sua companhia, elas estavam vestidas de maneira bem diferente do “habitual” na escola.

Antes que elas me notassem eu saí de fininho e fui ao caixa tentando sair o mais rápido possível de lá, mas o senhor do caixa começou a puxar conversa e mesmo querendo não ser vista por elas tive que ser simpática e no momento que eu achei que ia sair dali sinto uma mão tocar meu ombro.

—Olá Elizabeth! —Era Nathaniel para o meu alivio.

—Oi, tudo bem? —Eu suspirei aliviada e sorri.

—Sim, não sabia que morava aqui perto. —Ele retribui o sorriso.

—Você também mora por aqui?

—É relativamente mais distante só estou aqui por causa da Ambre que vai dormir na casa da Charlotte e estou aqui cuidando das coisas que ela se nega a fazer como, por exemplo, pagar essas bebidas e comidas. —Ele mostrou os itens que elas haviam escolhido.

—Ela parece um pouco...

—... Um pouco?

—Mimada. —Completei pensando se ele se irritaria com a minha fala.

—E como... —Ele pôs os produtos no balcão.

—Eu não tenho irmãos, entretanto sei mais ou menos o que sente graças a minha prima.

—Ela não pode ser tão ruim... —Ele se virou para mim e colocou uma mão no bolso.

—E o que diria se alguém dissesse isso sobre a Ambre?

—Você não conhece a peça. —Ele olhou em direção da porta perto de onde elas estavam.

—Faço minhas, suas palavras... —Eu pisquei e apontei para ele que riu. —Alias tenho que ir minha mãe deve estar pirando nesse momento...

—Ah, até mais! —Ele acenou.

—Até! —Sai sorrindo e sutilmente desviei da Ambre.

Quando cheguei em casa minha perguntou se eu tinha ido tirar o leite da vaca e fazer o queijo eu mesma... Depois de mais alguns preparos nós fomos ao parque conversamos e depois a Angel obrigou meu pai a brincar com ela com uma bola que ela havia trazido e minha mãe me obrigou a ir junto.

Enquanto jogávamos Angel mirava na minha cara e eu também tentava acertar ela, pouco tempo depois não era um jogo e não era divertido era uma “guerra”.

Em uma das minhas jogadas atirei a bola e ela foi muito longe. Angel correu pra buscar o que ela não esperava era que um enorme cão preto gostasse da bola e a roubasse, eu fiquei intimidada a buscá-la desde que aconteceu com o Ken e eu no ultimo dia de aula cães não me pareciam amigáveis e como sempre Angel me contrariou e foi atrás do cão.

Eu a segui seria minha responsabilidade caso o cão arrancasse o braço dela... O cão foi até um banco onde estava um cara usando um moletom e capuz sentado na direção oposta a que estávamos vindo quando o cão soltou a bola e o capuz do rapaz caiu e revelou um cabelo vermelho.

—Oh não! —Eu suspirei. Ele ouviu minha lamuria e se virou para nós.

—Elizabeth? —Sua expressão era “olha quem está por aqui”.

—Castiel...

—Ei, que bom que se conhecem assim não precisa ficar com desculpas ou explicações bobas... Facilita minha vida! —Angel soltou mais uma de suas infinitas piadinhas e cruzou os braços.

—Quem é? —Ele olhou para ele rapidamente e se voltou pra mim.

—A pestinha da minha prima. —Ela me olhou com a cara feia, mas se concentrou em analisar minuciosamente o Castiel.

—Você poderia devolver a minha bola que o seu monstro pegou. —Ela apontou para o cão que mordia a bola.

—Sorte a de vocês que ele escolheu morder a bola. —Brincou ele.

—Nem brinque com isso. —Um frio correu minha espinha só de imaginar.

—Dragon! —Ele falou e o cachorro levantou a cabeça e o encarou. —Traz! —E o cão obedeceu e trouxe a bola. —Muito bem. —Ele acariciou o cão e deu a bola para Angel.

—Eca! Está toda babada. —Ela fazia careta.

—O que queria? —Zombou Castiel. Angel ficou irritada e saiu.

—Não ligue pra ela...

—Não ligo. E você está só dando uma de babá?

—Não, é mais para passeio em família.

—Sei como é... Agora se me dá licença eu tenho coisas importantes para fazer... —Ele colocou a coleira no cão e ao passar por mim bagunçou o topo da minha cabeça.

—O que aconteceu para estar tão bem humorado?

—Não sei se alguém se alguém da sua idade pode saber disso... —Ele continuou andando.

—Errr... —Eu fiquei sem graça e observei ele se afastar.

Depois voltei para o picnic e comemos conversamos mais e fomos embora. Já em casa, encontrei Angel suspirando no quarto... Do jeito que eu nunca tinha a visto fazer, ela parecia realmente triste.

—Angel? O que está havendo? —Ela me olhou surpresa e passou as mãos nos olhos para enxugar as lagrimas.

—É que...


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