Sonhadora de estante escrita por contadora de estorias


Capítulo 10
Shopping


Notas iniciais do capítulo

Quero me desculpar pela enorme demora desse capitulo e que vou me esforçar para organizar minhas coisas e conseguir escrever todas as fics no tempo certo sem deixar de lado minhas atividades pessoais.
Espero que gostem desse capitulo!



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Depois de encontrar um “podre” da Angel eu a obriguei a me obedecer sem questionar, começando pelo lugar onde ela dormiria, é natural que quando você vá à casa de alguém durma no chão ao lado da cama de quem te recebe e era isso que Angel teria que fazer.

—Mas o tio com certeza vai brigar com você quando notar que eu dormi no chão e você na cama... —Ela cruzou os braços como se não estivesse aceitando a situação imposta.

—Ora, você sempre age como um anjinho vai dizer que você mesma pediu para trocar e que preferia dormir no chão... —Eu fiz uma expressão imitando a de um anjinho para ironizar.

—... Tudo bem... —Ela bufou e ficou me olhando feio, mas não havia nada que ela pudesse fazer. Agora você sabe como eu me senti por todo esse tempo!

E assim foi escovamos os dentes, demos boa noite para o pai e a mãe e fomos dormir, por via das dúvidas fechei a porta. Angel continuou reclamando mesmo assim dormiu no chão.

Na manhã seguinte minha mãe me obrigou a levar Angel para passear no shopping como não poderia fazer nada, fui. Passeamos algum tempo e logo em seguida Angel pediu para comprar soverte, eu dei algum dinheiro para ela e fiquei esperando enquanto ela estava na fila.

Eu fiquei sentada em um banco não muito longe da sorveteria, ao meu lado se sentou uma jovem de longos cabelos castanhos cheio de trancinhas, ela falava ao celular sem se importar que as pessoas a sua volta pudessem estar ouvindo.

—Não, claro que não! Ele não sabe e se soubesse não acreditaria! Alias vou me encontrar com aquele idiota daqui a pouco, por isso vou desligar. Beijos! Até logo! —Ela desliga e começa a retocar o batom e a olhar seu rosto e eu fico a olhando pelo canto do olho, confesso que com um pouco de raiva, pois ela aparenta ser um tipo de versão piorada da Ambre.

Resolvo ir até Angel e saber por que ela estava a demorar tanto. A resposta para a minha questão era óbvia ela acabou começando uma confusão no caminho.

—Você é cego?! —Ela batia o pé no chão e berrava atraindo a atenção de algumas pessoas que passavam por ali.

—O que houve? —Eu me aproximei e descobri o motivo do escândalo, seu vestido estava completamente sujo de sorvete.

—Esse... Esse idiota! Esbarrou em mim e me fez derrubar o sorvete manchando meu vestido! —Ela apontou para um garoto com uma camisa preta estilizada com estampa de algum personagem de vídeo game.

—Me desculpe mocinha! Ele é mesmo um idiota desastrado. —O garoto de cabelo azul se curva a altura de Angel e tenta acalmar a situação. —Você vai pagar outro sorvete para ela não é mesmo? —Ele cutuca o outro.

—Sim, sim. —Ele tira os olhos da tela do portátil pela primeira vez e mesmo com aquela barulheira toda ele parecia não estar se importando tanto.

Angel continuava berrando e eu tive que usar a “magia do bilhetinho não entregue” para que ela parasse de escândalo e aceitasse a proposta do rapaz de cabelos azuis.

—Vamos ao banheiro limpar seu vestido. —Peguei na mão dela e a levei ao banheiro.

—Você é uma boba! —Ela inflava as bochechas e olhava frequentemente para trás.

—Você estava fazendo um escândalo dentro do shopping lotado e eu que sou a boba? —Eu empurrei a porta do banheiro.

—Você até teve uma chance com aquele carinha de cabelo azul, mas deixou isso de lado pra ficar me enchendo.

—Uma chance? Hahaha você está louca, ele estava tentando fazer o mesmo que eu... Calar a sua boca! —Abri a torneira e comecei a limpar a mancha maior no vestido dela.

—Você que está se sentindo, só por causa daquele bilhete, mas saiba que eu vou acabar com sua alegria de um jeito ou de outro... —Ela lança seu típico olhar ameaçador e eu retribuo com um olhar semelhante.

Depois de algum tempo no banheiro eu consigo tirar a maior parte da mancha no vestido, ao sairmos damos de cara com os rapazes de antes, agora observando melhor dá para notar que eles são quase iguais. O de cabelo azul foi o primeiro a nos notar.

—Ah que bom que conseguiram tirar a sujeira do vestido. —Ele sorriu para Angel. —Vamos até a sorveteria?

—Sim... —Ela passou por ele seria e caminhou até certa distancia depois parou.

—Não ligue pra isso, ela é mal educada de nascença... —Eu sorri e tentei me desculpar pela chatice dela.

—Eu sei como é lidar com um irmão problemático. —Ele sorriu e nós começamos a seguir para soverteria.

—Não, não. Ela não é minha irmã, é minha prima, porem eu tenho que aturá-la como se fosse... —Eu olhei para ela que estava caminhando um pouco mais longe de nós.

—Ah é mesmo nós ainda não nós apresentamos. Eu sou Alexy. —O de cabelo azul falou.

—E eu sou Armin. —O de cabelos negros sorriu e guardou o portátil.

—Vocês são...

—... Gêmeos! —Eles completaram antes que eu pudesse terminar minha pergunta.

—Haha. —Eu sorri sem graça. —Bem, que eu desconfiei... Meu nome é Elizabeth e da baixinha ali é Angel.

—Baixinha é você! —Ela retrucou e apenas fiz careta pra ela fazendo os gêmeos rirem.

Armin levou Angel para a sorveteria e eu fiquei conversando com Alexy, quando eles voltaram Angel sentou-se ao meu lado e Armin chegou em seguida:

—Para você... —Ele me entregou um sorvete de pistache.

—Não precisava... —Eu senti meu rosto queimar.

—Por favor, pegue. —Ele colocou sorvete bem perto do meu rosto e eu peguei e abaixei a cabeça.

—Muito obrigada... —Eu agradeci sem olhar para rosto dele, entretanto pude ouvi-lo rir.

Depois de nos despedirmos dos garotos fomos para o ponto de ônibus ao entardecer e ficamos lá esperando e Angel não se conteve em fazer suas piadas.

—Vocês combinam sabia? —Ela sorria maliciosamente.

—Quem? —Eu olhava para o horizonte observando se havia algum ônibus.

—Você e o garoto do sorvete...

—Pode ir parando. —Dei um peteleco na testa dela.

—Aceite os fatos, vocês são dois nerds e vão se casar e morar em uma biblioteca ou qualquer outro lugar que os nerds gostam! —Ela gargalhava.

—Calada! —Belisquei a bochecha dela de leve.

Ao chegarmos em casa minha mãe estava abrindo a ultima caixa da mudança que havia ficado esquecida no quarto de hospedes e meu pai estava na cozinha.

—Como foi lá? —Minha mãe perguntou tirando um álbum da caixa.

—Foi legal, nós caminhamos bastante e tomamos sorvete. —Eu coloquei minha bolsinha e livro sobre a mesinha do telefone.

—Isso mesmo, Elizabeth até arrumou um namoradinho. —Angel se aproximou da minha mãe.

—Serio? —Minha mãe me olhou surpresa e ate meu pai colocou o rosto na sala e começou a me encarar.

—Não é verdade, ele só estava se desculpando por derrubar o sorvete da Angel. —Fiquei vermelha. —Ele esbarrou nela e acabou derramando o sorvete nela.

—Ah... —Minha mãe ficou com uma expressão meio vaga no rosto e meu pai voltou a fazer o que estava fazendo.

—Eu não me lembro dessa foto. —Angel olhava um dos álbuns da caixa.

—Essa não é você. —Minha mãe olhou a foto em questão. —É a Elizabeth. Vocês são bem parecidas mesmo.

Você também não, mãe, já é a segunda vez que me comparam com essa pestinha...


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