After Human Race. escrita por QueenOfConeyIsland, Ket


Capítulo 11
Capitulo 11- Todos parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oioioi.
Bom esse capitulo foi dividido em duas partes e fala sobre todos os personagens já citados ao longo da fic.
Um aviso rapido: esse capitulo tem umas cenas meio... fortes para algumas pessoas. Ta avisado ein?
Aproveitem a leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/516028/chapter/11

– May, pegue as facas. Nick, você fica com as armas. - Coronel Matthews falou quando os dois jovens se preparavam para a caça.

– Pai isso é serio? Porque ele fica com as armas legais e eu com o prémio de consolação? - May reclamou.

– Margareth, quantas vezes eu já falei para não me chamar de pai no trabalho? E ele fica com as armas porque você é péssima de pontaria. E uma menina. Deus sabe como eu queria um filho para seguir meus passos como caçador e ao invés eu tenho uma garota, uma frágil flor. - Nick soltou uma risada baixa perto de May e ela deu um tapa no braço dele. Coronel fez cara de desprezo. - Hoje meninos, vocês vão atrás das bruxas. A gente já perdeu muito tempo com as voodoo's e ainda não fazemos a mínima ideia de onde elas estão. Nicholas, você vai atrás daquela bruxa que você vem perseguindo por um tempo. May, você fica do lado de fora e se ele precisar, não hesite em entrar com tudo na casa entendeu?

Os meninos fizeram que sim com a cabeça.

– Muito bem. Não me façam me arrepender por ter colocado só vocês dois nesse caso. Nicholas, se algo acontecer a minha garotinha e você não matar pelo menos uma bruxa, nem se incomode a voltar, porque eu vou pessoalmente cortar a sua garganta.

Nick engoliu seco. Ele e May foram dispensados e seguiram seu caminho para a casa branca. Nick trocou as armas pelas facas com May. Seria mais fácil de entrar na casa sem as armas pesadas.

– Nick, porque você faz isso? - May falou no meio do caminho. Nick parou e olhou para ela confuso. Ela empurrou o ombro dele para ele voltar a andar. - Quer dizer eu sei porque eu faço, meu pai é o coronel eu nasci pra matar seres sobrenaturais. Mas eu não entendo porque você faz. Quer dizer, não é como se a raça inteira de bruxas te tivesse feito algum mal.

– May, eu faço porque eu preciso. Meu pai falava que eu matei a minha mãe quando nasci. Mentira. Bruxas mataram ela. Ela escondia um segredo que as bruxas não podiam revelar para ninguém e de algum jeito a minha mãe sabia. Então as bruxas mataram ela e pronto, problema resolvido. Meu pai me odiou por um bom tempo antes de descobrir a verdade. E ele só descobriu quando achou a carta que minha mãe escreveu. É tudo culpa delas. Foram elas que estragaram a minha vida. - Nick disse com mágoa.

– Mas Nick, você não pode culpar todas as bruxas do mundo por um erro cometido a muito tempo por algumas bruxas.

Nick respirou fundo. Eles já estavam no pântano, vendo perfeitamente o casarão branco. Dessa vez tinham guardas nas portas.

– Eu vou entrar como namorado da Miranda, no segundo que eu te ligar você entra pra me ajudar entendeu? Enquanto você espera, fica atrás da árvore. Ok? - Nick sussurrou.

– Bruxas não podem ter namorados humanos. - May sussurrou de volta.

– Eu entro pelos fundos. Agora eu preciso ir. Vê se fica quieta aqui, não estraga o meu disfarce. - Nick estava quase saindo quando May segurou seu braço. Ela se ergueu nas pontas dos pés e deu um beijo no queixo dele porque era só onde ela alcançava. Nick respirou fundo e saiu de lá.

Ele havia estudado a casa a algumas semanas e sabia da porta da cozinha que tinha uma escada escondida e sabia também qual era o quarto de Miranda. Foi seguindo seu caminho escondido entre as árvores e quando finalmente chegou na porta da cozinha viu que tinha um guarda lá. Um único guarda. Fácil de enganar. O menino era loiro e muito alto e magro.

Nick pisou em um galho que quebrou e fez barulho e o guarda na porta esticou o pescoço para tentar ver atrás da árvore. Mas seu pescoço se esticava muito mais do que o normal, quase como se fosse feito de elástico.

"May, os guardas são todos bruxos, toma cuidado. XX Nick"

O menino voltou ao normal. Logo Nick teve um ideia.

– Ei, menino. - Nick disse saindo de seu esconderijo. O moreno levou um susto. - Eu quero ir ver minha namorada.

– Quem é você? - Ele perguntou.

– Meu nome é Nicholas. Eu estava viajando mas agora eu voltei e quero muito ver minha namorada.

– Você não pode entrar aqui. Eu não sei como você achou a casa mas você não pertence a esse lugar.

– Por favor. Você nunca se apaixonou não? - Nick percebeu que tocou na ferida. Sorriu internamente enquanto o garoto hesitava.

– Olha, mesmo se eu quisesse você não iria conseguir entrar. As fechaduras estão... modificadas, para que ninguém não convidado entre na casa. E mesmo se você entrasse, não iria ter chance nenhuma, a casa está lotada de guardas.

– Eu uso a escada interna. - Nick disse depressa e o menino o olhou desconfiado. - Já fiz isso antes.

– Tudo bem, mas se alguém te pegar você nunca me viu.

– Pode deixar. - Nick sorriu e subiu as escadas até chegar no quarto de Miranda.

A loira estava usando fones de ouvido e não escutou Nick entrar no quarto. O menino segurou Miranda pela cintura, que levou um susto e tirou os fones se virando para ele.

– Nick!? - Ela disse com os olhos arregalados. - Você não pode estar aqui.

– Eu precisava te ver. - Ele disse passando a mão na bochecha sardenta da namorada falsa. - E que escola militar essa, tem guardas em todo lugar! Quando vai me contar o que fez pra entrar nessa prisão?

– Estou tão feliz que está aqui. - Ela disse sorrindo e colou seus lábios. Os dois foram interrompidos pelo barulho da porta se abrindo.

Depois tudo aconteceu muito rápido.

Ravenna chegou falando algo que foi interrompido ao ver Miranda beijando aquele caçador. A morena tentou avisar mas antes que conseguisse falar a frase, Nick virou Miranda de costas para ele com uma mão e com a outra sacava a faca e pressionava no pescoço da loira.

– Um movimento e eu corto a cabeça dela fora. - Ele disse. Ravenna assustada levantou as mãos em rendimento. - Joga o celular no chão.

Ravenna obedeceu e Nick pisou no celular na morena quebrando-o em mil pedacinhos. Miranda chorava muito.

Nick pegou seu próprio celular e enviou uma mensagem para May avisando que tinha duas bruxas na mira.

Do banheiro do quarto, Katherine ouvia toda a confusão calada. Via o caçador ameaçando Miranda pelo buraco da fechadura. Pegou seu celular e digitou alguma coisa para Amelia, Kaily, Sia, Adrienne, Isa, Louise e Leigh Ann. E rezou. Para que tudo desse certo, para que as meninas chegassem rápido e para que Miranda não se machucasse.

–----------------------------

"SOS VENHAM RAPIDO! ESTOU PRESA NO BANHEIRO E MIRANDA ESTÁ SENDO ATACADA! - Kath"

– Ahm, meninas. - Kaily disse olhando para tela de seu celular. - Eu fui a única que receb...

– Não. Vamos. - Amelia disse guardando o celular no bolso.

As 7 meninas saíram correndo escada acima. Ao chegar perto do quarto ouviram uma voz masculina ameaçar alguém e ouviram outro alguém chorando freneticamente.

– CALE A BOCA MIRANDA! - A voz masculina gritou. As meninas estavam assustadas. Elas recuaram da porta.

– Caçador. Eu tenho certeza. - Sussurrou Adrienne quando elas estavam mais longe da porta.

– E o que fazemos? A gente fala com a Cornelia? - Isa perguntou.

– Eu digo atacar. Quer dizer, nós somos bruxas! - Louise disse.

– E ele tem armas. Eu não sei você mas não quero morrer. - Kaily respondeu. A conversa parou quando viram Sarah prestes a entrar no quarto. As meninas puxaram a ruiva para perto delas que as olhou muito confusa.

– Caçadores, eles tem Miranda. Katherine está presa no banheiro e tem mais alguém dentro do quarto. Estamos tentando bolar um plano. - Sia resumiu. Sarah concordou com a cabeça e ficou quieta.

– Atacar então? - Amelia perguntou e as meninas concordaram.

–--------------------

– É o seguinte pretinha, eu vou arrancar a cabeça da loira aqui e você vai ficar aqui quietinha sem se mexer para eu te matar. Vai ser melhor assim, confie. - Nick disse tirando mais uma faca do casaco.

A faca no pescoço de Miranda já começava a rasgar sua pele e um pouco de sangue ja saía. Ravenna segurava as lágrimas e faíscas saíam de seus dedos. Katherine atrás da porta do banheiro sussurrava palavras em latim para tentar proteger suas colegas.

A porta se abriu. Sia entrou como um furacão na sala e gritou uma palavra que fez Nick sair voando até atingir a parede. As outras 7 meninas entraram logo em seguida. Miranda foi jogada de lado mas a faca fez um corte profundo em seu pescoço. Amelia, Leigh Ann e Kaily foram ajudar a loira.

Nick se levantou e jogou a faca mirando em Sarah, cortando um cacho do cabelo ruivo da menina. Adrienne se transmutou para ao lado de Nick e bateu com a luminária em sua cabeça. Depois se transmutou até a cozinha para buscar sal e voltou. Louise fez um circulo de sal em volta de Nick.

Ravenna e Isa atearam fogo em volta do circulo. Louise obrigou o menino a se auto-estrangular. Sarah profeciava palavras em latim. Nick começou a perder o fôlego.

Miranda já havia acordado e Katherine já havia saído do banheiro mas na primeira oportunidade saiu correndo do quarto com medo.

As meninas olhavam o menino perder o fôlego e gritar por ajuda. Apagaram o fogo e Louise parou o controle mental. Nick estava jogado no chão quase inconsciente. Fizeram um circulo em volta dele, dando as mãos e proferiram palavras em latim.

Nick pedia piedade. Miranda quebrou o circulo. Sim ele era caçador mas era também o amor de sua vida e ve-lo sofrer daquele jeito a deixava agoniada. Isa caiu no chão com uma bala de prata em suas costas. As meninas olharam para a porta e uma menina de cabelos laranjas segurava uma arma. Ela tinha lágrimas nos olhos.

– Eu nunca quis fazer isso. - A menina falou chorando. - Eu nunca quis ser caçadora, nunca quis matar ninguém. Mas eu preciso provar para meu pai que eu sou capaz. Preciso mostrar pra ele que eu não sou a menininha dele. Mas eu não quero.

As meninas ficaram em silêncio. May olhava para Nick no chão e chorava mais e mais.

– Eu fui ensinada, educada para acreditar que vocês são aberrações. Eu praticamente nasci com balas de prata na mão. Eu tive esse peso nas costas, desde sempre. - Ela disse se abaixando e passando a mão nas costas de Isa que continuava viva. - Eu não aguento mais. Eu não quero isso, não quero viver sabendo que eu matei alguém, mesmo se esse alguém for uma bruxa. Eu não aguento viver assim.

E então, May apontou a arma em sua testa e atirou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "After Human Race." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.