After Human Race. escrita por QueenOfConeyIsland, Ket


Capítulo 10
Capítulo 10 - Sarah.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/516028/chapter/10

Sarah observava a agitação e tumulto envolver a atmosfera do casarão branco. Ela observava tudo com os olhos agitados e sedentários por uma boa conversa. Ela observava todas as meninas conversarem em seus devidos grupinhos animadas, comentando sobre os garotos da Giles e outros fatores, e ela estava sozinha, em seu quarto novamente, sem nada pra fazer ou ninguém pra conversar. Não, Sarah não chorava mais por isso, já havia se acostumado com todo o mal que as meninas faziam com ela ali dentro, e havia decidido a um bom tempo que focaria em sua carreira, e não nas amizades que teria que fazer. A dor que ela sentira durante um bom tempo já havia virado amiga de longa data, que fazia companhia em seus momentos mais solitários.

Sarah deu uma ultima olhada nos meninos fora da casa e por fim se deitou sobre o cobertor branco de sua cama fechando os olhos.

Algo a fez abrir os olhos imediatamente. Mas especificamente, gritos. Sarah pulou sobre a cama, se encolhendo e apertando seu corpo sobre a janela e observou o cômodo. Olhou atentamente para os armários ao lado do banheiro, que tinha sua porta aberta, olhou dentro do mesmo, depois levou a visão até as camas de Miranda e Katherine, debaixo das mesmas e nada. Ignorou os gritos que havia ouvido, pois sabia da agitação que ocorria bem debaixo de seus pés, e então tornou a se deitar na cama. Três segundos se passaram e ela tornou a ouvir os gritos novamente, só que agora pareciam gritos desesperados, enlouquecedores, acompanhados por um choro doloroso. Sarah arregalou os olhos e pulou de sua cama sentindo o quarto rodar. O suor escorria por sua face e então ela começou a observar que as paredes do quarto apresentavam manchas de sangue, mas especificamente, marcas de mãos ensanguentadas, como se alguém houvesse arranhado as paredes para sair imediatamente do local. O choro acompanhado pelos gritos de dor prosseguiam fazendo Sarah se sentir tonta e cair no chão, ao centro do quarto. Ela passou as mãos pela face, retirando os cabelos ruivos e finos do rosto e então caiu dura no chão.

– Nova Orleans, Casarão Branco, 1840. -

Sarah abriu seus olhos de vagar. Estava exatamente em seu dormitório do casarão branco, porém haviam mudanças. Ela estava deitada em uma grande cama de casal, forrada por lençóis e cobertores macios e luxuosos, haviam dúzias de travesseiros bem ajeitados, ela usava uma camisola branca antiquada, seus cabelos estavam ajeitados em um penteado de época e as camas de Miranda e Katherine não se encontravam no recinto. Havia uma cômoda de madeira escura encostada sobre uma parede com uma escova de cabelos de prata em cima, um vaso com margaridas, uma bacia e uma toalha de tecido delicado e fino. Sarah se sentou na cama e viu a porta abrir revelando uma mulher negra, vestindo um longo vestido branco, turbante creme na cabeça e carregando uma bandeja com café da manhã. A mulher sorriu para Sarah e se ajoelhou ao lado da ruiva, entregando a bandeja a ela, e em seguida colocando as mãos grossas sobre a testa da menina e proferindo palavras estranhas para ela. Não sabia quem era aquela mulher, não sabia o que estava acontecendo, e estava mais perdida do que cego em tiroteio, mas observou ela mesma abraçar a mulher de pele morena e sorrir para ela involuntariamente.

Logo ouviram-se gritos e a mulher desfez o sorriso do rosto, se levantando e deixando Sarah sozinha naquele quarto.

– Nova Orleans, Casarão Branco, 2013 -

Sarah sentiu um puxão no peito, retirar todo o ar de seu pulmão, e fazer com que ela respirasse com dificuldade e tossisse freneticamente. Ela observou que as meninas juntamente com os meninos da patrulha da Giles Corey formavam uma roda em volta dela, e Cornélia passava as mãos pela testa de Sarah. Ela se sentou e viu as pessoas respirarem aliviadas. Observou que a sua volta haviam círculos de sal com alguns cristais alongados encima. Ela passou as mãos pelo rosto, tentando se esconder e em seguida sendo abraçada por Cornélia, que sorriu imensamente e disse:

– Isso que acabam de presenciar, foi uma perfeita amostra de reversão. A nossa querida estudante, Sarah Johnes, acabou de encarar uma volta a sua ultima vida antes dessa que vivemos.

Sarah arregalou os olhos ainda escondendo o rosto das pessoas que a encaravam. Cornélia retirou as mãozinhas brancas do rosto da menina e disse:

– Se não quiser comentar nada não precisa, querida.

Sarah afirmou, agradeceu Cornélia e olhando as pessoas que se encontravam atenciosas a sua volta, se levantou e saiu do quarto envergonhada. Saiu a tempo de ouvir Cornélia respirar fundo e ordenar aos outros que voltassem a fazer o que faziam antes.

Sarah desceu a escadaria de madeira bem polida da Academia e desceu até a cozinha. Parou em frente a porta branca e começou a ouvir vozes cantantes. A sensação de tontura voltou novamente, e dessa vez ela caiu no chão da cozinha, conseguindo se apoiar na bancada branca onde tinham utensílios para cozinhar e etc... Passou as mãos pelo rosto sentindo o suor escorrer por sua pele esbranquiçada, e com dificuldade conseguiu levantar, ouvindo as vozes cantantes e grossas firmarem o canto cada vez mais. Abriu a porta da cozinha como se estivesse sobre efeito de drogas, e se sentou sobre as estacas de madeira da varanda dos fundos. O canto continuava, e agora ela via os donos das vozes. Negros de quase dois metros de altura, fortes, vestidos com roupas esfarrapadas e alguns apresentavam cicatrizes e ferimentos molhados por sangue. Alguns tinham correntes nos pulsos, outros não. Eles cantavam mais. Sarah se levantou bloqueando os raios de sol do seu campo de visão e seguiu até o gramado indo ao encontro dos homens e mulheres. Assim que Sarah encostara em um, os outros sumiram, e o canto se tornou mais distante, além das arvores do pântano. Ela seguiu as vozes.

–-----------------------------------------------------------------------

Kaily, Amélia e Sia conversavam observando o movimento da casa. Leigh Ann, Adrianne e Isa conversavam sobre alguma coisa e Ravenna e Louise jogavam qualquer jogo de cartas distraídas. Cornélia ainda estava em seu quarto fumando seu cigarro, ouvindo Frank Sinatra e acariciando o gato. A casa estava mais animada e descontraída, mas nada disso permitiu que Leigh Ann largasse a conversa e começasse a estranhar alguma coisa. Sentia falta de alguém ali dentro, sabia que uma bruxa havia deixado a casa, mas não conseguia se lembrar quem. Logo Amélia a fitou e disse:

– Depois da reversão, onde foi Sarah?

Sia arregalou os olhos e disse:

– Onde está a Sarah?

–------------------------------------------------------------------------

Sarah já estava dentro do pântano quando parou de ouvir as vozes. Agora ela ouvia outra coisa, uma música que alguém havia cantado para ela quando pequena, alguma coisa que ela já havia ouvido antes, não lhe era estranho. A tontura sessou e o suor parou de escorrer. Ela estava bem, e sentia um cheiro de incenso ou coisa parecida, no meio do pântano. Ela se apoiou em uma arvore e prestou atenção na letra da música:

“Went down to the river Jordan,
where John baptised three
Well I woke the devil in hell
sayin John ain't baptise me
I say”

Ela continuou andando e seguindo a música, e logo chegou a uma cabana no meio do rio lamacento do pântano. Algumas crianças brincavam fora da cabana, com uma cobra píton que rastejava pelo pântano. Ela segurou a respiração. Viu adultos fumando seus cigarros e cantando fora da cabana, e batendo palmas animados, e uma coisa curiosa era que não havia nenhum branco ali. Todos eram negros. Sarah sorriu observando a alegria das crianças a brincarem com a cobra e alguns sapos da região. Achou meio nojento e assustador, mas achou bonitinho, elas não tinham medo, e tratavam a cobra como se fosse humana. Sarah deu um passo para trás pisando na lama pegajosa, e com os pés presos ali, caiu fazendo um barulho tremendo. Uma mulher que usava um vestido branco e colar de contas tirou o sorriso da cara quando viu Sarah. Ela apontou e gritou:

– A bruxa nos achou.

Sarah arregalou os olhos tentando se levantar da lama, com sucesso, e se apoiando sobre uma árvore que se encontrava atrás dela. Todos pararam o que faziam e observaram a menina ruiva paralisada sobre a árvore. Logo ela começou a sentir algo frio e escamoso subir por seu braço direito. Ela o olhou e viu a píton se enroscar ali, subindo até o pescoço de Sarah. Ela respirou fundo fechando os olhos e sentindo as lágrimas descerem por seu rosto sujo. A cobra passou por trás de seu pescoço, chegando a seu ombro esquerdo e virando a cabeça para ela. Sarah sentiu a língua da cobra tremular sobre sua bochecha, e então sentiu o animal descer de seu corpo, mergulhando nas águas escuras do pântano, e indo em direção a cabana. Assim que a cobra chegou na pequena varanda, a porta de madeira podre se abriu, revelando uma mulher negra de olhos dourados, usando um vestido branco, colar dourado e turbante branco sobre os cabelos cacheados. Os colares de conta faziam barulhos diversos a medida que ela passava as mãos por entre eles, e ela tinha um sorriso no rosto. Sarah arregalou os olhos vendo aquela cena. Aquela mulher era a mesma de sua reversão, a mesma que vira em sua suposta vida passada. Ela estava ali, ao vivo em cores, viva. Como isso era possível?

Ela fez sinal para que Sarah se aproximasse e disse:

– Vamos, pequeno fogo. Temos muito para conversar.

–---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Cornélia andava aflita sobre o piso de madeira polida da casa, cigarro empunhado em mãos, e o gato em seus braços. Os meninos da Giles Corey montavam guarda do lado de fora, e todas as meninas clarividentes, se encontravam no grande salão no ultimo andar, deitadas no chão em círculo, circundadas por sal grosso, cristais e repetindo palavras em latim, uma simpatia que Cornélia havia ensinado em história da magia para que elas aprendessem a receber informações sobre outra bruxas. O resto das meninas se encontrava fora do casarão, de mãos dadas, proferindo palavras em latim, tentando abrir os canais clarividentes de Sarah, mas nada parecia adiantar.

Kaily abriu a porta e foi ao encontro de Cornélia dizendo:

– Cornélia, não está adiantando.

Cornélia tragou o cigarro e disse:

– Nessa luta, não é só dos caçadores que devemos temer. Temos companhia.

–---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Sarah entrou na cabana, sendo seguida pela píton. As pessoas a olhavam com interesse, mas ela só havia abaixado a cabeça e rezado para que nada acontecesse a ela ali dentro. A cabana era escura e iluminada a luz de velas, e era maior do que parecia. Havia uma sala na entrada, quase vazia, com três tronos. Um no centro forrado por penas, flores, dentes e ossos, era o maior de todos, e ao lado desse trono, haviam outros dois, um de cada lado, forrados por madeira e ossos, podia-se ver pontos reluzentes ali, o que provavelmente seriam cristais. Haviam duas outras mulheres, uma em cada trono. No trono esquerdo, estava sentada uma mulher rechonchuda, usando preto e turbante branco, com colar de contas feito de dentes de animais, no direito havia uma outra mulher vestindo uma túnica dourada, com turbante combinando, e ela era muito magra, e no centro, a mulher que havia pedido para que Sarah entrasse na cabana, estava sentada, encarando Sarah com o maior sorriso do mundo.

Sarah passava os olhos por toda a cabana. Haviam três estantes com livros e utensílios muito bizarros, como ossos, facas e jarros com partes de animais. Ela estremeceu e as mulheres riram. Sarah encarou a face de cada uma delas assustada. As velas tremulavam ali, e a píton ia de encontro com o pescoço da mulher no trono central. Haviam retratos de entidades africanas espalhadas pela sala, e outras coisas estranhas, que Sarah não fazia ideia de como usar.

A mulher soltou uma risada observando Sarah com atenção e disse:

– É muito bom te ver de novo, Srta. Leefout.

Sarah segurou as duas mãos e disse:

– Me desculpe, há um engano... Eu... Eu me chamo Sarah Johnes. E nun...

A mulher rechonchuda a cortou e disse:

– Garota sonsa... Você trouxe a bruxa errada, Mamma Ade.

A mulher do meio, agora identificada como Mamma Ade revirou os olhos e disse:

– Não seja tão rude, Mamma Zarina... Ela só não sabe de sua vida passada.

Sarah se pronunciou olhando as três nos olhos:

– Me desculpem... Eu só sei quem é você, Mamma Ade. E mesmo assim, não sabia nem seu nome.

Mamma Zarina riu alto e disse:

– Essa vadia branquela não sabe nem da nossa existência. Ade, você trouxe gente errada. Olha o que você fez...

Sarah abaixou a cabeça. Mamma Ade repreendeu Mamma Zarina com umas palavras em língua desconhecida e disse:

– Continue, Sarah. É isso mesmo, não é? Sarah?

Sarah afirmou prosseguindo:

– Bem... Hoje eu estava no meu quarto, sozinha, e ai eu ouvi gritos e choro, e então as paredes sangraram, ai eu desmaiei e me vi em 1800. Lá no casarão mesmo! A Mamma Ade estava presente, eu juro! Mas Mama Zarina, e a sua amiga não estavam lá.

A outra mulher de dourado deu uma risada fina e disse:

– Zarina, essa é a Srta. Leefout! Essa garota sabe do que fala! A proposito, meu nome é Mamma Malika.

Mamma Ade sorriu colocando as mãos sobre a boca reforçada com um batom cor de vinho.

– Eu sabia que aqueles que você ajudou na outra vida faria com que nos reencontrássemos novamente! – Ela disse.

Sarah sorriu e disse:

– Me desculpe, mas infelizmente, eu não sei do que fala...

Mamma Zarina bufou e se levantou do trono, foi até uma das estantes, pegou um saco com um pó marrom, uma vasilha de argila com um pilão, um pote com um fígado sangrento dentro, água e lama e disse:

– É o seguinte, queridinha... Lá em 1840, a Mamma Ade, eu e a Mamma Malika tivemos uma grande conexão com você. É... Você era filha de um senhor da fazenda, e essa fazenda é o tal casarão que você e seu bando de bruxas moram. Ele era um homem muito cruel, mal e arrogante. Só nós sabemos como doía todos os castigos que ele nos dava... Bom, Mamma Ade te criou como filha, porque sua mãe não te dava atenção, e seu pai dava tudo o que você queria só pra se livrar de você. – Ela começou a amassar o fígado sangrento, com o pó marrom. – Aí, quando você cresceu ajudou nós três e mais um bando de escravos a fugir das garras do seu pai. Você morreu jovem... Levou um tiro de um capataz que trabalhava para seu pai, mas não deixou de ser uma heroína bem reconhecida por todos nós... Viva!

Mamma Ade revirou os olhos e disse:

– É por ai, Sarah... Zarina, o que está fazendo?

Mamma Malika deu um risinho e disse:

– Macumba de novo... Ela quer ver onde andam os caçadores.

Sarah franziu o cenho e disse:

– Caçadores?

Mamma Ade a olhou e disse:

– Eles não perseguem só vocês... As vezes recebem trabalhos para nos matar, é perigoso.

Sarah arregalou os olhos e afirmação e observou o recinto novamente. De repente uma pergunta a incomodou...

– Mamma Ade, se me permitir... Eu preciso perguntar algo.

Mamma Zarina soltou o pilão no chão, espalhando o sangue pelas mãos e disse:

– Como estamos vivas até hoje?? Essa vadia branquela é tão previsível...

Mamma Ade a olhou enfurecida e disse:

– JÁ CHEGA, ZARINA!

Zarina revirou os olhos e sussurrou algo inaudível. Mamma Ade respirou fundo e disse:

– Nós... Bem... Fizemos um pacto com o senhor dos mortos.

– PAPA LEGBA! – Mamma Malika gritou animada.

Mamma Zarina riu. Mamma Ade retirou um cigarro de uma aljava que pendia sobre o trono e disse:

– Nosso pacto acabava quando encontrássemos a salvação.

Mamma Zarina disse:

– Deus sabe quando.

Sarah ergueu as sobrancelhas e disse um “Ah” prolongado.

A sala ficou em silêncio, que logo foi cortado pela porta podre se abrindo. Um homem negro de blusa azul olhou as quatro e disse:

– Mamma Ade, está ficando escuro. Essa menina precisa ir embora.

Mamma Ade respirou fundo e se levantou do trono dizendo:

– Como o tempo passa rápido...

Ela se aproximou de Sarah, a abraçou e disse

– Vou pedir que um de meus colegas te leve até o casarão.

Sarah balançou a cabeça e disse:

– Não, tudo bem, Mamma. Eu sei voltar.

Mamma Zarina se pronunciou ao fundo:

– É melhor que aquelas ratazanas branquelas não descubram que estamos aqui!

Mamma Ade revirou os olhos e disse:

– Ninguém pode saber de nós, tudo bem Sarah?

Sarah afirmou.

– Vá com toda a proteção do mundo, dogtertjie*.

Sarah agradeceu e foi se distanciando da cabana, se questionando o que diabos havia acontecido, e em como ela iria se safar dessa para explicar a Cornélia que ela estava com uma comunidade Vodoo.

–-------------------------------------------------------------------------------------------------------

Quando dera oito horas da noite, os meninos da Giles Corey foram obrigados a se porem para dentro da casa. As meninas também se recolheram para dentro, e todos ficaram na sala esperando Cornélia ordenar ou dizer alguma coisa.

Cornélia se encontrava na varanda frontal percorrendo os olhos por entre as matas para ver se encontrava algum sinal de Sarah, mas nada ocorria. Ela respirou fundo, balançou a cabeça e quando estava entrando no casarão, ouviu alguém gritar seu nome. Quando se virou para ver quem era, viu Sarah com o vestido preto de gola branca todo sujo de terra, os cabelos desgrenhados e o rosto sujo de lama. Cornélia arregalou os olhos vendo a menina subir os degrauzinhos da varanda frontal. Os meninos e as meninas se esticaram para ver o que estava ocorrendo, e logo todos começaram a comentar sobre Sarah.

Ela se pôs a frente de Cornélia disse:

– Me desculpe, Cornélia... Eu fui tomar um ar, fiquei tonta e desnorteada e então...

Cornélia a cortou e disse:

– Vá tomar um banho e depois conversaremos, Sarah. Eu sei muito bem onde estava.

Sarah abaixou a cabeça sussurrando um “Sim, senhora” e adentrou a casa sem dar uma palavra, e ignorando os comentários que as pessoas faziam, subiu as escadas em direção a seu quarto com Cornélia a seu encalço.

Ela entrou no quarto e viu Cornélia fechar a porta dizendo:

– Sarah... Eu sei que você quer proteger o nosso clã, querida.

Sarah franziu o cenho e disse:

– Sabe, é?

Cornélia sorriu de forma doce e disse:

– Sim, eu sei... Mas não pode sumir dessa forma, querida. Entende que estamos passando por um momento muito delicado?

Sarah arqueou as sobrancelhas e disse:

– Entendo perfeitamente...

Cornélia sorriu e disse:

– Então, querida, o máximo que você pode fazer é ficar na Academia treinando para que um dia enfrente os caçadores com tamanha destreza. Como você apresentou hoje. Admito que fiquei contente com sua atitude, querida. Me orgulho muito de você!

Sarah franziu a sobrancelha e em seguida sorriu dizendo:

– Obrigada, Cornélia! Eu que me orgulho de ter uma mestra tão fabulosa como você!

Cornélia riu e disse:

– Agora me dê um abraço suja de lama mesmo.

Sarah a abraçou, e em seguida observou Cornélia sair do quarto fechando a porta. Sarah respirou fundo e sussurrou:

– Por pouco...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*dogtertjie - Do africânder menininha



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "After Human Race." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.