Amy Chase & Olimpianos escrita por Iraniele Moura


Capítulo 2
Mudo meu nome para Ana Tese


Notas iniciais do capítulo

Vou me ajoelhar pra pedir perdão a todo aqueles que esperaram exatamente 45 dias para o segundo capitulo de Amy Chase & Olimpianos. Mas, segue abaixo o segundo capitulo. Boa Leitura!



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Faz somente 30 minutos do momento em que cometi meu primeiro assassinato, e minha mente ainda não foi capaz de acreditar nisso. Eu sempre achei que fosse uma pessoa legal. Que me desse bem com as pessoas. Que amasse os animais e o universo. Talvez eu deva reformular isso depois de ter matado um poodle fofinho. Vou me lembrar de nunca tentar conversar com Annabeth quando ela estiver lendo.

Apesar de saber que minha mente é capaz de imaginar muitas coisas surreais, eu tenho certeza que não poderia imaginar um monstro mitológico tentando me comer viva em seis dimensões.

Bruce, Annabeth e eu matamos a ultima aula de hoje. Ah cara, acabei de matar minha ficha de presenças perfeitas. Annabeth disse que iriamos de taxi até o bendito acampamento. O que vamos fazer? É uma boa pergunta. Pegamos um taxi logo depois de sairmos correndo da escola. Não entendia nada do que Annie e Bruce falavam, mais decidi acreditar neles.

Eu poderia até hesitar em ir com eles, mas sempre que eu tentava dizer algo Bruce olhava pra mim seriamente com cara de ‘acho melhor ficar calada’ que me fazia fixar os olhos no chão e somente obedecer. Não que eu tenha medo dele, mas é claro eu tenho medo dele. Bruce Cahil estuda comigo desde que pisei o pé em Lavínia Academy. Tivemos um pouco de dificuldade pra formular uma amizade, já que éramos pessoas totalmente diferentes. Bruce é um garoto serio, apesar de ser engraçado às vezes. Tem os olhos e cabelos negros, sempre usa calças jeans, camisas geralmente escuras, usava sua jaqueta amarrada pelas mangas na cintura, exceto em dias de frio, e sempre usava seu Converse preto. Annabeth tem uma pequena cisma com ele, que desde sempre quis saber o porquê. Aliás, essa é a primeira vez que vejo os dois concordando em algo. Isto é: me levar à força para um lugar que nem conheço.

Annabeth disse ao taxista onde nos deixar. Nós entramos no carro logo depois do Bruce, e depois de um bom tempo em silêncio eu decidi que era hora de contestar para que Acampamento estávamos indo.

– Então nós vamos para Grécia? É onde fica o Olimpo certo?

– Sim e não – Disse Bruce – Certo, foi na Grécia onde começou a “Era dos Deuses Olimpianos”, mais isso não quer dizer que esses deuses continuam lá até hoje. O Olimpo verdadeiro, o que os deuses moram, fica em Nova York. Mais precisamente no andar 600 do Empire State.

– Você quer dizer que esses deuses da mitologia grega vivem até hoje?

– Sim – Respondeu Annabeth, como se ela sempre precisasse explicar isso para alguém e nunca se cansasse. Então me perguntei quantas pessoas seriam filhos de deuses mitológicos, para ela sempre precisar falar sobre isso. – É como nas histórias de antigamente. Esses mesmos deuses continuam descendo a Terra e tendo filhos com mortais, esses mesmos chamados de meio-sangue ou semideus.

– E nós somos filhos desses deuses? – Perguntei.

– Exato – Respondeu Bruce – Pode parecer confuso essa história de deuses do Olimpo, mais um dia você se acostumará.

– Mais nós somos filhos de quais desses deuses?

– Bem, você deve saber que na mitologia grega existem vários deuses. Eu, por exemplo, sou filha de Atena, a deusa da sabedoria. – Disse Annie.

– Então, se suas suspeitas estiverem certas, nós seriamos irmãs? E porque vocês acham que eu sou uma filha da deusa da sabedoria?

– Nosso oráculo falou que Atena estava precisando da ajuda de uma de suas filhas...

– Mais não seria você? – Perguntei, achando impossível uma deusa mitológica precisar de mim.

– Não Amy. Rachel Elizabeth Dare, nosso oráculo, disse que seria uma nova filha de Atena, que deveria ser reclamada este verão. Então nós achamos que é você. – Fiquei com medo do que Annabeth estava falando. Olhando naqueles olhos cinzentos e pensativos, parecia que ela estava escondendo uma parte da história, como se isso fosse altamente perigoso.

– E você Bruce, quem é sua mãe olimpiana? – Perguntei tentando mudar rapidamente de assunto.

– Bem Amy, nem todos têm como parente olimpiano a mãe. No meu caso, sou filho de Hades, deus do mundo inferior. – Senti tristeza na sua voz, como se quando ele dissese isso eu fosse pular do carro e sair correndo de medo.

– Quanto a esse acampamento que estamos indo?

– O nome de lá é Acampamento Meio-Sangue, é o único lugar entre o céu e a terra onde pessoas iguais a nós estamos protegidos de monstros.

– Monstros? Quer dizer, igual ao Cérbero e a Medusa?

– Sim – Disse Annabeth, como se ela tivesse uma experiência própria com a Medusa e o Cão Infernal, mais não quisesse falar sobre isso.

Minha cabeça estava confusa. Depois de 14 anos eu descubro que minha mãe pode ser a deusa da sabedoria e que minha melhor amiga pode ser minha irmã. Mais perguntas estavam na minha cabeça, mais eu não as fiz por medo das respostas.

* * * * *

Pouco tempo depois o taxi parou e disse que nosso ponto havia chegado. Annabeth e Bruce assentiram e desceram. O taxista parecia confuso por deixar três adolescentes em um lugar onde parecia só haver árvores no meio de colinas, mais logo depois de Bruce pagar ele entrou no carro e seguiu dirigindo.

Annabeth apontou uma colina onde se destacava por haver um grande pinheiro, que, quando chegamos perto, havia em um galho um velocíno de ouro.

Logo que passamos pelo pinheiro podíamos ter a visão de quão grade era o acampamento. Podia-se ver chalés, que parecia um dia ser organizados em forma de Um, mas agora tinha vários que devem ter sido construídos a não muito tempo.

Alem dos chalés podíamos ver uma grande casa azul com branco e outras coisas, como um campo de morango, uma arena, um grande rio, e coisas que apesar de parecer muita informação, com as centenas de campistas, deixava um ar de leveza e animação.

Logo pude ver que independente do que acontecesse eu amaria este lugar, por ter sido projetado como construções da Grécia, que eu particularmente amo.

– Amy – Falou Bruce com animação. Ele parecia gostar deste lugar. – Bem vinda ao Acampamento Meio-Sangue.

Nós descemos até uma grande construção grega azul com branco que, pelo que Annie disse, chamavam de Casa Grande. Lá nós encontramos dois homens que estavam sentados frente a frente em uma pequena mesa jogando um jogo de cartas que não consegui identificar qual era.

– Quíron, Sr. D, essa é Amy Chase. – Falou Annabeth – A suposta filha de...

– Atena – Completou um homem numa cadeia de rodas que tinha um olhar como se tivesse vivido durante gerações e estivesse visto de tudo. Tinha grandes cabelos que tocavam os ombros e barba por fazer – Annabeth, você não acha que...

– Quíron – Uma voz feminina vinha das escadas. Logo tinha uma magra garota ruiva que aparentava ter quinze ou dezesseis anos. – Eu sinto que ela chegou. Que esta presente entre nós a filha especial de Atena. – Quando seu olhar cruzou em mim ela paralisou, como se não tivesse acreditando que eu estava ali, ou como se estivesse vendo um fantasma. O que era estranho pois Bruce, o filho de Hades, estava do meu lado.

– Certo, certo. Já que descobrimos que ela é muito especial pra blá, blá, blá, blá, eu acho que podemos continuar nosso jogo Quíron. A Ana Tese não vai se importar de passear por ai e falar com a Renata. – Disse o segundo homem da mesa, Sr. ‘D’ que tinha um rosto que poderia ser de uma criança. Usava camisa havaiana com estampa de tigre e estava bebendo uma Coca Diet .

– O nome dela é Amy Chase e não Ana Tese. E o meu Sr. ‘D’, é Rachel e não Renata. Mais eu posso sim mostrar o acampamento a Amy, e irei esperar ela ser reclamada. E se nossas suposições estiverem certas e ela for mesmo filha de Atena, nós precisaremos contar mais coisas a ela.

– Faça mesmo isso – Disse o cadeirante, que agora tinha um nome de Quíron – Eu preciso ter uma conversa com o Bruce e a Annie.


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Notas finais do capítulo

Terceiro capitulo ainda neste final de semana. Obrigado por terem lido!