Amy Chase & Olimpianos escrita por Iraniele Moura


Capítulo 3
Minha mãe decide cegar o Acampamento


Notas iniciais do capítulo

Terceiro capitulo pronto como prometido. Boa Leitura!



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A tarde se passou rapidamente enquanto Rachel me apresentou o Acampamento. Ela me mostrou a Praia, a Arena, que é onde depois do jantar os campistas se reúnem para cantar e conversar próximos a fogueira. Rachel também me mostrou os campos de morangos de Dionísio, o deus do vinho, ou melhor, Sr. D. (Pois como Rachel disse, os nomes tem poder.) Ele planta morangos pois ele tem esses poderes e poderia ser vendidos fácil, trazendo dinheiro para o acampamento.

Elizabeth Dare também me mostrou os Chalés, que para cada deus olimpiano se atribuía um para o uso de seus filhos. E mesmo Hera que é a deusa do casamento e esposa de Zeus, tinha um chalé para não se sentir injustiçada. Mas também - pensei - ninguém queria ver a rainha dos olimpianos e mulher de Zeus furiosa. Havia também um chalé sem muito uso, dedicado a deusa Ártemis, que jurou virgindade. Mas, de vez em quando, faz uma visita ao acampamento com suas seguidoras, as caçadoras de Ártemis, que é liderado por Thalia, filha de Zeus, que decidiu se juntar as caçadoras e ser imortal.

Caminhamos um pouco mais e pude ver o Chalé 6, dos filhos de Atena – meu suposto futuro chalé. O chalé tem um mármore pálido e branco, ornado com grossas colunas torcidas em tranças e vários galhos da enorme oliveira que fica á oeste do lugar. Tem um brilho fraco durante qualquer período do dia, e suas paredes interiores são atravancadas de livros. Tem uma coruja entalhada na frente, com olhos de ônix.

Nós estávamos voltando em direção a Arena quando um garoto veio correndo em nossa direção. Ele vestia uma camisa laranja do Acampamento Meio-Sangue e uma bermuda Jeans com tênis. Ele estava jogando basquete com alguns meninos, que pelo jeito e o sorriso, poderia pregar uma pegadinha a qualquer estante.

– Rachel, você tem noticias sobre minha reclamação?­ ­– Perguntou o menino. A julgar pela aparência ele devia ter 14 anos também. Ele era alto com seus cabelos loiros e pele bronzeada naturalmente e aparentemente do tipo atlético.

– Diego, eu sinto que a pessoa pela qual você espera esta aqui hoje, então talvez seu parente olimpiano possa lhe reclamar. – disse Rachel – Por falar nisso, essa é Amy. Amy este é Diego. O Diego tem 14 anos e já esta no acampamento desde o ano passado, mais ainda não foi reclamado.

– Isso acontece muito? Quer dizer, nosso parente olimpiano esquecer de nós? Qualquer um que está aqui corre o risco de nunca ser reclamado? – Perguntei.

– Não Amy. Nesses últimos tempo, só eu ainda não fui reclamado. Digamos que eu não tenha muita sorte. – O modo como ele me confessou me fez doer no coração. Ter um parente que você sabe que vive e ter que conviver com o fato de não poder ter contato com ele é doloroso. Já nesta primeira conversa percebo que temos semelhanças. Algo me diz que vou me dar muito bem com ele. ­­­­­­­­­­­­­­­

– O Diego é um caso diferente Amy. – Rachel continua – Ele tem esperado o ano todo por uma pessoa que esta traçada no seu destino. Ele só pode ser reclamado quando chegar a hora em que uma filha especial de Atena chegue.

– O que eu acho que aconteça hoje. Você sabe, com vários campistas chegando eu espero que possa ser a qualquer momento. – Ele passava uma onda de calor, como se ele nunca tivesse recebido carinho, o faria qualquer pessoa querer abraça-lo e reconforta-lo.

Um toque ecoou pelo Acampamento. – Hora do jantar, vamos meninas? – Disse Diego.

* * * * *

Não fui reclamada no jantar, como varias outras pessoas. Diego disse que com muitas pessoas chegando, a maioria delas são reclamadas no jantar. Sentei na mesa de Quíron, que eu descobri não ser um cadeirante e sim um centauro, com metade do corpo da parte de baixo sendo um garanhão branco. Como todas as coisas deste dia estavam acontecendo de modo estranho, decidi não ligar. Junto a mesa estava Sr. D, Rachel e Diego.

Dei uma rápida olhada em volta e pude ver Bruce com um menino que também deveria ser filho de Hades, pois eles estavam sentados na mesma mesa. O garoto era muito diferente de Bruce e se não estivessem sentados na mesma mesa eu nunca saberia que os dois eram irmãos. O menino era relativamente menor do que ele tinha uma pele pouco morena, olhos e cabelos bem pretos. Bruce não, para começar ele tinha uma pele branca, mais não tão pálida. Ele era um pouco alto e sua magreza era mais do tipo atlético. Observando a conversa entre os dois, descobri seu nome. Tiago James.

Annabeth estava sentada com um grupo de filhos e filhas de Atena. Eu pensei que deveria ser legal poder se juntar a eles quando fosse reclamada.

Nós tínhamos pratos e taças mágicos, pois tudo o que você pedisse ou imaginasse apareceria. Depois dos pratos cheios todos se dirigiram a uma fogueira e começaram a jogar o melhor que tinha sob seu prato, fazendo isso como um presente aos deuses. Quando chegou minha vez eu joguei meu maio bife e fiz uma pequena prece para que eu e Diego fossemos reclamados. Só então percebi que a fumaça tinha um ótimo cheiro, não como comida queimada.

A hora do jantar passou rápido e juntos fomos nos reunir na Arena ao redor de uma grande fogueira que tinha chamas que variavam de tamanho de acordo com o humor e o sentimentos dos campistas.

Perto da fogueira estavam alguns filhos de Hermes para alegrar a multidão de campistas junto com um grupo de filhas de Afrodite prontas para fazer um desfile, mostrando lindas roupas da Grécia Antiga e falando sobre como melhor usar a blusa do acampamento para lhe valorizar fisicamente.

Juntos cantaram musicas e nos divertimos bastante a julgar pelas chamas da fogueira. Até que Quíron foi para anunciar alguns avisos e programações. Parece que dia de sexta eles faziam um jogo entre os campistas, chamado de caça a bandeira.

Quando de repente todos estavam olhando para mim. Me senti aterrorizada, parecia que tinha virado um monstro e todos estavam me olhando com medo. Então percebi uma luz vermelha envolta de mim. A luz vinha de cima da minha cabeça, e quando olhei para cima eu vi o que os campistas olhavam. Uma coruja vermelha pairava sobre minha cabeça.

– Exatamente como esperávamos – Disse Quíron para Annabeth e Bruce, que estava do seu lado – Campistas, deem as boas vindas a nova filha de Atena, deusa da sabedoria, da estratégia na guerra e da justiça...

Antes que Quíron pudesse falar mais alguma coisa, a imagem da coruja acima de minha cabeça abriu as asas e uma onda de luz ecoou pela Arena. A luz era tão forte que todos nós viramos e fechamos os olhos. Quando notamos novamente, a coruja estava agora quase pousando acima da cabeça de Diego, até que ela rodou no ar de braços abertos, como um pássaro que agora pudesse apreciar a liberdade. Mais quando a coruja estava pronta para pousar em sua cabeça, fechou as asas em torno do seu próprio corpo. A luz que vinha dela não era mais avermelhada e sim, em um tom de amarelo quente. Então percebi que ela não estava pousando, mas deixando cair um galho na cabeça de Diego. Enquanto o galho caia ele começou a se expandir, e o que era um simples galho, agora era uma flecha que pairava acima de sua cabeça. A coruja já havia desaparecido, e a flecha já estava com um brilho fraco e sumindo.

– Chalé 7, deem boas vindas ao seu novo irmão Diego. – Quíron exclamou como se não pudesse acreditar no que tinha acabado de assistir.

E como se fosse pouca informação para se obter num dia só, Rachel virou para trás, como se desmaiando. Por sorte Bruce, que estava ao seu lado com Annabeth, segurou-a, não a deixando cair.

De repente entrou três meninos filhos de Hermes e a sentaram num banco que tinha apenas três pernas. E todos se calaram quando Rachel começou a falar.

O sol e lua se cruzam

A briga dos irmãos iniciará

Juntando o poder

A sabia, a flecha e a caveira

Deverão cumprir seu dever

O Campista escolhido de Atena

A Guerra poderá salvar

E semideuses uma benção ganhará

Mas entre a luz e a escuridão

O mundo poderá acabar

Depois de falar isso Rachel virou para trás. Isso deve acontecer com certa frequência, pois um filho de Hermes já estava a posto para segurar ela. Ela havia falado aquilo com uma voz oca e sempre que abria a boca uma nevoa verde saia de dentro dela. Então percebi que ela tinha acabado de falar uma profecia. Uma corrente de ar frio soprou e eu estremeci. Ela acabara de falar uma profecia que citava uma abençoada de Atena. E naquele momento eu soube que era eu. Eu tinha a missão de salvar o mundo. Só não sabia como uma menina de 14 anos poderia fazer isso.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por terem lido mais um capitulo de Amy Chase & Olimpianos. Em poucos dias estará disponível o Quarto capitulo. (Criatividade fluindo) Até Breve.